segunda-feira, 14 de maio de 2012

CÚPULA DOS POVOS CRITICA ECONOMIA VERDE

Representantes da Cúpula dos Povos apresentaram, ontem (13), uma carta aos negociadores da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio 20) criticando a chamada economia verde e a falta de avanços nas discussões pré-conferência. No texto, eles afirmam que “não se está discutindo um balanço do cumprimento dos acordos alcançados na Rio 92 ou como mudar as causas da crise internacional”.

A Cúpula se manifestou oficialmente contra a implementação da economia verde, um dos pilares da Rio 20. De acordo com o grupo, este modelo econômico não diminui o extrativismo de combustíveis fósseis, nem altera os atuais padrões de consumo e de produção industrial. Eles afirmam que ela alimenta “o mito de que é possível o crescimento econômico infinito”. Foi assim que terminou, ontem, a última reunião do grupo de articulação da Cúpula dos Povos, evento que ocorrerá entre 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, paralelamente à cúpula da Rio 20. No local, são esperadas 30 mil pessoas por dia. Marchas também devem tomar conta do espaço.

Os representantes dos movimentos criticaram medidas que estão na pauta das discussões ambientais, como o mercado de carbono, de serviços ambientais, de compensações por biodiversidade e o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento Evitado e Degradação Florestal (REDD ). Também afirmaram que lutarão contra os transgênicos, os agrotóxicos, os agrocombustíveis, a nanotecnologia, a biologia sintética, a vida artificial, a geoengenharia e a energia nuclear.

Por outro lado, eles defenderão na Rio 20 mudanças no atual modelo de produção e de consumo, com o desenvolvimento de modelos alternativos; apoiarão a agroecologia e a economia solidária, assim como os direitos à terra e à natureza. Integrante do grupo de articulação da Cúpula dos Povos e participante das rodadas de negociação em Nova York, Iara Pietricovsky disse que, até o momento, não há consenso do que estará presente no documento a ser apresentado na cúpula. Por isso, as negociações tiveram que ser estendidas, e haverá nova rodada entre 29 de maio e 2 de junho.

“Há 400 colchetes no texto, ou seja, 400 pontos sem consenso. Só em 21 pontos se conseguiu um acordo, e são todos temas tangenciais, como a questão da soberania e preservação dos oceanos”, afirmou Iara. Ela disse que há uma tensão entre países quanto à tentativa de se instalar ou não os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que, entre outras metas, serão utilizados para promover a economia verde. Os críticos desta proposta, entre eles a Cúpula dos Povos, afirmam que isto enfraqueceria a reafirmação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cujo prazo termina em 2015, e até agora, nenhum país conseguiu atingir suas metas. A retirada da discussão dos Direitos Humanos também é fortemente criticada.

Um ponto polêmico é com relação à governança ambiental. Os Estados Unidos lideram a manutenção do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), enquanto que a Europa defende a criação de uma agência ambiental. Já o Brasil decidiu apoiar o fortalecimento do Pnuma. “Como está no meio do caminho, a defesa brasileira parece que vai prevalecer — acredita Iara, que criticou a postura do país. “O Brasil tem uma posição ambígua, devido às tensões internas. A votação do Código Florestal é um claro exemplo disto”, concluiu ela.

COMUNIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA FALA SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL











Água e agricultura sustentável são temas centrais
Economia verde inclusiva, produção rural sustentável e preservação da água são prioridades ambientais dos oito países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) - que fizeram em maio a 5ª Reunião dos Países da CPLP, na Ilha do Sal, em Cabo Verde. O documento com a proposta dos países lusófonos será apresentado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
O chefe da Assessoria Internacional do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fernando Coimbra, liderou a delegação brasileira na reunião, que contou com a participação de representantes dos ministérios do Meio Ambiente de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Brasil.
“O encontro foi preparatório para a Rio+20, com discussões abertas em busca do fortalecimento ambiental e social da comunidade dos países de língua portuguesa”, destaca o gestor do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo de Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Ricardo Padilha, um dos representantes do Brasil na reunião. Entre os temas que serão levados à Rio+20 estão o uso, o abastecimento e a melhoria da oferta de água nas grandes metrópoles mundiais. Também será abordada a necessidade de equilíbrio do ecossistema e mitigação dos gases de efeito estufa.
Águas - Como parte das discussões sobre água, a comunidade lusófona defendeu atenção especial à economia azul, setor representado hoje pela preservação da água, oceano, rios, e nascentes, além dos recifes. A proposta inclui a manutenção da biodiversidade nas costas como meio de garantir o equilíbrio do ecossistema marinho. “A posição do Brasil e demais representantes da CPLP é de preocupação tanto com a qualidade ambiental do continente quanto dos mares, além do combate à acidez nos oceanos, reflexo do aumento das emissões de CO2”, explica Padilha. Ele destacou também a economia verde inclusiva na pauta de deliberações.
A segurança alimentar, por meio do fomento à produção sustentável da agricultura familiar, foi consenso nas discussões, com a inclusão do tema no documento que será levado à Rio+20. Segundo Padilha, o Brasil e os outros sete países da comunidade de língua portuguesa querem reforçar o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar em todo o mundo, como garantia para uma vida saudável. Todos os representantes da CPLP defendem a segurança alimentar como ação prioritária para o crescimento sustentável de qualquer nação.

REDE SOCIAL EMPREENDEDORISMO DO PARANÁ

O Dreabe, a rede social que pode realizar os sonhos das pessoas, lançada em março em Curitiba (PR), será um dos cases apresentados no bloco ‘Jovens Empreendedores’, do III Congresso Pernambucano de Empreendedorismo – Jovens & Empreendedores (CPEJE). O evento é considerado o maior do setor no país e acontece nesta sexta-feira (11) e sábado (12), no teatro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Djeison Moreira, promotor de sonhos do Dreabe vai falar para aproximadamente 1.500 pessoas sobre o compartilhamento de sonhos, o funcionamento da rede social que ele idealizou com a ajuda do seu irmão e qual o impacto sentido pelas pessoas ao receberem feedbacks dos sonhos que elas cadastram na plataforma. “Os sonhos são a força motivadora de cada empreendedor que está no CPEJE e seus empreendimentos serão sucesso se tiverem como base os sonhos, pois os sonhos são mais do que aquilo que queremos ter, são parte daquilo que somos e queremos ser”, afirma o empreendedor.

Sobre o Dreabe
Realizar sonhos é o principal objetivo do Dreabe, rede social cujo conceito explora a valorização do ser humano e os valores que englobam a coletividade e a doação em favor do próximo. Idealizado pelos irmãos Djeison e John Moreira, a ideia rapidamente atraiu a atenção  de um sócio investidor e fez com que os irmãos mudassem de Caçador (SC) para viver em Curitiba (PR) para instalar o escritório da empresa. Em 1º de março, a rede social lançava a sua versão beta.

