sábado, 26 de março de 2011

PIAUI APROVA LEI DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Como meta do Governo Federal em também desenvolver uma Política de Economia Solidária em todo o país, diversos temas foram abordados durante o encontro, onde o mais discutido foi sobre a situação das mulheres no mercado informal de trabalho, destacando que na zona urbana, cada vez mais elas estão mais fortes, organizadas e capacitadas para realização de um trabalho profissional. Enquanto que as mulheres da zona rural possuem muitas dificuldades em relação à organização e acesso às políticas públicas, muitas vezes devido à desinformação. Como experiência de sucesso, foi citado como exemplo o Grupo de Mulheres Bordadeiras do Parque Piauí, que realizam um trabalho informal solidário e conseguem produzir e vender seus produtos de forma organizada.

Para a coordenadora do Setorial de Economia Solidária do Estado do Piauí, Rosângela Sousa, este é um momento oportuno para o avanço das propostas, pois os eixos da política nacional da redução da pobreza e da miséria e a expansão de micros empresas em todo o país faz da Política de Economia Solidária, um passo importante para o êxito dessas metas tanto na esfera estadual como federal.

Participaram das discussões, educadores populares, representantes do Fórum de Economia Solidária do Piauí e militantes femininas.

BANCO DE PALMAS

SEGUNDO O SR. JOÃO JOAQUIM DE MELO SE DESENVOLVEU NUMA COMUNIDADE CEARENSE, E AINDA SE DESENVOLVE - NA COMUNIDADE DE PALMEIRA/CE, PRÓXIMA CERCA DE 18 KM DA PRAIA DE IRACEMA - FORTALEZA, O FAMOSO BANCO PALMAS.


O BANCO PALMAS CRIOU A PRÓPRIA "MOEDA DE CIRCULAÇÃO" EM SEU BAIRRO, CRIOU O CARTÃO DE CRÉDITO PALMASCARD, COM O CONTROLE DO SEU BANCO CENTRAL – O PRÓPRIO BANCO PALMAS – E A ORGANIZAÇÃO DE UM SISTEMA CAPITALISTA, FUNDAMENTADO EM EMPRESAS PRIVADAS, DESIGNADAS POR CONTROLE DE DEMANDAS E OFERTAS, POR UMA COMISSÃO DE ANÁLISES ECONÔMICAS, COM A IDENTIFICAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE E SAZONAL, EM CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA – SÓ SE ABRE UMA EMPRESA NOVA, SE HOUVER NICHO DE MERCADO NÃO EXPLORADO, OU PROPOSIÇÃO DE PRODUTOS OU MERCADORIAS DIFERENCIADOS DOS EXISTENTES.


NÃO SE ABRE UMA NOVA EMPRESA PARA FAZER FALIR UMA OUTRA MAIS VELHA. EXISTEM SÓ EMPRESAS MONOPOLISTAS E OLIGOPOLISTAS, CUJA FORMAÇÃO DE PREÇOS RESPEITA A CAPACIDADE DE CONSUMO E RENDA DAS FAMÍLIAS, E SUAS NECESSIDADES DE CONSUMO, EM MERCADORIAS – PRODUTOS, SERVIÇOS, AGRONEGÓCIOS E COMÉRCIO.


DESENVOLVERAM UMA PLANILHA DE DEMANDA E OFERTA BASEADA EM QUAIS MERCADORIAS SÃO CONSUMIDAS, A QUANTIDADE MÉDIA E SUA VARIAÇÃO E O PREÇO QUE É PAGO NA SUA AQUISIÇÃO. ASSIM ELES TÊM, PARA PROJEÇÕES E DIMENSIONAMENTOS, O VOLUME DE DINHEIRO QUE É LIBERADO PELOS CONSUMIDORES DO BAIRRO, A PERIODICIDADE E A VARIAÇÃO DESSE VOLUME, DETECTAM QUAIS PRODUTOS SÃO PREFERIDOS E QUAIS OS VAZIOS DE MERCADO QUE EXISTEM, EM RELAÇÃO A ALGUNS PRODUTOS QUE NÃO ESTÃO PRESENTES – NÃO HÁ CONSUMO DELES E POR QUAL RAZÃO?


MAS, OS PREÇOS SÃO BEM ABAIXO DOS PREÇOS PRATICADOS, NOS MERCADOS DOS BAIRROS E COMUNIDADES ADJACENTES. NA FORMAÇÃO DOS PREÇOS NÃO EXISTE A ESPECIFICAÇÃO DE LUCRO, COMO NAS COOPERATIVAS.


AS MERCADORIAS "DE FORA", IMPORTADAS, SÃO AQUELAS RELACIONADAS À NECESSIDADE DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA E CONTROLE MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL, TAIS COMO: REMÉDIOS, INSTRUMENTOS, EQUIPAMENTOS, DEFENSIVOS AGRÍCOLAS E SEMELHANTES.


PODEM DESENVOLVER EMPRESAS PRODUTORAS DE ROUPAS, CAMA, MESA E BANHO, SABÕES E PERFUMARIA AGREGADA, SALGADINHOS E DOCES, SAPATOS E SANDÁLIAS, RENDA DAS "RENDEIRAS", MANUTENÇÃO ELÉTRICA E HIDRÁULICA, MANUTENÇÃO DE BENS PÚBLICOS, BARBEARIAS E CABELEIREIROS, BOUTIQUES E LOJAS DE COMÉRCIO, PADARIAS E MERCADOS DE DISTRIBUIÇÃO AO VAREJO E ETC.


NÃO HÁ INFLAÇÃO E NEM CONTROLE DOS PODERES PÚBLICOS – NÃO PRECISAM DE NADA DA PREFEITURA JÁ QUE ELES É QUE FIZERAM SEUS ESTABELECIMENTOS, SEUS POSTOS DE SAÚDE E UNIDADES DE ATENDIMENTO ÀS GESTANTES, SUAS RUAS E CALÇAMENTOS, SEUS ESGOTOS SANITÁRIOS E GALERIAS, SEU SISTEMA DE PROCESSAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA, SUAS PRAÇAS E CLUBES E ETC. MAS PAGAM OS IMPOSTOS COBRADOS E "AGORA" OS POLÍTICOS OS PROCURAM PARA "PEDIREM VOTOS".


A COMUNIDADE FOI AUTÔNOMA EM SEU DESENVOLVIMENTO, DESDE OS ANOS 1970, E AGORA ACREDITA ESTAR NUM BOM IDH - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO, POR CONTA SOMENTE DELES. E PODE ESTAR MELHOR QUE ALGUMAS CIDADES E CAPITAIS BRASILEIRAS.


ALÉM DE CRIAR UMA MODALIDADE DE INTERMEDIAÇÃO BANCÁRIA, MAIS HUMANISTA, PARA EMPRÉSTIMOS AOS COMUNITÁRIOS E EMPRESÁRIOS LOCAIS, O BANCO PALMAS SUBSTITUI A MOEDA CIRCULANTE REAL PELO PALMAS – DINHEIRO LOCAL - QUE CONDICIONA OS CONSUMIDORES A CONSUMIR SÓ NO BAIRRO, JÁ QUE SÓ NELE O PALMAS TEM "COTAÇÃO".


ISSO É A GARANTIA DE QUE O MORADOR DO BAIRRO SÓ GASTE NO PRÓPRIO BAIRRO E TENHA COMPROMISSO EM CONSUMIR A DEMANDA DE MERCADORIAS QUE ESTÁ PROJETADA, COM BASE NA CITADA PLANILHA, ATUALIZADA MENSALMENTE.


ASSIM, A OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS, E EMPRESAS A SEREM "ABERTAS", FICA CLARIFICADA, E DE IMEDIATO SE FAZ UMA PROSPECÇÃO DA IDENTIFICAR EMPREENDEDORES QUE QUEREM SE ASSOCIAR – NUMA EMPRESA A SER CONSTITUÍDA – PARA DESENVOLVER E FORNECER AQUELE SERVIÇO, PRODUTO OU MERCADORIA, DA OPORTUNIDADE IDENTIFICADA.


ENTÃO, UM PROCESSO DE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO PROFISSIONALIZANTE SE INICIA PARA HABILITAR O NOVO NEGÓCIO.

ESPECIFICAMENTE SOBRE O TEMA EXISTE A FUTURA TESE DE DOUTORADO, DESENVOLVIDA SOB CONSULTORIA DA ABRACOOP /SP, DA PROFESSORA APARECIDA ELISABETE PONTES, EX-COORDENADORA DE EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA DA ABRACOOP /SP. TEM O TÍTULO MOEDA COMUNITÁRIA – INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL, INDEPENDENTE DE QUALQUER ATUAÇÃO PÚBLICA OU CONTRIBUIÇÃO POLÍTICA, DO EXECUTIVO OU DO LEGISLATIVO MUNICIPAIS.


E O BANCO PALMAS É UM EXEMPLO DE QUE A TESE CITADA PODE AJUDAR A CONSOLIDAR O DESENVOLVIMENTO REGIONAL, COM A ECONOMIA SOLIDÁRIA, PROPOSTA PELO SR. JOÃO JOAQUIM, DE PALMEIRA/CE.


É UM EXEMPLO DE COMO SE DESENVOLVER UM MERCADO COMUNITÁRIO, COM O COOPERATIVISMO, SOB CONTROLE DA COMUNIDADE, PARA GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA.

NOVA LEI DO COOPERATIVISMO

Nesta semana, a senadora Gleisi Hoffmann (PT) esteve reunida, em Brasília, com representantes da organização das cooperativas do Brasil e do Paraná. O encontro teve como objetivo discutir a Lei do Cooperativismo, que está sendo analisada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e tem a relatoria sob a responsabilidade da senadora.


São duas proposições que tramitam em conjunto: o PLS nº 3, de 2007, de autoria do ex-senador Osmar Dias (PDT/PR) e o PLS nº 153/2007, que tem como autor o senador Eduardo Suplicy (PT/SP). Os projetos definem, por exemplo, o Sistema Cooperativista Nacional, tratam da observância da legislação específica nas atividades das cooperativas de crédito; especifica características obrigatórias da composição de cooperativas, entre outros.
“É uma grande responsabilidade ser a relatora de um projeto que é de extrema importância para o país e especialmente ao Paraná, que é referência na organização do cooperativismo”, enfatiza Gleisi.
Para o superintendente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, a regulamentação da lei vai garantir o desenvolvimento integrado do setor. “A senadora conhece profundamente o desenvolvimento do cooperativismo no Paraná e tem todas as condições de fazer um bom trabalho. Vamos apoiá-la no que for necessário”, afirmou.


O Paraná tem cerca de 650 mil cooperados e 63 mil funcionários. “É um universo de 1,400 milhão de postos de trabalho que dependem das cooperativas e mais de 2 milhões de pessoas envolvidas direta ou indiretamente com a atividade”, conta Ricken.


O presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes, diz que a relatoria do projeto ficou em boas mãos. “Como faz parte da base do Governo, Gleisi tem condições de negociar melhor a tramitação no Senado e vai dar o tom das negociações na Câmara. É fundamental a relatoria estar nas mãos da senadora”, diz.
Gleisi lembra que o assunto está nessa Casa há onze anos, desde que os senadores Osmar Dias e Eduardo Suplicy apresentaram pela primeira vez seus projetos de Lei. O tema, arquivado à época, voltou à discussão em 2007, com a apresentação dos PLS 3/2007 e PLS 153/2007, dos mesmos colegas Dias e Suplicy, respectivamente, tendo sido aprovados na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). “Meu objetivo é aproveitar o momento de renovação do Congresso para votar a matéria na Casa e encaminhar as propostas para análise na Câmara dos Deputados”, explica.
Nesta semana, além da Ocepar e da OCB, Gleisi conversou com representantes da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) para ouvir suas observações e reivindicações em relação à Lei do Cooperativismo

COOPERATIVAS DA CATADORES PODE TER FINANCIAMENTO DO BNDES

As cooperativas de catadores de material reciclável de Duque de Caxias, na Baixa Fluminense, poderão ter seus projetos de renda financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). Essa possibilidade foi sinalizada hoje (14) pelo gerente do Departamento de Economia Solidária da instituição, Eduardo Lins de Carvalho, durante reunião para discutir o futuro dos catadores do lixão de Jardim Gramacho, que encerra as atividades no fim do ano.

