quarta-feira, 1 de março de 2017

Juros das cooperativas são mais baixos


O volume de empréstimos liberados em cooperativas de crédito subiu 8,5% no terceiro trimestre de 2016, em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC). Estas instituições podem ser uma alternativa para pagar menos da metade dos juros cobrados pelos bancos.
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De acordo com pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), os juros médios cobrados pelos bancos estão em 4,58% ao mês.
Recorrer às cooperativas pode ser válido a quem precisa de dinheiro para cobrir uma dívida com juros altos, como cheque especial e cartão de crédito. No entanto, segundo o o economista Marcos Silvestre informou ao UOL, a recomendação não vale se você precisar do dinheiro com urgência.
Para solicitar o crédito, é necessário se associar à cooperativa. O texto lembra que muitas empresas possuem convênio com essas instituições. No caso de profissionais liberais, há sindicatos ligados a órgãos de classe e sindicatos, além de "cooperativas de livre admissão".
Apesar serem instituições financeiras de menor porte, as cooperativas de crédito conta com fundo garantidor no caso de falência, todos os cooperados podem participar das decisões da instituição, é feita distribuição dos resultados e também têm acesso a diversos produtos e serviços, cartão de crédito, seguros, aplicações, entre outros.
Por outro lado, se a cooperativa registrar perda, os seus cooperados têm que bancar o resultado negativo. Por isso, os especialistas recomendam pesquisar sobre a instituição a qual deseja se cooperar.

Sustentabilidade: reciclagem de lixo gera renda para hospital de Cachoeiro

 

O dinheiro arrecadado com a venda do material é usado para obras de melhorias no hospital. Além do próprio lixo, a unidade também atua como ponto de coleta de materiais recicláveis

Na última semana, o Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (HECI) entregou para uma empresa de reciclagem da cidade o montante de 800 quilos de papelão, papel comum e garrafas pet. O dinheiro arrecadado com a venda dos materiais recicláveis é revertido para obras de melhorias no hospital.
De acordo com o setor de Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), cerca de 90% de todo material recolhido para realizar esta entrega foi gerado pelo próprio hospital. “A empresa faz o recolhimento do material a cada duas semanas e toda verba obtida é transformada em melhorias para o hospital”, destaca o técnico de segurança do trabalho Erbert Garcia.
Além de recolher e separar o lixo, o HECI também atua como posto de coleta de materiais recicláveis. O setor de reciclagem existe há 10 anos e em trabalho conjunto ao Serviço de Controle de Infecções Hospitalares (SCIH) forma a Comissão de Resíduos, que define o controle do descarte dos materiais residuais e também o processo de reciclagem no hospital.
egundo Jocimar Rosa, supervisor do SESMT, essa ação pode ser melhor se houver mais adesão. “Fazemos treinamentos informando a necessidade e a forma adequada de descarte desse material, uma vez que a sua eliminação correta é muito importante. Além disso, essa ação gera um retorno financeiro e social que contribui para o meio ambiente”, completa.

Painel sobre a Economia do Mar

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, defendeu, na World Ocean Summit 2017, que a chave do desenvolvimento sustentável do oceano reside na adopção da economia circular do mar, informou hoje o Ministério do Mar em comunicado.
A governante, que participou no painel sobre a Economia do Mar, no World Ocean Summit, em Bali, na Indonésia, explicou que “os novos modelos de negócio devem conseguir compatibilizar a rentabilidade atractiva com um desempenho ambiental positivo”.
Como exemplo, falou da recolha do lixo plástico marinho para aplicação no fabrico de novos produtos, transformando assim “os resíduos numa matéria-prima geradora de lucro e eliminando este problema ambiental dos oceanos”.
Em declarações à agência Lusa, na segunda-feira, 20 de fevereiro, antes de partir para a cimeira de Bali, Ana Paula Vitorino realçou o facto de Portugal ter como objectivo para os próximos dez anos aumentar a economia marítima, que representa 3,1% do Produto Interno Bruto português, aproveitando até 2020 para contar com o quadro comunitário de apoio actual.
“É muito pouco, porque o território marítimo representa mais de 90% do território nacional”, disse a ministra, embora tenha referido que iria explicar em Bali “a bondade da candidatura” portuguesa para a extensão da plataforma continental, pedida em 2009 e que vai ser discutida este ano nas Nações Unidas.
A ministra do Mar disse ainda na World Ocean Summit, que decorreu entre quarta e sexta-feira (22 a 24 de fevereiro) que Portugal está a promover “Port Tech Clusters” nos portos do país, estimulando a criação de ‘startups’ de base tecnológica que permitam às empresas beneficiar do acesso facilitado ao mar que os portos oferecem e de condições favoráveis para testar tecnologias marítimas que estão ainda em fases iniciais de desenvolvimento.
O evento, que foi organizado pela revista The Economist e decorreu desde a passada quarta-feira na capital indonésia, reuniu decisores políticos, empresas, Organizações Não-Governamentais (ONG) e cientistas de todo o mundo que discutiram temas relacionados com o financiamento de uma economia sustentável nos oceanos.
Durante o debate, em que foram abordadas questões de governação dos oceanos, Ana Paula Vitorino destacou a importância de Portugal ter criado um Ministério do Mar dotado de competências para assegurar coordenação transversal dos assuntos do mar, e do transporte marítimo e dos portos em particular, assegurando ainda a integração de políticas e a gestão dos fundos nacionais e europeus relativos ao mar, nomeadamente a criação do Fundo Azul.
Na intervenção, a ministra do Mar falou também do Roteiro para as Energias Renováveis Oceânicas, que visa criar um cluster industrial voltado para a exportação destas tecnologias.
Ana Paula Vitorino referiu também que “as energias renováveis do oceano têm potencial para suprir 25% das necessidades de geração eléctrica de Portugal”.
À margem da conferência, a governante reuniu-se com empreendedores e investidores, além de divulgar as oportunidades de investimento em Portugal e o potencial de estabelecer parcerias “win-win” [em que ambos ganham] com centros de investigação e empresas nacionais.
A ministra do Mar realizou ainda encontros bilaterais com várias entidades internacionais, nomeadamente o secretário-geral da IMO (Organização Marítima Internacional), Kitack Lim, o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Peter Thomson, bem como o comissário europeu do Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella, tendo estabelecido as linhas para “uma possível colaboração” com Portugal.