quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Proposta garante incentivos fiscais para empresas de reciclagem

  A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou proposta que garante incentivos fiscais para empresas que exerçam de forma preponderante a atividade de reciclagem ou atividades relacionadas a etapas preparatórias da reciclagem.

Entre os benefícios, está a redução das alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Mauro Pereira (PMDB-RS). O parecer dele foi pela rejeição do projeto principal (PL 2101/11, do ex-deputado Nelson Bornier) e do PL 2215/11, apensado, e pela aprovação de sete propostas apensadas (PLs 2355/11, 6887/13, 2380/11, 2909/11, 5646/13, 635/15 e 7127/14). Ele elaborou novo texto contemplando estes sete projetos.
“Em iniciativa pouco comum no Brasil, as propostas colocam a tributação como mecanismo que incentive a adoção de processo produtivo limpo. Isto é, em vez de taxar quem polui, estimula-se a não poluir”, explicou Mauro Pereira. Ele optou por rejeitar o projeto principal – que isenta de impostos federais, por 20 anos, as empresas que adotarem processo produtivo e descarte que não poluam o meio ambiente – por considerar que apresenta “meramente um dispositivo genérico, para cuidar de uma questão com certa complexidade”.
Redução do IPI
O substitutivo traz uma série de incentivos fiscais na área ambiental para empresas, alterando quatro leis (9.249/95, 11.196/05, 12.305/10 e 12.375/10).
Pela proposta, as empresas que exerçam a atividade de reciclagem de resíduos sólidos ou as atividades preparatórias à reciclagem poderão ter reduzidas pela metade as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidentes sobre importação ou aquisição de máquinas e equipamentos destinados à reciclagem ou à produção de energia renovável.
O benefício só será concedido para as empresas que tiram pelo menos 80% da sua receita bruta anual das atividades de reciclagem de resíduos sólidos. Caso a empresa processadora de resíduo sólido venda ou alugue as máquinas antes de dois anos, o IPI será pago normalmente, com multa e juros. Além do incentivo, elas poderão contar ainda com a depreciação acelerada, uma forma de benefício que reduz o imposto pago sobre o ativo imobilizado (máquinas e equipamentos).
O texto autoriza também o abatimento de metade do IPI cobrado de máquinas e equipamentos adquiridos por empresas que prestem serviços de aterro sanitário e industrial.
Outros incentivos
O substitutivo traz ainda outros incentivos para o setor empresarial:
- concede crédito presumido de IPI (tipo de incentivo fiscal que reduz o valor do imposto cobrado), até 2025, para empresa tributada com base no lucro real que adquira resíduos sólidos para serem utilizados como matérias-primas ou produtos intermediários em seu processo produtivo;
- suspende a contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita de venda, no mercado interno, de mercadorias que utilizem desperdícios, resíduos ou aparas de plástico, papel ou cartão, vidro, ferro ou aço, cobre, níquel, alumínio, chumbo, zinco e estanho;
- proíbe a cobrança de IPI, no caso de empresas tributadas pelo lucro presumido ou optantes do Simples Nacional, sobre desperdícios, resíduos ou aparas de plástico, de papel ou cartão, vidro, ferro ou aço, cobre, níquel, alumínio, chumbo, zinco e estanho;
- autoriza as empresas a deduzir as despesas com encerramento e manutenção pós-encerramento de aterro de resíduos sólidos, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido.
Tramitação
Já aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o projeto tramita em regime de prioridade e será analisado agora pelas comissões de Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovado, seguirá para votação no Plenário da Câmara.

Brasil supera recorde em reciclagem de alumínio com alta do preço da energia

 




  o maior coletor de latas de alumínio do mundo, superou em 2014 seu próprio recorde em reciclagem desse tipo de material, com 98,4% de reutilização, em parte pela alta do preço da energia, informaram nesta segunda-feira fontes do setor.
Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal), os números que são positivos para o meio ambiente refletem também a situação frágil da economia do país que, desde o ano passado, sofre com um doloroso processo de arrefecimento, recessão do PIB (Produto Interno Bruto) e inflação que dobra a meta estabelecida.
Com esse cenário, os custos do uso de energia na indústria se elevaram e a produção primária do alumínio encareceu, por isso que a reutilização do material, a partir da reciclagem, ganhou mais força, com 98,4%, 1,3% a mais que em 2013, quando tinha estabelecido um recorde.
Entre março de 2014 e o mesmo mês de 2015, o preço da energia no Brasil teve um aumento de 60% segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), depois de anos de um controle por parte do governo.
"O alumínio migra para onde a energia é mais barata e infelizmente vivemos uma desindustrialização do alumínio primário", afirmou à Agência Efe o coordenador do Comitê de Mercado de Reciclagem da Abal, Mario Fernández.
De acordo com Fernández, "as indústrias que insistem em fazer a produção do alumínio primário são aquelas que produzem com sua própria energia, pois sem isto não poderiam fazê-lo".
A produção do alumínio secundário, a partir da reciclagem, tem um consumo de energia 95 % menor comparado ao processo primário, cuja produção mundial migrou para países como a Rússia e China, apontou Fernández.
"Infelizmente, o alumínio secundário é limitado. Hoje estamos em 500 mil toneladas por ano e não há como colher mais que isto sem importar ferro-velho, uma coisa que já fazemos", explicou.
De acordo com Abal, o Brasil consome anualmente 1,4 milhão de toneladas de alumínio, das quais 33% são destinados a embalagens como latas de bebidas e outros produtos.
Para os próximos anos, acrescentou Fernández, o país pode viver um novo "boom" no consumo do mineral por sua aplicação na indústria de veículos como alternativa para reduzir o peso dos carros e permitir mais economia no consumo de combustível.
"O primeiro 'boom' do alumínio no Brasil foi com as embalagens e o segundo 'boom' será nos veículos automotores que pela legislação têm que reduzir as emissões de carbono e isso só poderá ser feito pela substituição do combustível ou pela redução do peso com o uso do alumínio", explicou.
O Brasil tem uma média de 30 quilos de alumínio por carro frente a 150 quilos aplicados pela indústria automobilística dos Estados Unidos.
"A possibilidade de expansão que há no Brasil é gigante", disse Fernández, que alertou que com os níveis de reciclagem tão altos é necessário mais consumo de latas para aumentar a oferta de reutilização.
Entre 2013 e 2014, de acordo com a patronal, as vendas de latas de alumínio no Brasil tiveram um aumento de 11,1% frente a um aumento de 12,5% da reciclagem no mesmo período, que deixa o país sul-americano à frente do Japão, Estados Unidos e Europa.
A cultura da reciclagem no Brasil obedece ao fato de comunidades pobres, organizadas em cooperativas ou informalmente, têm na coleta de latas a única fonte de ingressos para suas famílias.
Ángela Gonzaga, presidente da cooperativa de reciclagem do distrito de Moreira Cessar, em Pindamonhangaba -interior do estado de São Paulo-, contou à Efe que a população não tem consciência para a separação dos materiais, que chegam sujos ou misturados com outros, como papéis.
"Acho que se tivéssemos um pouco mais de apoio para conscientizar a população, seria muito melhor nosso trabalho, renderia muito mais", opinou Gonzaga, que além disso disse que uma quinta parte dos membros de sua cooperativa tem unicamente a função de separar os materiais, perdendo tempo e eficiência no processo.
Com uma separação adequada, por parte da população, a reciclagem aumentaria o dobro, considerou a cooperativista.

