sábado, 27 de agosto de 2011

CETICISMO MARCA OS PREPARATIVOS DA RIO MAIS VINTE

Realizado ontem, 11/8, na Câmara dos Deputados, o seminário “Radar Rio+20 para Jornalistas” reforçou a expectativa de que a conferência que ocorrerá no ano que vem, no Rio de Janeiro, não deve trazer resultados concretos imediatos para as negociações internacionais sobre meio ambiente. Alguns dos participantes do seminário, no entanto, apostam que a conferência pode ser palco de articulações e mobilizações importantes para a sociedade civil.

A Rio+20 pretende fazer um balanço dos desdobramentos da Rio-92 e discutir dois assuntos principais: economia verde e governança global para a erradicação da pobreza. A mudança climática, tema ambiental mais importante e polêmico dos últimos anos, não está na pauta da conferência, organizada pela ONU (Organizações das Nações Unidas), o que vem gerando críticas de pesquisadores, ONGs e governos.

O seminário teve como objetivo capacitar jornalistas para cobrir a conferência e foi promovido pelo ISA em parceria com o Instituto Vitae Civilis, o Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Subcomissão Rio+20 da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Contou com a participação de pesquisadores, repórteres e assessores de comunicação de órgãos do governo, organizações e redes da sociedade civil.

Nos dias 19 e 20 de julho, no auditório da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, uma primeira edição do seminário contou com a participação de jornalistas de sites especializados, assessores de comunicação e repórteres de jornais e revistas, que ouviram os palestrantes Aron Belinky, do Instituto Vitae Civilis; José Correa, do Grupo de Reflexão e Apoio ao Fórum Social Mundial (Grap); Ricardo Abramovay, da Faculdade de Economia e Administração da USP; e Rubens Born, do Instituto Vitae Civilis. Em Brasília, os palestrantes foram Tony Gross, sócio-fundador do ISA e pesquisador da Universidade das Nações Unidas, Aron Belinky, do Vitae Civilis, Ricardo Abramovay (FEA/USP) e Pedro Ivo Batista, do Comitê Facilitador da Rio+20.

Os dois seminários fazem parte do projeto Radar Rio+20 que tem apoio da Fundação Ford. A iniciativa prevê ainda a elaboração e distribuição de um manual básico sobre a Rio+20 para jornalistas e um hotsite destinado ao público em geral. Ambos serão lançados ainda no segundo semestre de 2011.

Esvaziamento

“Existe a possibilidade de esvaziamento da conferência, mas também a percepção de que ela pode ser um momento importante para a convergência de atores e temas”, disse Aron Belinky, do Vitae Civilis. Ele avaliou que o ceticismo que existe hoje em relação ao sistema ONU e a crise econômica devem dificultar a implantação de tratados internacionais sobre meio ambiente nos próximos anos. Por outro lado, considerou que o consenso existente hoje em todo o planeta sobre a gravidade do problema ambiental pode catalisar mobilizações na conferência com poder de pressionar os meios diplomáticos.

“Não temos muitas expectativas sobre a Rio+20. É muito difícil que a agenda avance porque as decisões só podem ser tomadas por consenso. Mas existe grande expectativa quanto à possibilidade de ocorrerem diálogos importantes entre a sociedade civil e desta com governos e empresariado”, reforçou Pedro Ivo, da Associação Alternativa Terra Azul e integrante do Comitê Facilitador da Sociedade Civil (CFSC) para a Rio+20.

Ivo cobrou maior transparência do governo federal no processo de consulta à sociedade para a coleta de sugestões à posição do governo brasileiro na conferência. “Não sabemos como serão as consultas, que começam em agosto. Este é um processo que já está atrasado”. O CFSC foi criado por ONGs, movimentos e redes sociais para tentar garantir a participação desses setores na conferência.

O sócio fundador do ISA e pesquisador da Universidade das Nações Unidas, Tony Gross, falou sobre desenvolvimento sustentável e governança global. Ele lembrou que existem cerca de 500 tratados internacionais sobre meio ambiente e 180 países já têm estratégias para proteger a biodiversidade. Apesar disso, segundo Gross, os dados disponíveis comprovam que todo esse investimento não causou até agora impacto sobre as taxas de perda de biodiversidade, que continuam crescendo. “Há um abismo entre intenções e resultados concretos. O desenvolvimento sustentável ainda não foi incorporado como princípio norteador das políticas públicas dos governos”, argumentou.

