segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Redes digitais fortaleceram empreendedorismo social em 2015

 


 


Indispensável no mundo corporativo, o uso de redes sociais é hoje uma estratégia fundamental também para o empreendedorismo social. Um exemplo disso é o Nossa Maceió, que durante 2015 criou diversas ações online que tiveram reflexo direto no contexto social da capital alagoana.
O Nossa Maceió é uma rede de relacionamento, que se utiliza das redes sociais, para criar soluções inovadoras para os problemas sociais que afetam o dia a dia do maceioense.
Segundo o idealizador do projeto, João Victor Catunda, o projeto é formado por um grupo de pessoas apaixonados por Maceió e que tem como principal objetivo propor melhorias e projetos para a cidade. “Através das redes sociais, nós disponibilizamos um espaço dinâmico, que visa discutir assuntos e buscar soluções rápidas e práticas para os problemas do cotidiano”, explicou.
Dentro das ações sociais criadas inicialmente nas rede sociais está a campanha para arrecadação de recursos para duas Organizações Não Governamentais (ONG’s): Neafa e Instituto Arthur Amorim. “Estamos vendendo bonés com a nossa marca, que criou uma adesão muito grande no começo do ano, e parte do recurso será doada para estas duas instituições”, enfatizou João Catunda.
Outra ação desenvolvida pelo projeto foi realizada nas praias de Maceió, que juntou voluntários através das redes sociais para compor um mutirão de limpeza da cidade. Cerca de 30 participantes compareceram à orla da Pajuçara.
“Conseguimos atrair nessa ação gente de todas as áreas e idades. Todo mundo foi voluntário. A gente continua divulgando a ideia nas redes sociais pra que nas próximas ações mais gente veja e se interesse em participar também para aumentar a conscientização das pessoas, para que zelem mais pela nossa cidade e pelas belezas dela", disse Catunda.
Ações sociais
Com o objetivo de elevar as notas das escolas municipais no ranking do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica – IDEB, o Nossa Maceió utilizou as redes sociais para arrecadar e entregar material escolar e ventiladores para a Escola Municipal Pedro Barbosa Júnior, localizada no bairro Cruz das Almas.
As doações integraram o cronograma da ação Abrace uma Escola, que visou auxiliar na melhoria do ensino público da capital alagoana. O levantamento das necessidades da escola foi efetuado em conjunto com a diretoria, durante reuniões e visitas realizadas no local.
Observando ainda as redes sociais, o Nossa Maceió criou uma forma para que os seus seguidores pudessem fazer doações de roupas para a ação The Street Store. “Por conta das demandas que estavam chegando ao nosso projeto através das redes sociais, decidimos fazer um sistema tipo delivery. Bastava que as pessoas separassem as roupas que iriam doar, que nós buscávamos em suas residências para levar para o local de doação”, explicou João Catunda.
Tá bom, mas tá caro
As redes sociais do Nossa Maceió ainda foram marcadas, em 2015, pela campanha Tá Bom, Mas Tá Caro, uma ação que visou informar a população sobre a alta taxa de Contribuição para Custeio dos Serviços de Iluminação Pública (COSIP). O valor cobrado na capital alagoana chega a ser 330% mais alto do que em Aracaju, o que está pesando muito na conta final de energia.
Segundo o idealizador João Catunda, a ideia é conscientizar de que o debate sobre o assunto é importante. “Muita gente ainda nem sabe que esta taxa é cobrada e muito menos para onde o valor é destinado. Queremos aumentar o debate sobre o assunto e lembrar a sociedade do importante papel dela para transformar a nossa cidade”, enfatizou.
Os interessados em participar dos debates sobre as soluções e melhorias da cidade de Maceió podem seguir o Nossa Maceió  no Instagram (@NossaMaceio), no Facebook (Nossa Maceió) ou no Snapchat (NossaMaceio).