Larva que come plástico pode ter papel-chave na reciclagem

 

Todo ano, centenas de toneladas de plástico são descartadas em todo o mundo, pondo em riscos inúmeros ecossistemas de nosso planeta. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas 10% do plástico que se utiliza anualmente é reciclado.
Agora, uma equipe de cientistas da Universidade de Stanford, na Califórnia, acaba de apresentar um estudo que sugere uma solução, em um futuro próximo, para o grande problema da contaminação por plástico, substância que pode levar centenas de anos para se decompor.
A chave está em uma pequena larva de besouro conhecida como bicho-da-farinha (Tenebrio molitor). Os pesquisadores descobriram que ela consegue se alimentar de isopor, ou poliestireno expandido, um plástico não biodegradável.
Os pesquisadores descobriram que esses insetos transformam metade do isopor que consomem em dióxido de carbono e a outra metade em excremento como fragmentos decompostos.
Além disso, comprovaram que o consumo de plástico não afeta a saúde das larvas.
Isso os transforma em uma potencial arma de reciclagem de resíduos plásticos.
O segredo destas larvas está nas bactérias que elas têm em seus sistemas digestivos, com capacidade de decompor o plástico.
Segundo os autores do estudo - em que colaboraram especialistas chineses e cujos resultados foram publicados na revista Environmental Science and Technology - esta é a primeira vez em que se obtém provas detalhadas da degradação bacteriana de plástico no intestino de um animal.
A compreensão exata de como as bactérias dentro das larvas da farinha fazem esta decomposição dá origem a uma nova maneira de tratar os resíduos plásticos.

'Enfoque inovador'

"É um enfoque muito inovador para enfrentar ao enorme problema que representa a contaminação do plástico", explica Anja Malawi Brandon, doutoranda da Universidade de Stanford que participou da pesquisa.
"É preciso pensar de forma inovadora sobre o que fazer com todo o plástico que acaba no meio ambiente. Esse estudo está mudando a percepção de como fazer a gestão de detritos plásticos", disse Brandon à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC."Foi demonstrado que o bicho-da-farinha é capaz de converter 50% do plástico que consome em CO2, o que é uma quantidade enorme."
Segundo Brandon, o grupo agora pesquisa outros tipos de plástico que podem ser decompostos pelas larvas.
"As bactérias em seus estômagos tornam possível essa degradação e poderiam ser capazes de degradar outros plásticos. Estamos estudando uma maneira de extrair essas bactérias e utilizá-las diretamente para tratar o plástico."
Brandon diz que os pesquisadores estão convencidos de que, na natureza, há outros insetos com uma habilidade similar à do bicho-da-farinha.
"Esperamos que este enfoque se converta em um futuro próximo em parte do sistema de manejo de resíduos plásticos."

TI pode ser a chave para atingir as metas de desenvolvimento sustentável da ONU

  Há cerca de dois meses, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 17 objetivos e 169 metas para o desenvolvimento sustentável. A proposta é refletir todas as grandes problemáticas sociais, e os países-membros da ONU devem cumprir as metas estabelecidas até 2030. Para Sergio Quiroga, presidente da Ericsson na América Latina e Caribe, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) – e, em particular, a tecnologia móvel – podem acelerar o alcance das metas de desenvolvimento sustentável. Esta é uma das descobertas de uma pesquisa intitulada “As TICs e as Metas do Desenvolvimento Sustentável”. As metas exigem vários avanços, incluindo o fim da pobreza extrema e da fome e a melhoria do acesso aos cuidados de saúde e educação, a proteção do meio ambiente e a construção de sociedades pacíficas e inclusivas. De acordo com o relatório, os governos precisam garantir que todo o setor público, incluindo serviços de saúde, educação e infraestrutura, seja totalmente suportado por sistemas de TIC de alta qualidade. “Vimos que um aumento de 10% na penetração de banda larga resulta no crescimento médio de 1% do PIB sustentável. No entanto, em alguns países, o aumento é ainda maior: até 5% ou 10%. Isso pode fazer uma diferença real na vida das pessoas”, disse Quiroga durante o Internet Governance Forum 2015, que aconteceu em João Pessoa, na Paraíba. Até 2020, 90% da população mundial terá acesso a redes de banda larga móveis, o que traz oportunidades sem precedentes para tratar os desafios globais de desenvolvimento sustentável. “Acreditamos que as novas metas devam aproveitar tecnologias existentes e amplamente distribuídas, mas também que os futuros desenvolvimentos em TIC – incluindo banda larga móvel de próxima geração, a Internet das Coisas, inteligência artificial, impressão 3D e outras – vão fornecer as ferramentas para avanços sem precedentes nas áreas de saúde, educação, serviços de energia, agricultura e proteção e monitoramento ambiental”, completou.


Durão Barroso diz que crise é oportunidade para desenvolvimento sustentável de Angola

 
 
O ex-presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, defendeu esta terça-feira, em Luanda, que a crise que Angola vive, devido à quebra das receitas petrolíferas, deve ser vista como uma "oportunidade" para criar um "desenvolvimento mais sustentável" no país.
O também antigo primeiro-ministro português falava à margem da conferência "Angola nos próximos 10 anos: Oportunidades e Desafios", que serviu de apresentação da revista Forbes Angola, cujos direitos foram adquiridos pela empresária angolana Isabel dos Santos.