Para os projetos, segundo Carvalho, o BNDES poderá oferecer empréstimos não reembolsáveis para construção de galpões, compra de equipamentos e caminhões. "Esse contrato precisa ser feito com a prefeitura e deve assegurar uma renda mínima para o catadores", afirmou. A ideia é desenvolver uma iniciativa semelhante a aprovada para a capital fluminense, na qual o banco financiará R$ 22 milhões para a construções de seis estações para beneficiamento de produtos recicláveis.

Para Duque de Caxias, o valor do financiamento será definido com base na quantidade de lixo gerada na cidade, mas o montante pode chegar a R$ 5 milhões. "Esse número não assusta o BNDES", disse Carvalho, lembrando que a cidade do Rio tem 6 milhões de habitantes e Caxias, 800 mil.

Durante a reunião, a Caixa Econômica Federal também anunciou a possibilidade de investir R$ 2,8 milhões em projetos para os catadores, desde que o dinheiro não seja aplicado em infraestrutura, mas em qualificação profissional e na implantação de um modelo de negócio. Os secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, lembrou que disponibilizará para os catadores R$ 1,5 milhão do Fundo de Valorização de Catadores, que é pago pela empresa que explora o gás metano produzido no aterro. "Estamos acelerando a implantação desse fundo", disse.

O representante da Cooperativa de Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, Sebastião Santos, gostou das propostas discutidas na reunião e que elas atendem o plano de negócios elaborado pelas cooperativas do aterro e favorecem a rede estadual de catadores na reunião, mas espera que elas siam do papel. "De acordo com o que discutimos entre nós, as propostas são satisfatória. O problema é quando isso será colocado em prática. Com o fechamento de Gramacho, temos quase sete mil pessoas nessa cadeia [famílias de catadores] e essas medidas são necessárias para ontem", reivindicou.

Tema do documentário Lixo Extraordinário, que concorreu ao Oscar (prêmio máximo do cinema norte-americano) deste ano, o lixão de Gramacho, será fechado aos poucos. Como parte do processo, até o fim de março parte do lixo jogado no lixão será levado para uma central de tratamento, em Seropédica, também na Baixada Fluminense.

ECONOMIA SOLIDÁIRA NO EQUADOR

O presidente equatoriano, Rafael Correa (foto), destacou a importância nacional dos setores cooperativista, associativo e comunitário ao entregar ao Parlamento com caráter urgente o projeto de Lei de Economia Popular e Solidária.
A iniciativa entregue à Assembleia Nacional para iniciar hoje o curso estabelecido tem esse caráter de urgência com a finalidade de reconhecer a esse imenso setor que é o motor da economia equatoriana, explicou.

Depois de entregar o projeto de lei ao titular da Assembleia Nacional, Fernando Cordeiro, Correa recordou que em governos anteriores estava abandonado esse setor que gera cerca de 30 por cento de produto interno bruto e quase o 50 por cento do emprego nacional.

A economia popular e solidária inclui os setores cooperativista, associativo e comunitário, cuja contribuição à economia nacional abarca as vendas da microempresa, que representam 25,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Equivalem também à 10 por cento dos rendimentos netos totais; 48,9 por cento do total de emprego é gerado por negócios de 1 a 10 empregados; e o micro e pequena empresa gera o 67.1 por cento do total de emprego.

Na área rural, 52,9 por cento dos homens e 64,8 por cento de mulheres trabalham em microempresas, enquanto na área urbana fazem-no 43,7 por cento de homens e 56,5 por cento das mulheres.

A terceira parte dos produtores de menos de um hectare recorrem às cooperativas e a outras estruturas financeiras locais para financiar-se, em tanto as cooperativas de poupança e crédito financiam 31,1 por cento dos pequenos produtores agrícolas.

A micro e pequenas unidades de produção recebem um fluxo importante de crédito do setor financeiro popular e solidário, entre elas mil 200 cooperativas de poupança e crédito, e nove mil 800 caixas de poupança e crédito, bancos comunais e entidades associativas.

A nova Lei cria a Superintendência de Economia, Popular e Solidaria para ter uma entidade especializada que regule às cooperativas, mas com visão solidária e não de lucro, capitalista e individualista, disse Correa.

Outra das vantagens, comentou, será o fortalecimento das finanças públicas para apoiar é este setor com "estímulos tributários e o apoio do Estado para e fortalecer e levar adiante a este importante setor da economia nacional".

Correa ressaltou que antes não existiam instituições nem políticas públicas para a economia popular e solidária, e com a Constituição de Montecristi se estabeleceu, em função do bem comum, com princípios baseados na realidade e a solidariedade.

EMPREEDIMENTO SOLIDÁRIO EM CUBATÃO

A inauguração do Café Solidário, na Praça Portugal (em frente à Igreja Matriz), ocorre nesta sexta-feira (11), às 17 horas, no Centro de Cubatão. A prefeita Marcia Rosa (Foto) participará da solenidade ao lado de representantes do grupo de 13 mulheres que abraçaram a ideia desenvolvida pelo Fundo Social de Solidariedade de Cubatão (FSS), com o apoio da Fábrica da Comunidade e de outros setores da Prefeitura. O primeiro empreendimento cubatense nos moldes da Economia Solidária – modelo de negócio que surgiu na Europa na década passada – começa a atender o público a partir de segunda-feira, em horário comercial.


“Esta iniciativa deve se transformar em exemplo de economia solidária e geração de renda para a Baixada Santista”, afirmou o chefe de serviço do Fundo Social, Ivo de Oliveira Silva, ao participar, na tarde desta quinta-feira (10), de treinamento destinado às mulheres que devem gerenciar e manter o estabelecimento em sistema de parceria.
A secretária de Cidadania e Inclusão Social, Karina Cruz Gonçalves, ressaltou a importância da iniciativa e do engajamento de cada um para o sucesso do empreendimento. “Vocês serão os multiplicadores de uma ação positiva. Serão o espelho para o desenvolvimento de novos projetos”.
Já a presidente do FSS, Darcy Chumbo de Mendonça, destacou o apoio que a Administração Municipal oferece ao ingresso da mulher no mercado formal de trabalho. “Trata-se da realização de um sonho a inauguração do Café Solidário. Apoiamos o trabalho da mulher”.


Qualidade – Como lavar as mãos corretamente; os riscos da utilização de anéis, alianças ou brincos em uma cozinha; o perigo da contaminação cruzada durante a manipulação de alimentos; e a forma correta de realizar a higienização de frutas e verduras foram alguns dos tópicos abordados pela nutricionista Camila de Souza Almeida durante a palestra oferecida às futuras cooperadas na sala de reuniões da Prefeitura.
Camila Almeida, que também atua como fiscal da equipe técnica da Vigilância Sanitária, informou ainda sobre como preparar e empregar soluções para higienizar as mãos e alimentos e destacou a importância de manter aventais e uniformes sempre limpos. “Queremos garantir que as pessoas só consumam alimentos seguros e de qualidade no Café Solidário”.


Também participaram desse encontro a assistente social Neide Araújo de Almeida, que realizou dinâmica motivacional; a técnica de nutrição Vanessa Alves Fernandes; e a chefe da Vigilância Sanitária, Rosana Aparecida Gonçalves Ambrosio.


Capacitação - As mulheres que integram o projeto passarão por várias capacitações. Em dois anos devem completar a incubação de uma micro-empresa social para que possam continuar por conta própria.
O plano é desenvolver negócios nessa modalidade solidária com apoio de outros setores, como o Banco do Povo, para a obtenção de microcréditos, e toda a orientação aos participantes sobre os procedimentos burocráticos para a instalação da microempresa. A intenção é auxiliar pessoas da comunidade que não encontram emprego formal nem têm a estrutura necessária para montar um negócio por conta própria, como uma barraca de cachorro-quente. Dentro do conceito da economia solidária, não existem intermediários ou atravessadores, o que reduz o custo final, e os ganhos são divididos entre os participantes do empreendimento, em esquema semelhante ao do cooperativismo, mas sem os encargos de uma cooperativa.

MICROCRÉDITO PELO BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quarta-feira (16) a elevação para R$ 450 milhões da dotação do Programa de Microcrédito, cujo prazo de vigência vai até 31 de dezembro de 2012. A dotação anterior era de R$ 250 milhões. O programa objetiva estimular a geração de trabalho e renda, a partir da concessão de recursos para o microcrédito a empreendedores individuais ou empresas de pequeno porte, cuja receita bruta anual seja equivalente ou inferior a R$ 240 mil.

A indústria do microcrédito foi introduzida no Brasil pelo BNDES em 1996, a partir da experiência do Grameen Bank, na Índia, idealizado pelo “banqueiro dos pobres” Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz de 2006.

A metodologia foi adaptada às necessidades e especificidades dos microempreendedores brasileiros que não tinham acesso ao crédito no sistema financeiro tradicional. “A gente fez nascer essa indústria [de microfinanças] aqui no Brasil”, disse à Agência Brasil o chefe do departamento de Economia Solidária do BNDES, Ângelo Fuchs. Um curso promovido pelo banco capacitou os agentes de crédito repassadores de recursos.

Um novo programa de microcrédito, “melhor qualitativa e quantitativamente”, segundo Fuchs, foi colocado na praça pelo BNDES no início do ano passado. Mas, em dezembro, diante da grande aceitação e da demanda significativa, que ultrapassou as expectativas do BNDES, a instituição decidiu ampliar a dotação orçamentária. “Esta semana, por exemplo, a gente enquadrou R$ 14,5 milhões [em projetos de microcrédito]”.

Ele explicou que o microcrédito se difere de uma operação de crédito convencional porque funciona com o aval solidário, isto é, sem exigência de garantia. “O microcrédito funciona para os excluídos do sistema bancário, ou seja, àquelas pessoas que não têm condição de dar garantia para receber seus empréstimos. Ele é baseado na figura de um agente de crédito que vai até a comunidade. Em vez do microempreendedor ir até o banco, o banco vai até ele. E quando esse microempreendedor vai até o microempresário, ele o ajuda no básico das finanças. Então, tem uma educação financeira envolvida”.

Disse, ainda, que o microcrédito não pode ser usado para o consumo. “Ele é um microcrédito produtivo orientado. É para pequenas atividades urbanas, especialmente comércio e serviços”. Ângelo Fuchs revelou que 70% dos microempreendedores contemplados no programa são mulheres, que buscam recursos para levar adiante negócios próprios como artesanato, cabeleireiro e confecções, por exemplo. Normalmente, em menos de uma semana, o microempreendedor já está com o dinheiro na mão.

O BNDES possui dois tipos de agentes repassadores do Programa de Microcrédito: instituições de microcrédito produtivo orientado (Impo), que atuam diretamente com o empreendedor, e instituições que tomam os recursos emprestados e os reemprestam a outras organizações. Ângelo Fuchs afirmou que a inadimplência média dos microempresários está abaixo de 2%. Já a inadimplência das instituições que ofertam microcrédito com o banco é zero.

A taxa de juros para as instituições repassadoras dos recursos do BNDES varia de 6% a 7,5% ao ano, com carência de 36 meses, renováveis por igual período. O valor mínimo do financiamento é de R$ 500 mil, podendo atingir até R$ 1 milhão. Para os microempresários, o limite para cada operação de empréstimo é de R$ 15 mil, com juros de até 4% ao mês. “O ticket médio hoje no país está em torno de R$ 900”, disse Fuchs.

No período 2008 a 2010, foram liberados pela carteira de microcrédito do banco R$ 101 milhões. O programa tem contratadas 58 operações.

COOPERATIVA COLIBRIS

A Cooperativa Mista Colibris, instalada há cinco anos no Bairro da Paz, em Salvador, lançou ontem sua segunda coleção de confecções, calçados e acessórios. Foi promovido um desfile no Espaço Avançar, localizado no próprio Bairro da Paz, com charme e participação da comunidade.