Restaurante italiano Cantucci Bistrô estimula clientes a pagarem o que consideram justo

 

Cantucci Bistrô - Brasília - 03
  
Cantucci Bistrô, restaurante italiano de Brasília, propôs que os clientes pagassem o que consideravam justo após o jantar como parte da ação Acho Justo.
Para a surpresa dos sócios proprietários do restaurante, Andrei Prates e Rodrigo Melo, a campanha rendeu 5% a mais do que o valor do cardápio. Um dos objetivos da campanha era ter o feedback dos clientes para saber em que pontos o bistrô agrada e em que quais ele pode melhorar.
cantucci-bistro-
“Acreditamos que o Cantucci consegue oferecer gastronomia boa a preço justo, mas precisávamos ouvir dos nossos clientes e a resposta foi muito positiva, afinal, faturamos 105% do valor real do nosso cardápio”, ressalta Andrei Prates.
Cantucci Bistrô - Brasília - 04
Cantucci-Bistrô---Brasília---02
Os restaurantes e lanchonetes do tipo pague quanto quiser existem há mais de dez anos. Um dos primeiros foi o Weinerei, em Berlim, mas só ganhou fôlego nos últimos anos em países da Europa e nos Estados Unidos. No entanto, no Brasil esta proposta ainda é novidade e pouco usual.
O bistrô promete lançar novas ações semestralmente, para avaliar a qualidade do serviço prestado, desde o preparo do prato até o serviço dos garçons.
CANTUCCI BISTRÔ
SCLN 403, Bloco E, Loja 3 – Asa Norte
Horário de Funcionamento: De segunda a sábado. Almoço: das 12h às 15h. Jantar: das 18h às 23h
Contato e reservas: (61) 3328-5242

10 mitos e verdades sobre economia de energia e consumo consciente

 

 

Muito se ouve falar sobre consumo consciente de energia, mas para algumas pessoas o tema ainda é pouco conhecido. O consumo consciente nada mais é que usar a energia de forma responsável, pensando nas consequências sobre a qualidade de vida de outros indivíduos e também das futuras gerações. Para esclarecer melhor o tema, veja alguns mitos e verdades sobre o tema:

1. Lâmpadas amarelas incandescentes iluminam mais - VERDADE
O que importa para o consumo de energia de uma lâmpada é a potência e a quantidade de lumens (lm), ou seja, nada tem a ver com a temperatura de cor.

2. Chuveiro e ar-condicionado 220 V gastam menos energia que os de 110 V -MITO
A diferença no consumo de energia entre aparelhos 220 V e 110 V é mínima e não afeta de maneira significativa no gasto. No entanto, ligando, por exemplo, o chuveiro em 220 V a corrente do circuito será menor, o que nos possibilita adquirir um condutor mais barato. Os fios usados podem ser mais finos e as "perdas" menores.

3. Fazer emendas no chuveiro elétrico aumenta a conta de luz - VERDADE
Essas adaptações, além de serem perigosas, causam aumento do consumo e danos ao chuveiro e à instalação elétrica. O recomendado é usar sempre resistências originais, lembrando de verificar a potência e a voltagem correta do equipamento.

4. Economia de água gera economia de energia elétrica - VERDADE
Para levar água até os apartamentos, é necessário o uso de uma bomba que consome energia. Quanto menor o consumo de água, neste caso, menor o gasto de energia. Outra dica para economizar na água e na energia é checar possíveis vazamentos, como nas descargas, torneiras, etc.

5. Secar roupas e panos na parte traseira da geladeira aumenta o consumo -VERDADE
O hábito de secar roupas na parte traseira da geladeira sobrecarrega o aparelho e aumenta o consumo. O ideal é manter a área livre para circulação de ar.

6. Instalar o ar-condicionado em qualquer local não influencia no consumo de energia - MITO
O ideal é instalar em locais mais altos da parede para refrigerar o ar quente e evitar a incidência direta do sol para realizar melhor as trocas térmicas. Dessa forma, opte por um local onde o sol bata menos horas durante o dia.

7. É melhor passar as roupas aos poucos do que todas de uma vez - MITO
O que gasta mais energia é o aquecimento constante do ferro, por isso o ideal é acumular todas as roupas e passá-las de uma só vez. Aproveite ainda para passar as peças delicadas no início ou no final do processo, aproveitando enquanto o ferro aquece e esfria.

8. Os equipamentos elétricos como TVs e micro-ondas plugados na tomada, mesmo quando desligados, consomem energia - VERDADE
Uma boa opção de economia é desconectar os aparelhos da tomada, pois mesmo os melhores equipamentos desligados, mas plugados, gastam energia. Uma dica para aparelhos relacionados, por exemplo, TV, DVD, modem de TV a cabo ou satélite, é ligá-los todos a uma só "régua" de tomadas. Dessa forma, basta desligar a régua ao fim do dia para economizar.

