sexta-feira, 11 de março de 2011

INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL AO RIO GRANDE DO NORTE

Um total de 360 milhões de dólares (Cerca de R$ 597,9 milhões). Esse é o valor máximo que o Governo do Estado poderá requisitar em forma de financiamento ao Banco Mundial, para desenvolver as cadeias produtivas locais, em um programa que incluiria investimentos em educação, saúde, geração de emprego e infraestrutura.


emanuel amaral
Detalhes foram discutidos ontem entre o coordenador do banco, Mark Lundell, e a governadoraO programa ainda está sendo elaborado e não possui sequer um nome. Uma carta consulta só será entregue ao Banco Mundial dentro de aproximadamente 90 dias. No entanto, os detalhes já começaram a ser discutidos na manhã de ontem em uma reunião da governadora Rosalba Ciarlini com o coordenador da Área de Desenvolvimento Sustentável da instituição, Mark Lundell.

De acordo com os dois, o projeto vem sendo pensado como uma espécie de terceira etapa “mais ampla e integrada” dos programas de Apoio ao Pequeno Produtor (Papp) e do de Combate à Pobreza Rural (PCPR), também conhecido como Desenvolvimento Solidário. Ambos foram financiados pelo Banco Mundial e este último está em fase de prestação de contas.

O valor do financiamento a ser solicitado à instituição financiadora só será definido quando o programa estiver pronto, porém o secretário de Planejamento, Obery Rodrigues, confirmou que a última contabilidade, dentro do programa de ajuste fiscal, apontou para a possibilidade do pedido chegar aos 360 milhões de dólares.

“Estamos formulando a nova proposta e claro que o investimento não será todo feito a curto prazo, mas sim a longo prazo, em várias etapas. A quantia vai depender também da nossa capacidade de convencer o banco e conseguir mais”, destacou Rosalba Ciarlini, complementando: “O Mark (Lundell) veio para ouvir todas nossas áreas e, assim, formularmos em conjunto essa nova proposta.”

Além de Obery Rodrigues, participaram da reunião os secretários de Administração, Manoel Pereira; de Reforma Agrária, Gilberto Jales; a adjunta de Administração Vera guedes; a coordenadora de Projetos Especiais da Sethas, Marisa Rodrigues; e o adjunto da Agricultura, José Simplício de Holanda.

Segundo Mark Lundell, “a ideia (do programa) é começar com cadeias produtivas locais, com 100 a 200 beneficiários, e tentando ver a capacidade de cada uma. É mais inclusão do que necessariamente desenvolvimento comercial. Mais pra frente a ideia é juntar esses investimentos locais, montando uma cadeia regional e obtendo uma sustentabilidade maior, inclusive em termos de comercialização.”

Para o representante do banco, o momento é especial tanto pela oferta de recursos por parte do Governo Federal, quanto pelo êxito dos programas anteriores já financiados, como o Papp e o PCPR. “O Banco Mundial tem o Nordeste como uma prioridade”, afirmou. Nos últimos 10 anos, ele estima que foram financiados em torno de 1,2 bilhão de dólares em projetos de desenvolvimento na região.

Atualmente, os financiamentos do Banco Mundial junto ao governo potiguar somam 81 milhões de dólares, sem contar as contrapartidas. Do total, 45 milhões são referentes ao PCPR, repassados em duas etapas nos últimos oito anos, e 36 milhões a um programa de Convivência com o Semiárido, vigente desde 2008. Rosalba Ciarlidisse que o governo não irá se limitar às conversas com o Banco Mundial e prometeu buscar financiamento onde for possível, para bancar investimentos no RN.