"Se é verdade que o crescimento pode ser mais baixo do que foi no passado, o desenvolvimento pode até ser mais elevado. Eu acho que esta é a melhor ocasião para a diversificação da economia de Angola", afirmou Durão Barroso, referindo-se à crise que a quebra da cotação internacional do barril de crude tem provocado nas finanças e no crescimento angolano.

As receitas fiscais angolanas com a exportação de petróleo tinham, até 2014, um peso de mais de 70 por cento do total, mas, segundo o Governo, deverão descer este ano para 36,5%, devido à situação internacional no sector.

"Espero que a actual conjuntura seja vista como uma oportunidade para um desenvolvimento mais sustentável, para um desenvolvimento não apenas de crescimento económico apoiado num sector, mas um verdadeiro desenvolvimento económico, social, educacional e cultural", apontou Barroso.

Recordou que "continuará a ser importantíssima a exploração de petróleo e das matérias-primas extraordinárias de que Angola dispõe", mas que a aposta deve agora centrar-se, também, na agricultura, indústria e na criação de pequenas e médias empresas angolanas.

Assim como o investimento na educação angolana, nos recursos humanos e "o progressivo alargamento da classe média", angolana, criando dessa forma "mais hipóteses de consumo e de crescimento".

"Eu lembro-me de ver este país, a que estou tão ligado, completamente destruído, momentos terríveis, e Angola pôs-se de pé. Angola tem, pois, condições, de vontade, de resiliência, de resistência, capazes de ultrapassar as atuais dificuldades. Tenho sinceramente uma grande confiança no futuro de Angola", concluiu Durão Barroso, que era secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação quando foram assinados os acordos de paz de Bicesse que conduziram à realização das primeiras eleições em Angola, em 1992.

Nazarbayev aposta em desenvolvimento sustentável no Cazaquistão

 


 - O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, reafirmou nesta sexta-feira sua aposta de se atingir as metas de desenvolvimento sustentável propostas pela Unesco e destacou seus avanços em desenvolvimento e modernização do país, durante a terceira rodada da Conferência Geral desta organização da ONU em Paris.

Em seu discurso, Nazarbayev insistiu em sua aposta em setores-chave como educação e desenvolvimento tecnológico, após apresentar alguns dados sobre a redução da pobreza e da mortalidade infantil na república centro-asiática.

Sobre o problema do terrorismo internacional, o presidente do Cazaquistão insistiu em que "é necessário combatê-lo criando uma rede comum de todos os países unidos contra esta barbárie".

"É preciso alcançar a paz e a estabilidade internacional, unir-se para resolver conflitos e promover a tolerância e o respeito, como o país o qual represento, no qual convivem muitos grupos étnicos e religiões diferentes", acrescentou.

Nazarbayev lembrou que a ex-república soviética é membro da lista de países com Patrimônio Mundial da Unesco desde 2013, por isso que reiterou seu compromisso de "preservar a valiosa arquitetura que é herança mundial" e que está sendo objeto contínuo de ataques terroristas.

Membro também do Espaço Europeu da Educação Superior (Processo Bolonha) desde 2010, assinalou a importância de continuar fomentando este setor para continuar avançando e apostando no progresso.

O Cazaquistão, que celebra este ano 550º aniversário das origens da nação, mencionou também sua rejeição à posse de armas nucleares em um país como o seu, rico em urânio, utilizado agora "só com fins pacíficos".

Nazarbayev encerrou seu discurso com um convite para a próxima Exposição Internacional (Expo 2017) que será realizada em Astana, capital do país.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Rede Portuguesa de Economia Solidária criada em Rio Maior

 


Quarenta e cinco entidades constituíram, em Rio Maior, a Rede Portuguesa de Economia Solidária, para reunir organizações e pessoas que se reveem num conceito de economia ecocêntrica, que vê o Homem como parte da natureza, segundo um dos fundadores.

Rogério Roque Amaro, orador do colóquio "Economia Solidária -- Pertinências e Desafios de um conceito e de práticas inovadoras" - que se realiza na sexta-feira à noite no Fórum Actor Mário Viegas, integrado nas comemorações dos 35 anos do Centro Cultural Regional de Santarém - disse à Lusa que, embora ainda não constituída juridicamente, a Rede Portuguesa de Economia Solidária (RPES) é já uma realidade.
Com 23 entidades individuais e 22 organizações como membros fundadores, a RPES esteve representada na Feira de Economia Solidária da Catalunha (Espanha), que se realizou em Barcelona entre 23 e 25 de outubro, estando em curso a adesão à Rede Europeia de Economia Solidária, um `braço` da Rede Intercontinental de Promoção da Economia Solidária, surgida em 1997 em Lima, no Peru.
Numa assembleia realizada a 17 de outubro, foi escolhido o logotipo e apresentado o blogue da RPES (https://rpespt.wordpress.com/).
"Economia solidária é um conceito e uma prática relativamente recente em Portugal continental e ainda não bem assimilado nem muito reconhecido", disse Roque Amaro à Lusa, assinalando que nos Açores esta "economia alternativa" é uma realidade há mais de três décadas.
A região foi pioneira em práticas que visaram dar resposta a situações de pobreza extrema, dos expatriados e de jovens para os quais não havia respostas da "economia dominante", muitas vezes "geradora desses problemas".
O aparecimento de trabalhos de investigação, a intervenção no terreno de organizações como a Cooperativa Terra Chã - que, na aldeia de Chãos, desenvolve iniciativas que se inserem no conceito de economia solidária, com a revitalização de valores culturais e ambientais e promovendo o "regresso à aldeia" - e o "número crescente de organizações e pessoas fora dos núcleos universitários que começam a ter a economia solidária como referência" levaram à constituição da rede, apontou o responsável.
A RPES teve a sua assembleia fundadora a 08 de agosto, em Chãos, da qual saiu um manifesto que justifica o aparecimento da rede "num momento crucial, em que as várias crises (económicas, financeiras, sociais, ambientais, políticas, civilizacionais e de conhecimento) têm provocado inúmeros sofrimentos e indignidades (sociais, ambientais, culturais, económicas e políticas)".
"As profundas fragilidades e falhas das formas económicas e políticas dominantes estão a tornar-se ameaças e problemas preocupantes para o futuro da Humanidade e da vida no planeta e a pôr em causa valores essenciais como a solidariedade, a equidade, a democracia e a transparência", refere o manifesto.
Roque Amaro afirmou que o conceito e a prática da economia solidária surgiram como alternativa para assegurar esses valores "em várias geografias - América Latina, Canadá, Europa e atualmente também na América do Norte".
O professor do Departamento de Economia do ISCTE - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e coordenador do curso de pós-graduação e mestrado em Economia Social e Solidária sublinha que a economia solidária procura recuperar dimensões da economia social que se foram perdendo com a assunção por esta de um caráter mais assistencialista e próximo da economia de mercado.
"A economia solidária não se envergonha de ser economia, quer ser, mas quer ser alternativa, recuperar valores iniciais da economia social que se perderam", como os da democracia participativa e da relação entre iguais, explicou.
Além disso, quer abarcar outros valores como a diversidade cultural e outras formas de solidariedade, "como com o ambiente, de acordo com uma sociedade não antropocêntrica mas ecocêntrica", acrescentou.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