Após o cadastro, o usuário preenche um perfil e detalha seus sonhos, que poderão ser realizados por outras pessoas. No perfil, ele define três sonhos e, em seguida, os outros usuários poderão classificá-los entre: nobre, legal, criativo ou pesadelo. A cada avaliação como ‘nobre’, aumenta a popularidade e o sonho passa a ser visualizado por mais pessoas. No caso de ‘pesadelo’, ele naturalmente será deixado de lado e perde a visibilidade.

É possível realizar sonhos de três formas: realização total, quando você identificou um sonho e pode torná-lo real sozinho; realização parcial, onde você pode ajudar, porém não completamente e indicando alguém (eu sei quem pode ajudar). Nas três opções, é preciso escrever como a pessoa pretende realizar o sonho e enviar uma proposta para que o sonhador aceite. Após a aceitação já se pode realizar o sonho e mudar a vida da pessoa que o sonhou.
 
Mesmo não lançado oficialmente, o Dreabe já conta com 10 mil usuários, chamados de ‘dreabers’. Alguns sonhos já foram realizados, desde empregos a viagens. Djeison estima que até o final do ano a rede tenha mais de 1 milhão de sonhos cadastrados. O lançamento da versão oficial está previsto para acontecer em junho de 2012.


JACAREI EMPREENDEDORA

Micro e pequenos empreendedores têm encontrado terreno fértil em Jacareí. Só nos últimos dois anos, o números de Empreendedores Individuais cresceu mais de 126% em 2010, no primeiro trimestre do ano 165 profissionais buscaram a formalidade, e no mesmo período de 2012 esse número já chega a 373.
Entre outros efeitos, essa movimentação pode ser constatada no crescimento da arrecadação do ISS (Imposto sobre Serviços), que cresceu 21% no primeiro trimestre desse ano, e mais de 32% de2009 a2011. O ISS incide diretamente sobre esses negócios e é recolhido diretamente aqui na cidade.
Outros indicadores também apontam para a mesma tendência de crescimento do empreendedorismo em Jacareí, incrementados por uma série de ações que envolvem desde a redução da burocracia a incentivos diretos aos micro e pequenos empresários.
O exemplo mais claro é o Banco do Povo de Jacareí, que registrou um aumento de 200% nos empréstimos no primeiro trimestre desse ano, em relação ao mesmo período do ano passado, com um total de R$ 422 mil.
O movimento reforça a tendência de crescimento: o Banco do Povo fechou o ano de 2011 com cerca de R$ 1 milhão em empréstimos concedidos – o equivalente a 16% a mais em relação ao ano anterior. Desde a criação, em 1999, já foram fechados 2.937 contratos, totalizando cerca de R$ 8 milhões.
Outro exemplo é a procura por serviços e informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Sebrae-Sp – no final de abril, a unidade móvel do Sebrae percorreu bairros e registrou mais de 200 atendimentos em apenas quatro dias.
O PAE (Posto de Atendimento ao Empreendedor) do Sebrae de Jacareí é recordista em atendimentos entre todas as cidades atendidas pela regional do Vale do Paraíba.
Desburocratização – Outra iniciativa da Prefeitura de Jacareí é a ampliação do período de validade do Alvará Provisório. Ao abrir um novo negócio, o micro e pequeno empresário tinha até 90 dias para regularizar toda a documentação. Agora, ele tem prazo de até 180 dias.
Visão de mercado – Entre as várias pessoas que têm buscado a formalizaçaõ de seu negócio está Sandra Márcia, moradora do Parque Meia-Lua. Ela aproveitou a unidade móvel do Sebrae no bairro para aprender mais sobre negócios e já fez empréstimos no Banco do Povo. O resultado foi a informatização do seu mercadinho, que também está sendo ampliado.

BIOJOIAS AJUDAM O COMERCIO JUSTO

A beleza do Pantanal é inspiração para as biojoias confeccionadas pela empresa das sócias Isabel Muxfeldt e Verhuska Pereira. Os produtos artesanais têm o chifre bovino lapidado, comprado de parceiros, como matéria-prima. No processo de lapidação, cera e polimento são usados, mas o material não passa por nenhum processo químico. O resultado são acessórios femininos de grande aceitação no mercado, como anéis, pulseiras, brincos e colares.
Quando abriu as portas, em 2003, a Joias do Pantanal tinha uma produção pequena. Hoje, mil peças são confeccionadas mensalmente, um crescimento de 300% em relação ao início da empresa. O trabalho é feito em parceria com artesãos locais e os preços das peças variam de R$ 15 a R$ 250. Os acessórios já conquistaram os mercados de Portugal e do estado da Flórida, nos Estados Unidos.

A biojoia produzida pelo empreendimento difunde a cultura pantaneira. "A exuberante beleza do material não podia ser uma exclusividade do Mato Grosso do Sul. Levamos um pouco da cultura do estado para o mundo", destaca Isabel.

A Joias do Pantanal apoia o comércio justo, voltado ao desenvolvimento sustentável e que oferece aos trabalhadores garantia de direitos e melhores condições de troca. Segundo as empresárias, é uma alternativa concreta e viável frente ao sistema tradicional de comércio.

Em 2007, Isabel e Verhuska conquistaram o terceiro lugar do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Três anos depois, como representantes do Empretec, seminário da Organização das Nações Unidas (ONU) aplicado no Brasil pelo Sebrae, foram finalistas do Women in Bussines Award, em Doha, Qatar. O prêmio foi conferido pela Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

"O Empretec foi um marco no meu empreendimento e provocou intensas mudanças, pois, a partir dele, consegui fazer um plano de negócios. Sem o conhecimento que adquirimos nos cursos do Sebrae, o empreendedor não tem como crescer", afirma Isabel.

Rio+20

Há 40 anos, o Sebrae promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável da micro e pequena empresa (MPE). Sustentabilidade é empreendedorismo, eficiência, inovação, gestão, lucro e responsabilidade social e ambiental. Por isso, o Sebrae é parceiro oficial da Rio+20.

O Sebrae representa 99,1% das empresas brasileiras, mais de dois milhões de empreendedores individuais (EI) e 4,4 milhões de agricultores familiares: mais de 37 milhões de pessoas

Tang promove “Olimpíadas de Reciclagem”