O público se encantou e conferiu os produtos da nova marca da Colibris, a Viapaz, além de um projeto piloto do grupo Clã Periférico, que está iniciando a produção de confecções inspiradas no hip hop.


A ação foi viabilizada através de recursos disponibilizados pelo Edital de Comércio Justo do Sebrae Nacional. A cooperativa foi uma das selecionadas na chamada pública que aconteceu em 2008. Foram liberados recursos no valor de R$ 273 mil, que estão sendo aplicados em ações de mercado, a exemplo do desfile. As ações estão previstas para acontecerem até maio.


Ao longo desses três anos, foram desenvolvidas ações como certificação de produtos, elaboração de oficinas para o desenvolvimento de marcas, embalagens e design, promoção comercial, impressão de folders e catálogos e kits promocionais de pontos de venda, entre outros. O diretor-geral da Colibris, Djalma dos Santos, explica que o projeto foi fundamental para o desenvolvimento e fortalecimento da cooperativa, que hoje conta com a atuação de 32 cooperados.


De acordo com Djalma, após o aprimoramento da gestão, o próximo passo da cooperativa é atingir novos mercados. "Com uma estrutura melhor, podemos pensar em expandir a nossa área de atuação", afirmou. Para o diretor, o apoio do Sebrae foi fundamental para essa estruturação. "Graças a esse apoio, podemos, hoje, seguir por conta própria", complementou.


Em 2009, a Colibris lançou a sua primeira coleção, apresentada em um desfile realizada na Santa Casa de Misericórdia, em Salvador. Os produtos podem ser conferidos no site www.colibrismoda.com.br.


A gestora do Sebrae Bahia, Idimara Dantas, lembra que a Colibris foi a cooperativa do Bairro da Paz que mais se destacou, funcionando, inclusive, como âncora de outras cooperativas da Região Metropolitana, integrantes da Rede Empreendedor da Economia Solidária.


O desfile em questão é uma promoção da Colibris e do Clã Periférico, que conta com o apoio do Sebrae Bahia, da Santa Casa de Misericórdia e da Universidade Federal da Bahia.

INSTITUTO CONSULADO DA MULHER

Instituto Consulado da Mulher, ação social da marca Consul, comemorou nessa terça-feira, dia 22, nove anos de atividades na cidade de Rio Claro, contribuindo para que mulheres de baixa renda encontrem oportunidades de geração de recursos para a melhoria da sua qualidade de vida e de suas famílias.



Um exemplo de empreendedora de sucesso na cidade é Maria Aparecida Vertu. Assessorada pelo Consulado durante seis anos, Maria Aparecida, que antes atuava como fotógrafa, participou do Espaço Solidário localizado na fábrica da Whirlpool em Rio Claro e de diversas outras atividades, como a Cooperativa de Panificação, que permitiram que ela obtivesse a qualificação que precisava para alçar voos mais altos como empreendedora.



“Neste período, passei por um grande aprendizado sobre como planejar e administrar um negócio. O Consulado me deu diretrizes que me levaram a investir em uma padaria, a Bella Siena, uma grande oportunidade que se abriu em minha vida”, conta Maria Aparecida Vertu. E completa: “É muito bom poder realizar um sonho”.



Para Leda Böger, diretora executiva do Consulado, o Instituto demonstra a cada ano o compromisso com o empreendedorismo popular. “Todo o trabalho de assessoria prestado para geração de renda está ligado à melhoria da qualidade de vida, o que é possível graças aos Princípios Metodológicos da nossa atuação, que contemplam a Educação em Gênero, Economia Solidária e Comércio Justo. Buscamos o desenvolvimento social sustentável, com qualidade de vida para famílias e comunidades. Assim como a Maria Aparecida, centenas de outras mulheres brasileiras hoje podem realizar o sonho da geração de renda por meio de seu próprio empreendimento. Celebramos as conquistas de cada uma delas, como nossa conquista também”, completa Leda.

COOPERATIVA BAHAINA LANÇA MODA

A Cooperativa Mista Colibris, instalada há cinco anos no Bairro da Paz, em Salvador, lança sua segunda coleção de confecções, calçados e acessórios. Para isso, será promovido um desfile nesta quinta-feira (17), no Espaço Avançar, no próprio bairro, a partir das 18h30. O público poderá conferir os produtos da nova marca da Colibris, a Viapaz, além de um projeto-piloto do grupo Clã Periférico, que começa a desenvolver confecções inspiradas no hip hop.

A cooperativa se desenvolveu muito com recursos que conseguiu do Edital de Comércio Justo do Sebrae Nacional. Ela foi uma das selecionadas na chamada pública de 2008. A entidade recebeu R$ 273 mil, que estão sendo aplicados em ações de mercado, a exemplo do desfile, previstas para acontecer até maio.

Ao longo desses três anos, houve certificação de produtos, elaboração de oficinas para o desenvolvimento de marcas, embalagens e design, promoção comercial, impressão de folders e catálogos e kits promocionais de pontos de venda. O diretor-geral da Colibris, Djalma dos Santos, explica que o projeto foi fundamental para o fortalecimento da cooperativa, que conta com 32 associados.

Novos mercados

De acordo com Djalma, após o aprimoramento da gestão, o próximo passo da cooperativa é atingir novos mercados. “Com uma estrutura melhor, podemos pensar em expandir nossa área de atuação”, afirma. Para o diretor, o apoio do Sebrae foi fundamental para essa estruturação. “Graças a esse apoio, podemos seguir por conta própria”, complementa. Em 2009, a Colibris lançou a sua primeira coleção, apresentada num desfile realizado na Santa Casa de Misericórdia, em Salvador.

A gestora do Sebrae na Bahia Idimara Dantas lembra que a Colibris é a cooperativa do Bairro da Paz que mais se destaca, inclusive, como âncora de outras entidades da Região Metropolitana, integrantes da Rede Empreendedor da Economia Solidária. O desfile desta quinta é uma promoção da Colibris e do Clã Periférico, que conta com o apoio do Sebrae na Bahia, da Santa Casa de Misericórdia e da Universidade Federal da Bahia.

PREFEITURA DE JOÃO PESSOA COMBATE A FOME

Levar alimentação adequada à população em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar na Capital, tem sido uma das prioridades da Prefeitura de João Pessoa (PMJP). Através da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), uma série de projetos, programas e ações vêm sendo desenvolvidos no combate à fome, pobreza e à desnutrição. Essas estratégias institucionais se constituem em políticas públicas permanentes e estruturantes que consolidam a Segurança Alimentar e Nutricional como marco conceitual desse gorverno.

Atualmente, a PMJP trabalha com uma rede formada uma unidade do Banco de Alimentos, um Restaurante Popular, duas Unidades de Inclusão Produtiva em Alimentos, cinco Cozinhas Comunitárias (a ser inauguradas em março) e uma Horta Comunitária. Dispõe ainda do Programa Compra Direta Local e está concluindo a construção de outro Restaurante Popular, em Mangabeira, e de uma Unidade de Produção de Alimentos, no Distrito Industrial.

Segundo a diretora de Trabalho, Renda e Economia Solidária da Sedes, Vaulene Rodrigues, essas políticas visam ampliação do acesso aos alimentos, o apoio à agricultura tradicional e familiar de base agroecológica e cooperativa e a implantação de uma ampla Rede de Segurança Alimentar e Nutricional. "A Prefeitura não só atenderá a necessidade urgente de enfrentar a fome como oferecerá oportunidades educativas e culturais com caráter participativo, de modo a incrementar as condições de vida da população", enfatizou.



Comida saudável – O Restaurante Popular, instalado pela PMJP na Lagoa há sete anos, oferece mil refeições diárias a seus usuários – em sua maioria, idosos e moradores de rua –, ao preço popular de R$ 1,00, cada, com valor nutricional de 1400 calorias. Outro restaurante está em fase de conclusão em Mangabeira, e servirá a mesma quantidade de refeições diárias.

As Cozinhas Comunitárias, com inauguração prevista para o dia 22 de março, serão destinadas ao preparo de refeições saudáveis distribuídas gratuitamente à população em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar nos bairros Novais, Gervásio Maia, Taipa, Bela Vista e Timbó.

Cada uma das cinco cozinhas produzirá 200 refeições por dia, durante cinco dias por semana. As equipes serão formadas por membros das próprias comunidades, formados pela PMJP. Além de alimentação, os locais também oferecerão cursos de formação e atividades de arte e cultura popular.

Também com previsão para ser inaugurada este semestre é a Unidade de Produção de Alimentos (UPA), no Distrito Mecânico do Varadouro. O local terá uma padaria e uma área para a distribuição de leite.

Já as Unidades de Inclusão Produtiva em Alimentos destinam-se a promover políticas de inclusão produtiva com a estratégia de formar cidadãos integrados ao mundo pelo trabalho. Em João Pessoa, há duas unidades: uma na comunidade Mumbaba e outra em Mussumago. Ambas articulam projetos e ações capazes de permitir a construção de uma economia inclusiva e sustentada. As mulheres são protagonistas neste processo, produzindo o alimento que será consumido pela comunidade local. No total, 70 pessoas são beneficiadas.

Produção – As Hortas Comunitárias são espaços destinados à produção de alimentos mediante o trabalho coletivo, com a realização de atividades de educação alimentar e nutricional para o consumo e a saúde, devendo a comunidade ser necessariamente envolvida na sua gestão. Suas instalações também servirão para a capacitação de mão de obra para o setor de produção de alimentos. Na Capital, encontra-se em desenvolvimento uma unidade da Horta Comunitária, no Gervásio Maia, da qual participam 15 moradores, que devem beneficiar um total de 60 pessoas da comunidade, com a geração de renda e a produção de alimentos de modo sustentável.

Os Bancos de Alimentos, por sua vez, são destinados a arrecadar, selecionar, processar, armazenar e distribuir gêneros alimentícios arrecadados por meio de doações junto à rede varejista e/ou adquiridos da agricultura familiar por meio de programas governamentais. Em João Pessoa, o Banco de Alimentos recebe mensalmente uma média de 50 mil toneladas de produtos, beneficiando 120 entidades sociais de João Pessoa e atingindo um total de 26.422 pessoas.

Por fim, a PMJP dispõe do Programa Compra Direta Local, que apóia o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar no município de João Pessoa, acompanhando a qualificação da organização da produção dos agricultores e garantindo sua comercialização a preços justos, sem a interferência do atravessador. A distribuição a entidades sociais se dá pelo Banco de Alimentos.

PROGRAMDE ARTESANATO DO RIO DE JANEIRO

O Programa de Artesanato do Estado, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, que tem por objetivo incentivar o artesanato fluminense, gerar renda e mostrar a qualidade da produção artesanal do estado do Rio, promoveu mais uma ação neste sábado (12/03). Em parceria com a organização da Feira do Rio Antigo, realizada mensalmente na Rua do Lavradio, a pasta leva, a cada edição do evento, artesãos das mais variadas cidades e comunidades para divulgarem suas peças no bairro da Lapa. Neste sábado foi a vez de artistas das localidades Rio das Flores, Valença, Cidade de Deus, Nova Iguaçu, Nilópolis e Morro dos Macacos exporem trabalhos feitos com material reciclável.

- Nossa proposta é a de desenvolver o artesanato do estado do Rio seja na parte de qualidade como no comércio. Temos que escoar a produção, afinal de contas é isso que mais incentiva o artesão. A parceria com a Feira do Lavradio é muito importante já que o Rio é uma vitrine para a produção que é feita lá no interior. Nem sempre o artesão fluminense tem um local adequado para expor sua mercadoria – explica Augusto Sérgio Cardoso, superintendente de Projetos Especiais da Subsecretaria de Comércio e Serviço, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Coordenadora de 60 artesãos em núcleos nos estados do Rio e Minas Gerais, a responsável pela Florat (Associação de Artesãs de Manuel Duarte e Porto das Flores), Cidinha Paiva, comemora a chance de expor produtos em um dos bairros mais famosos do Rio.