estou de férias amigos , ate novembro .

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A criatividade como uma fonte de renda

 

Governo de Mato Grosso aposta no capital intelectual como um poderoso recurso produtivo

 

Fazer da criatividade uma fonte de renda e, consequentemente, contribuir para a geração de emprego e redução da desigualdade social. Este é um dos objetivos da economia criativa, modelo de negócio que tem o capital intelectual como principal recurso produtivo. Como parte das políticas públicas da atual gestão, o Governo de Mato Grosso lançou, na quinta-feira (17), o MT Criativo, programa de desenvolvimento da economia criativa no estado.

Além da assinatura do programa e de uma palestra sobre Economia Criativa ministrada pela consultora Eliane Costa, do Rio de Janeiro, a noite de lançamento no Palácio Paiaguás contou com uma movimentada feirinha criativa onde empresários de diversos segmentos, das artes à gastronomia, passando pela moda e tecnologia, puderam expor e comercializar seus produtos e também divulgar para um número maior de pessoas o conceito de economia criativa.

“A economia criativa representa uma atividade econômica que tem como valor agregado a criatividade, um potencial rico que Mato Grosso tem para ser ampliado nesse segmento e que precisa de suporte, de políticas públicas, a fim de ser desenvolvido em sua plenitude”, observou o titular da Secel, Leandro Carvalho.

A iniciativa, que faz parte do programa Transforma Mato Grosso, é desenvolvida pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Trabalho e Assistência Social (Setas), Educação (Seduc) e Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci).

A modelagem do programa contou com a participação do Sebrae e consultoria do Barcelona Media, um dos principais centros tecnológicos da Europa que atua com projetos de inovação voltados, entre outros, para a economia criativa.

“Esta é uma ação intersetorial, que envolve várias secretarias, e essa transversalidade é uma das características desta gestão. Com o Programa da Economia Criativa vamos fazer com que a criação, a criatividade nos aspectos intelectuais e culturais, possa ter um valor econômico agregado nas mais diversas áreas”, ressaltou o governador Pedro Taques.

O programa de desenvolvimento da Economia Criativa em Mato Grosso contará com várias ações nos eixos de estudo e pesquisa, capacitação e formação, fomento e financiamento, além de estímulos aos territórios criativos como o Centro de Economia Criativa, que será instalado na antiga sede da Secel na avenida Getúlio Vargas.

Oportunidade - Cirurgião dentista e, nas horas vagas, corretor de imóveis, Nezer Fares encontrou nos pães artesanais uma maneira de expressar sua paixão pela gastronomia de maneira saudável. Há cinco meses ele passou a comercializar os pães que antes produzia apenas para o próprio consumo. “Acho importante haver um incentivo por parte do governo para a economia criativa. Nos ajuda a alavancar o negócio e é também uma forma de disseminar mais informação a respeito”.

Para Edison Xavier, diretor do Startup MT, que desenvolve software para micro e pequenas empresas, o programa de governo será uma porta de entrada para quem tem ideias inovadoras, mas faltam incentivo, ferramentas e conhecimento suficiente. “Este empenho do governo do estado é fundamental para que os negócios saiam do papel, se tornem promissores e passem a caminhar com as próprias pernas”, observou.

Segmentos que compõem a economia criativa

- Artes: artes visuais, cênicas, audiovisual, música, literatura, fotografia, artesanato, bibliotecas, museus e galerias, patrimônio material e imaterial, cultura popular e tradicional.

- Negócios digitais: startups, fablabs, mídia digital, software, games, novas mídias e mídias sociais.

- Criações funcionais: arquitetura e urbanismo, moda, design, publicidade, gastronomia e turismo. 

Ambev promove consumo responsável em Cuiabá

  
 
100 funcionários da companhia em Mato Grosso visitarão bares e restaurantes para passar a mensagem do consumo consciente de bebidas alcoólicas a donos e garçons;
Cervejaria também realizará ações de conscientização em frente a faculdades da capital;
Dia de Responsa chega a sua sexta edição e acontece em 25 países
Nesta sexta-feira (18), 100 colaboradores do Centro de Distribuição Direta da Ambev de Cuiabá participarão do Dia de Responsa, data criada pela companhia para celebrar o compromisso diário com o consumo responsável de bebidas alcoólicas. Os funcionários paralisarão suas atividades diárias para difundir a mensagem de consumo consciente a donos de bares, restaurantes e supermercados. A cervejaria também promoverá a ação chamada de Blitz de Responsa nas proximidades da Universidade de Cuiabá (Unic) e do Centro Universitário Cândio Rondon (Unirondon), a fim de conscientizar os consumidores.
Para dar início às atividades do Dia de Responsa, o time da Ambev em Cuiabá promoverá o Curtisom de Responsa hoje, a partir das 18h, no Bar Uvas Verdes, na Avenida Beira Rio. O objetivo da iniciativa é conscientizar o público sobre a proibição da venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos e da importância de não consumir em excesso ou associado à direção.
Em diversas cidades do País, toda a diretoria da Ambev sairá às ruas para conversar pessoalmente com donos e funcionários dos estabelecimentos comerciais. Em São Paulo, por exemplo, Bernardo Paiva, presidente da companhia, visitará bares e restaurantes da capital. Criado há seis anos, o Dia de Responsa reafirma o compromisso diário da cervejaria com a promoção do consumo responsável de bebidas alcoólicas e engaja, no Brasil, mas de 34 mil funcionário. A data também é comemorada nos outros 24 países onde o grupo Anheuser-Busch InBev atua.
A Ambev e o consumo responsável

A Ambev organiza ações de defesa das práticas de consumo responsável há mais de 12 anos. Desde 2003, a companhia acompanha as discussões da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os efeitos do uso inadequado de bebidas alcoólicas. Naquele ano, a empresa lançou o pioneiro Programa Ambev de Consumo Responsável.