9. Deixar o ar condicionado em temperatura ambiente economiza energia -VERDADE
Uma dica é usar o ar em uma temperatura confortável, entre 23 e 25 graus, evitando, assim, que o equipamento trabalhe mais para deixar o ambiente mais frio.

10. Deixar o computador ligado 24 horas consome menos energia do que ligá-lo e desligá-lo a cada uso - MITO
Se as pausas entre os usos forem longas, mais de uma hora, o ideal é desligar tudo. Se puder optar entre um computador desktop e um laptop ou notebook prefira esses últimos, que são muito mais econômicos.

Conheça os 12 princípios do consumo consciente

 

 
  
O Instituto Akatu detalhou em 12 itens os principais pontos para quem quiser adotar esse estilo de vida
Consumir com consciência é ter no consumo um instrumento de bem estar e não um fim em si mesmo. Pensando nisso, o Instituto Akatu detalhou em 12 itens os principais pontos para quem quiser adotar esse estilo de vida. Confira:
1. Planeje suas compras
Não seja impulsivo nas compras. A impulsividade é inimiga do consumo consciente. Planeje antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor.
2. Avalie os impactos de seu consumo
Leve em consideração o meio ambiente e a sociedade em suas escolhas de consumo.
3. Consuma apenas o necessário
Reflita sobre suas reais necessidades e procure viver com menos.
4.Reutilize produtos e embalagens
Não compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar.
5.Separe seu lixo
Recicle e contribua para a economia de recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos.
6.Use crédito conscientemente
Pense bem se o que você vai comprar a crédito não pode esperar e esteja certo de que poderá pagar as prestações.
7.Conheça e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas
Em suas escolhas de consumo, não olhe apenas preço e qualidade do produto. Valorize as empresas em função de sua responsabilidade para com os funcionários, a sociedade e o meio ambiente.
8. Não compre produtos piratas ou contrabandeados
Compre sempre do comércio legalizado e, dessa forma, contribua para gerar empregos estáveis e para combater o crime organizado e a violência.
9. Contribua para a melhoria de produtos e serviços
Adote uma postura ativa. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas sobre seus produtos e serviços.
10. Divulgue o consumo consciente
Seja um militante da causa: sensibilize outros consumidores e dissemine informações, valores e práticas do consumo consciente. Monte grupos para mobilizar seus familiares, amigos e pessoas mais próximas.
11.   Cobre dos políticos
Exija de partidos, candidatos e governantes propostas e ações que viabilizem e aprofundem a prática de consumo consciente.
12.  Reflita sobre seus valores
Avalie constantemente os princípios que guiam suas escolhas e seus hábitos de consumo.1.   Planeje suas compras.

- Consumo consciente: fique ligado no ajuste correto do termostato da geladeira

 

Termostato é um dispositivo que controla a temperatura interna do equipamento. Prestar atenção no uso correto do termostato da sua geladeira pode ajudar a reduzir a conta de energia    
Você sabe o que é um termostato? Esse mecanismo, muitas vezes esquecido pelos consumidores, controla as variações de temperatura de um sistema. Nos nossos lares, os equipamentos mais usados que dispõem desse dispositivo são a geladeira e o ar-condicionado. Parece sem importância, não é? Mas ficar atento ao ajuste correto da temperatura do termostato pode te ajudar a reduzir os gastos com energia no fim do mês. É o que chamamos de consumo consciente.

Para conseguir o melhor desempenho possível do dispositivo, a dica da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) é prestar atenção em algumas características. “Em relação ao consumo consciente, recomendamos que o consumidor escolha a temperatura adequada da geladeira levando em conta dois fatores: a temperatura externa (verão/inverno) e a quantidade de alimentos dentro do eletrodoméstico”, explica Thiago Figueiredo, engenheiro de eficiência energética da Celpe.

