terça-feira, 25 de abril de 2017

Tchizé dos Santos apela em Londres ao apoio à indústria criativa africana

 A deputada e empresária Welwitschia dos Santos foi uma das convidadas da 16.ª Cimeira da London Business School sobre África, realizada no sábado na capital inglesa.
Convidada a falar no painel “Maximizando a indústria criativa africana”, Tchizé dos Santos, como também é conhecida a empresária do ramo da comunicação e dos “media”, falou do potencial da indústria angolana e preconizou soluções que contribuam para a criação e o desenvolvimento de mercados criativos que criem riqueza e, com isso, ajudem a melhorar as condições de vida das populações.
“Em tão pouco tempo, Angola foi capaz de mostrar vários casos de sucesso que têm contagiado o mundo positivamente”, sublinhou Tchizé dos Santos, acrescentando: “mas é necessário fazermos mais, é necessário continuarmos a investir, é necessário aproveitarmos melhor o potencial dos nossos criativos”. A empresária apontou a ficção nacional como uma das áreas que alcançou “conquistas únicas” no mundo. “Temos top models a desfilar e a fazerem campanhas por renomadas marcas. A nossa música, as nossas danças fazem sucesso pelo mundo. Há muito ainda por explorar e por dar a conhecer, mas já vimos que é possível. Precisamos apenas de mais oportunidades, de profissionalizar e de apostar comercialmente em novos mercados”, disse a empresária.
Tchizé dos Santos disse que os africanos, e os angolanos em particular, são por natureza muito criativos e precisam apenas de mais oportunidades. “Não seremos melhores enquanto o mundo for um palco de oportunidades dominado em exclusivo por um grupo pequeno de países. Os africanos são povos muito talentosos e criativos, com uma cultura riquíssima de ritmos, sabores, contrastes e emoções que devem ser conhecidos e partilhados por todos. Precisamos apenas de mais oportunidades”, disse Welwitschia dos Santos.
A cimeira da London Business School é um dos mais renomados fóruns de abordagem e definição de perspectivas inovadoras e integradas para a recomendação de políticas para o futuro de África, juntando delegados e oradores de prestígio.

Lisboa se aventura nos mares da tecnologia e da indústria criativa

 

O vento a favor tem soprado com tanta força que a cidade já virou sede do maior encontro europeu de tecnologia, empreendedorismo e inovação

Criado em 2010, o WebSummit sempre ocorreu na Irlanda. No ano passado, o organizador visitou Portugal, gostou do que viu e decidiu que as três edições seguintes já seriam realizadas no país
 

Esqueça qualquer traço da melancolia e da saudade tradicionalmente atribuídas a Portugal. Lisboa, a capital do país, é alegre, criativa e se destaca como uma das principais cidades da Europa para quem quer empreender, inovar e viver numa autêntica aldeia global. Ligados fisicamente ao mundo por uma malha aérea que se estende para além do continente europeu e chega à África, à América do Norte e do Sul e até a algumas regiões da Ásia, os lisboetas replicam a ousadia dos grandes navegadores do passado e se arriscam com tudo nos mares digitais e da indústria criativa.
O vento a favor tem soprado com tanta força que a cidade já virou sede do maior encontro europeu de tecnologia, empreendedorismo e inovação e, este mês, a emissora de TV CNN voltou a elegê-la capital mais cool do continente – a primeira vez foi em 2014.
As razões elencadas pelo canal para conceder o título a Lisboa, e preterir concorrentes mais robustos como Londres, Paris, Madri e Berlim, estão a olhos nus para quem vive e visita a cidade: a gastronomia experimental, o design moderno, a arte, os castelos, as praias e, claro, a vida noturna. “Lisboa é uma cidade cosmopolita”, diz a restauradora alagoana Marta Tavares, que há 22 anos deixou o Recife para morar em Portugal. “Tem uma noite agitadíssima e aqui você encontra gente de todo o mundo, o italiano, o francês, o paquistanês, o indiano, o chinês, o japonês, uma grande diversidade cultural”, completa.

 

Noite agitada, mar com ondas gigantescas, diversidade cultural e boa infraestrutura tecnológica foram também os motivos que levaram o irlandês Paddy Cosgrave a transferir para Lisboa a sede do WebSummit, evento de três dias que reuniu em novembro cerca de 50 mil dos mais importantes profissionais de tecnologia e empreendedorismo do mundo.