Marca aposta em novo filme publicitário para divulgar ação que visa ao engajamento infantil aliado à diversão na construção de quadras esportivas feitas com material reciclável coletado pelas crianças.
Em clima de jogos olímpicos, Tang lança campanha na TV para anunciar as Olimpíadas de Reciclagem, ação que dá continuidade ao trabalho desenvolvido no ano passado com a construção do robô reciclável, conquista que entrou para o Guiness World Record como a maior escultura feita de material reciclável do planeta, graças ao envolvimento de mais de 250 mil crianças do Esquadrão Verde Tang.
Intitulado “Olimpíadas de Reciclagem”, o filme traz crianças envolvidas em uma grande volta olímpica, mostrando o engajamento de cada uma delas na ação, ao som de um batuque que anuncia a campanha: a gente faz do planeta um bom lugar para se viver, diz a letra da música. Estreada em abril, a peça tem versões de 45” e 30” segundos que serão exibidas em canais televisivos abertos e fechados.
“Buscamos levar às telinhas mais uma campanha divertida e com poder engajador, ideal para inspirar as crianças, tanto aqueles que colaboraram com a construção do robô no ano passado como aqueles que estavam em busca de uma maneira de ajudar o planeta e fazer a diferença, de uma forma leve e divertida”, comenta Juliana Macedo, gerente da marca Tang.
Além disso, o site do Esquadrão (www.esquadraoverdetang.com.br), completamente repaginado, que já conta com mais de 320 mil agentes, traz novos games e ativações - organizadas num Circuito Olímpico, tornando-se a plataforma de ativação e engajamento das “Olimpíadas de Reciclagem” para crianças de todo o Brasil.
As “Olimpíadas de Reciclagem Esquadrão Verde Tang” integram o plano desenvolvido pelo Banco de Eventos, agência de marketing promocional da Holding Clube. Crianças de escolas públicas foram convidadas a participar de coletas seletivas de material para reciclagem e participar de jogos, que darão pontuações para suas comunidades.
O objetivo das “Olimpíadas de Reciclagem” é fortalecer a posição das crianças como agentes transformadores da sociedade, já que entre as conquistas da ação estará a reforma de quadras públicas para a comunidade, confeccionadas, sobretudo, com o mesmo tipo de material recolhido pelas crianças durante as Olimpíadas, ou seja, embalagens laminadas, papel, plástico e papelão.
“As crianças querem ser reconhecidas pelos adultos por serem capazes de grandes feitos. Elas querem deixar sua marca e se preocupam com o planeta em que vão viver no futuro. Nas Olimpíadas de Reciclagem, além de se divertir, elas vão engajar a comunidade na prática da reciclagem e o resultado disso vai transformar comunidades reais” acrescenta Juliana.
Perfil -Tang é líder absoluto do mercado de refrescos em pó no Brasil, reconhecido por sua qualidade e tradição. Em 2010, foi criado o Esquadrão Verde Tang, um movimento que engaja crianças em práticas sustentáveis de uma forma divertida, através de uma plataforma digital e grupos reais de coleta de embalagem, as Brigadas Tang de Reciclagem.
Em Março de 2012, Tang no Brasil alcançou 40,2% de participação em valor, segundo dados Nielsen. Em 2011, a marca Tang, presente em mais de 90 países, tornou-se a 12ª marca global da Kraft Foods a fazer parte do hall das marcas que valem mais de 1 bilhão de dólares. Esse resultado é, em grande parte, fruto do desempenho da marca em mercados emergentes como o Brasil.
A Kraft Foods Brasil, subsidiária da Kraft Foods Global Brands LLC., é a primeira indústria de alimentos dos Estados Unidos e a segunda maior do mundo. Possui seis fábricas no Brasil, nos Estados de São Paulo, Paraná e Pernambuco. No País, a companhia emprega cerca de 11 mil funcionários e tem em seu portfólio marcas consagradas, como os chocolates Lacta, Bis, Sonho de Valsa e Diamante Negro, os biscoitos Club Social e Trakinas, os refrescos em pó Tang, Clight e Fresh, as sobremesas e o fermento em pó Royal, o cream cheese Philadelphia, além de Trident, Chiclets, Bubbaloo e Halls.

Alunos de escola estadual na Zona da Mata aprendem a reciclar alimentos



Talos, cascas, folhas e sementes dão um sabor especial às receitas, resultando em pratos saborosos, de baixo custo e altamente nutritivos
Bife de casca de banana, doce de casca de maracujá e torta de folhas e talo estão entre os alimentos produzidos pelos estudantes

Bife de casca de banana, doce de casca de maracujá e torta de folhas e talo. Não se trata de nenhuma aula de culinária, mas sim de Ciências. É cozinhando, que alunos da Escola Estadual Professor Gabriel Arcanjo de Mendonça, em São João Nepomuceno, aprendem não só Ciências, mas também Matemática e Português. Seja na cozinha de casa, em sala de aula aprendendo frações por meio das fatias de bolo e porções de iguarias, ou até mesmo escrevendo seu próprio caderno de receitas, que mais tarde se tornam trabalhos avaliativos por meio do projeto ‘Reciclagem de Alimentos’. Talos, cascas, folhas e sementes dão um sabor especial às receitas mais diversas, resultando em pratos saborosos, de baixo custo e altamente nutritivos e ainda colocadas para degustação e avaliação de professores, alunos, diretores, servidores da comunidade escolar e até familiares dos estudantes.

Coordenado pela professora de Ciências, Ivanízia Maria de Faria Moreira, o projeto existe há pouco mais de três anos. Em sala de aula, os alunos são estimulados a pesquisar sobre o valor nutricional, aproveitamento de alimentos, além de combate ao desperdício e à fome e ainda noções de cidadania. “Dividimos as turmas e usamos as aulas para a atividade, que entre outros quesitos avalia os alimentos usados, os nutrientes que trazem uma série de benefícios ao organismo e ainda a beleza dos pratos”, explicou Ivanízia.
Mas as aulas não se restringem às salas. Munidos de informações coletadas nas pesquisas, os estudantes vão para a cozinha de casa onde testam ou criam suas próprias receitas como conta Thelemaco Rezende, 16 anos, aluno do 2º ano do ensino médio e que participa do projeto desde o início. “Nesse ano, meu grupo e eu fizemos uma torta de talos de brócolis e almeirão e aprendemos como aproveitar o máximo desses alimentos, além disso, tivemos palestra, discussões e até trocamos receitas”, conta empolgado o estudante. Mas não foi só isso, o projeto mudou os hábitos alimentares de toda a família. “Por meio do ‘Reciclagem de Alimentos’ me conscientizei do valor nutricional dos alimentos e passei a incorporar esses hábitos no cotidiano da minha casa, até meus avós fazem as receitas”, revelou.
Luísa Bergo, 13 anos, aluna do 9º ano que participa pela segunda vez, conta como ela e seu grupo fizeram carne ensopada com casca de melancia. “Os pratos mais comuns são bolos e doces, escolhemos esse por ser diferente e interessante, o mais difícil foi picar todos os ingredientes bem fininhos, pois a receita é minuciosa”. Apesar da polpa da melancia não ser usada na receita, as estudantes seguiram a máxima da reciclagem e aproveitaram toda a fruta. “Para não desperdiçar nada também fizemos o suco, além do ensopado com a casca”, contou.
Luísa já tinha noções de aproveitamento dos alimentos apreendidas em casa, mas reconhece que o projeto ajudou. “Meus pais me ensinaram alguns hábitos de família, como cozinhar arroz utilizando água da beterraba e outros legumes ou fritar batata com casca, mas participar do reciclando potencializou ainda mais os conhecimentos”, avalia.
Durante as atividades, algumas descobertas surpreenderam até mesmo Ivanízia. “Os alunos descobriram pesquisando, que cascas de algumas frutas possuem mais nutrientes do que a polpa, como a casca de banana, que tem mais que o dobro de potássio, 0,9 g, em relação ao encontrado na polpa da fruta, com 0,4 g.”, revelou a professora. “Outro bom exemplo é a casca do abacaxi, que pode se transformar em xarope para combater doenças respiratórias como bronquite”, salientou.
Para Ivanízia, o ambiente escolar é fértil para trabalhar os valores de cidadania. “Vivemos num país rico onde, infelizmente, um grande número de pessoas ainda passa fome, na escola podemos trabalhar essas e outras questões com as turmas e o ‘Reciclagem de Alimentos’ é uma boa estratégia”, afirmou. “Além da questão pedagógica tem a interação com a comunidade escolar, com os pais, a mudança de hábitos alimentares e a oportunidade do estudante desenvolver o conhecimento que é levado para a prática”, comemora a professora.
Raio X do desperdício
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla em inglês), cerca de um terço dos alimentos produzidos por ano no mundo é desperdiçado. No Brasil, as estimativas dão conta que anualmente desperdiçamos 26 milhões de toneladas de alimentos, sendo que cerca de 30% vai para o lixo e sem nenhum tipo de reaproveitamento.