As ações da Ambev têm o objetivo de estimular o cumprimento da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas a menores; promover a segurança viária; e incentivar o consumo moderado.

Além do programa de treinamento em práticas de consumo responsável que a Ambev promove para profissionais de bares, restaurantes e eventos de todo o Brasil, batizado de Bar de Responsa, a companhia possui ainda os projetos: Na Responsa!, Supermercado de Responsa e Papo em Família.

O Na Responsa! começou em 2010 e hoje reúne 22 ONGs de quatro estados brasileiros. Desde a sua criação, o projeto conseguiu impactar mais de 18 mil jovens diretamente, reuniu mais de 106 mil pessoas em eventos do programa e impactou 7,8 milhões de pessoas com ações de comunicação. Com apoio, orientação e acompanhamento da Ambev, cada uma das ONGs desenvolve um trabalho diferenciado de acordo com a realidade local para conscientizar os menores de idade que eles não devem beber.

Regularmente, a Ambev realiza o Seminário Social, evento em que todas as ONGs se reúnem para apresentar os resultados de suas ações, discutir os desafios atuais, cocriar novas ideias e soluções e também compartilhar melhores práticas. Por meio do Na Responsa, a Ambev tem encontrado iniciativas de prevenção simples, eficazes e de baixo custo de serem reaplicadas, as chamadas tecnologias sociais. Essas ferramentas têm colaborado com a elaboração de políticas públicas voltadas para o uso consciente do álcool.

O Supermercado de Responsa é uma parceria com redes de supermercados que visa evitar que menores de idade consigam comprar bebidas alcoólicas nesses estabelecimentos do país. A Ambev desenvolveu um software que, instalado nos caixas das lojas de supermercado, identifica os códigos de barra das bebidas alcoólicas. Quando isso ocorre, o operador do caixa recebe um aviso na tela para solicitar um documento que ateste a maioridade do consumidor. Com o documento em mãos, o funcionário insere a data de nascimento do cliente e, comprovada a idade superior a 18 anos, a venda é autorizada.

Já o Papo em Família é um projeto lançado em 2013 para orientar os pais a prevenir o consumo de álcool por seus filhos menores de 18 anos. O programa foi criado em parceria com a Maurício de Sousa Produções e conta com uma série de materiais didáticos multimídia, todos ilustrados pela Turma da Mônica Jovem e pela da Turma da Tina

Cooperativas melhoram a vida do povo no nordeste da China

  

O nordeste da China é uma das principais de base de produção de cereais do país e exporta para mundo todo. Com o processo de urbanização, muitas províncias estão procurando meios para modernizar a agricultura, incluindo a transferência do direito de uso da terra cultivável e o estabelecimento de cooperativas etc. Recentemente, a nossa reportagem visitou a vila de Wuliming na cidade de Zhaodong da província de Heilongjiang, para conhecer os resultados obtidos através das cooperativas.
 
A terra em Heilongjiang é própria para o cultivo de cereais. Esta vantagem tornou a agricultura o pilar econômico da província. O especialista da Universidade da Agricultura do Nordeste, Wei Shi, disse:
 
"Heilongjiang é uma grande província agrícola, com uma grande área cultivável, o volume de produção grande e uso de materiais de produção agrícola também. O desenvolvimento agrícola da província foi veloz nos últimos anos. Dez anos atrás, a maior parte da nossa agricultura era tradicional. As políticas de reforma e abertura, o reforço do poderio do país e o aumento dos investimentos transformaram o conceito do desenvolvimento agrícola e promoveram também o desenvolvimento da província de Heilongjiang."
 
A transformação do modelo de desenvolvimento agrícola não consiste em apenas oferecer mais alternativas, mas também é uma missão impreterível. Segundo os dados divulgados pela Administração Estatal de Estatísticas, o ritmo de crescimento do PIB da província de Heilongjiang nos primeiros três trimestres de 2014 foi apenas 5,2%, ficando em último lugar no ranking nacional. Os motivos do baixo ritmo de crescimento são variados e um deles é o sistema de produção e venda agrícola defasado.
 
Com a globalização, a província de Heilongjiang começou a promover testes na transferência de direito de uso da terra cultivável e reforço das cooperações. A vila de Wuliming da cidade de Zhaodong da província de Heilongjiang começou em 2009 a promover as cooperativas, melhorando a vida dos agricultores locais.
 
Para promover a transferência da terra e a aquisição de equipamentos, o governo sempre oferece facilidades às cooperativas. Além disso, ainda dá subsídios para a compra de máquinas de grande porte. O responsável pela Sociedade de Cooperação de Máquinas Agrícolas Dongshengrong da vila de Wuliming, Pang Zhongge, disse:
 
"As máquinas são da nossa cooperativa, o governo paga 60% através de subsídios e os agricultores são responsáveis pelo restante, ou seja, 40%."
 
Para garantir o bom funcionamento, a Sociedade de Cooperação Dongshengrong estabeleceu um conselho que convoca reuniões para os agricultores manifestarem suas opiniões. Pang disse:
 
"Estabelecemos estatutos. Temos ainda um conselho em que todos os agricultores são membros e participam das reuniões. Os agricultores ainda elegeram dez representantes do Conselho. Às vezes, uma conferência da sociedade pode contar com a participação de 400 a 500 pessoas."
 
Para os agricultores, a integração das cooperativas representa a liberação das terras. Ao transferir o direto de uso à sociedade, os agricultores podem escolher trabalhar nela ou ir à cidade para realizar outros tipos de atividades De qualquer maneira, eles recebem o aluguel das terras transferidas. Liu Changren, agricultor local, disse:
 
"De modo geral, acho que a integração à sociedade a melhor alternativa. Podemos transferir as terras que não usamos e trabalhar quer seja nela ou na cidade."
 