Governança global

Tony Gross apontou as alternativas em discussão na ONU sobre a questão da governança global ambiental: aumentar o status e o poder do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); criar um organismo guarda-chuva para o tema do desenvolvimento sustentável (proposta apoiada pelo governo brasileiro) ou criar uma entidade autônoma especializada, com poder de sanção, a exemplo de instituições como a Organização Mundial do Comércio (OMC); reformar as instituições já existentes tornando-as mais aptas a lidar com o desafio do desenvolvimento sustentável.

A atuação do Brasil como anfitrião da conferência também foi tema da mesa do seminário. O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), presidente da Subcomissão Rio+20, considerou grave que a mudança climática tenha ficado de fora da Rio+20. Ele propôs que a Presidente Dilma Roussef convoque um grupo formado pelos principais países envolvidos para tentar avançar nas negociações, emperradas desde a Conferência do Clima em Copenhague (COP 15), em 2009. “Se não conseguirmos avançar, corremos o risco de criar um vácuo normativo com o término do Protocolo de Kyoto, no final de 2012”.

Para Sirkis, a conferência deveria avançar ainda na discussão da valoração dos serviços ambientais e na mudança dos principais indicadores econômicos, como o Produto Interno Bruto (PIB), que deveria passar a considerar aspectos ambientais.

“O Brasil tem de ter posições avançadas e ser protagonista na conferência, não pode entrar na conferência na defensiva. Mas fica difícil fazer isso com um ‘rombo no casco’ como a proposta do Código Florestal aprovada pela Câmara em junho”, alertou o deputado Ivan Valente (PSol-SP). “A sociedade civil e o movimento social têm um papel importante de pressionar o sistema de decisões internacional que é blindado, inclusive pela grande mídia. Precisamos forjar bandeiras e palavras de ordem comuns”.

Economia verde

O sociólogo e professor da USP Ricardo Abramovay falou sobe economia verde. Ele apresentou dados que mostram que o consumo mundial de matérias-primas e energia continua crescendo, apesar dos alertas dos cientistas sobre o esgotamento dos estoques mundiais de recursos naturais. O pesquisador disse que o principal desafio da economia verde não é apenas limitar os padrões excessivos de consumo e produção nos países ricos, mas também diminuir a diferença entre esses padrões e aqueles praticados nos países pobres.

“Economia verde” é definida pela ONU como “aquela que resulta na melhoria do bem-estar humano e da igualdade social ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e as escassezes ecológicas”.

MINISTRO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA LANÇA PACOTE PRA AJUDAR ECONOMIA VERDE

O Ministério da Ciência e Tecnologia vai divulgar nas próximas semanas um plano de investimentos em pesquisas voltadas à economia verde, segundo o coordenador-geral de Mudanças Climáticas da pasta, Marcos Heil Costa.

Costa disse que o assunto está sendo tratado no planejamento do ministério. “O Ministério da Ciência e Tecnologia pretende investir em áreas como energias renováveis, economia do conhecimento e até mesmo na economia do extrativismo de forma sustentável, sempre promovendo o desenvolvimento sustentável.”

Os investimentos serão feitos por meio de editais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e também por mecanismos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do próprio MC&T.

De acordo com ele, tentar diminuir o impacto das mudanças climáticas e prever com mais rapidez esses eventos são dois desafios que o mundo terá de enfrentar nos próximos anos.

Para ele, o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) é a primeira grande resposta do governo brasileiro às mudanças climáticas. “Desastres naturais têm ocorrido no Brasil, aparentemente cada vez mais intensos, com maior perda de vidas e de bens materiais, e o governo então criou esse centro para responder a essa ameaça.”

O centro entrará em funcionamento em 25 municípios brasileiros, em novembro próximo, e deverá estar operando 100% em quatro anos, atendendo mil cidades que apresentem maior risco de desastres