Mais de 60% do que é plantado no país é perdido entre a colheita, processamento, transporte e hábitos alimentares. A cada ano esse número aumenta ainda mais e o valor total do desperdício é dividido: 10% na colheita, 50% no manuseio e transporte, 30% no abastecimento e 10% nos supermercados e na casa dos consumidores.
Os “campeões” do desperdício são as hortaliças, frutas, tubérculos e raízes, causando um impacto negativo na economia do país e do mundo. Vale lembrar que essas mesmas folhas ou cascas que são jogadas no lixo podem ser aproveitadas para se fazer bolinhos, tortas salgadas ou doces, sopas e caldos e várias outras receitas.

COOPRERATIV\S DE RECICLAGEM É UMA ALTERNATIVA BOA

As cooperativas de trabalhadores tornaram-se nos últimos anos uma boa alternativa para milhares de brasileiros que encontram dificuldades para entrar no mercado de trabalho. A economia solidária, que passa praticamente despercebida por boa parte da sociedade, gera renda para 2,3 milhões de pessoas no país e movimenta, em média, R$ 12,5 bilhões por ano. Segundo levantamento da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), existem no país 30.829 empreendimentos econômicos solidários e o faturamento deles chegou a 0,33% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2010 (R$ 3,7 trilhões).
Um bom exemplo de economia solidária é a Cooperativa de Catadores Autônomos de Materiais Recicláveis da Vila Esperança (Avemare), criada há seis anos por 40 pessoas, em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, após a prefeitura fechar o lixão da cidade. Hoje, a Avemare tem 90 cooperados, que conseguem uma renda média mensal de R$ 1,5 mil.
Segundo Iraci Alves, de 57 anos, que deixou a Bahia há 19 anos com seus três filhos, a situação dela e dos cooperados melhorou muito após a criação da Avemare. “Vim buscando uma condição de vida melhor, mas acabei indo trabalhar no lixão de Santana de Parnaíba. Conseguíamos tirar nosso sustento, mas era uma situação muito perigosa para a nossa saúde”, lembra. A história de Iraci é muito parecida com a da maioria dos associados.
A cooperativa começou reciclando 60 toneladas de materiais e, hoje, alcança uma média de 375 toneladas por mês, mas já teve pico de 500 toneladas, de acordo com Iraci. “Com 60 toneladas não dá nem pra rodar uma esteira”, relembra. Agora, a cooperativa conta com duas esteiras, além de empilhadeiras e prensadeiras, totalizando R$ 1 milhão de reais em equipamentos. “A verba veio de parceiros, da prefeitura, mas também de investimentos próprios”, diz. A cooperativa é responsável pela reciclagem de 12,5% das 3 mil toneladas de resíduos produzidos na cidade.
“No início, a principal dificuldade foi trabalhar em grupo, porque antes, no lixão, era cada um por si”, lembra. As dificuldades encontradas no começo, no entanto, fazem com que a cooperada valorize ainda mais as conquistas alcançadas por meio da organização dos colegas catadores. Assim como Iraci, a maioria dos cooperados é formada por pessoas vindas de outros estados e com baixo nível de escolaridade.
“Agora trabalhamos com itens de segurança, fazemos as refeições na cooperativa, temos uma creche municipal pertinho, temos horário fixo de trabalho e podemos sair para ir ao médico, se precisarmos, por exemplo”, diz Iraci. Contribuição para Previdência Social e licença maternidade foram outros benefícios trabalhistas assegurados. “No lixão, as mulheres voltavam ao trabalho apenas um mês depois de dar a luz, porque precisavam do dinheiro para sustentar a família”.
Iracilda Alves, de 28 anos, é filha de Iraci e começou a trabalhar no lixão aos 9 anos de idade, junto com a mãe e os irmãos. Ela conta que na cooperativa, mais do que conseguir seu sustento, se sente valorizada como profissional. “Aqui aprendi a usar computador e conquistei a casa própria. Jamais pensaria em voltar para o lixão. Por outro lado, não penso em sair da Avemare”, diz.
Hoje, Iracilda é responsável pelo setor administrativo da cooperativa. Com o crescimento profissional, ela pensa em retomar os estudos, que foram abandonados na 8ª série do ensino fundamental, e se capacitar na área administrativa. Agora, ela pode ver as filhas Eduarda, de 7 anos, e Isabela, de 2, crescerem sem enfrentar as dificuldades pelas quais passou. “Elas vão ter uma infância completa e ter oportunidades de crescer com os estudos”, comemora.
Atualmente, a cooperativa conta com um lista de espera de cerca de 200 pessoas interessadas em trabalhar lá. Um dos recém-chegados é Jonas dos Santos, de 35 anos, que chegou há apenas três semanas e comemora a vaga conquistada. “Antes recebia mais ou menos R$ 500 como borracheiro e agora espero ganhar mais. Além disso, você ajuda a natureza, porque a cidade avança e acaba com tudo”, disse o cooperado.
De acordo com a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), houve um acréscimo de 88% de pessoas inseridas na economia solidária entre 2005 e 2011. O Ministério do Trabalho define a economia solidária como uma forma “diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.”

sábado, 12 de maio de 2012

FAMILIAS DE PALMEIRAS DOS INDIOS ABREM COOPERATIVA DE RECICLÁVEIS

Cerca de 70 famílias que vivem da coleta do lixo no município de Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, vive com uma perspectiva de futuro diferente.  Através do Projeto Cataforte e a parceria do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Alagoas (OCB/AL) e do governo municipal, o grupo está sendo capacitado com o intuito de formar uma empresa cooperativa.
A superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Alagoas (Sescoop/AL), Márcia Túlia Pessôa, tem acompanhado o trabalho de organização do grupo. “Estamos à disposição do município para contribuir nessa primeira fase do processo. A orientação da OCB/SESCOOP-AL é que sejam promovidas políticas públicas, afim de que, ao constituir a cooperativa, haja material suficiente para a empresa funcionar com volume para uma boa comercialização”, enfatizou.
Os benefícios sociais são tantos, que o envolvimento da gestão municipal tem entusiasmado os colaboradores do projeto. “Contamos com o envolvimento de vários secretários municipais, fato que nos leva a acreditar que Palmeira dos Índios tem grande chance de se tornar referencial na formação de uma coleta seletiva eficaz”, declarou Márcia Túlia.
Sobre o Cataforte
O Projeto Cataforte é uma convênio, da Fundação Banco do Brasil (FBB), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES), de Cooperação Técnica e Financeira, com o objetivo de estabelecer as condições necessárias à seleção e implementação de projetos voltados à geração de postos de trabalho e à elevação da renda dos catadores de materiais  recicláveis, que estejam organizados em empreendimentos coletivos de economia solidária.