- É fundamental este incentivo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, do Governo do Estado. Se nós não tivéssemos o apoio do governo estadual seria inviável comercializar nosso produto. Os trabalhos feitos no interior fluminense são muito bons, têm qualidade. Com a orientação dada pela secretaria poderemos criar uma identidade para o estado do Rio. O bordado fluminense, por exemplo, é riquíssimo, só que estamos espalhados por vários municípios e este programa produz a união de várias cidades, de várias comunidades.

Artesã da Cidade de Deus, uma das comunidades cariocas pacificadas pelo Governo do Estado, Leonícia de Jesus, não vê a hora de conseguir um patrocínio e, junto com suas colegas, vender cada vez mais produtos. Ela faz parte da cooperativa Comunidade em Rede, que conta com participantes de Nilópolis, Nova Iguaçu e Morro dos Macacos.

- O Banco do Brasil doa para nós os malotes que não são mais usados. Nós lavamos, desmanchamos, tingimos, fazemos bordados. Sandálias, capas de agenda, bolsas, portas-moeda, carteiras, tudo é feito com o tecido destes malotes. Estamos tendo uma grande oportunidade de divulgar nosso trabalho. Trabalhamos dentro do princípio da Economia Solidária e queremos divulgar isso também.

ECONOMIA SOLIDÁRIA NO CARNAVAL DO RECIFE

A Prefeitura organizou o comércio de artesanato e alimentos de forma a deixar as atividades mais lucrativas para os empreendedores e mais seguras para os foliões
Da Redação do pe360graus.com

Enquanto os foliões se divertem, artesãos e comerciantes do Recife aproveitam o período de Carnaval para vender seus produtos e garantir um bom lucro. Por isso, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico (SCTDE) vem desenvolvendo ações de apoio a essas atividades, de forma a deixá-las ainda mais lucrativas para os empreendedores e mais seguras para os consumidores.

Para o Carnaval Multicultural Recife 2011, a SCTDE organizou os empreendedores do ramo da alimentação e de artesanato em espaços distintos.

ADEREÇOS
As pessoas que vierem curtir o Carnaval no bairro do Recife poderão adquirir adereços no momento da folia. Basta se dirigir à Central do Carnaval, no Armazém 12, para entrar no clima do Carnaval, utilizando artigos coloridos e brilhantes.

Nos espaços, será encontrada grande diversidade de adornos de cabeça, como tiaras com plumas, além de sandálias de couro e bijuterias. Ao todo, 40 artesãos cadastrados no Programa de Desenvolvimento do Artesanato (Prodarte) expõem os artigos por eles produzidos, das 14h à meia noite.

CUSTOMIZAÇÃO
Na Central do Carnaval e no Paço Alfândega também está sendo oferecido o serviço de customização, reparos e reformas. Os interessados no serviço recebem sugestões de designers e estilistas para a transformação das roupas.

O serviço das costureiras é oferecido por 27 integrantes dos grupos Ateliê Moda Recife e Mãos que Transformam que fazem parte do Projeto de Customização do Associativismo.

ALIMENTAÇÃO
E quem desejar fazer um lanche ou comprar uma bebida poderá encaminhar-se à Praça de Alimentação. Os espaços destinados ao comércio de produtos alimentícios funcionam na Praça do Arsenal, próximo ao Marco Zero e no Cais da Alfândega, além dos polos descentralizados.

Participam da Praça 125 empreendedores, divididos em associações, grupos, cooperativas e empreendimentos individuais da Economia Popular Solidária, acompanhados pelo Programa do Associativismo ou pelo Prodarte.

sexta-feira, 11 de março de 2011

NATAL VAI LANÇAR PROGRAMA ÁGUA BRASIL

A Prefeitura do Natal deu um passo importante na manhã desta sexta-feira (11) para impulsionar o desenvolvimento sustentável de Natal. Durante uma reunião com representantes do Banco do Brasil, da Fundação Banco do Brasil e da Ong WWF-Brasil, a prefeita do Natal, Micarla de Sousa se comprometeu em realizar na cidade o programa “Água Brasil” desenvolvido pelo Banco do Brasil em parceria com a WWF. O programa consiste na implantação de projetos socioambientais, voltados para a coleta seletiva, reciclagem e consumo consciente.

Compromisso foi firmado durante reunião com representantes do Banco do Brasil, da Fundação Banco do Brasil e da Ong WWF-Brasil.“Nós vamos dar o pontapé inicial do programa Água Brasil que é um processo que envolve várias ações de melhoria da qualidade da água e tudo isso passa pela forma como destinamos os resíduos sólidos, consumimos e trabalhamos a reciclagem na nossa cidade. Para isso vamos contar com o apoio do Banco do Brasil e as orientações da WWF”, declarou a prefeita Micarla de Sousa.

Natal foi escolhida como a única representante do Nordeste para participar do programa “Água Brasil”. O programa é desenvolvido em Belo Horizonte (MG), Caxias do Sul (RS), Rio Branco (AC) e Pirenópolis (MT). As cidades participantes foram selecionadas por diversos critérios e pelos portes pequeno, médio e grande.

“A caítal potiguar foi escolhida por ser uma cidade de porte médio, ser uma das sedes da Copa 2014 e por já desenvolver projetos na área de coleta seletiva e destinação de resíduos sólidos. Com o engajamento no programa nós iremos potencializar essas ações para gerar bons resultados que serão replicados para outras cidades do mesmo porte de Natal”, explicou o superintendente da WWF-Brasil, Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza.

Já o gerente geral da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil, esclareceu a participação do Banco do Brasil e da Fundação na execução do programa. “Este é um momento importante onde os técnicos da WWF, do Banco do Brasil e da Prefeitura começam a se reunir para traçar diagnósticos e metas a serem atingidas dentro do propósito do programa. Nós participamos do processo no sentido de apontar caminhos para a realização dos projetos socioambientais por meio do banco e também junto a outras parcerias que podem ser criadas externamente”, disse gerente geral da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil, Rodrigo Santos Nogueira.

No final da reunião ficou acertada a realização de uma reunião técnica no dia 28 deste mês, entre os representantes da Prefeitura, WWF e Banco do Brasil para tratar do diagnóstico das ações municipais e discussão das metas que poderão ser estabelecidas para o município. Já no dia 3 de junho será realizada uma nova reunião geral com a participação da prefeita Micarla de Sousa para discutir o ponto de partida do programa “Água Brasil” em Natal.

ASSOCIAÇÃO DISCUTE PROGRAMAS SUSTETÁVEIS NO AMAZONAS

Comunidade Caburi, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, em Tefé .

A Associação de Mulheres da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Mamirauá, com o apoio da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), realiza até a próxima semana o 5º Encontro de Mulheres da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no interior do Amazonas (município de Tefé).

A programação do encontro inclui discussões sobre inclusão social, geração de renda, mobilização feminina em prol das comunidades, além de outros assuntos de interesse das mulheres que serão levantados no evento. As informações da assessoria de imprensa da FAS.


“Percebemos que as mulheres tem tido cada vez mais um bom desempenho a frente das atividades desenvolvidas nas comunidades e o Programa Bolsa Floresta tem como um dos objetivos principais incentivar essa participação”, explica Rosival Dias, coordenador da Regional Solimões.

O Bolsa Floresta, primeiro projeto brasileiro certificado internacionalmente para recompensar as populações tradicionais pela manutenção dos serviços ambientais prestados pelas florestas, também atua no sentido de dar autonomia às mulheres.

O cartão do Bolsa Floresta Família é entregue diretamente para a mulher, que torna-se responsável por gerenciar a verba destinada à família.

Também por meio do componente Renda, muitas mulheres são beneficiadas, já que projetos voltados ao turismo, artesanato, entre outros, integram a mulher à economia local e promovem a geração de renda.

Segundo uma das organizadoras do evento, que começou nesta quinta-feira (10) Marilis dos Santos Oliveira, a participação feminina nas decisões políticas tem crescido.

“Quando o encontro foi realizado pela primeira vez, a RDS do Mamirauá não tinha nenhuma liderança feminina. Hoje temos algumas mulheres representando
comunidades da reserva, o que já é resultado desses encontros”, afirmou.

KASSAB VISITA PROJETO DE RENOVAÇÃO URBANA

O prefeito Gilberto Kassab percorreu nesta quinta-feira (10), em Lyon na França, um dos mais bem sucedidos projetos de renovação urbana do país. Acompanhado do prefeito da cidade, Gerard Collomb, o prefeito de São Paulo visitou áreas do projeto Confluence, em operação desde 1998 e que está transformando uma antiga área industrial da cidade entre os rios Rhône e Saône.

O Confluence foi concebido como um projeto de desenvolvimento sustentável, de renovação e extensão do centro da Região Metropolitana de Lyon, com o objetivo de recuperar áreas industriais abandonadas e as margens dos rios Rhône e Saône, que cruzam a cidade. As metas definidas pelo projeto são o de atrair empregos, serviços, instituições e eventos, além de servir como opção de lazer e entretenimento urbano.

São Paulo pode aproveitar muitos pontos da experiência de Lyon para recuperar áreas degradadas com base nas questões da sustentabilidade. "É um trabalho muito parecido com o que estamos fazendo na Nova Luz", afirmou o prefeito.

Além de percorrer uma parte do projeto, nas margens do Rio Rhône, o prefeito visitou a Agência de Urbanismo da cidade, onde são desenvolvidos programas habitacionais, de desenvolvimento e urbanismo, e conheceu também o conceito do projeto de iluminação pública da cidade.

O sistema de iluminação de Lyon é referência internacional por conceber, no mesmo projeto, aspectos técnicos, sociais e artísticos. A iluminação deixou de ser fator de segurança e passou a ser vista como fonte de turismo e de desenvolvimento social. A sustentabilidade também é respeitada no programa. Os equipamentos utilizados em Lyon reduziram em 40% o consumo de energia a partir de 2006 e têm vida útil até 20 vezes maior.

PREPARATIVOS PARA CONFERÊNCIA DO RIO 2012

"Economia verde, desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza" são temas de conferência das Nações Unidas em 2012: 20 anos após a ECO 92, Rio é palco de discussões sobre o meio ambiente, sob o signo da segurança.




A comissão preparatória da Rio 2012 se reuniu durante dois dias em Nova York para discutir o planejamento da conferência das Nações Unidas que terá como tema: "Economia verde, desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza". O evento está confirmado para acontecer de 4 a 6 junho de 2012, no Rio de Janeiro. A conferência vai marcar os 20 anos da Eco 92, que também ficou conhecida como Cúpula da Terra ou Rio 92. De acordo com o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, diretor-geral do Departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, "o grande desafio é resgatar tudo que foi feito na ECO 92, reafirmar o engajamento com essa agenda e termos uma visão de futuro cada vez mais integradora dos três pilares do desenvolvimento sustentável: a união do social, do econômico e da natureza".

Sha Zukang, subsecretário-geral do Departamento Econômico e Social da ONU, acredita que a Rio +20 será uma grande oportunidade para discutir sobre o que há de mais urgente no planeta: as crises energética, alimentar, financeira e a recessão global. Ele disse ter a expectativa de que, durante o evento do Rio de Janeiro, o mundo pare para pensar e repensar suas estratégias para o desenvolvimento de políticas inteligentes para promover mais empregos, criar alternativas energéticas limpas e, acima de tudo, garantir a preservação dos bens naturais do mundo. "Um dos grandes desafios para a gente é fazer com que todos os países consigam pensar de forma semelhante, pois cada nação tem suas prioridades e desafios. Mas num momento de união é necessário pensar igual em prol do planeta", concluiu Zukang.