WebSummit

Criado em 2010, o encontro sempre ocorreu na capital irlandesa, Dublin. No ano passado, o organizador visitou Portugal, gostou do que viu e decidiu que as três edições seguintes já seriam realizadas no país, a começar pela de 2016. Calcula-se que evento injetou € 200 milhões, cerca de R$ 666 milhões, na economia local. "O impacto poderá ser analisado dentro de cinco a 10 anos do ponto de vista de como ajuda as empresas portuguesas", disse Cosgrave no discurso de encerramento.

Além das características culturais da cidade, iniciativas institucionais, sejam estatais ou privadas, também tem alimentado a cena empreendedora em Portugal, principalmente depois que a crise econômica levou cerca de um milhão de desempregados a deixar o país, a maioria jovens recém-formados, e a abertura de novos negócios na área criativa foi uma das únicas opões oferecidas a quem não conseguiu arredar o pé.
Tem surgido, então, um ecossistema composto por investidores, incubadoras, espaços colaborativos e programas de aceleração. Espaços para abrigar as iniciativas não faltam, e criatividade para tocá-las também. A LX Factory é o exemplo mais explícito.
Desativada há anos, a Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense teve sua sede de 23 mil m² transformada por uma emprea de investimento imobiliário em uma das principais áreas de empreendedorismo, lazer e entretenimento de Lisboa. O complexo de edifícios, construído na metade do século 19, nem chegou a ser reformado.
Mantém as características de um espaço fabril, inclusive com máquinas. Mas para onde se olha é possível ver um negócio, seja um restaurante no antigo armazém de ferramentas, uma agência de publicidade moderna no andar de escritórios ou uma livraria numa galpão gigante, com direito a café em meio à estrutura de um maquinário com mais de cinco metros de altura.
Os negócios da LX Factory são diversos e se retroalimentam. Os cafés e restaurantes são frequentados pelos visitantes, mas também pelos funcionários e empreendedores das outras empresas e muitas prestam serviço ou trabalham em parceria com os vizinhos. Nos fins de semana, o espaço se abre para os turistas e moradores da cidade, com feiras, exposições, espetáculos musicais e o que mais os operários do mundo criativos conseguirem imaginar e fazer.

SLOW MOVEMENT NA EDUCAÇÃO


  A academia mudou-se para a via rápida. Corporatização acelerou o relógio, comprometendo o ensino, bolsa de estudos e colegialidade. O "movimento lento" -originando em slow food- desafia o ritmo frenético e a homogeneização da cultura contemporânea. Acreditamos que adotar os princípios da "lentidão" na prática profissional da academia é um meio eficaz para aliviar a pobreza no tempo, preservar a educação humanista e resistir aos efeitos destrutivos da universidade corporativa.