No nosso verão, por exemplo, o ideal é ajustar o termostato da nossa geladeira na potência ‘média’ ou ‘máxima’. Já no inverno, a recomendação é optar pela ‘mínima’ ou ‘média’. “Pensemos no seguinte cenário: um consumidor solteiro, que mora sozinho, com uma geladeira praticamente vazia, já que se alimenta mais na rua do que em casa. Ele coloca a temperatura do termostato no mínimo, ou seja, na máxima potência. É muita potência para pouco alimento dentro do equipamento. E piora a situação se for no inverno. Por isso, ao ajustar corretamente a regulagem da temperatura interna, consequentemente o consumidor chega na potência ideal de uso do equipamento”, alerta Figueiredo.
Todas as geladeiras presentes no mercado vêm com termostato, cada modelo com diferentes ícones que alertam ao consumidor as temperaturas internas do equipamento. Se não souber como manusear o dispositivo, é só consultar o manual de instruções do aparelho. Então, fica a dica: o ajuste correto do termostato é mais um hábito consciente de consumo de energia!

sábado, 9 de janeiro de 2016

Associação ganha terreno para montar central de reciclagem de resíduos da construção civil em Joinville

 

Resíduos serão reciclados por apenados da penitenciária e transformados em lajotas

Caçambeiros se reuniram na tarde desta segunda-feira com o prefeito Udo DöhlerFoto: Salmo Duarte / Agencia RBS
prefeito Udo Döhler se reuniu no início da tarde desta segunda-feira com representantes da Associação Joinvilense de Condutores de Transportes de Resíduos (Ajoctre) para assinar uma lei que permite a entidade de usar um terreno anexo àPenitenciária Industrial para a implantação de uma central de reciclagem de resíduos da construção civil.

 

Com o projeto, os caçambeiros não vão precisar mais pagar para propriedades particulares para depositar os resíduos. Eles terão uma área específica de 16,5 mil m² para fazer o descarte dos materiais de construção civil, que serão reciclados por 80apenados da penitenciária, em parceria com o Governo do Estado.

— É um modelo único que mostra a preocupação com a reciclagem. Antes, havia um impacto ambiental oneroso, mas se transformarmos os resíduos em lajotas resolvemos esse problema e ainda há toda a importância da ressocialização dos apenados — explica o prefeito.

A expectativa é de que a nova área para descarte esteja pronta em março, já que ainda falta o licenciamento ambiental para a obra, o que deve sair no próximo mês. Hoje, os 25 associados da Ajoctre têm 57 caminhões que transportam cerca de 300 toneladas de resíduos por dia. 

— A nossa expectativa é de produzir cerca de dez quilômetros de lajotas por mês, que vão poder ser usadas nas ruas de Joinville — conta Gilson Holz, presidente da Ajoctre.

O projeto ainda prevê que a população seja beneficiada com a redução do custo para a colocação de lajotas nas ruas. Os interessados poderão dar a contrapartida com o custo do cimento para poder usar o material produzido a partir da reciclagem dos resíduos. A solicitação terá que ser feita junto à Prefeitura, que ainda vai definir como será o processo.

ABRA lança diagnóstico da reciclagem animal no País

 

O estudo apresenta dados atualizados do setor, com informações sobre a produção de farinhas e gorduras feitas a partir do processamento de coprodutos animais