Rio +20: surpresas


"O evento também será verde e mostrará como é possível criar novas ações sustentáveis", declarou o embaixador Machado. Durante os dias do evento, a cidade deve demonstrar a participantes do mundo inteiro iniciativas realizadas no Brasil que possam virar exemplo. Porém, quando questionado pela Deutsche Welle sobre esses exemplos, ele disse que serão surpresa e mostrados mais à diante. De imediato, comentou apenas que, sendo o país quase todo abastecido por energia hidráulica, e o biocombustível abastecendo uma grande frota de automóveis, já é possível notar que o Brasil é "verde". Durante os próximos 14 meses, transcorrerão reuniões para decidir os detalhes dos três dias da conferência mundial. Dentre as prioridades, está promover dezenas de eventos diferentes, por toda a cidade, para engajar a população e conseguir visões e expressões de diversas classes sociais e profissionais.

Desafio


A Rio +20 pretende superar as últimas COP – a 15 (Copenhague) e 16 (Cancún) –, que tiveram poucos resultados na prática. Quando questionado se não há um certo medo de sediar um evento sem algum sucesso, o embaixador mostrou-se confiante e otimista. "Nós queremos que a Rio 2012 seja muito mais ampla que qualquer COP, onde é discutido basicamente clima. Vamos olhar e repensar o desenvolvimento como um todo. Queremos ir muito além e somos mais ambiciosos. Temos certeza que o Rio e o Brasil responderão a esse desfio e realizaremos uma conferência extraordinária."

Local e segurança


A equipe organizadora divulgou que a intenção é realizar o evento em oito armazéns portuários do Rio de Janeiro, no Pier Mauá, localizado próximo ao Aeroporto Santos Dumont, mesmo local que abrigou o Fórum Urbano Mundial, em 2010. Wanderley Mariz, subsecretário de relações internacionais da prefeitura do Rio de Janeiro, disse à Deutsche Welle que acredita que as Nações Unidas aprovarão o local, devido "ao sucesso que foi o Fórum Urbano Mundial". Segundo ele, serão feitas inspeções no local para confirmar a capacidade e devida segurança.

Espera-se que 50 mil pessoas do mundo inteiro venham a participar do evento. Para a equipe organizadora, um número pequeno, se comparado aos das festas que a Cidade Maravilhosa está acostumada a sediar. "No reveillon, tivemos 1 milhão de pessoas nas ruas, agora no carnaval 850 mil, e não vimos nada de muito grave acontecer", disse o embaixador Stelio Amarante, coordenador de Relações Internacionais da prefeitura do Rio, acrescentando que o local dos armazéns é rodeado pelos morros da Providência e da Conceição, assim como pelo Complexo de São Carlos – todas áreas pacificadas, segundo ele. De acordo com a comissão organizadora, a Rio 92 ficou famosa pela segurança, e a intenção é repetir esse êxito, 20 anos depois

ESTUDOS DAS VIAS SUSTENTÁVEIS

Atualmente, ainda que tardiamente, as diversas formas de discussão acerca dos modelos viáveis de desenvolvimento sustentável passam a ganhar relevância cada vez maior, muito em função de nossa frustração pelos abusos exploratórios praticados por nós, cidadãos, e por nossas empresas e nações...





Atualmente, ainda que tardiaente, as diversas formas de discussão acerca dos modelos viáveis de desenvolvimento sustentável passam a ganhar relevância cada vez maior, muito em função de nossa frustração pelos abusos exploratórios praticados por nós, cidadãos, e por nossas empresas e nações, agentes econômicos que têm buscado resultados baseados no curto-prazo, muitos até com boa pressão de imediatismo (vide companhias abertas em Wall Street).



Para nosso azar, os reflexos nefastos dessas decisões e ações não sustentáveis afloram num tempo de resposta mais tardio do que os "benefícios" imediatos que aferimos ao ignorá-las quando da escolha de estratégias, práticas e hábitos equivocados, causando a falsa sensação de que a única coisa que importa é a geração de lucros e de maior competitividade, independentemente dos meios que utilizamos ou dos recursos que consumimos.



A geração de lucros é, sem dúvida alguma, premissa existencial de qualquer organização, empresa ou mesmo nação (ex. saldos positivos nas balanças comerciais), assim como o acúmulo de riquezas, em algum nível, é premissa de sobrevivência, perenização e evolução para que qualquer ser (individuo ou jurídico), de qualquer espécie.



Entretanto, vivemos consumindo e estabelecemos trocas mutuamente em volumes nunca dantes imaginados - puro efeito da globabalização digitalizada - e o gradiente resultante desta miríade de transações aparentemente caóticas impactam diretamente na vida e no destino de pessoas, organizações e, é claro, do meio em que estas ocorrem, muitas das vezes baseadas em recursos que este mesmo meio provê – o meio ambiente.



Ou seja, quando um ou mais pilares do triple bottom line econômico, social e ambiental que rege o desenvolvimento sustentável não estão devidamente contemplados nos modelos produtivos, transacionais e de consumo, quem perde é o todo. Aliás, para nós da DOM, o modelo TBL é incompleto, porque não contempla duas dimensões altamente determinantes nos modelos sustentáveis: a tecnologia e as questões culturais (simbologia).



E é em função deste pentágono de dimensões complementares (econômico, ambiente, social, cultural e tecnológico) que precisamos reconstruir nosso modus-vivendi.



Em outras palavras, toda corrente (nossos mercados, nossos grupos, nossos laços são como redes ou correntes) tem sua máxima força no elo mais fraco. A fraqueza de um simples elo (agente econômico) afeta a performance (a saudabilidade) de toda corrente. É o efeito perceptivelmente tardio, porém agora resplandecente agressivo e destruidor, que estamos percebendo mais e mais a cada dia. E estamos ficando preocupados.



Mais do que rechaçando alguma reação adversa capaz de delapidar a euforia pelo lucro e prazer aferidos (no curto prazo) em nossa filosofia "racional" de vida, gestão, consumo e investimentos, estamos mesmo é sem saber qual é nosso papel nesta enorme corrente, qual a nossa responsabilidade por seu equilíbrio dinâmico e quais as consequências de nossas falhas e desleixos.



Com vários chapéus (de consumidores, políticos, ativistas, cidadãos, trabalhadores, empreendedores, etc.), mas sem saber qual utilizar, ficamos perplexos e recaímos em apontamos culpados históricos, rankeamos riscos, jogaram sugestões baseadas em achismos e puro "catastrofismo", politizamos a discussão e não decidimos nada de forma eficaz. E por quê? Porque o risco, hoje, para nós, não parece material; porque todos os estudos e análises apontam para impactos de longo prazo. Então, lá no futuro, não estaremos vivos e, portanto, hipócritas, nos afogamos hoje no copo d'água que amanhã não beberemos.



A máquina humana de pensar – a mente - simplesmente não está programada para se preocupar com hipóteses ou problemas de longo prazo. É antinatural, porque sobreviver é hoje e agora. Aprendemos assim. É Neandertal, é DNA, somos nós,



E o que fazer então? Lutar contra nossa natureza? Sim! Reconhecermos nossa incapacidade individual é o primeiro passo. Depois, procurarmos estabelecer consenso em políticas, modelos e processos capazes de nos governar e nos proteger de nós mesmos.



Porque sem líderes para temas áridos, sobra-nos a confiabilidade de um ecossistema de regras e normas, tecnologias e conhecimento que, devidamente engenheirados, nos mostrarão as melhores decisões, valorizarão os acertos e punirão os oportunistas.



Por outro lado, o resultado do ciclo virtuoso gerado pela correta e integrada gestão dos aspectos econômicos, ambientais, sociais, culturais e tecnológicos pode (e deve) ser, desde já, identificado sob o ponto de vista de valor tangível e intangível.



Os resultados econômicos e até financeiros são diretamente influenciados pelos fatores sociais, ambientais, culturais e tecnológicos. Ou seja, no "BSC" do futuro da humanidade, a dimensão econômica será necessariamente entregue pelas outras 4 (social, ambiental, cultural e tecnológica).



Entretanto, hoje, a questão do desenvolvimento sustentável está muito mais associada a prevenir e controlar riscos (proteção de valor), do que a identificar e explorar oportunidades que serão descobertas com os novos modelos (geração de valor). E dentre os riscos e efeitos negativos das matrizes não sustentáveis adotadas atualmente, podemos citar, dentre vários:



■Social: altos turn-overs de funcionários, maior dificuldade na contratação e retenção de talentos, declínio acelerado de produtividade, problemas com comunidades de entorno, grupos de pressão negativa, alto volume de processos de consumidores, geração de pobreza, etc


■Ambiental: mudanças climáticas, poluição, desmatamento, desperdício e potencial extinção de recursos naturais, extinção de espécies, aparecimento e alastramento de doenças, etc


■Cultural: perda de identidade nacional ou local, prostituição de culturas específicas, fagocitose cultural, perda de diversidade, apagão de inovação, dentre outros.


■Tecnológico: oligopólios tecnológicos, exclusividade inovativa, macro-disseminação de informações falsas, contra educação, potencialização de mídias irresponsáveis, valorização de tecnologias de exclusão, etc.


Olhando particularmente para as empresas, quando a gestão irresponsável ignora em suas estratégias os aspectos e impactos sociais, ambientais, culturais e tecnológicos, mesmo que o "resultado positivo" venha no curto prazo, em algum momento ela (seu acionista) terá que pagar a conta, gastando muito mais em readequações de modelos e cadeias produtivas, estruturas fabris, arquiteturas de processos, políticas de recursos humanos e programas de marketing, sem falar no alto custo do contencioso jurídico.



Ter sucesso no processo de conscientização dos agentes econômicos (stakeholders do planeta) para a materialidade do tema Sustentabilidade passa por falarmos a linguagem que nós mesmos entendemos.



Ou seja: riscos e benefícios de curto prazo. Ou como diria Freud, procurar o prazer e fugir da dor. Agora!



Isso quer dizer comunicar de forma clara, mais numérica e menos terrorista, mais incentivadora e menos fatalista, esses riscos e benefícios, apontando com clareza o que cada um pode e deve fazer, e o que ganha com isso (premiações) ou perde (punições).



Enfim, trazer a valor presente o efeito das boas práticas de desenvolvimento sustentável (ou o custo das más práticas) nos parece a ferramenta de comunicação mais eficaz que podemos adotar. Porque se formos a favor da natureza humana, tenham certeza, iremos mais rápido... para onde quer que seja: um mundo melhor ou um precipício gigantesco

CÂMARADE DEPUTADOS ANALISA PROJETO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 54/11, do deputado Assis do Couto (PT-PR), que institui a Política de Desenvolvimento do Brasil Rural (PDBR), que terá por finalidade reorientar o processo de desenvolvimento nas áreas rurais do país, com vistas à sustentabilidade.

Segundo a proposta, o Poder Público, com a participação da sociedade civil organizada, formulará e implementará o Plano Nacional de Desenvolvimento do Brasil Rural, com programas e ações para assegurar "o direito humano ao desenvolvimento sustentável nas áreas rurais".

O texto define que o desenvolvimento sustentável baseia-se na diversificação das atividades econômicas nas áreas rurais, na conservação e uso adequado dos recursos naturais, na preservação do patrimônio histórico-cultural e na consolidação dos direitos de cidadania e de participação política.

O projeto foi formulado e aprovado, em dezembro de 2010, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), órgão que integra a estrutura do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

O projeto terá análise conclusiva das comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

CARAVANAS ECOLÓGICAS EM NATAL

Caravana Ecológica do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande (IDEMA/RN) inicia suas atividades na próxima terça-feira (15), na cidade de Assu. A equipe de educação ambiental do órgão já se encontra no município, onde iniciará as atividades de mobilização juntamente com a prefeitura municipal nesta quinta-feira (10).

O objetivo da Caravana Ecológica é oferecer a população dos municípios do Estado o acesso à informações relacionadas ao meio ambiente, contribuindo para a mudança de hábito quanto à proteção ambiental e a qualidade de vida das populações.

São realizadas ações de educação ambiental com o uso do teatro, biblioteca, espaço de ciência, confecções de objetos, cinema na praça, cursos, palestras e atividades pedagógicas.

Além destas ações, a Caravana conta ainda com uma equipe da Central de Atendimento do órgão, responsável por oferecer informações e orientações sobre os procedimentos para licenciamento de atividades ambientais. Outra função desta equipe é o recebimento de denúncias ambientais ocorrentes no município.