"Slow", Carlo Petrini deixa claro em Slow Food Nation (2007), não é realmente sobre velocidade. É sobre a diferença "entre atenção e distração; A lentidão, na verdade, não é tanto uma questão de duração como uma capacidade de distinguir e avaliar, com a propensão a cultivar prazer, conhecimento e qualidade ".
Ser professor é um privilégio. Nós não estamos defendendo slacking off, deixando faculdade júnior fazer o trabalho pesado, levando os verões fora, falta de prazos, ou fazer menos na aula. Nossa visão, defendida em nosso livro The Slow Professor (2016), é mais do que proteger o trabalho que importa. Devido à expansão das cargas de trabalho, à informalidade do trabalho, à ascensão da tecnologia, ao modelo de educação do consumidor e ao aumento do gerenciamento, a natureza da academia mudou dramaticamente na geração passada. As universidades são agora negócios. Ensino e aprendizagem são cada vez mais padronizados, enfatizando a transferência de habilidades e tempo até a conclusão. Ambos são agora avaliados em termos quantitativos e não qualitativos. A pesquisa agora é sobre ganhar subsídios e gerar produção - tudo o mais rápido possível.
Distração e fragmentação caracterizam a vida contemporânea. Para proteger a vida intelectual e pedagógica da universidade, precisamos criar oportunidades para pensar e mudar nosso senso de tempo. Isso pode significar ficar longe de ter tudo programado para baixo para o minuto. Não podemos fazer o nosso melhor trabalho se estamos frenéticos.
É também crucial estar ciente das mudanças estruturais na universidade assim que nós não responsabilizamo-nos para não manter-se acima. E não devemos esquecer a alegria que é possível no ensino e na erudição. Somos atraídos pelo movimento lento porque sua crítica à cultura contemporânea insiste na importância do prazer e da convivência. Falar sobre o estresse individual e tentar encontrar maneiras de promover o bem-estar tem implicações políticas. Se nós somos forçados, nós sentimos impotentes mudar o contexto maior. Na universidade corporativa, o individualismo agressivo ea linha inferior familiar dominam à custa da crítica social e comunitária.
Ensino lento não é sobre a redução de padrões. Em vez disso, trata-se de reduzir nossa distração para que possamos nos concentrar em nossos alunos e nossos sujeitos. Precisamos ser capazes de nos concentrar na criação de uma sala de aula convidativa na qual nossos alunos possam enfrentar os desafios - e podemos fomentar as alegrias - de aprender uma disciplina.
A bolsa de estudos lenta é sobre resistir à pressão para reduzir pensar ao imperativo da utilidade imediata, comerciabilidade, e geração da concessão. Trata-se de preservar a idéia de erudição como investigação aberta. Melhorará a qualidade do ensino e da aprendizagem.
No clima atual, a maioria de nós simplesmente não tem tempo para a colegialidade genuína. À medida que os acadêmicos se tornam mais isolados uns dos outros, também estamos nos tornando mais complacentes - mais propensos a ver problemas estruturais, incluindo os das condições gerais de trabalho, como falhas individuais. Quando isso acontece, a resistência à corporatização parece fútil. A colegialidade, devidamente entendida como uma prática comunitária, é sobre o apoio mútuo em vez de obras em andamento, sobre o compartilhamento de nossos fracassos, bem como nossos sucessos, e sobre a colaboração, bem como a concorrência. Oferece solidariedade.
Reconhecemos as desigualdades sistêmicas na universidade, mas acreditamos que uma abordagem lenta é potencialmente relevante em todo o espectro de posições acadêmicas. Tempo lento é hostil à universidade corporativa. Os bolsistas em cargos permanentes, dada a proteção que desfrutamos, têm a obrigação de tentar melhorar o clima de trabalho para todos nós. Estamos preocupados que a barra está sendo continuamente levantada para faculdade e para estudantes de pós-graduação. Precisamos refletir sobre o que estamos modelando uns para os outros e para a próxima geração de acadêmicos.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