ECONOMIA VERDE E TRIBUTAÇÃO

As Comissões de Finanças e Tributação; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável vão realizar audiência pública conjunta no dia 31 de maio, com a presença do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Roberto Grau para discutir “Economia Verde e Tributação”.

A iniciativa do debate é do deputado Cláudio Puty (PT-PA), que tem como propósito promover a discussão de questões relacionadas ao uso de instrumentos tributários na estruturação de incentivos ao desenvolvimento da economia verde no Brasil.

De acordo com Puty, os incentivos tributários têm sido importantes instrumentos da política econômica brasileira, no sentido de estimular a produção e o consumo de bens e serviços essenciais para a manutenção e a geração de emprego, renda e mesmo para aumentar a arrecadação em certos setores estratégicos da economia.

Rio+20

De acordo com o deputado, os incentivos tributários apresentam um grande desafio no âmbito da estruturação das políticas de desenvolvimento econômico no Brasil. Puty observa que a "Economia Verde" é um dos principais desafios colocados pelos documentos preliminares da Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorrerá no Brasil, no mês de junho deste ano, principalmente no contexto da redução da pobreza e eliminação da miséria.

“Consideramos que a realização desta audiência pública contribuirá para a formação de opinião dos parlamentares e para o desenvolvimento dos trabalhos legislativos, no que diz respeito ao uso de instrumentos tributários na estruturação de incentivos institucionais promotores da aceleração do desenvolvimento da economia verde no Brasil”, destaca Puty.

Serão convidados para o debate:

- o professor da Universidade de São Paulo Ricardo Abramovay;
- o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Carlos Eduardo Freitas Young; e
- representantes do Ministério da Fazenda, do Ministério do Meio Ambiente, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.

PREÇO DA SUSTENTABILIDADE

Empresas e governo debatem a viabilidade de medidas implementadas e futuras.
É possível medir sustentabilidade? Essa foi a primeira pergunta da plenária sobre economia verde do Sustentável 2012, congresso promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Empresas, governo e CEBDS defenderam que sim, é possível, falaram sobre os indicadores disponíveis, mas ressaltaram a importância de se avançar nestes indicadores, incorporando valores que hoje ainda não fazem parte dos cálculos de produção e gestão.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, falou da importância do setor privado, considerado essencial para a implementação da sustentabilidade e considerou este um avanço da Rio+20 em relação à Rio92. “Há um desafio pós-conferência, que é de ação, de sair do discurso para os compromissos. Temos que ter um pragmatismo. Vamos discutir, no fundo, a geopolítica de desenvolvimento dos países. Vai ganhar quem tiver a capacidade de inovar. Para isso, deve haver um debate econômico, se, de fato, o desenvolvimento verde assumirá o protagonismo”, afirmou a ministra.
Para o presidente do Santander, Marcial Angel Portela Alvarez, é possível mensurar a sustentabilidade, mas ainda é necessário homogeneizar as medidas em diferentes países. A presidente do CEBDS, Marina Grossi, acrescenta que o desafio é embutir os custos relativos às ações nos meios social e ambiental no preço final dos produtos e serviços prestados.
“A sustentabilidade é uma tendência que já se consolidou, mas, de fato, o custo real ainda não existe. Essa é uma questão em que a gente precisa avançar muito”, argumentou Marina, ressaltando que é preciso alterar a medida de performance das empresas para além da financeira.
A iniciativa privada depende da medição da sustentabilidade, de acordo com a diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Vale, Gianne Zimmer. “As metas das empresas têm que estar muito concretas. O grande desafio para a Rio+20 é a mensuração do social.”
A ministra Izabella ainda destacou que é preciso medir os benefícios da sustentabilidade para a sociedade. “É preciso discutir o acesso (da população à sustentabilidade). Há gente neste país que não tem acesso à energia. Temos que falar de eficiência. E também da qualidade do que está sendo consumido. A ambição de mudar tem que ser compactuada com a sociedade.”
O embaixador André Corrêa do Lago, afirmou que, desde a Eco92, empresas conseguiram demonstrar aos governos que podem ser mais ousados na regulamentação e que este será um diferencial na Rio+20.

CAMPANHA NACIONAL NÃO ECONOMIA VERDE

Movimentos sociais e ambientais que integram o Grupo Facilitador da Sociedade Civil na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) lançaram hoje (9), no Rio de Janeiro, a campanha nacional Não à Economia Verde. Entre os motivos da campanha estão as faltas de conceito de economia verde, de posicionamento crítico ao atual modelo econômico e da análise sobre a mudança da matriz energética dos combustíveis fósseis para as energias renováveis no rascunho zero da Rio+20.
A campanha Não à Economia Verde faz parte do seminário internacional Outra Economia, Outro Desenvolvimento, Outra Cooperação: a Sociedade Civil Rumo à Rio+20/Cúpula dos Povos, que a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) promove até amanhã (10), na capital fluminense. A campanha foi iniciada em abril deste ano, a partir do Fórum Social Temático realizado em janeiro, em Porto Alegre (RS).
As ONGs apontam que não existe, na verdade, uma definição do conceito de economia verde no rascunho zero (draft zero) apresentado pela Organização das Nações Unidas (ONU) no final do ano passado. Esse texto ainda se acha em negociação e serve de base para o documento oficial da Rio+20, programada para junho, no Rio de Janeiro.
De acordo com Ivo Lesbaupin, diretor da Abong, há um consenso de que a economia verde, tal como está sendo proposta pela ONU, não coincide com o que os movimentos sociais e ambientais consideram uma economia sustentável. “A gente acha que, como está sendo defendido no documento zero e em alguns estudos feitos pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o essencial, nessa proposta de economia verde, é utilizar os instrumentos do mercado para enfrentar a crise ambiental”.
O documento apela para as grandes empresas implementarem a chamada economia verde. Lesbaupin destacou, porém, que a participação de organismos multilaterais, como Banco Mundial (Bird) e Fundo Monetário Internacional (FMI), entre outros, representa, no fundo, “pintar de verde a mesma economia que nós conhecemos e que gerou o impacto ambiental. Não há nenhuma crítica no rascunho zero ao modelo produtivo e consumista que gerou a situação que vivemos hoje”, disse.
Lesbaupin disse ainda que o documento não traz nenhuma análise sobre a mudança da matriz energética dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, considerada pelas ONGs um elemento essencial no enfrentamento ao desastre ambiental. “Esse tipo de economia verde, a gente tem que combater”.
O diretor da Abong denunciou que a proposta apresentada no rascunho da ONU visa a precificar, ou seja, colocar valor monetário, nos serviços ambientais e nos elementos da natureza. “Nós consideramos que isso é extremamente perigoso. É levar o mercado para onde ele não está ainda, para tornar isso fonte de lucro”.
Os movimentos sociais e ambientais defendem, ao contrário, que esses espaços não podem ser privatizados ou mercantilizados, porque são bens comuns de toda a humanidade. “E a maneira de defender, de não destruir, é fazer com que os governos e os estados façam respeitar esses elementos que são fundamentais na natureza e os serviços ambientais. Não pode privatizar o ar, a água, serviços ambientais em geral”. A intenção é lançar a campanha “Não à economia verde” também em nível internacional.
A expectativa de Lesbaupin é que os negociadores do conjunto de países membros da ONU deverão chegar a um texto comum para debate na conferência oficial, no Rio. O receio, enfatizou, é que a economia verde “talvez seja o principal tema dessa proposta. Por isso é que nós estamos fazendo essa campanha”.
O seminário será aberto oficialmente esta noite, com uma conferência preparatória à Cúpula dos Povos, evento organizado pela sociedade civil que ocorrerá em paralelo à Rio+20. A ideia é mostrar a importância e o significado dos dois eventos no atual cenário social, econômico e ambiental mundial. Amanhã (10), quatro mesas redondas debaterão, além da economia verde, a cooperação internacional, a economia que as populações desejam e a sociedade alternativa que está sendo proposta, com a participação de ONGs estrangeiras.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