De acordo com a subcoordenadora de Planejamento de Educação Ambiental (SPEA), Silvana Gomes, esta é uma ação fundamental desenvolvida pelo IDEMA por auxiliar os municípios a tornarem-se multiplicadores de Educação Ambiental. “Nós levamos a experiência para o município e depois acompanhamos a implementação das ações”, explica Silvana.

A experiência com a Caravana é rica tanto para a comunidade como para a equipe da SPEA que aprende muito com os participantes. Entre as palestras realizadas, está a de uso de plantas medicinais. “Nós aprendemos tanto com os participantes como repassamos o que sabemos. É uma troca muito salutar”, acrescenta. O despertar da consciência para o meio ambiente passa também por uma economia sustentável.

A educação ambiental ensina maneiras ecológicas da comunidade gerar renda. Uma delas é a oficina de uso do óleo de cozinha na transformação de sabão. São levados para o local da caravana televisor, vídeo-cassete, notebook, impressora, telão, data show, filmadora, mini biblioteca, tendas, mesas, cadeiras, material didático e jogos educativos.

Até novembro a Caravana Ecológica passará pelos municípios de Ipanguaçu, Alto do Rodrigues, Pendências, Caiçara do Norte, Carnaubais, Galinhos, Itajá, Macau, Maxaranguape, Parazinho, Porto do Mangue, São Bento do Norte, São Rafael, São Miguel do Gostoso, Rio do Fogo e Tibau.

A CIDADE DE OSÓRIO PREOCUPADA COM A SUSTENTABILIDADE

Entre os projetos implantados está a Central de Recolhimento de Entulhos de Construção Civil

Desde que foi criada em 2005, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, em Osório, implantou uma série de projetos no município fundamentais para o bem estar da população e preservação do meio ambiente com o conceito de desenvolvimento sustentável. Para este ano mais projetos estão sendo desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Leda Famer e a sua equipe, como a questão do lixo eletrônico na cidade foi discutida, recentemente, em audiência pública, a Central de Entulhos de Construção Civil, a Estação de Triagem de Lixo e a Estação de Tratamento de Esgoto que estão em fase de conclusão.

Entre os projetos implantados pela secretaria, a Central de Recolhimento de Entulhos de Construção Civil já está pronta e deve iniciar os trabalhos em dois meses, pois está em processo de licitação a terceirização da empresa que irá operar, fazendo a separação dos materiais. Também é avaliada a coleta desses resíduos até a central através dos carroceiros do município. Ainda está previsto para abril a inauguração da Estação de Triagem de Lixo, onde o lixo comum recolhido será administrado e irá contar com a participação da cooperativa Calixo, bem como, para o mês de maio, a inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto - ETE.

Outra novidade será a arborização urbana do município, com expectativa de iniciar a partir de abril. A secretaria já recebeu um caminhão e está terceirizando a empresa que realizará o plantio de árvores nativas, arbustivas e frondosas. No cronograma ainda estão inclusos o Seminário de Desastres Ambientais e a Comunidade, que ocorre nos dias 24 e 25 de março e a Semana de Meio Ambiente, marcada para junho.

INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL AO RIO GRANDE DO NORTE

Um total de 360 milhões de dólares (Cerca de R$ 597,9 milhões). Esse é o valor máximo que o Governo do Estado poderá requisitar em forma de financiamento ao Banco Mundial, para desenvolver as cadeias produtivas locais, em um programa que incluiria investimentos em educação, saúde, geração de emprego e infraestrutura.


emanuel amaral
Detalhes foram discutidos ontem entre o coordenador do banco, Mark Lundell, e a governadoraO programa ainda está sendo elaborado e não possui sequer um nome. Uma carta consulta só será entregue ao Banco Mundial dentro de aproximadamente 90 dias. No entanto, os detalhes já começaram a ser discutidos na manhã de ontem em uma reunião da governadora Rosalba Ciarlini com o coordenador da Área de Desenvolvimento Sustentável da instituição, Mark Lundell.

De acordo com os dois, o projeto vem sendo pensado como uma espécie de terceira etapa “mais ampla e integrada” dos programas de Apoio ao Pequeno Produtor (Papp) e do de Combate à Pobreza Rural (PCPR), também conhecido como Desenvolvimento Solidário. Ambos foram financiados pelo Banco Mundial e este último está em fase de prestação de contas.

O valor do financiamento a ser solicitado à instituição financiadora só será definido quando o programa estiver pronto, porém o secretário de Planejamento, Obery Rodrigues, confirmou que a última contabilidade, dentro do programa de ajuste fiscal, apontou para a possibilidade do pedido chegar aos 360 milhões de dólares.

“Estamos formulando a nova proposta e claro que o investimento não será todo feito a curto prazo, mas sim a longo prazo, em várias etapas. A quantia vai depender também da nossa capacidade de convencer o banco e conseguir mais”, destacou Rosalba Ciarlini, complementando: “O Mark (Lundell) veio para ouvir todas nossas áreas e, assim, formularmos em conjunto essa nova proposta.”

Além de Obery Rodrigues, participaram da reunião os secretários de Administração, Manoel Pereira; de Reforma Agrária, Gilberto Jales; a adjunta de Administração Vera guedes; a coordenadora de Projetos Especiais da Sethas, Marisa Rodrigues; e o adjunto da Agricultura, José Simplício de Holanda.

Segundo Mark Lundell, “a ideia (do programa) é começar com cadeias produtivas locais, com 100 a 200 beneficiários, e tentando ver a capacidade de cada uma. É mais inclusão do que necessariamente desenvolvimento comercial. Mais pra frente a ideia é juntar esses investimentos locais, montando uma cadeia regional e obtendo uma sustentabilidade maior, inclusive em termos de comercialização.”

Para o representante do banco, o momento é especial tanto pela oferta de recursos por parte do Governo Federal, quanto pelo êxito dos programas anteriores já financiados, como o Papp e o PCPR. “O Banco Mundial tem o Nordeste como uma prioridade”, afirmou. Nos últimos 10 anos, ele estima que foram financiados em torno de 1,2 bilhão de dólares em projetos de desenvolvimento na região.

Atualmente, os financiamentos do Banco Mundial junto ao governo potiguar somam 81 milhões de dólares, sem contar as contrapartidas. Do total, 45 milhões são referentes ao PCPR, repassados em duas etapas nos últimos oito anos, e 36 milhões a um programa de Convivência com o Semiárido, vigente desde 2008. Rosalba Ciarlidisse que o governo não irá se limitar às conversas com o Banco Mundial e prometeu buscar financiamento onde for possível, para bancar investimentos no RN.

ABERTURA DE EDITAL PARA EXPLORAÇÃO DE ÁREAS PRESERVADAS

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SDS) e Amazonastur assinaram na tarde da última quinta-feira, 17, uma Portaria oficializando a criação do Grupo de Trabalho para a elaboração da minuta do Edital para a concessão turística em áreas protegidas do Estado. O documento estará disponível ate o final do mês de março no site dos dois órgãos recebendo as contribuições da sociedade em geral.

A ação vai permitir que empreendedores invistam na infraestrutura dos Parques Estaduais, com o objetivo de estruturar as áreas protegidas para receber os turistas na Copa de 2014. A titular da SDS, Nádia Ferreira, e o diretor executivo da Amazonastur, Nicholas Carvalho, assinaram o documento durante a realização do Fórum Estadual de Turismo. O GT tem o desafio de no prazo de 40 dias apresentar a minuta do edital.

“É uma iniciativa inédita no Estado, dada a condição do amadurecimento das ações ambientais locais. Estamos alinhados dentro da política pública do Governo Federal, que também está adaptando seus parques para a Copa de 2014. Todo o processo tem uma série critérios, avaliação de atrativos, que já possuem um segmento turístico até informal”, declara a titular da SDS, Nádia Ferreira.

Turismo

Desde 2009, a SDS por meio do Centro Estadual de Unidades de Conservação (Ceuc), em parceria com a Amazonastur, já trabalha com foco em incentivar o turismo em Unidades de Conservação. Inicialmente, prevêem-se adequação em quatro unidades de conservação localizadas no Rio Negro: Parque Estadual do Rio Negro (Setor Norte e Sul), Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro e Área de Proteção Ambiental (APA) da Margem Esquerda do Rio Negro. Outras unidades também já foram definidas: APA Tarumã Mirim/Tarumã Açu, Parque Estadual Sumaúma, APA Caverna do Maroaga e Floresta Rio Urubu.

Foram utilizados para escolha das áreas os seguintes critérios: as comunidades já envolvidas com visitação pública; a existência de infraestrutura de visitação; atratividade turística da comunidade; e a existência de projetos de parceria entre comunidade e instituição governamental ou não governamental. (JK)

APROVADO SUBCOMISSÃO QUE TRATARÁ DE TURISMO SUSTENTÁVEL

Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado aprovou ontem durante a primeira reunião deliberativa do ano, a criação de duas subcomissões permanentes para debater as questões do desenvolvimento da Amazônia e do Nordeste. Os nomes dos parlamentares que vão compor cada um dos colegiados serão definidos nos próximos dias.

No requerimento em que sugeriu a criação da Subcomissão da Amazônia, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirma que o objetivo da subcomissão é tratar de forma profunda e específica a Amazônia brasileira, em especial o desenvolvimento sustentável, bem como os investimentos estruturais para a melhoria das condições do turismo na região.

O requerimento para a criação da Subcomissão do Nordeste foi apresentado pelo senador Wellington Dias (PT-PI). Na reunião, ele destacou que a intenção é instituir um fórum específico e exclusivo para o debate e aperfeiçoamento das matérias relacionadas ao desenvolvimento da região Nordeste. “Além dos desequilíbrios estruturais da região, há uma ampla relação de temas de interesse comum entre os estados nordestinos que pode ser trazida a debate na subcomissão”, disse o senador Dias.

O colegiado também aprovou a realização de uma Audiência Pública para debater sobre a importância da melhoria da infraestrutura portuária. Para o presidente da CDR, o senador Benedito de Lira (PP-AL), autor do requerimento, o principal objetivo da Audiência Pública é dinamizar o trabalho nos portos, tendo por finalidade diminuir as desigualdades regionais e potencializar o turismo.

Os parlamentares da comissão decidiram que a audiência será realizada em duas etapas devido à importância e complexidade do tema e ao número de participantes convidados. As datas de realização da audiência serão definidas nos próximos dias. A comissão pretende convidar representantes do Ministério dos Transportes, da Marinha do Brasil, da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), do Centro Nacional de Navegação (Centronave), entre outros.

Ficou decidido ainda que a reunião semanal da CDR às quartas-feiras será realizada às 14h, como previsto no Regimento Interno.

DESPERDÍCIO DE ÁGUA PURA

A água não é coisa para brincadeira não. Existem países no mundo que já sofrem falta deste líquido precioso e que chegam a estabelecer lutas para poder garantir o abastecimento. Pelo menos 17 países do Oriente Médio, sul da África, regiões secas da Índia e China, envolvendo um bilhão de pessoas já não conseguem manter os mesmos níveis de abastecimento que tinham no ano de 1990.

Outras regiões, como 24 nações da África Subsaariana, compreendendo 348 milhões de pessoas atualmente, também precisam fazer muito esforço para conseguir água para seus povos. Em muitos destes lugares as pessoas precisam caminhar longas distâncias para conseguir uma lata de água.

Segundo previsões de entidades que estudam a questão do abastecimento, em 2025, uma em cada três pessoas correrá o risco de ficar sem água, forçando ainda mais o processo de migração que já é imenso nas regiões citadas. Por isso, chega a causar desespero o desperdício de água pura que se vê na região do Campeche desde dezembro de 2010. Ainda mais quando se sabe que pelo menos 25 mil pessoas no mundo morrem, por dia, por conta da falta ou da má qualidade das águas.