PORTUGAL NÃO FAZ O CONSUMO CONSCIENTE

O Observatório do Consumo Consciente constitui-se como uma base permanente para a avaliação da evolução do consumo consciente em Portugal, tendo realizado em 2016 o segundo estudo que avalia os seguintes indicadores individuais: Atitudes e preocupação ambiental e social, Comportamentos de consumo e sustentáveis, Mobilidade, Residência e Caracterização socio-demográfica.
Da responsabilidade do Fórum do Consumo, uma associação de profissionais dedicados ao debate construtivo e ao estudo do fenómeno do consumo e das relações estabelecidas entre consumidores, profissionais e empresas da produção, da distribuição e dos serviços, este estudo irá ter no final de 2017 a sua terceira edição.
Realizado em parceria com a GFK, o IADE e a Universidade Lusófona, os dados de 2015 e 2016 apresentam alguns dados preocupantes que têm sido alvo de análise. Segundo José Rousseau, docente universitário e presidente do Fórum do Consumo “Continua a existir um desconhecimento generalizado na sociedade portuguesa sobre a temática do Consumo Consciente nas suas vertentes de consumo sustentável, responsável e solidário. Este nosso grande estudo que envolve cerca de 1200 famílias portuguesas e uma bateria de 50 questões dá-nos finalmente um retrato objetivo, rigoroso e atual dos comportamentos dos portugueses no que concerne às suas práticas e atitudes de consumo consciente”.
Em 2016, 55% dos portugueses considerou que a situação económica do país estava um pouco melhor, face aos dados de 2015 (42%). E uma vez que a atitude é mais positiva, a expectativa para a evolução económica também é maior. No entanto, 90% dos portugueses continua a mostrar-se preocupada com a situação económica atual.
Quando analisadas as atitudes e preocupações ambiental e social, quer em 2015, quer em 2016, 80% dos portugueses mostram-se preocupados com as alterações climáticas, sendo a cidade do Porto a que apresenta os maiores valores de preocupação. É também interessante perceber que esta atitude é inferior nos mais novos (15 a 24 anos), com pouco mais de 24%. O aumento da população mundial não é um factor de grande preocupação, com quase 25% sem opinião sobre o assunto. No entanto, de 2015 para 2016, quando analisada a preocupação de, como sociedade, precisarmos de reduzir muito os níveis de consumo para melhorar o ambiente para as gerações futuras, o aumento é de 5% na resposta concordo/concordo totalmente, com 84,4%. Mas apesar desta preocupação, em 2016 pouco mais de 20% dos inquiridos afirmou estar disposto a pagar mais por um produto com menos impacto ambiental ou a pagar uma taxa. Valores sem grande evolução desde 2015. Ainda assim, cerca de 70% tem a opinião unânime que os problemas ambientais irão ter um impacto na sua vida, sendo que mais de 50% admite mesmo que pouco pode fazer face a isto. Se aliarmos o desenvolvimento tecnológico para a resolução dos problemas ambientais, 70% discorda desta afirmação, sendo as mulheres as mais descrentes. No entanto, 50% assume que a pressão social e o encorajamento das pessoas à sua volta para assumirem uma maior responsabilidade para com o ambiente é uma realidade.
Para José Rousseau, estes dados sugerem que “ não obstante o ligeiro progresso verificado muito ainda há que evoluir por parte dos consumidores portugueses na adopção de mais e melhores práticas de consumo consciente em Portugal e na assunção de uma consciência mais profunda que se reflita na alteração de muitos comportamentos ainda existentes por força da rotina e dos (maus) hábitos”.
Quanto aos comportamentos de consumo sustentáveis, os valores não são fantásticos com a maioria a admitir que poucas vezes tem a preocupação em desligar computadores, tomadas, entre outros, em casa ou no escritório. Relativamente à reciclagem e poupança de recursos (ex: separei as embalagens, verifiquei embalagens, fechei a água…), os valores também não atingem sequer os 50%.
Na compra de um automóvel, apenas 15% se preocupa em verificar os critérios ambientais, sendo esta preocupação maior nos homens do que nas mulheres. Na compra de detergentes, em 2016 apenas 2,3% compra detergentes não poluentes, valor ainda mais baixo do que em 2015 (3,6%). O consumo de água engarrafada e de carne também tem vindo a aumentar. No entanto, também se regista um aumento (10,3%) do consumo de comida biológica ou produzida em Portugal com 38% dos inquiridos em 2016 a afirmar que o fazem muitas vezes/sempre. O consumo de comida importada teve um aumento de 5% face a 2015, alcançando os 20% em 2016.
Mais de 90% dos portugueses admite, em ambos os anos, não ter adquirido um crédito de consumo. 95% também admite não ter comprado um automóvel no último ano. Mas mais de 55% tem carro, particular ou da empresa. Os portugueses estão também a usar cada vez menos os transportes públicos, com apenas 28% a afirmar que o faz muitas vezes/sempre. Em 2016, também aumentou o uso diário de automóvel, com quase 60% dos inquiridos a afirmar que o faz muitas vezes/sempre. No entanto, andar a pé ou de bicicleta em trajetos curtos é uma tendência cada vez maior com 67% de respostas positivas.
Em 2015 e 2016, mais de 90% dos portugueses afirmaram que não apoiaram uma ONG ou assinaram uma petição por uma causa ambiental ou social. Em sua casa, 87% dos portugueses afirma ter aquecimento central ou ar condicionado e apenas 2,5% tem painéis solares. Quase 30% afirma ter 2 frigoríficos ou arcas congeladoras em sua casa. 96% tem máquina de lavar a roupa e 42,8% tem máquina de lavar a loiça.
Ainda segundo Rousseau, o Observatório vem confirmar “ a necessidade de aprofundar a evolução e monitorização dos comportamentos de consumo consciente em Portugal, pelo que já está a ser preparada a 3ª edição deste estudo cujo trabalho de campo irá decorrer em Julho e Agosto e os resultados apresentados no último trimestre de 2017”.