A transferência de terra cultivável não é a única alternativa para promover o progresso agrícola. Segundo o diretor do Posto de Promoção Agrícola da Vila de Wuliming, Liu Hongbo, os departamentos concernentes estão investindo no ensino científico de agronomia.
 
"Os nossos postos sempre dão instruções aos residentes locais, fornecemos cursos técnicos sobre fertilização, prevenção de pestes. Além dos cursos de treinamento, os departamentos concernentes ainda visitam as terras para explicar as técnicas fundamentais."
 
A atualização tecnológica, a agrociência e a transferência de terras ajudam a elevar constantemente a eficiência da produção no nordeste da China. Uma terra fértil como a Heilongjiang é motivo orgulho e confiança para os agricultores locais.

Coleta itinerante recebe 500 embalagens de defensivos agrícolas para reciclagem

 

 
Parceria entre o Programa Mais Inovação, do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e do Sindicato Rural de Santa Rita do Pardo possibilitou o recolhimento de pelo menos 500 embalagens de defensivos agrícolas no município.

A Lei Federal 9974/2000 orienta os proprietários de empresas rurais que encaminhem as embalagens vazias para devolução em centros de recolhimentos licenciados pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal). Com apoio da unidade do Inpev em Campo Grande foi possível realizar um trabalho itinerante de coleta, no qual foram recebidos os vasilhames e encaminhados para reciclagem e incineração.
De acordo com dados do Inpev (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), o Brasil é referência mundial, recolhendo 95% das embalagens plásticas primárias. Em Mato Grosso do Sul, foram recolhidos no ano passado quase 38 mil toneladas.
O presidente do sindicato rural de Santa Rita do Pardo, Florindo Cavalli Neto, acredita que a ação promovida pela primeira vez no município foi positiva e esclareceu dúvidas dos produtores rurais. “Fizemos uma mobilização intensa e o resultado foi acima do esperado, tanto no número de vasilhames quanto na preocupação dos produtores em proteger os funcionários e o meio ambiente”, comentou.
O supervisor do Inpev, Edson Gomes de Almeida, ficou responsável pelo recebimento e emissão de recibo aos produtores que participaram da ação. Ele diz que são realizadas coletas itinerantes com frequência para atender os municípios distantes das 13 centrais espalhadas no Estado.
“Quando recebemos os frascos solicitamos a nota fiscal de compra para conferência, pois, no momento da aquisição do produto a revenda informa automaticamente à Iagro quantidade e a data. O prazo previsto na legislação é de um ano para entrega, a partir da utilização do conteúdo, sob pena de multa”, detalhou.
As próximas coletas itinerantes estão marcadas para acontecer em Ivinhema e Bataguassu e receberão embalagens utilizadas em atividades pecuárias, agrícolas, hortifrutigranjeiras e de usinas. O material coletado é encaminhado para Campo Grande onde é separado, prensado e enviado para Cuiabá para reciclagem.

Ações integradas garantem desenvolvimento sustentável na Serra do Guararu

 

As Secretarias de Meio Ambiente, Turismo e Cultura apresentam ações para serem implementadas na área de preservação ambiental localizada na região conhecida como Rabo do Dragão

  O Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Municipal da Serra do Guararu desenvolve ações para conciliar a conservação do meio ambiente com o ser humano, ou seja, o desenvolvimento sustentável da região conhecida como Rabo do Dragão. Na última semana, representantes das secretarias municipais de Cultura e Turismo participaram da reunião mensal e apresentaram propostas que visam a melhoria na infraestrutura do local, com foco nos visitantes e turistas.
A integração intersecretarial nesse processo busca articular os passos necessários para atingir os objetivos traçados pela APA, levando em conta os patrimônios culturais e turísticos e os relevantes atributos ambientais da Serra do Guararu. Segundo o secretário Municipal de Meio Ambiente, presidente do Conselho, a proposta é sempre a favor da utilização de meios ambientalmente corretos.
“O Conselho gestor canaliza e articula ações dos diversos atores em prol do desenvolvimento sustentável e da qualidade de vida da população local, de forma socialmente justa, economicamente viável e ambientalmente correta; visando o aprimoramento turístico da região”, disse.
A secretária de Turismo apontou como uma das novas propostas a revisão do material Rotas do Dragão, com especial atenção aos atrativos presentes na Serra do Guararu, incluindo reciclagem do Programa de Monitores Locais e a promoção das Marinas Nacionais certificada com a Bandeira Azul.
Além disso, o novo escopo de trabalho da Secretaria prevê a promoção da APA Serra do Guararu sob o título Estrada Turística, conforme Decreto de 2012, ampliando a visibilidade do espaço, assim como, efetuar a revisão da sinalização turística e melhoria da infraestrutura geral de acesso e segurança aos visitantes da região.
Já a Secretaria de Cultura apresentou como ações a criação das leis que reconhecem e protegem o patrimônio, como edificações, comunidades e bens naturais de interesse de preservação em âmbito municipal e estadual. Quanto à infraestrutura, a secretaria busca pela entrada da trilha de acesso às Ruínas da Ermida do Guaibê com guarda-corpo e iluminação e do serviço de conservação. Outra proposta apresentada foi a implantação do Programa de Economia Criativa, que regulamentará a Feira de Artesanato da Prainha Branca.
Representando a Associação Amigos Vila Nova Perequê no Conselho, Miguel Pedro de Arruda, mostrou-se entusiasmado com os avanços propostos na reunião. “O casamento está dando certo. A parceria entre as secretarias é o que a gente precisa. Estamos vendo mudanças significativas”, disse Arruda.
Segundo o gestor do Instituto Litoral Verde, Lauro Andrade de Oliveira, o trabalho intersecretarial é de extrema importância. “Na mais recente reunião tivemos a oportunidade de acompanhar as ações de outras secretarias no que diz respeito a Serra do Guararu. Esta é uma oportunidade não só de observar como o Poder Público pensa a Unidade de Conservação, mas também de realizar o acompanhamento dessas ações e instigar para novos avanços na região”, disse, ressaltando as riquezas da Serra do Guararu.
“Ali temos sítios arqueológicos, ruínas e trilhas. O potencial cultural e turístico é inerente à unidade de conservação e esta parceria inevitavelmente nos levará a bons resultados”, concluiu.
Outras pautas
Na reunião de setembro, a Associação de Moradores Caiçaras e Amigos da Serra do Guararu (AMORCA) divulgou a 3ª Campanha de Castração na Serra do Guararu, que será realizada até o fim de novembro. Segundo a bióloga responsável, Gabriela Rodrigues, é importante fazer controle populacional dos animais domésticos dentro da área de preservação.
“Os gatos ferais inseridos nesse ambiente causam desequilíbrio da fauna, porque eles se alimentam dos animais que ali vivem”, explicou. Até o momento, já foram realizadas 48 castrações de gatos pertencentes à região e mais 100 estão previstas.
APA – Concebida por meio do decreto 9.948/2012, a APA tem como objetivo proteger as diversidades biológicas, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso de recursos naturais do local. A APA da Serra do Guararú é uma categoria de Unidade de Conservação Sustentável que permite atividades de interesse ambiental, turístico e paisagístico. A finalidade é ordenar a ocupação de uma área que ainda possui características naturais relevantes, como forma de minimizar os impactos ambientais e promover o desenvolvimento sustentável das comunidades e do turismo local.