SAÚDE E ECONOMIA VERDE

Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo o site do Observatório Social, lançou um relatório sobre a saúde e os benefícios associados à diminuição das alterações climáticas no setor da habitação, o primeiro de uma nova série de relatórios sobre a saúde e a economia verde.
A série realiza uma análise sistemática da diminuição das alterações climáticas e estratégias de crescimento verde em cinco setores da economia: habitação, transportes, serviços de saúde, fontes de energia de uso doméstico nos países em desenvolvimento e agricultura. O primeiro relatório completo, relacionado com o tema habitação, avalia os impactos potenciais à saúde de opções de mitigação para o setor de construção residencial, com foco em estratégias de revista no Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O relatório da OMS conclui que muitas formas de asma e alergias, bem como doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais estão cada vez mais relacionadas com as intensas ondas de calor e períodos de frio, e podem ser resolvidas por medidas simples de estratégias de construção de “habitações saudáveis”. O documento aponta, da mesma forma, que deve ser dada mais atenção aos riscos na área de habitação devido a seu rápido crescimento nas cidades em desenvolvimento, e de como habitações mais amigas do meio ambiente e planejamento urbano podem melhorar a saúde dos pobres, bem como mitigar as mudanças climáticas.
O relatório identifica uma série de estratégias “ganha-ganha” para a saúde e diminuição das mudanças climáticas, incluindo o aprimoramento do aquecimento equipamentos de cozinha mais eficientes para reduzir a poluição no interior doméstico, e também constata que a equidade em saúde pode ser melhorada em áreas de baixa renda através de investimentos em coberturas isoladas, de baixa energia de iluminação, água, ar condicionado aquecimento e outras estratégias de mitigação de baixo custo.

BOLSA VERDE SEM MISÉRIA

Com o objetivo de discutir ações específicas para superação da pobreza no meio rural e preservação ambiental, a secretária extraordinária de Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ana Fonseca, participou na manhã desta terça-feira (9) de debate no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília. O evento reúne gestores locais e coordenadores regionais do Programa de Apoio à Conservação Ambiental – Bolsa Verde. Durante o encontro, a secretária falou sobre o Brasil Sem Miséria e destacou a importância da atuação de gestores locais como protagonistas do Bolsa Verde. “Eles, que estão na ponta, são responsáveis por transformar o programa em realidade”, argumentou.

Durante a apresentação, a secretária apresentou as características e medidas do Plano Brasil Sem Miséria. Ela demonstrou, em seu discurso, como o esforço conjunto do Governo Federal, estados e municípios serão essenciais para a superação da extrema pobreza. O foco principal do plano são os 16,2 milhões de brasileiros cuja renda familiar per capita é inferior a R$ 70 mensais, visando sua inserção na cidadania.

Além de Ana Fonseca, participaram da abertura da capacitação representantes do Incra e dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente. O presidente do ICMBio, Rômulo Mello, também esteve na mesa de abertura do evento – que segue até esta quarta (10) e reúne especialistas, gestores e autoridades envolvidas na implantação do Bolsa Verde. Estratégia do Brasil Sem Miséria, o Bolsa Verde consiste, entre outras ações, no pagamento de R$ 300, a cada três meses, para as famílias que preservarem florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável.

Rio+20 – Ana Fonseca apontou a relevância das discussões sobre o Bolsa Verde em momento que antecede a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Em 2012, a cidade do Rio de Janeiro sediará o encontro, que visa renovar o engajamento dos líderes mundiais no desenvolvimento sustentável do planeta, 20 anos após a primeira edição da conferência (Rio-92). Serão debatidas a contribuição da “economia verde” para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza, com foco na estrutura de governança internacional na área do desenvolvimento sustentável.

A mobilização do Governo Federal e da sociedade civil organizada para consolidar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi outro tema abordado pela secretária. Instituída pela Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, a política reúne princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações a serem adotados pela União, isoladamente, ou em parceria com estados, o Distrito Federal, municípios e particulares, visando à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado do lixo.

BIODIVERSIDADE BRASILIERA

Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília, o trabalho desenvolvido pelo órgão na gestão das 310 unidades de conservação federais, que somam 8,5 % do território nacional.

Segundo ela, as áreas protegidas e a biodiversidade entram no conceito de uma nova governança e economia verde. "E nesse sentido devemos ter uma política mais dirigida, eliminando conflitos e zonas de sombreamento. O ICMBio tem a missão de traduzir suas ações de forma concreta para a sociedade", destacou Izabella.

Ainda segundo a ministra, o Instituto terá um trabalho árduo de promover a inclusão social e geração de renda nas Unidades de Conservação (UC) federais onde residem populações tradicionais, de acordo com a linha de governo definida pela presidente Dilma Roussef, de erradicar a pobreza e a miséria no País.

A ministra disse que tem o compromisso de estruturar até o final do atual governo não apenas o Ministério, mas todas as autarquias a ele vinculadas. "Trabalho para resgatar passivos e apresentar ativos. Vamos respeitar os movimentos sociais e traduzir seus anseios na forma de ações, buscando parcerias. Vamos traduzir a nossa postura, enquanto instituição, perante a sociedade. A estratégia é 'ganhar, ganhar' mas deve ser construído no dia-a-dia por cada um de nós", frisou.