boas exportações do setor cooperativo

No primeiro quadrimestre de 2012, as exportações das cooperativas brasileiras foram de US$ 1,674 bilhão e houve retração de 0,4% sobre igual período de 2011 (US$ 1,681 bilhão). A vendas do segmento Nas importações, houve expansão de 8,7% nas compras efetuadas pelo setor, que passaram de US$ 63,5 milhões, em janeiro a abril de 2011, para US$ 69,1 milhões, neste ano.

Com esses resultados, a balança comercial registra saldo positivo de US$ 1,605 bilhão, com queda de 0,7% em relação ao mesmo período de 2011 (US$ 1,617 bilhão). A corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 1,743 bilhão, com recrudescimento de 0,1% em relação ao quadrimestre de 2011 (US$ 1,744 bilhão).

Mercados e Produtos

As cooperativas brasileiras exportaram para 119 países de janeiro a abril deste ano. No período, os principais mercados foram: China (vendas de US$ 277,1 milhões, representando 16,5% do total); Alemanha (US$ 129,2 milhões, 7,7%); Estados Unidos (US$ 124,2 milhões, 7,4%); Países Baixos (US$ 109 milhões, 6,5%); e Emirados Árabes Unidos (US$ 107,9 milhões, 6,4%).

Já os produtos mais vendidos, em valor, no período, foram: açúcar refinado (com vendas de US$ 321,4 milhões, representando 19,2% do total exportado pelas cooperativas); soja em grãos (US$ 242,4 milhões, 14,5%); café em grãos (US$ 232 milhões, 13,9%); pedaços e miudezas comestíveis de frango (US$ 178,3 milhões, 10,7%); e farelo de soja (US$ 166,1 milhões, 9,9%).

O Paraná foi o estado com maior valor de exportações de cooperativas, de US$ 583,9 milhões, representando 34,9% do total das exportações deste segmento. Em seguida aparecem: São Paulo (US$ 378,4 milhões, 22,6%); Minas Gerais (US$ 244,7 milhões, 14,6%); Rio Grande do Sul (US$ 135,8 milhões, 8,1%); e Santa Catarina (US$ 122,3 milhões, 7,3%).

Em relação às importações, as cooperativas realizaram compras de 35 países nos quatro primeiros meses de 2012. As principais origens foram: Estados Unidos (compras de US$ 8,5 milhões, representando 12,4% do total); Paraguai (US$ 8 milhões, 11,5%); China (US$ 6,2 milhões, 8,9%); Japão (US$ 5,3 milhões, 7,7%); e Espanha (US$ 4,1 milhões, 6%).

Os produtos mais adquiridos pelo setor cooperativista brasileiro foram ureia (com compras de US$ 9,8 milhões, representando 14,3% do total importado pelas cooperativas); máquinas e aparelhos para preparação de carnes (US$ 5,8 milhões, 8,4%); cloretos de potássio (US$ 4,7 milhões, 6,8%); diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 4,1 milhões, 5,9%) e feijões comuns, pretos, secos, em grãos (US$ 4,0 milhões, 5,7%).

O Paraná foi o estado que importou mais, com aquisições de US$ 34,2 milhões, representando 49,6% do total das importações do setor. Em seguida aparecem: Santa Catarina (US$ 14,1 milhões, 20,4%); Rio Grande do Sul (US$ 6,9 milhões, 10%); Goiás (US$ 6,4 milhões, 9,3%); e Mato Grosso (US$ 3,1 milhões, 4,4%).

quinta-feira, 10 de maio de 2012

COOPERATIVISMO DE CRÉDITO JÁ PRATICA JUROS BAIXOS

A orientação do governo federal em baixar as taxas de juros das operações de crédito para estimular a economia nacional sempre teve um aliado: a cooperativa de crédito Sicredi Região da Produção.

O presidente Saul João Rovadoscki realça que as taxas médias praticadas pela Sicredi, em grande parte dos produtos do crédito comercial, já se encontram abaixo da média do mercado muito tempo antes do governo federal adotar essa diretriz.

O dirigente lembra que, pela natureza jurídica, societária e organizacional, o cooperativismo de crédito trabalha para agregar renda aos seus associados e à comunidade onde está inserido.

“O crédito é uma ferramenta essencial para o crescimento de todos, e o modelo de negócio cooperativo apresenta, como diferencial competitivo, a distribuição de sobras aos associados, decorrente da utilização dos produtos e serviços e do crescimento das cooperativas”, explica.

Para o presidente da Sicredi Região da Produção, as novas taxas do mercado financeiro incentivarão o desenvolvimento no País e tornarão esses recursos mais acessíveis à população. Enfatiza que o cooperativismo de crédito está alinhado aos pressupostos de crescimento sustentado, onde a organização das pessoas é a base do seu desenvolvimento. “Por isso, trabalhamos com o conceito de crédito responsável, orientando os associados em seu planejamento financeiro”.

Para realçar o papel da Sicredi, Rovadoscki mostra que em 2011 a cooperativa registrou crescimento de 31% nos depósitos totais (a soma dos depósitos à vista e a prazo, poupança e fundos) que cresceram de 124,2 milhões para 162,4 milhões de reais. As operações de crédito tiveram expansão de 21,5% (para 168,1 milhões de reais) e os recursos totais operados em 2011 avançaram 32% (para 195,1 milhões de reais).