ABRA lança diagnóstico da reciclagem animal no País
A Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) lançou o 2º Diagnóstico da Indústria Brasileira de Reciclagem Animal. O estudo apresenta dados atualizados do setor, com informações sobre a produção de farinhas e gorduras feitas a partir do processamento de coprodutos animais. O lançamento ocorreu nessa quinta-feira (10.12).
Este é o segundo estudo completo sobre o setor feito pela entidade. O primeiro foi divulgado em 2011 e, de acordo com Cátia Macedo, gestora de projetos da ABRA, os objetivos principais da publicação são mostrar uma fotografia atual do segmento, apontar o potencial econômico da reciclagem animal no País e destacar a importância ambiental dessa atividade. Traz também os números de exportações, empregos e impostos gerados pelas indústrias desse segmento.
As indústrias de reciclagem animal, diz Cátia, “são vitais para toda a cadeia produtiva de carnes brasileira”. “Em 2014, elas processaram 12,4 milhões de toneladas de coprodutos, como vísceras, sangue e ossos de bovinos, suínos e aves. Foram 5,3 milhões de toneladas de farinhas e gorduras produzidas no Brasil, ingredientes importantes para fabricação de rações (aves, suínos, peixes e pets), de biodiesel, de produtos de higiene e cosméticos, de fertilizantes e de itens como vernizes e lubrificantes”, informa.
Sem o processamento, explica a gestora, os resíduos dos abates em frigoríficos e abatedouros seriam descartados no meio ambiente, inviabilizando a produção sustentável no país.
Ela ainda faz questão de ressaltar que o Diagnóstico mostra uma evolução das indústrias de reciclagem animal no Brasil no que diz respeito à adequação aos padrões nacionais e internacionais de produção de farinhas e gorduras de origem animal, principalmente no aspecto da biosseguridade e sustentabilidade.
Sobre a produção, as indústrias atingiram R$ 5,3 milhões de toneladas de farinhas e gorduras a partir do processamento de 12,4 milhões de coprodutos de origem animal.
“Os números mostram a grandiosidade e a importância econômica do setor. Outra prova disso são as exportações que somaram 43 milhões de toneladas em 2014”, ressalta Cátia.
O ESTUDO
O 2º Diagnóstico da Indústria Brasileira de Reciclagem Animal, conforme a gestora de projetos, é resultado de um trabalho minucioso, elaborado “por profissionais competentes e com extremo conhecimento da área” e não se baseia apenas nas indústrias associadas à ABRA. Por isto, ele é um retrato real do setor no Brasil.
Ainda esclarece que o documento “apresenta dados detalhados sobre toda a cadeia produtiva de farinhas e óleos de origem animal, como: volume de produção, mercado consumidor interno, exportações, empregos e impostos gerados e o Produto Interno Bruto (PIB) do setor“. “O levantamento ainda mostra o número de indústria existentes e onde elas estão localizadas”, acrescenta.
O estudo leva em conta duas perspectivas: a primeira, sobre os dados gerados pelo Ministério da Agricultura Abastecimento e Pecuária (Mapa), que se referem às indústrias com Inspeção Federal; a segunda é uma estimativa do setor como um todo, levando em consideração as indústrias sob a fiscalização Federal, Estadual e Municipal.
“Infelizmente, ainda não temos uma base consolidada desses dados, por isso geramos dois dados: o oficial, que são indústrias com SIF, e uma estimativa”, diz.
Um dos pontos, no entanto, que Cátia Macedo considera que merece ser destacado “é o número de empregos diretos gerados pelas Fábricas de Produtos Não Comestíveis (FPNCs), que chega a 39.730”. ”Outro ponto muito importante é o volume de matéria-prima processada: mais de 12 bilhões de quilos de coprodutos processados que deixaram de ser descartados no meio ambiente e foram transformados em produtos de alto valor agregado.”
REGULAMENTAÇÕES
Outro item destacado pela gestora da ABRA é o grande potencial de crescimento do setor. Mas em sua opinião, isto depende de algumas regulamentações e atualização de normas da atividade, para ampliar ainda mais a oferta de matéria-prima e permitir o processamento de número maior de subprodutos animais.
“A regulamentação da coleta das carcaças de animais mortos em propriedades, por exemplo, pode dar ao setor um ganho de produção de 13,6% por ano. Trata-se de uma uma oportunidade que a ABRA tem trabalhado para se tornar realidade para as indústrias do setor.”
Outro ponto, ressalta, é a questão de benefícios fiscais que o setor ainda não possui. “Nossa atividade é de utilidade pública, pois cuidamos para que resíduos da cadeia da carne, as partes não comestíveis, não sejam descartados no meio ambiente. O reconhecimento pelas autoridades como um setor de utilidade pública traria grandes benefícios ao setor e é possível afirmar que para a cadeia da carne como um todo.”
A INSTITUIÇÃO
A Associação Brasileira de Reciclagem Animal foi fundada em 2006 e congrega, atualmente, 22 grupos de indústrias recicladoras de resíduos de origem animal e 119 plantas produtoras, responsáveis por quase 70% de toda a produção nacional e por 85% das exportações de farinhas e 72% das vendas externas de gorduras animais.
O objetivo da ABRA é representar o setor de reciclagem animal e destacar a importância econômica, social e ambiental dessa atividade, bem como prezar pela qualidade, sanidade e sustentabilidade da produção.
Cátia destaca que a entidade sempre esteve atenta às necessidades do setor e às demandas do mercado consumidor.  Em 2012, criou o Programa ABRA que Aqui Tem Qualidade (AATQ), com as primeiras ações práticas iniciadas em 2015.
“Com isto, a associação pretende capacitar as indústrias para adotar boas práticas de produção e criar, por meio da acreditação das unidades de fabricação, rastreabilidade e certificação da produção brasileira das farinhas e gorduras de origem animal”, comenta gestora. “Desta forma, a entidade pretende gerar mais confiança a toda cadeia produtiva e contribuir para a abertura de novos mercados.”
Ela relata que, em novembro de 2012, a ABRA assinou um convênio com a Agência Brasileira de Promoção às Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), programa denominado Brazilian Renderers, que tem como objetivo promover as farinhas e gorduras de origem animal produzidas no Brasil e permitir a ampliação de indústrias brasileiras de reciclagem animal no mercado internacional.
“Esta parceria vem trazendo grandes benefícios ao setor, como a divulgação das farinhas e gorduras de origem animal brasileiras no exterior.”