REAPROVEITAMENTO DE PEÇAS DE CARRO

Reprodução
Em seu estande, a Renova vai trazer um carro com um corte transversal, de modo que seja possível visualizar seu interior e parte de seu motor. O visitante que entrar no carro poderá fazer um tour para conhecer o processo da Renova, utilizando um óculos 3D e controlando o ângulo de visão do galpão da empresa em São Paulo.
“A Renova Ecopeças está completando 3 anos de existência com números bastante relevantes. Somente em 2016 foram quase 115 mil peças vendidas, 31 mil kg de vidros reciclados ou vendidos e mais de 3 milhões de kg de metal reciclado. Nossa participação na Automec reflete justamente esse momento da empresa e reforça nosso pioneirismo, o sucesso da operação e dos resultados alcançados”, afirma Fabio Frasson, superintendente da Renova Ecopeças.
A Renova Ecopeças impulsiona o segmento com um modelo sustentável e com controle rígido de rastreabilidade das peças. Com a lei do desmanche em vigor no estado de São Paulo, desde junho de 2014, a atividade de desmonte de carros passou a ser regulamentada, tornando a compra de peças de reuso mais segura para o cliente.
O modelo de operação da Renova inicia-se a partir da descontaminação dos carros e a retirada dos gases, sobras de combustível, óleos, líquido de arrefecimento e outros fluídos. Esse material é enviado para reciclagem, coletado por empresas especializadas, e reaproveitado em diversos segmentos e aplicações. Na etapa seguinte ocorre a desmontagem do automóvel, com a retirada das peças móveis de lataria, do motor, itens de segurança e demais componentes como rodas e pneus, tapeçaria, vidros, e finalmente, o recorte do monobloco.
Todas as peças são submetidas a uma triagem para classificação quanto à qualidade e condição de reaproveitamento. Elas são qualificadas em três categorias: A, B e C, sendo que aquelas classificadas como A (em perfeito estado) e B (com pequenas avarias) recebem uma etiqueta que garante sua procedência, rastreabilidade e histórico, e então são comercializadas no balcão de vendas da Renova, teleatendimento ou pelo e-commerce.
Por sua vez, peças muito avariadas ou consideradas itens de segurança são classificadas na categoria C, sendo encaminhadas ao fabricante ou vendidas como sucata para serem processadas e transformadas em matéria prima. Todas elas recebem um selo de qualidade e são vendidas com documento fiscal eletrônico (NFe), garantindo maior confiança do cliente. O preço de uma peça na Renova é de 50% a 80% menor do que uma nova, variando conforme o modelo e sua condição.

domingo, 23 de abril de 2017

UNESCO: cultura é importante aliada para desenvolvimento sustentável das cidades

  

Na ocasião, a coordenadora de Cultura da UNESCO no Brasil, Patrícia Reis, afirmou que a cultura pode ser uma importante aliada para o desenvolvimento sustentável local.

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) participou na terça-feira (11) do 3º Encontro Brasileiro de Cidades Históricas Turísticas e Patrimônio Mundial, realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) em Brasília.
Na ocasião, a coordenadora de Cultura da UNESCO no Brasil, Patrícia Reis, afirmou que a cultura pode ser uma importante aliada para o desenvolvimento sustentável local. O tema se torna ainda mais relevante no momento em que as Nações Unidas celebram o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento 2017.
Na proclamação do Ano Internacional, a ONU declarou que o turismo “promove mais entendimento entre os povos de todos os lugares, o que leva a uma maior conscientização sobre o rico patrimônio de várias civilizações e a uma melhor apreciação dos valores inerentes às diferentes culturas, contribuindo dessa forma para fortalecer a paz no mundo”.
A importância do Turismo para a promoção da paz e do desenvolvimento sustentável tem sido reconhecida há muito tempo pelos vários programas culturais e científicos da UNESCO, sobretudo, pelo Programa do Patrimônio Mundial.
Durante evento em Brasília, a UNESCO também apresentou uma publicação sobre os impactos da criação do Museu de Congonhas, inaugurado há pouco mais de um ano em Minas Gerais.
O documento “Museu de Congonhas: Relato de uma Experiência” conta o processo de implantação do museu e os resultados do seu primeiro ano de existência, entre os quais suas contribuições para o desenvolvimento da cidade e da região em que está localizado.
O Museu de Congonhas é o primeiro e único museu de sítio do Brasil. Sua principal temática é um Patrimônio Mundial a céu aberto — o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. O museu oferece informações relevantes e em formatos modernos para que o público interprete o que vê no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
O objetivo do livro é promover a reflexão sobre como programas e equipamentos de interpretação dos sítios do Patrimônio Mundial agregam valor tanto aos próprios sítios quanto às estratégias de desenvolvimento local e regional.
A publicação descreve todo o processo de implantação do museu, desde sua concepção até sua criação. Ela também mostra a importância da cooperação entre os diversos atores envolvidos na manutenção de um sítio do Patrimônio Mundial — neste caso, Ministério da Cultura, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Prefeitura de Congonhas (MG).