EM RIO BRANCO APROVA PROJETO DE LEI SOBRE COOPERATIVISMO RE

Foi aprovado na sessão desta quinta-feira, 10, na Câmara Municipal de Rio Branco, o projeto de lei que institui a política municipal do cooperativismo em Rio Branco e estabelece novas diretrizes para o setor.
O autor do projeto, o vereador Gabriel Forneck (PT), avalia positivamente a aprovação, que recebeu apoio unanime dos vereadores. “As cooperativas são sociedades de pessoas que unem voluntariamente e estão muito bem organizadas, prezam pelo resultado econômico, desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida, com isso nada mais justo que regulamentamos políticas dos cooperados de Rio Branco”.
A instituição das políticas municipal de cooperativismo tem como objetivo o desenvolvimento no município de Rio Branco, o poder executivo atuará de forma a estimular as atividades já existentes bem com o de grupos interessados em constituir novas cooperativas.
Além disso, a política de cooperativistas municipais garante a sustentabilidade e continuação do crescimento do ramo, pois segundo pesquisas, Rio Branco concentra cerca de 90% das cooperativas acreanas, em suas grandes maiorias voltadas à agregação de pessoas carentes buscando meios de produção, renda familiar básica e comércio.
O projeto prever também educação aos cooperados e as escolas municipais de ensino fundamentais e médias, podem incluir em suas grades curriculares, conteúdos e atividades relativas ao empreendedorismo e cooperativismo, abrangendo ainda, o funcionamento, a filosofia, a gestão e a operacionalização do cooperativismo.
Depois de sancionado pelo prefeito Raimundo Angelim, o projeto será encaminhado para a redação final. Para o autor do projeto, Gabriel Forneck (PT), o número de assento preferencial é insuficiente para atende a demanda. “Por esta razão faz necessário darmos também prioridade a uma pequena parcela onde muitas vezes eles são alvos de preconceito e exclusão, principalmente os deficientes que ganharão mais direitos de inclusão social e justiça”, ressalta.
O projeto já foi aprovado pelo prefeito, depois de votado pelos vereadores, será encaminhado ao setor jurídico da câmara para redação final.

COOPERATIVISMO NO MATO GROSSO SÓ CRESCE

“Os pequenos e médios agricultores terão que se tornar grandes”. Esta afirmação foi feita pelo diretor executivo da Aprosoja, Marcelo Duarte, durante palestra do Circuito Aprosoja, realizado na manhã desta terça (08), no município de Vera, região norte de Mato Grosso.
Segundo Duarte, o crescimento dos pequenos e médios negócios não significa, propriamente, o aumento do negócio, mas sim a união, no modelo de cooperativismo, entre os produtores para terem mais oportunidades e condições de competir no mercado.

“A concentração e expansão dos grandes grupos no mercado de soja é uma tendência, impulsionados pela eficiência, escala, competitividade e economicidade, e isto vai exigir que os pequenos e médios produtores se unam para continuar na atividade com eficiência e rentabilidade nos negócios”, destacou Marcelo Duarte.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Vera, Benício Boeing, o município cultiva aproximadamente 130 mil hectares com soja e cerca de 90 mil com milho segunda safra. “A média das propriedades é de 1.500 hectares, somos na grande maioria pequenos e médios produtores. Por isso, as informações trazidas pela Aprosoja foram fundamentais para nosso município, para os agricultores daqui”, ressaltou Boeing.

O delegado da Aprosoja do Núcleo de Vera, Cayron Giacomelli, afirmou que no cenário atual o produtor tem que ter ‘um olho na lavoura e outro no mercado’. “Informação e planejamento representam muito dentro do negócio. Cada vez mais o produtor enxerga que para ter rentabilidade ele precisa ter acesso a informações estratégicas, participar de eventos como o Circuito Aprosoja, e se profissionalizar”, afirmou Giacomelli.

O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, ressaltou que a entidade possui o Programa de Fomento às Cooperativas – Cooprosoja. “É preciso se antecipar aos movimentos do mercado e a Aprosoja está atenta a estas tendências e por isso criou o Cooprosoja, que vai prestar auxilio aos produtores que quiserem se organizar em cooperativas nos moldes das que já existem no estado e são referência neste sentido, como, por exemplo, a Coacen, de Sorriso, a Unicotton, de Primavera, e várias outras experiências de sucesso ”.

O Circuito Aprosoja está na 7ª edição e tem o objetivo de levar palestras aos produtores com a intenção de auxilia-lo no planejamento da próxima safra. Esta semana o Circuito vai percorrer as cidades da região norte, ao longo da BR-163. Depois de Vera, a próxima cidade a receber o evento é Sorriso, nesta terça, às 18h, no Sindicato Rural. Acesse o endereço www.circuitoaprosoja.com.br e confira a programação completa.

O Circuito Aprosoja é um evento da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso em conjunto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e patrocínio das empresas Intacta, Syngenta, Basf, Sicredi e Banco do Brasil.

COOPERATIVAS DO PARANA VISITARAM TOCANTINS PARA SABER O POTENCIAL DAQUELE ESTADO

Um grupo de seis cooperativas do Estado do Paraná está no Tocantins conhecendo as potencialidades agropecuárias que o Estado oferece. Os técnicos da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário acompanharam a comitiva apresentando o sistema de produção sustentável do Estado, nas áreas de grãos, pecuária e fruticultura. Na manhã desta terça-feira, 8, o grupo visitou a fazenda Sambaíba, considerada modelo na cultura de grãos e localizada na TO -080.

Na propriedade rural, os paranaenses conheceram o sistema de produção com alta tecnologia chamada “agricultura de precisão”, que utiliza o sistema do plantio sustentável com práticas de manejo adequado, com o uso racional de agrotóxicos e 100% de plantio direto. “Essa prática além de ser altamente produtiva, também aplica- se o uso sustentável nas lavouras”, explicou o engenheiro agrônomo e sócio da propriedade, André Luiz Mercado.

A fazenda cultiva atualmente na safra principal numa área de 6 mil hectares de soja. Na safrinha, são 900 hectares de milho, 550 hectares de feijão caupi e 2,8 mil hectares de algodão cultivados, com uma produtividade entre 180 e 200 arrobas por hectare. Além destas culturas, os proprietários da fazenda investem também na produção e comercialização de alevinos como a caranha, tambaqui e piau e estão montando uma algodoeira.

Para o engenheiro agrônomo da Seagro, Marcelo Costa, que acompanhou os empresários, essa ação é de fundamental importância para atrair investidores para o Estado. “A Seagro tem procurado chamar atenção de empresários de outros estados para que possam investir no desenvolvimento do agronegócio, proporcionando a geração de emprego e renda”, destacou.

São João

Na parte da tarde, os cooperados estiveram no projeto de Irrigação São João, localizado as margens da TO-050. No local, eles puderam conhecer as tecnologias aplicadas em irrigação de microaspersão. O projeto está utilizando apenas 10% de sua capacidade produtiva, mas desponta no plantio de fruticultura, principalmente banana, melancia, coco, maracujá e hortaliças.

O diretor presidente da cooperativa CAMDUL – Cooperativa Agrícola Mista Duovizinhense, Leocir Sartor, expressou ficou surpreso com o projeto. “É um projeto interessante, por ser voltado para agricultores familiares. Isso possibilita a geração de renda a milhares de agricultores”, disse.