Sancionada lei que trata de parcerias entre cooperativas e poder público

 

Lei nº 13.204/2015 estabelece novo regime jurídico das parcerias voluntárias entre Administração Pública e entidades sem finalidade lucrativa

 
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 novo regime jurídico das parcerias voluntárias entre a Administração Pública e entidades sem finalidade lucrativa, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 15 de dezembro com a inclusão do cooperativismo no escopo do normativo.    
A nova legislação é proveniente da MPV 684/2015 (PLV 21/2015), que contou com a atuação do Sistema OCB durante toda a sua tramitação no Congresso Nacional para que fosse assegurada a participação das cooperativas em parcerias com o poder público na forma de termos de fomento e de colaboração, que substituem os instrumentos jurídicos que previam convênios e contratos de repasse.
Nessa atuação, destacam-se a participação do sistema cooperativista na audiência pública que tratou sobre o tema; as reuniões com o deputado Eduardo Barbosa (MG), relator da matéria, e com os senadores Waldemir Moka (MS) e Gleisi Hoffmann (PR), apoiadores do pleito cooperativista; e o contato com a Secretaria de Governo da Presidência da República e com outras entidades para a elaboração de um texto que englobasse as cooperativas.
INOVAÇÕES
De acordo com a Lei nº 13.204/2015, as organizações da sociedade civil terão de participar de processo seletivo (chamamento público) e cumprir uma série de exigências para fechar parcerias com os governos. Entre os requisitos estão, por exemplo, a comprovada experiência no serviço a ser prestado, ter "ficha limpa" e, pelo menos, três anos de existência.
COOPERATIVISMO
Especificamente às cooperativas, o texto aprovado atende a continuidade de celebração de instrumentos que substituirão os atuais convênios e contratos de repasse, desde que estas estejam capacitadas para execução de atividades ou de projetos de interesse público e cunho social. A perspectiva é que fique a critério do gestor público avaliar se as ações atendem aos requisitos do interesse público e cunho social nestas parcerias. É importante frisar que o atendimento a estes requisitos é regra para qualquer parceria voluntária e não somente para as celebradas com cooperativas.
Além disso, as cooperativas deverão atender às exigências previstas na legislação específica, como a necessidade de constituição de conselho fiscal capaz de opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas, além da escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade.
O texto também prevê a relação de acordos de cooperação, quando o objeto envolver a celebração de comodato, doação de bens ou outra forma de compartilhamento de recurso patrimonial, hipótese em que o respectivo chamamento público observará o disposto na lei.

Agronegócio do Paraná terá mais um ano positivo em 2016

 


Depois de driblar a crise e segurar a economia em 2015, o agronegócio do Paraná deve ter mais um ano positivo em 2016, embalado pela expectativa de uma boa safra de grãos, crescimento do setor de carnes e ampliação de investimentos por parte das cooperativas.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara, diz que a economia rural vai bem e, nos últimos anos, deu suporte para que o Paraná alcançasse a posição de quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) do País. “O campo gera emprego, renda e ajuda a movimentar a economia dos pequenos municípios. O agronegócio representa um terço da economia paranaense. Se não fosse isso, os municípios do Interior teriam mais dificuldades no cenário de instabilidade política e econômica”, afirma.
Investimentos

O setor, puxado pelas cooperativas agropecuárias, continua com ritmo forte de investimento, mesmo com a recessão brasileira. Para 2016, as cooperativas programam R$ 2,5 bilhões em investimentos, 8% mais do que os R$ 2,3 bilhões aplicados em 2015, de acordo com o Sindicado e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).
A maior parte dos recursos vai para projetos de agroindustrialização. “Há um sentimento bom no Interior por conta do agronegócio. Muitas indústrias estão investindo no Estado, novas unidades sendo instaladas. O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, por sua vez, encerrou o ano com mais R$ 1,1 bilhão emprestados para o setor no Paraná. Os investimentos ocorrem mesmo na crise e por isso os resultados aparecem”, diz o secretário da Agricultura.
Resistência 