Para ONU, desenvolvimento sustentável depende de turismo

 
A cúpula das Nações Unidas, reunida na última sexta-feira (25), em Nova York (Estados Unidos), reconheceu o Turismo como atividade essencial para o desenvolvimento sustentável no mundo.

 

Entre os 17 objetivos e 169 metas para serem cumpridos até 2030, o setor foi considerado essencial na geração de empregos e promoção de culturas regionais, além de possuir caráter estratégico que possibilita a monitoração dos impactos e gestão de recursos naturais.

“O turismo tem grande potencial de gerar renda e desenvolver comunidades locais, valorizando o patrimônio genuíno do País”, avaliou o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, durante o encontro.

A sustentabilidade aparece como uma das premissas do Ministério do Turismo. Desde 2004, a pasta desenvolve ações de incentivo e promoção de práticas sustentáveis no setor, como o Programa de Regionalização, Programa Talentos do Brasil Rural, Viaje Legal, Produção Associada ao Turismo e Programa Turismo Acessível.

Em 2013, o Ministério também lançou o Programa Turismo Sustentável e Infância com foco no combate à exploração de crianças e adolescentes no turismo nacional. Por meio da campanha, foram distribuídos mais de 720 mil informativos, atingindo cerca de 110 mil pessoas em todo o Pais.

FINANCIAMENTOS PRA ECONOMIA VERDE SUBIRAM PARA DEZ POR CENTO EM 2014

 A participação de projetos de economia verde no total de financiamentos para pessoas jurídicas e empresas no Brasil subiu para 9,6% em 2014, de 8,8% em 2013, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira, 21, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas. Em valores absolutos, o volume avançou para R$ 153,424 bilhões, de R$ 123,712 bilhões no ano anterior.

O estudo adota o conceito de economia verde proposto pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e o setor que mais recebeu recursos foi o de transporte sustentável, com R$ 53,472 bilhões. Na sequência aparecem agricultura sustentável (R$ 23,177 bilhões) e energias renováveis (R$ 11,124 bilhões).

A pesquisa também aponta o quanto foi financiado para setores potencialmente causadores de impacto ambiental, que estão sujeitos a diligências adicionais (due diligence). A participação desses créditos no total destinado a pessoas jurídicas e empresas caiu para 33,2% em 2014, de 33,5% em 2013. Em valores absolutos, porém, o volume subiu para R$ 533,016 bilhões, de R$ 471,244 bilhões. Estes setores são objeto de detalhada análise de risco ambiental por parte das instituições com o propósito de identificar e minimizar potenciais impactos negativos e capturar oportunidades, segundo a Febraban.

A entidade afirma que o estudo cria a possibilidade de medir, controlar, avaliar e gerenciar a segmentação da carteira por setores de atividade, a análise de potencial dos mercados e alinhamentos à estratégia de negócios. "A alocação de financiamentos alinhada aos princípios da economia verde precisa conviver com os conceitos da prudência e resiliência que orientam as tomadas de decisões pelos agentes financeiros e reguladores", acrescenta a federação.

Relatório que denuncia violações de direitos causadas pela economia verde no Acre será lançado em Rio Branco

  


O Acre é considerado uma referência mundial na implementação de políticas vinculadas ao clima. A chamada economia verde no Estado é vista nos meios oficiais como uma experiência que harmoniza crescimento econômico e conservação ambiental, e é onde existe, desde 2010, o que é considerado como o programa jurisdicional do mecanismo de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd), mais avançado do mundo: o Sistema de Incentivos a Serviços Ambientais (Sisa).

No entanto, ao visitar projetos de Manejo Florestal, territórios indígenas e dois projetos privados de Redd em processo de registro no Sisa e ouvir as denúncias dos comunitários, seringueiros e indígenas vinculados aos projetos de economia verde, a Missão realizada pela Relatoria de Meio Ambiente constatou uma outra realidade, marcada por impactos sociopolíticos, econômicos e ambientais negativos, em especial sobre os territórios e as populações tradicionais. Dentre outras, foram constatadas violações do direito à terra e ao território e violações dos direitos das populações em territórios conquistados.

Uma das lideranças exemplifica os impactos destes projetos sobre a vida dos comunitários: “é a perda de todos os direitos que os povos têm como cidadão. Perdem todo o controle do território. Não podem mais roçar. Não podem mais fazer nenhuma atividade do cotidiano. Apenas recebem uma Bolsa para ficar olhando para a mata, sem poder mexer. Aí, tira o verdadeiro sentido da vida do ser humano”.

O relatório Economia Verde, Povos das Florestas e Territórios: violações de direitos no Estado do Acre foi produzido pela Relatoria do Direito Humano ao Meio Ambiente, da Plataforma de Direitos Humanos-Dhesca Brasil, e é resultado de uma Missão de investigação e incidência realizada nos meses de setembro, novembro e dezembro de 2013

Técnicos de Alagoas conhecem projetos locais de Economia Solidária

 

As iniciativas desenvolvidas pela Prefeitura de Teresina no âmbito das Economias Solidária e Criativa têm sido referência para outros órgãos regionais que fomentam ações nessas esferas.
 