O produtor Israel Andrade é um exemplo de que o projeto está no caminho certo. Na sua área, ele cultiva mamão e açaí no sistema consorciado, além de coco e banana, com uma venda de 200 caixas por dia. “A minha intenção é expandir essa área, pois cheguei aqui, acreditei e estou animado no que hoje estou colhendo”, falou.

Sistema Ocepar

As seis cooperativas vieram ao Tocantins a convite da Seagro e fazem parte da Ocepar – Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, que atualmente integra 240 cooperativas em diversos ramos de produção, com foco principal na cultura de soja, milho, trigo, criação de frango, de suíno e de gado de leite.

Segundo o analista técnico e econômico do sistema Ocepar, Gilson Martins, o objetivo dos empresários é conhecer como funciona a escala de produção do agronegócio e as áreas de terras em potencial do Tocantins. “Em função da redução das áreas e preços altos praticados no Paraná, surgiu essa necessidade de pesquisar outros estados, principalmente os que fazem parte do MATOPIBA – Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia”, contou.

Na safra 2010 – 2011, o sistema Ocepar produziu cerca de 18 milhões de toneladas de produtos. A receita bruta de exportação alcançou a cifra R$ 2,2 bilhões. As cooperativas são de diversas regiões Norte, Sul, Oeste e Sudoeste do Estado.

coamo incorpora a coagel

Coamo Agroindustrial Cooperativa incorporou, na manhã desta quarta-feira (09/05), a Coagel Cooperativa Agroindustrial, com sede em Goioerê, no Centro-Oeste do Paraná. Os associados das duas cooperativas referendaram os atos finais de incorporação na 53ª Assembleia Geral Extraordinária realizada em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná).

Trâmites legais - A assembleia conjunta de incorporação cumpriu os trâmites legais após as realizações das assembleias extraordinárias promovidas recentemente de forma individual com aprovação unânime dos associados da Coamo e da Coagel.  Prestigiaram a assembleia, cooperados, diretores e conselheiros das duas cooperativas, o gerente de Desenvolvimento do sistema Ocepar/Sescoop-PR, Leonardo Boesche, o Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Erickson Camargo Chandoha, o  vice-prefeito de Goioerê, José Torres e o prefeito de Rancho Alegre do Oeste, Valdinei José Pelói.

Dia histórico - A incorporação foi comemorada pelos associados da Coagel que contarão com os serviços e a assistência da Coamo. “Hoje é um dia histórico para todos nós, a decisão de incorporação da Coagel foi importante e inteligente por parte da diretoria da Coamo e resolverá os problemas dos associados da Coagel que terão a sua disposição um leque de benefícios visando o seu desenvolvimento técnico, econômico e social”, afirma Osmar Pomini, presidente da Coagel. Pomini lembra dos objetivos da parceria com a Coamo. “Quando do contato inicial queríamos uma parceria que atendesse as necessidades dos nossos associados, e graças a Deus encontramos isso na Coamo, que é uma cooperativa forte e sólida. Por isso é que com esta concretização todos ganhamos: associados e o cooperativismo.”

Confiança - Para o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, os quase 2 mil associados da Coagel serão beneficiados com os trabalhos da Coamo e desfrutarão da prática de um cooperativismo de resultados que vem tendo sucesso há 42 anos nas regiões de atuação da cooperativa. “Felizmente, deu certo a incorporação, que deixa contente e mais tranquilos os associados da Coagel, que passam a ser também associados da Coamo. Foi uma decisão importante que tomamos após a análise da situação e da viabilidade em prol de um grande número de produtores. Nesses poucos anos de atuação na região sempre acreditamos na força e no trabalho dos produtores. Desde o início dos nossos trabalhos quando do acordo operacional para o recebimento da produção e mais recentemente com a instalação de novas unidades, percebemos que os produtores estão satisfeitos e querendo produzir mais e melhor. E assim está acontecendo, eles estão tendo acesso as novas tecnologias e assistência técnica, e muitos inclusive já receberam um dinheiro extra com parte das sobras como fruto da sua participação na Coamo.”

Desenvolvimento - Gallassini acredita que a agricultura e  região terá um maior desenvolvimento a partir de agora com a incorporação da Coagel pela Coamo. “Agradecemos o apoio e a confiança dos associados da Coamo e da Coagel, por este desfecho positivo, pois um processo de liquidação de cooperativa além de não ser a melhor saída poderia levar mais de 20 anos. Os produtores estão participando bem da Coamo, e esta atuação com certeza será muito maior. Acreditamos nos produtores e na região, que é muito importante e produtiva. A modernização das unidades, aliada a assistência técnica e financeira propiciará o aumento da produtividade, renda e qualidade de vida para quase dois mil associados”, comemora o presidente da Coamo.

Estrutura – A Coamo inicialmente instalou entreposto nos Municípios de Moreira Sales e Quarto Centenário. Na sequência, vieram as unidades em Goioerê, Mariluz, Rancho Alegre do Oeste, Brasilândia do Sul e Alto Piquiri.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

COCAMAR FARÁ CINQUENTA ANOS EM 2013

Maringá tem tradição de formar grandes cooperativas, em diferentes ramos. A maior delas é a Cocamar, fundada em 1963 por 46 pequenos cafeicultores arregimentados pelo gerente da agência local do Banco do Brasil, Milton Mendes.


Para a instituição, que seguia uma orientação do governo federal, era uma forma de organizar a produção cafeeira regional e vislumbrar a chance de os cafeicultores pagarem o que deviam.



Diversificação Nos anos seguintes, a cooperativa foi diversificando os seus negócios até que, na década de 70, consolidou-se ao entrar para valer no recebimento e industrialização de soja. Foi a primeira, do Paraná, a ter uma indústria de soja,uma fiação de algodão, uma fiação de seda e uma fábrica de suco de laranja.



Bilhões
Hoje, a Cocamar Cooperativa Agroindustrial está entre as maiores em seu setor no Brasil, registrando faturamento de R$ 2,010 bilhões em 2011. Parte da receita vem da venda de produtos nas gôndolas dos supermercados em grande parte do País.

Antes de ser eleito presidente da República em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva visitou a cooperativa e se mostrou surpreso com o que viu. Tanto ficou impressionado que retornou outras vezes e passou a ser um divulgador da mesma.



Crédito
Maringá sedia, também, uma das maiores cooperativas de crédito brasileiras, a Sicredi União, fundada em 1985 por obra da Cocamar. No início de 2012, atingiu R$ 1 bilhão em ativos e patrimônio de R$ 100 milhões, com mais de 60 mil associados e 61 unidades de atendimento nas regiões norte e noroeste do Paraná, incluindo Londrina.

Ainda na área de crédito, o sistema de cooperativas Sicoob, no Paraná, também tem sua sede em Maringá, cidade onde há uma série de outras entidades atuando em diversos ramos – entre os quais serviços médicos, odontológicos,transportes rodoviários, educação e outros.