Unisol Brasil discute os rumos da economia solidária em São Paulo

 Perspectivas para o setor frente a cenário de ataques a direitos pelo governo Temer são a principal pauta de encontros com a participação da central de empreendimentos solidários

 
   A Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol Brasil) promove, desde a última segunda-feira (27), em São Paulo, o Encontro Nacional da Economia Solidária. Entre os assuntos abordados estão o retrocesso dos direitos dos trabalhadores e as diretrizes do setor para os próximos dois anos.
economia solidária envolve setores como metalurgia, alimentação, agricultura familiar e artesanato. A troca de experiência entre os participantes é um dos destaques do encontro. 
Na sequência, nesta quinta-feira (30) a Unisol Brasil participa do 2º Encontro Internacional de Centrais de Cooperativas e Sindicais da América Latina, promovido pela CICOPA Américas, braço da Organização Internacional das Cooperativas. O encontro deve reunir 14 centrais de países da América Latina e do Canadá.
"O cooperativismo solidário está necessariamente ligado ao desenvolvimento social e econômico. Consegue abordar outras pautas com a ótica do trabalho", afirma Isadora Candian dos Santos, tesoureira da Unisol Brasil, em entrevista à repórter Soraia Fessel, para o Seu Jornal, da TVT
O presidente da Unisol Brasil, Leonardo Pinho, afirma que a proposta de reforma da Previdência do governo Temer ataca os direitos dos trabalhadores e rompe com acordos internacionais do qual o Brasil é signatário.
A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que participou do encontro, defendeu o fortalecimento da economia solidária no Brasil e também denunciou retrocessos promovidos pelo governo Temer no setor. "A economia solidária vive dificuldades porque contava com a Secretaria Nacional de Economia Solidária, que foi praticamente desmantelada por esse governo golpista."
Encontro Nacional da Economia Solidária e o 2º Encontro Internacional de Centrais de Cooperativas e Sindicais da América Latina são abertos ao público e ocorrem no Braston Hotel, que fica na Rua Martins Fontes, 330, Consolação, centro de São Paulo

Encontro territorial discute economia solidária na baixada cuiabana

 
  



O Governo de Mato Grosso, por meio das Secretarias de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf-MT) e de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT), promoveu o primeiro encontro territorial para debater a economia solidária na baixada cuiabana. O evento ocorreu nesta quinta-feira (06.04), no Centro de Formação e Atualização de Professores (Cefapro), em Cuiabá, e contou com ampla participação da sociedade civil.
Palestras e apresentações sobre diagnósticos de empreendimentos solidários e proposições para elaborar o plano estadual de economia solidária nortearam o evento. Mais de 150 pessoas participaram, entre agricultores familiares, professores, assistentes sociais, associados, cooperados e estudantes.
“É uma ação intersetorial entre Seaf e Setas, que incentiva o empoderamento da mulher rural, o fortalecimento de associações produtivas e cooperativas de doceiras, artesanato, crochê, produção rural, entre outras formas de incrementar o orçamento das famílias”, comentou o secretário de Estado de Agricultura Familiar, Suelme Fernandes.
Ainda na programação, o público discutiu os eixos temáticos, comercialização e produtos solidários, regularização fundiária, educação e assessoria técnica, agregação de valor e ambiente institucional. Após o debate, eles elencaram propostas para elaboração do plano estadual.
Segundo a assistente social do Governo de Mato Grosso, Cenira Evangelista, este convênio que visa o fortalecimento da política pública é um apoio importante que o Estado está dando para alavancar a comercialização de empreendimentos já existentes.
O secretário de Estado de Trabalho e Assistência Social, Max Russi, participou do evento e comentou sobre a importância do debate. “Saímos do encontro com boas propostas para fazer com que a economia solidária avance em Mato Grosso. Teremos mais seis encontros em todo o estado, criando propostas para que possamos direcionar os incentivos na economia solidária e transformar a vida de muitos mato-grossenses”.
Serão realizados nos municípios de Cáceres, Tangará da Serra, Barra do Garças, Colíder, Juína e Vila Rica debates semelhantes para colher propostas e ouvir a sociedade civil sobre o futuro da política pública da economia solidária em Mato Grosso.
Durante o evento, ocorreu a venda de verduras e legumes da agricultura familiar da baixada cuiabana e dos produtos oriundos dos empreendimentos da economia solidária.