No sul da ilha de Santa Catarina, que parece ser a bola da vez dos empreendimentos, desde o final do ano passado que começaram a pipocar novas construções. Mas nada dentro dos limites estabelecidos pelo plano diretor. Alguns dos condomínios, que chegam a ter dezenas de apartamentos, passam do número legal de andares, burlando a lei com andares subterrâneos e os famosos “áticos”. Alguns deles são em cima das dunas, o que mais tarde pode vir a ser um risco para os próprios moradores. Caso não saibam, as dunas são espaços fugidios, que se movimentam e que protegem as costas marítimas.

Muitos destes empreendimentos decidiram aplicar a “lei de Gerson”, levando vantagem. Assim, estão cavando o chão para construir subsolos que devem abrigar garagens, ganhando assim um andar a mais, sem aparentemente desrespeitar o plano diretor. Para isso, precisam drenar a água do lençol freático que, no Campeche, fica praticamente a flor da terra. O sul tem um dos lençóis mais fecundos, capaz, inclusive, de abastecer a região, como acontece atualmente. No Campeche, a água vem da Lagoa do Peri e do aqüífero local. Neste momento, enquanto o leitor passa os olhos por este texto, pelo menos três empreendimentos estão drenando água sem parar, 24 horas, o que significa em torno de 130 mil litros de água pura cada um.

Especialista já advertiram que o rebaixamento de lençol freático pode trazer muitos efeitos negativos para um lugar como o Campeche, que se abastece deste lençol. Esse tipo de ação pode causar sérios problemas para todos os que vivem neste espaço geográfico, tais como: redução da umidade média dos terrenos em volta, provocando a perda da exuberância dos jardins com flores e árvores podendo até secar; perda da vitalidade da vegetação de grande porte que se utiliza da água do lençol; afundamento de terrenos em volta da obra e rachaduras nos pavimentos.

Além disso, como as obras estão próximas do mar, a água que escorre 24 horas, caminha para o oceano e depois volta junto com a água do mar, provocando a salinização da água do aqüífero, destruindo a capacidade de abastecimento. É coisa muito séria.

O Conselho Popular do Núcleo Distrital do Campeche – que reúne cerca de 10 entidades – com a parceria do Movimento Saneamento Alternativo e Núcleo Distrital do Pântano do Sul já foi à Procuradoria do Ministério Público Federal, ao Ministério Público Estadual e à Polícia Ambiental. Já encaminharam documento pedindo explicações à Casan (Companhia de Água) e a vários órgãos de meio ambiente locais e eestaduais. Até agora não obtiveram qualquer retorno. Silêncio total.

A drenagem das águas subterrâneas acontecem desde dezembro, jorrando milhões de litros de água para o mar afora. A busca por explicações e a falta delas tem levado os moradores a um quase desespero, pois não dá para admitir um desperdício desta magnitude enquanto tanta gente sofre com a falta da água.

Estudos disponíveis na rede mundial de computadores dão conta de que a falta de água no mundo pode afetar, inclusive, a produção de comida, pois a agricultura precisa da água potável numa porcentagem que pode chegar até a 90%, o que significa que o gerenciamento dos recursos hidrícos não pode ficar ao bel prazer de empreendimentos gananciosos que, em nome de uma vista maravilhosa para o mar, oferecida a poucos privilegiados, provocam a destruição de toda uma região.

Em Santa Catarina, o novo secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen, tomou posse no dia primeiro de março dizendo que “uma sociedade só alcançará o desenvolvimento sustentável quando seus integrantes, sejam governos ou cidadãos, compreenderem que sustentabilidade é um conceito mais amplo”.

A comunidade do Campeche vai cobrar essa postura do secretário na discussão do desperdício desenfreado da água potável. As entidades querem saber onde estão as licenças ambientais e os estudos das construtoras para que esse tipo de drenagem seja feito. Por que as entidades estaduais e municipais não se manifestam? O que o governo estadual pode fazer para evitar a destruição do lençol freático?

Em nível de Brasil a situação da água tampouco é diferente. No mês de março, as comunidades ribeirinhas e os indígenas que lutam contra a monstruosa construção da Usina de Belo Monte também receberam a informação de que a Agência Nacional de Águas concedeu outorga de direito de uso de Recursos Hídricos à Norte Energia S.A, responsável pela construção da malfada usina no rio Xingu, no município de Altamira, estado do Pará. Com isso, o governo federal igualmente abre as comportas para a destruição daquela região e para o uso privilegiado das águas. Mau exemplo que vem de cima.

Por tudo isso as comunidades do Campeche e do sul da ilha sabem que não é coisa fácil vencer os grandes conglomerados, os megaempreendimentos, que chegam com as bolsas cheias de dinheiro e compram tudo a sua volta, inclusive licenças. Mas, acreditam na mobilização popular e já iniciaram uma grande campanha na região pela proteção dos seus mananciais. Articuladas com as grandes lutas nacionais, as entidades do sul da capital catarinense organizam atividades para o Dia Mundial da Água (22/03), que será celebrado no dia 23 de março (feriado local), numa atividade de esclarecimento e protesto.

O Brasil é um dos espaços do mundo que mais água potável tem, mas isso não significa que, em nome do lucro, as empresas possam provocar tamanho desperdício. É hora de as autoridades estaduais se manifestarem já que as municipais simplesmente se omitiram. Vale lembrar que também a Câmara de Vereadores de Florianópolis foi comunicada deste abuso com as águas subterrâneas, mas apenas dois vereadores se manifestaram contra. E, além disso, nada mais foi feito

BIOCOMBUSTÍVEL FABRICADO PELAS COOPERATIVAS

A Câmara analisa o Projeto de Lei 5/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que institui o Programa Nacional de Produção de Biocombustíveis por Cooperativas (PNBC). O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável e a geração de emprego e renda no campo por meio, principalmente, da produção e comercialização de álcool etílico combustível e de biodiesel por cooperativas.

Pela proposta, os produtores rurais poderão associar-se em cooperativas agropecuárias para produzir biocombustíveis e comercializá-los diretamente ao consumidor final ou para os postos revendedores.

— Assim, abre-se a possibilidade de o biocombustível ser produzido e vendido na própria região de atuação da cooperativa, sem necessidade de intermediação de uma empresa distribuidora — ressalta o autor.

No entanto, é exigido que o biocombustível atenda à especificação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e que possa ser consumido sem necessidade de adição de derivados do petróleo. A proposta também estabelece multa de R$ 5 mil a R$ 1 milhão para a cooperativa agropecuária que comercializar biocombustível que não tenha sido fabricado pela própria cooperativa.

Incentivo fiscal

O texto do projeto determina ainda que não incidirão tributos federais indiretos sobre as receitas decorrentes da produção e comercialização do biocombustível pelas cooperativas.

Além disso, essas cooperativas poderão firmar acordos com instituições oficiais ou privadas, em especial com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, bancos estaduais de fomento e cooperativas de crédito. O deputado destaca que, devido aos baixos riscos de inadimplência inerentes ao programa, esses agentes poderão fixar juros muito baixos para os produtores e para as cooperativas, o que reduzirá o preço final do biocombustível.

— O governo federal vem concentrando esforços e incentivando a produção de fontes alternativas de energia, como o biodiesel e o álcool etílico ou etanol. No entanto, ao cooperativismo, especialmente na área agrícola, não se tem dado a devida atenção. Ele precisa ser fortalecido para que se torne um instrumento para geração de emprego, renda e divisas — argumenta Weliton Prado.

Tramitação

O projeto, que tramita em caráter convulsivo será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Proposta de igual teor (PL 303/07), de autoria do ex-deputado José Fernando Aparecido de Oliveira, havia sido aprovada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural em 2007, mas foi arquivada ao final da legislatura passada.

ANÁLISE DE MICROBACIAS

Objetivo foi capacitar técnicos e dirimir possíveis dúvidas quanto às diretrizes do projeto

Técnicos das Regionais da CATI de Avaré, Bauru, Botucatu, Itapetininga, Itapeva, Jaú, Ourinhos, Piracicaba, Jaboticabal, Jales, Marília e Araçatuba, bem como representantes da Unidade de Gerenciamento de Projetos (UGPs), com apoio do CETATE, estiveram reunidos na Estância Turística de Avaré para nova etapa da “Divulgação do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDRS) – Microbacias II - Acesso ao Mercado”.

O evento foi fechado ao público e aconteceu nos dias 15 e 16 de fevereiro, no Villa Verde Hotel, com pauta estritamente técnica. Sob o comando do engenheiro agrônomo João Brunelli Junior, os técnicos participantes debruçaram-se sobre o Manual Operacional do Projeto Microbacias II e seus anexos e passaram por testes de avaliação e nivelamento de conhecimento das diretrizes.

Durante os trabalhos os participantes foram divididos em seis grupos e cada par de grupos se dedicou a um tema do Manual Operacional, fazendo posteriormente uma apresentação aos demais sobre do estudo realizado. Brunelli enfatizou que a estratégia era, justamente, fazer com que os grupos eliminassem as possíveis dúvidas. “Estou satisfeito com os resultados”, disse Brunelli acrescentando que os técnicos passarão por mais três capacitações subseqüentes logo após a quarta-feira de cinzas.

Já a geóloga e geógrafa Neide Araújo, assessora da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN), da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), falou aos técnicos sobre as ações que serão desenvolvidas pela CBRN no Microbacias II e detalhou a atuação da SMA em parceria com a CATI.

Também participou do evento o engenheiro agrônomo Abelardo Gonçalves Pinto, da DEXTRU, que abordou as estratégias do Microbacias II para as comunidades tradicionais, ou seja, a Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para comunidades indígenas e quilombolas.

Da CATI Regional Avaré participam além do diretor Eliseu Aires de Melo, os assistentes técnicos Euclides Rosa, Newton Tamassia, Sergio Faria e Paulo Tamassia.

BOX – O QUE É O MICROBACIAS II – ACESSO AO MERCADO

O objetivo é promover o desenvolvimento rural sustentável e a competitividade agrícola no Estado, aumentando as oportunidades de emprego e renda para pequenos agricultores e suas famílias (cerca de 22 mil), além das populações rurais vulneráveis, como comunidades indígenas e quilombolas(cerca de 1.500 famílias).

O acordo envolve quase US$ 130 milhões, sendo US$ 52 milhões de contrapartida do Governo do Estado. Ele dá continuidade ao Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas, realizado entre 2000 e 2008, que focou práticas conservacionistas, recuperação de matas ciliares e combate à erosão no campo, além de apoio a mais de 400 associações de produtores formadas no período.

São Paulo contribui com cerca de um quarto da produção agrícola nacional e tem também o maior mercado consumidor do País. A agricultura responde por mais da metade de toda a atividade econômica em 60% dos municípios do Estado e é um importante fator de emprego, especialmente na área rural, onde 80% da população dependem disto.

ONDA VERDE DE MERCADO

Na busca por boa imagem no mercado, todos querem ser sustentáveis

Um movimento verde está ganhando força nas indústrias, no comércio e no setor de serviços, além de ser mostrar presente também no marketing. Na busca por melhores resultados e por uma boa imagem no mercado, todo mundo quer ser sustentável. Cabe aos consumidores ficarem atentos para diferenciar os serviços e produtos que realmente fazem a diferença no quesito preservação daqueles que só investiram no rótulo.

Do vocabulário dos ambientalistas para o dos executivos e também dos marqueteiros, o conceito de sustentabilidade ganha fama.

O relatório Nosso Futuro Comum, das Nações Unidas, propôs, em 1987, o desenvolvimento sustentável como "aquele que procura atender às necessidades e aspirações do presente sem comprometer a capacidade de atender às do futuro".

Mas o jornalista Ricardo Arnt, organizador do livro O que os economistas pensam sobre sustentabilidade, defende que, hoje, sustentabilidade é um termo vago e difuso. "Todos são sustentáveis. Existem empresas admiráveis, mas a maioria realiza programas pontuais e o marketing reivindica crédito planetário", escreve.

O professor do centro sócio-econômico da UFSC, Hans Michael van Bellen, doutor em gestão ambiental, reconhece o risco de banalização do termo. Ele defende a criação de parâmetros para orientar o consumidor.

— Mas fazer algo simples já é positivo. A sustentabilidade é uma direção, não necessariamente um lugar a ser alcançado — afirma.