De acordo com Flavio Turra, gerente técnico da Ocepar, o setor de alimentos tem uma resistência maior aos efeitos da crise econômica brasileira e apresenta uma demanda consistente. Além disso, a alta do dólar favoreceu as exportações e mais que compensou a queda nos preços das commodities.
As cooperativas paranaenses fecharam 2015 com exportações de US$ 2,4 bilhões, contra US$ 2,3 bilhões no ano anterior. Depois de registrar um crescimento de receita de 12% em 2015, chegando a R$ 49 bilhões, as cooperativas agropecuárias esperam aumento 7% a 8% no faturamento para 2016.
Avicultura 

Um dos setores mais importantes para o agronegócio paranaense, a avicultura também tem boa expectativa para 2016. Maior produtor e exportador de frango do País, o Paraná deve repetir o resultado favorável de 2015. A projeção do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) é de um crescimento de 4% a 6%.
Além de ganhar espaço na mesa do brasileiro, por ser uma proteína mais barata do que a carne bovina, a carne de frango também registra aumento nas exportações. Domingos Martins, presidente do Sindiavipar, explica que hoje mais de 150 países compram o frango paranaense. As oportunidades de expansão são grandes, principalmente com as restrições sanitárias impostas a alguns mercados, como Estados Unidos e México, por conta da gripe aviária.
Martins afirma que o Paraná tem uma cadeia integrada de produção, que preza pela sanidade animal graças à parceria entre as empresas e o Governo do Estado, por meio da Adapar ( Agência de Defesa Agropecuária do Paraná).
Venda antecipada
Outro ponto positivo para 2016 é que os produtores anteciparam a venda da safra de soja que começa ser colhida no fim de janeiro. Um terço da produção já foi comercializada, contra uma média, nos últimos anos, de 20% para essa época do ano. Com o dólar favorável, a venda de soja ganhou velocidade já em 2015. Em média, o produtor está recebendo R$ 65,47 por saca, 12% acima do valor praticado em dezembro de 2014.
De acordo com Francisco Simioni, diretor geral do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a expectativa é de uma boa safra de verão 2015/2016, com 22,2 milhões de toneladas, ligeiramente superior ao recorde do período anterior, de 22 milhões de toneladas.
O único receio diz respeito aos efeitos do fenômeno El Niño, que provoca excesso de chuvas no Sul e pode comprometer a produtividade e a qualidade dos grãos. A safra de soja, principal do Estado, deve render o volume recorde de 18 milhões de toneladas.
Diversificação
O vigor exibido pelo setor agrícola se deve a uma reunião de fatores, na avaliação de Francisco Simioni, do Deral. A sucessão de safras bem sucedidas, a diversificação da produção e o trabalho conjunto entre o Governo do Paraná e a iniciativa privada, tanto na pesquisa e apoio técnico como no desenvolvimento de programas voltados para o setor, ajudaram a fazer do agronegócio paranaense um dos mais fortes do País.
“Todos os grandes programas do governo, como Plante seu Futuro, Modernização da Pecuária de Corte, Trator Solidário e Seguro Rural foram desenvolvidos em parceria”, diz.

O Paraná bateu, em 2015, vários recordes de produção, de acordo com o secretário Norberto Ortigara. “Nunca se produziu tanto frango, suínos e leite e grãos, com uma safra recorde de 38 milhões de toneladas”, diz.

Receitas da Indústria extractiva poderão financiar economia verde, diz o Banco Africano de Desenvolvimento

 

Um novo "fundo de investimento da economia verde", apoiado pelas arrecadações da indústria extractiva, poderia estimular o investimento em infraestruturas vitais em Moçambique.
 