Um dos exemplos está sendo a visita técnica de representantes do Sebrae no Estado de Alagoas e da Prefeitura de Maceió aos empreendimentos incentivados através da Secretaria Municipal de Economia Solidária (Semest). Na manhã dessa terça-feira (22) o gestor da referida secretaria, Olavo Braz, esteve na sede do Sebrae-PI com o grupo para apresentar alguns dados, compartilhar experiências e fazer uma breve explanação sobre os projetos locais que estão sendo apoiados.
 
Na lista de projetos que devem ser visitados pela equipe, entre terça e quarta-feira (23), estão o Banco Popular de Teresina, Lavanderias Comunitárias, Centros de Produção, Polo Cerâmico do Poti Velho, Hortas Comunitárias, Shopping da Cidade, Shopping Natureza e Programa Lagoas do Norte – projeto Lagoas Digitais.
 
Durante a apresentação ao grupo, uma das colocações feitas pelo secretário Olavo Braz foi sobre o protagonismo da mão-de-obra feminina para o desenvolvimento da Economia Solidária em Teresina. “Trabalhamos com uma faixa de mão-de-obra que foi historicamente esquecida, menos favorecida, que é aquela desenvolvida por mulheres. A exemplo disso temos as Lavanderias Comunitárias e os Centros de Produção, que são, em sua maioria, conduzida pelo belo e árduo trabalho feito por elas”, pontua o gestor.
 
Ele acrescentou ainda que as experiências apresentadas e elogiadas é o resultado do empenho da Prefeitura de Teresina em buscar promover a geração de alternativas de trabalho, renda e inclusão social na capital. “São projetos que estão dando certo porque nós não trabalhamos com a dominação dessas pessoas, mas sim com a emancipação da pequena produção. Esse é o nosso papel: fazer que essas pessoas se tornem independentes”, completou o secretário municipal de Economia Solidária, Olavo Braz.
 
A diretora de Empreendedorismo da Secretaria de Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária da Prefeitura de Maceió, Dyslene Teles, ao conhecer um pouco do histórico dos nossos Centros de Produção, compartilhou que, diferente de Teresina, a capital do Alagoas não possui espaços como esses, destinados para mulheres realizarem suas atividades de Economia Solidária, pois muitas delas fazem sua produção em suas casas.
 
O gerente da Unidade de Atendimento Individual e Mercados do Sebrae no Piauí, Francisco Holanda, também apontou o trabalho de capacitação que vem sendo feito pelo órgão em parceira com a PMT junto aos pequenos empreendedores de Teresina, a exemplo de consultorias no Shopping da Cidade e no Polo Cerâmico do Poti Velho.
 
O grupo que está visitando as experiências exitosas desenvolvidas na capital é composto pela gerente da Unidade de Desenvolvimento Territorial do Sebrae em Alagoas, Filomena de Fátima; pela secretária adjunta de Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes) da Prefeitura de Maceió, Juliana Vergetti; pela diretora de Empreendedorismo da Semtabes, Dyslene Teles; e pelo gestor do Projeto Desenvolvimento Econômico Territorial (DET) – Regiões Urbanas de Baixa Renda do Sebrae em Alagoas, Carl William.

Governo do Estado realiza primeira rodada de crédito para empreendimentos de Economia Solidária

 


 




A Agência de Fomento do Estado de Pernambuco (Agefepe), realizou, na tarde desta quinta-feira, a primeira rodada de crédito para a modalidade, no auditório da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação (Sempetq), no Bairro do Recife. O objetivo da iniciativa é de fomentar empreendimentos de economia solidária.

Na ocasião, 20 pequenos empreendimentos puderam receber orientações financeiras e conhecer a nova linha de crédito disponibilizada pela agência com o objetivo de fomentar o mercado nos quais estão inseridos, facilitando a aquisição de novos insumos, produtos para revenda e compra de novos equipamentos.

A linha de crédito varia entre R$ 2,5 mil para o trabalhador autônomo e R$ 5 mil para Microempreendedor Individual (MEI) ou Micro Empresa (ME), com uma taxa de financiamento de 0,5% ao mês em 12 parcelas fixas. Os interessados em adquirir o crédito deverão se dirigir até a Agência de Fomento do Estado de Pernambuco (Agefepe), portando os principais documentos como cópias e originais da identidade, CPF e comprovante de residência, para realizar o cadastramento.

Em Pernambuco já existem cerca de dois mil empreendimentos de economia solidária. Para o secretário executivo de Micro e Pequena Empresa e Fomento ao Empreendedorismo, João Freire, a expectativa é realizar outras rodadas de crédito ainda este ano para o interior do estado. "Nossa intenção é tentar diminuir a burocracia e fazer um contato direto com os agenciadores de crédito, para que a secretaria consiga impulsionar e fomentar essa economia solidária", afirmou.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Cooperativas terão de enviar todos os meses demonstrações financeiras ao BC

 

A mudança foi estabelecida em circular do Banco Central e a periodicidade foi unificada em bases mensais para todo o segmento

 
  - Cooperativas de crédito reguladas pelo Banco Central com ativo total inferior a R$ 100 milhões terão que enviar, a partir desta quarta-feira, suas demonstrações financeiras todos os meses à instituição. Essas cooperativas já são obrigadas a elaborar mensalmente os documentos, mas a remessa ao BC era realizada apenas a cada três meses.

 

A mudança consta da circular 3.764, divulgada nesta quarta no BC Correio, sistema de informações entre o BC e o mercado financeiro. A circular, que altera parágrafos da circular 3.402, de agosto de 2008, é assinada pelos diretores Otávio Damaso (Regulação) e Anthero Meirelles (Fiscalização).

Com a mudança, a periodicidade foi unificada em bases mensais para todo o segmento. Com isso, o BC poderá acompanhar de forma remoto, mas mais tempestiva a contabilidade dessas instituições.

Ao mesmo tempo, as cooperativas ficam dispensadas de elaborar e enviar ao regulador o Documento de Limites Operacionais (DLO) das instituições que apuram o montante dos ativos ponderados pelo risco na forma simplificada (RWARPS), cujo cálculo será realizado por meio das demonstrações financeiras mensais