O superintendente de desenvolvimento sustentável do Santander, Sandro Marques, concorda.

— A sustentabilidade é um processo. Começa com algo menos impactante e evolui. Mas é melhor fazer algo do que não fazer nada.

No Santander, ações de sustentabilidade se transformaram em critério para avaliar a liberação de empréstimos para empresas.

— Esse tipo de ação é um indicativo de que a companhia é melhor gerida, logo, é uma melhor pagadora para o banco — explica.

:: Novos negócios


Mais do que pautar ações dentro de empresas tradicionais, a sustentabilidade também cria novos negócios. A Novociclo, de Florianópolis, nasceu há dois anos para atender empresas, condomínios e comunidades quando o assunto é garantir o destino correto para o lixo. Os serviços de consultoria respondem por 80% da renda. Mas a empresa tem um lado com envolvimento comunitário.

No Bairro Coqueiros, na Capital, criou o primeiro Espaço Recicle. Moradores entregam materiais recicláveis e, em troca, somam pontos que podem ser usados para "comprar" produtos confeccionados a partir do que era lixo.

— Com o dinheiro da venda dos resíduos, pagamos artesãos e empresas com trabalhos de reciclagem. É o ciclo do não lixo, do resíduo limpo — diz o presidente da Novociclo, Rodrigo Sabatini.

:: Cliente é parte da mudança

A mudança de hábitos do consumidor é um pré-requisito para que algumas iniciativas sustentáveis tenham resultados concretos. As sacolas retornáveis, oferecidas como alternativas aos modelos de plástico, são um exemplo que está ganhando popularidade.

As maiores redes supermercadistas do Estado aderiram à moda, seja comercializando as sacolas ecológicas ou distribuindo o modelo em promoções.

O discurso pelo fim das sacolas plásticas está centrado no impacto ambiental do material, que além de não ser renovável, demora mais de cem anos para se decompor. Mesmo com a campanha contra, a Associação Brasileira de Supermercados aponta que o setor distribui 12 bilhões de sacolinhas plásticas a cada ano, o que significa cerca de 60 unidades anuais por brasileiro.

:: Modelos ecológicos

Em Santa Catarina, Angeloni, Imperatriz, Giassi, Comper e Hippo são algumas das redes que oferecem os novos modelos ecológicos.

O Hippo, de Florianópolis, adotou a ideia em 2007. No último ano, foram vendidas cerca de 2 mil sacolas retornáveis nas duas lojas da rede. A empresa substituiu, também, o modelo tradicional pela sacola de plástico oxibiodegradável, que promete rápida decomposição. O custo para a empresa é cerca de 20% maior do que com os modelos de plástico tradicional.

A dona de casa Viviane Cavalli, 39 anos, de Florianópolis, abandonou as sacolas plásticas há quatro anos. E só tem elogios para os modelos retornáveis:

— É muito mais prática, é resistente e é lavável, o que permite colocar alimentos úmidos — destaca, lembrando que usa as sacolas ecológicas nos supermercados, na feira e na farmácia.

Em Joinville, a Associação de Pequena, Micro e Média Empresa (Ajorpeme) estuda alternativas para reduzir o consumo das sacolas plásticas nos supermercados e comércios da cidade. Os modelos retornáveis e a cobrança pelas sacolas plásticas estão entre as ideias para cortar em até 50% o uso do material na cidade.

Xanxerê, no Oeste do Estado, largou na frente. Em 2009, por iniciativa dos supermercadistas, as sacolas plásticas deixaram de ser distribuídas gratuitamente. Quem fizer questão do modelo, deve pagar R$ 0,10 por unidade. A população reagiu bem. No primeiro ano do projeto, a cidade deixou de consumir 40 toneladas de sacolas.

:: Para fazer mais com menos


A alternativa criada para lavar os carros em países gelados se transformou em um bom exemplo de empresa preocupada com o meio ambiente em Florianópolis. Com a lavação a vapor, a VapWash promete usar apenas três litros de água para limpar um automóvel. No processo tradicional, o gasto é de cerca de 300 litros em uma única lavação — com a mangueira aberta pode chegar a 500 litros.

— Desde o início, a ideia era criar algo com o mínimo impacto ambiental. Pesquisei muito e fui achar a ideia nos países em que neva muito e o vapor é a alternativa para lavar os carros — afirma o diretor da VapWash, Carlos Kanji Sato, que montou a empresa há pouco mais de um ano, em sociedade com o amigo Leon Nunes.

Entre os clientes que aprovaram a ideia, Sato reconhece que nem todos procuram o serviço motivados pela questão ecológica.

— Além de ter menos impacto ambiental, a lavação é eficiente. O vapor tira sujeira que apenas água não tira. A qualidade do nosso serviço ainda é mais atrativa do que o fator ecológico — afirma.

A lavação básica na VapWash dura duas horas e custa R$ 30 — lavação por fora e aspirador por dentro. Para serviços de recuperação dos bancos, com o equipamento a vapor, os preços sobem. Em média, são lavados 150 carros por mês. Sato reclama da concorrência, que puxa o preço para baixo.

— Tem muita gente irregular, que não paga impostos, e o mercado nivela o preço por baixo. A maioria dos clientes não quer pagar mais por um serviço, mesmo sendo um trabalho com menor impacto ambiental — lamenta.

O equipamento, desenvolvido a partir de um maquinário industrial, foi adaptado especificamente para a lavação de carros. O investimento inicial foi de R$ 50 mil. A meta agora é licenciar o aparelho para abrir filiais em outras cidades. A previsão é ter o retorno do montante aplicado em 2012. A empresa funciona na sede da Associação Comunitária do Bairro Santa Mônica. Em troca do aluguel, dá desconto para os associados.

A economia de água também entrou na pauta da Associação Nacional das Empresas de Lavanderias (Anel). A entidade acaba de lançar o Selo de Qualidade e Sustentabilidade para Lavanderias. A ideia é baseada nos certificados ISO. Entre os critérios, estão a economia de água e energia, o destino correto dos resíduos e a segurança dos funcionários.

:: Vestidos para preservar


A moda também está atenta ao conceito de sustentabilidade. Santa Catarina abriga empresas de confecção e de comércio que comprovaram o sucesso da onda verde. A blumenauense Fujiro Ecotêxtil, que faz camisetas com fios fabricados com garrafas PETs, coleciona prêmios pela inovação.

Com experiência há 10 anos no setor de camisetas promocionais, os sócios Bruno e Ana Paula Sedrez criaram a empresa para trabalhar com o novo processo em 2006. Os produtos são fabricados com 50% de algodão e 50% de fio de garrafas PET. A confecção tem parceria com associações de catadores e com fábricas de SP e do PR, que transformam o plástico em fio. São produzidas, em média, 70 mil camisetas por mês.

Para cada camiseta, duas garrafas PET são retiradas do meio ambiente. Desde o início do projeto, a empresa já reaproveitou mais de 2,7 milhões de garrafas PET. Hoje, além da fábrica com 30 funcionários, a Fujiro tem dois quiosques, um em Blumenau e outro em Balneário Camboriú, para comercializar a linha para o varejo, com criações próprias (fotos ao lado). Os preços vão de R$ 19 a R$ 50. A Capital terá o seu quiosque da rede em maio, anuncia Bruno.


Em Florianópolis, a empresária Jeane Puntel montou a Ecobio Fashion há pouco mais de um ano, resultado de R$ 80 mil em investimentos. A loja, na Lagoa da Conceição, vende exclusivamente produtos ecológicos — roupas de algodão orgânico, acessórios com lona recuperada e peças confeccionadas a partir do reaproveitamento de tecidos.

Jeane diz que já conseguiu conquistar um público fiel, disposto a pagar, em média, 20% a mais do que pelas roupas tradicionais.

Também na Capital, foi inaugurada em 2010 a Eco Moda, especializada em roupas ecológicas para crianças. A preocupação ambiental vai até a embalagem.

— Utilizamos papel de seda para embrulhar os presentes. E as nossas sacolas são feitas a partir da reciclagem de caixas de leite longa vida — descreve a empresária Andréia de Amorim, dona da loja.

GOVERNO DA PARAIBA FEZ CONFERÊNCIA SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Governo promove conferência na PBComo aliar crescimento econômico, sustentabilidade ambiental e inclusão social na Paraíba? Buscar soluções para esta questão é um dos desafios da “1ª Conferência Estadual sobre Desenvolvimento Sustentável: a Paraíba do século XXI”, que será realizada nos dias 24 e 25 de março, no Cine Bangüê do Espaço Cultural José Lins do Rego, na Capital. Promovido pelo Governo do Estado, o evento tem como objetivo chamar a sociedade para definir os rumos de atuação em busca do desenvolvimento da Paraíba para os próximos anos.


O governador Ricardo Coutinho ressaltou que a conferência será um grande encontro para o poder público e a sociedade traçarem os eixos de desenvolvimento que possibilitem que a Paraíba experimente um crescimento de forma sustentável.

“Essa será uma conferência integradora com foco no desenvolvimento da Paraíba não apenas no período desse governo, mas que ultrapasse o limite temporal desse mandato. Será a partir dela que serão tiradas as ações prioritárias nas áreas estratégicas com a participação ativa dos mais variados setores da sociedade”, explicou.


A expectativa é que a conferência reúna um público mais de 300 participantes, entre representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário; do setor produtivo; de instituições financeiras e de pesquisa; além de sindicatos trabalhistas, conselhos profissionais e prefeitos.


Programação – A programação prevê a realização de uma conferência máster sobre “Desenvolvimento Sustentável da Produção e Inclusão Social” e de painéis temáticos que terão como foco as discussões de oito câmaras de desenvolvimento.


As câmaras definirão metas e diretrizes voltadas para os seguintes temas: Agropecuária e Pesca; Ciência e Tecnologia; Micro e Pequenas Empresas; Recursos Hídricos e Meio Ambiente; Indústria, Comércio e Serviços; Desenvolvimento do Turismo; Infraestrutura e Logística; e Recursos Minerais.

Setor produtivo – O secretario estadual de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Renato Feliciano, afirma que o debate promovido nestas câmaras dará ao Governo a oportunidade de ouvir as ideias e necessidades concretas do setor produtivo e da sociedade como um todo.


“Essa conferência vai trazer os segmentos organizados da sociedade, entidades de classe e sindicatos para discutir o desenvolvimento do Estado e traçar os eixos para que a Paraíba cresça de forma sustentável”, destacou Feliciano.


Para o secretário executivo da Indústria e do Comércio do Estado, Marcos Procópio, o evento dará aos setores representados à possibilidade de manifestar suas opiniões sobre as “fraquezas e fortalezas, oportunidades e ameaças” que se apresentam no cenário do desenvolvimento sócio-econômico do Estado. “A gente espera que saiam destas câmaras sugestões para que a tarefa do desenvolvimento seja capitaneada pelo Estado com o envolvimento da sociedade”, frisou Marcos Procópio.


Inscrições – A 1ª Conferência Estadual sobre Desenvolvimento Sustentável será aberta ao público e os interessados poderão se inscrever a partir da próxima segunda-feira (14), através portal do Governo do Estado (www.paraiba.pb.gov.br). Para se inscrever, o participante precisa preencher um formulário simples, indicando a câmara temática de interesse e dados pessoais.


Mais de 65 instituições – Além do Governo Estadual, suas secretarias e autarquias, a conferência tem como público-alvo representantes de mais de 65 instituições e entidades (governamentais e privadas). Entre elas se destacam: os ministérios do Turismo, do Desenvolvimento Econômico e da Integração Nacional; Tribunal de Justiça do Estado; Assembléia Legislativa; câmaras e prefeituras municipais; UFPB; UFCG; UEPB; BNDES; BNB; Banco do Brasil; Caixa Econômica Federal; SEBRAE; Fiep; FAEPA; Fecomércio-PB; Federação das Associações Comerciais e Empresariais da Paraíba; Câmaras dos Diretores Lojistas (João Pessoa e Campina Grande); CIEP; e integrantes do trade turístico.