A recomendação consta da revisão de políticas do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que pretende apoiar as metas de desenvolvimento sustentável de Moçambique.
O banco diz que os valores resultantes da indústria extractiva poderiam ser investidos em portfolios financeiros diversificados, como acções e imobiliária, cujas receitas seriam usadas em actividades de economia verde.
Entre as áreas de investimento, o banco destaca o aproveitamento do potencial hidro, iólico e solar para a produção de electricidade, aproveitamento da eletricidade e gás nos meios de transporte, e construção de estradas ligando os principais mercados às zonas de produção agrícola.
A pesquisadora Fatima Mimbire, do Centro de Integridade Pública, considera a proposta salutar, porque pode produzir mudanças.
“A situação é que as comunidades não estão a ter o real benefício da exploração de recursos minerais em termos qualitativos”, diz.
Mimbire, cuja área de concentração é a indústria extractiva, faz referência à zonas em Tete, onde há investimento estrangeiro na extração de carvão mineral, que ainda carecem de condições básicas para as comunidades.
Diz ela que “no reassentamento de Cateme, por exemplo, não existe uma estrada em condições” para escoar a produção dos camponeses e facilitar a sua movimentação para fazer os seus pequenos negócios.
Mimbire adverte que, além de se apostar no investimento proposto pelo BAD, é preciso melhorar a comunicação com as comunidades que acolhem novos projectos da industria extractiva, com realce para Tete e Cabo Delgado, onde as pessoas chegam a ter falsas expectativas sobre os ganhos e oportunidades.
Ela  recorda que “em Palma (Cabo Delgado) acompanhamos uma consulta pública na qual as pessoas das comunidades não tiveram uma explicação clara sobre os benefícios e as autoridades prometeram emprego sem ressalvar que na fase de exploração haverão poucas vagas para os locais”.

A consolidação da Economia Solidária

 



Um pequeno produtor é um pequeno produtor. Dois pequenos artesãos dois pequenos artesãos. Três pequenos pescadores são três pequenos pescadores. Mas quando são muitos e estão reunidos, eles viram outra coisa ­ tornam­-se protagonistas da Economia Solidária, uma vertente da economia que deixou para trás o estigma de “ação de desempregados” e hoje é cada vez mais uma alternativa relevante de ocupação e renda. Em todo o país há cerca de 1,5 milhão de trabalhadores associados a empreendimentos solidários, movimentando recursos que chegam a 1% do PIB nacional ­ o que parece pouco percentualmente falando, mas que atinge a significativa soma de R$ 50,5 bilhões.

O destaque da Economia Solidária, porém, não se deve apenas ao montante de dinheiro que faz circular. É importante também porque atua de forma coletiva e associativa (tornando fortes os que isolados são fracos), compartilhando os recursos do que produz e funcionando em modelo de autogestão (sem “donos”  nem “empregados”). E também pela variedade das áreas em que atua: agricultura familiar, pesca artesanal, artesanato, agroecologia, catadores... 
  Hoje traz uma ilustrativa matéria sobre a Economia Solidária em Pernambuco. Em nosso estado existem 1.503 empreendimentos solidários. O município que lidera o quantitativo é Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, com 89 projetos, correspondente a 6% do total. Já o município com mais projetos no interior do estado é Garanhuns (Agreste), com 43. Merece destaque também o fato de que um em cada dois dos sócios pernambucanos almejam ter o próprio negócio com a Economia Solidária.

A reportagem conta histórias de empreendimentos solidários como o do grupo Troque por Arte, de Jaboatão, que recolhe  como doações material que iria para o lixo e o transforma em produtos de artesanato. E o de Catende (Zona da Mata), em que existem 39 projetos solidários com características rurais, com a participação de muitos trabalhadores egressos da Usina Catende, criada em 1890 e que teve falência decretada em 1995. No seu período de maior prosperidade, foi a maior usina da América Latina.

A Economia Solidária tem se mostrado uma alternativa valiosa de combate à pobreza no Brasil. Em uma economia incapaz de absorver a todos, é importante a existência de modelos alternativos que garantam produção e renda. Mas não se trata de uma forma de organização do trabalho destinada a funcionar apenas em países com problemas de desenvolvimento. Está presente também em nações com economia pujante, como a Alemanha. Em comparações com os participantes dos projetos nesses países, há diferenças significativas. Na Alemanha, por exemplo, os empreendedores solidários têm um alto nível de instrução e fazem parte dos projetos não para sair da pobreza, e sim em busca de um modelo alternativo de vida, conforme mostrou o filósofo alemão Bastian Ronge, que participou de evento sobre o tema no Recife, em outubro passado.

Os primeiros empreendimentos solidários surgiram aqui nos anos 1980, no rastro de grave econômica vivida então pelo país, e ganharam solidez a partir dos anos 1990. Como fenômeno recente, ainda há muito que se discutir sobre ele. Mas não há dúvidas que é algo que já mostrou que veio para ficar.