O presidente do ICMBio, Rômulo Mello, enfatizou a importância das parcerias ao longo desses quatro anos. "Posso afirmar que fizemos muito mais do que a nossa capacidade operacional permitia. Isso graças à expertise do nosso corpo de servidores e técnicos, que viabilizaram parcerias", destacou Mello.

Na solenidade o presidente assinou Instrução Normativa que regulamenta a captação e o uso de imagens de Unidades de Conservação e o ordenamento das produções visuais nas UC, em substituição à Instrução Normativa nº 5/2002, do Ibama, em uso até então. "Saímos de um litígio com a comunidade fotográfica do país para o que chamo de casamento. A IN viabilizará à sociedade brasileira a riqueza da biodiversidade do país que existe dentro das Unidades de Conservação", frisou Mello.

A coordenadora-geral de Consolidação Territorial do ICMBio, Eliani Maciel, apresentou a Cartilha de Regularização Fundiária. "Sabemos que a regularização fundiária é uma premissa fundamental de consolidação das Unidades de Conservação federais e a cartilha foi possível graças ao esforço feito em conjunto com o Parque Nacional do Itatiaia, Procuradoria Federal Especializada junto ao ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro e os parceiros Conservação Internacional e SOS Mata Atlântica", frisou Eliani.

Na ocasião foi lançada a Estratégia Nacional em Comunicação e Educação Ambiental (Encea), instrumento de caráter orientador à gestão compartilhada e participativa das unidades de conservação, que traça diretrizes e propostas de ações necessárias ao desenvolvimento e aprimoramento de políticas públicas e programas de educação ambiental e comunicação em unidades de conservação federais, estaduais e municipais.

AGENDA BRASIL EUA SOBRE SUSTENTABILIDADE URBANA


Iniciativa entre Brasil e EUA para sustentabilidade urbana é lançada no Rio
Jornal do BrasilTamanho do Texto:+A-AImprimirPublicidadeA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e a administradora da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, Liza Jackson, lançaram nesta terça-feira (16/8), no Rio de Janeiro, Iniciativa Conjunta sobre Sustentabilidade Urbana (Jius, sigla em inglês).

A ação dá seguimento às tratativas mantidas entre os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama durante recente visita oficial ao Brasil, e visa fortalecer a colaboração entre os dois países em questões ambientais e de sustentabilidade.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Jius é uma plataforma de ações voltadas para os desafios e oportunidades do desenvolvimento de infraestruturas urbanas que promovam o desenvolvimento sustentável com benefícios econômicos, ambientais e sociais. Para as ministras, o momento para o lançamento da iniciativa é oportuno, tendo em vista a realização, no Brasil, da Copa do Mundo de Futebol da Fifa, em 2014, e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, em 2016.
No evento, as ministras expressaram sua satisfação com o apoio recebido pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que acolheu a iniciativa e assumiu o compromisso de dar início à sua implementação, em parceria com os governos federal e estadual.

Izabella Teixeira e Liza Jackson também reiteraram a importância da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a ser realizada no Rio de Janeiro em 2012, e comprometeram-se a trabalhar em estreita coordenação para assegurar o sucesso do evento.


PRODUTOS ORGÂNICOS DO PIAUÍ SERÃO DEBATIDOS EM SÃO PAULO



A promoção da economia verde no Piauí foi o assunto debatido em reunião de fruticultores piauienses com a diretora da Planeta Orgânico, Beatriz Costa. O vice-governador do Piauí, Antônio José de Moraes Souza Filho, e o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda, também participaram do encontro, que aconteceu dentro da programação da Piauí Sampa, em São Paulo.

Segundo Beatriz Costa, há muito tempo a Planeta Orgânico vem tentando viabilizar um projeto no Piauí. “A reunião foi bastante produtiva. O que queremos é promover o Piauí para o Brasil e para o mundo, destacando o cultivo de frutas orgânicas dos Distritos Irrigados dos Tabuleiros Litorâneos, Ditalpi. A economia verde já se encontra em estágio bastante avançado no Estado”, declarou.

Através do projeto da Planeta Orgânico, o seminário Piauí Economia Verde percorrerá várias cidades do país em busca de investidores. “Pretendemos levar essa ação até para o exterior, mostrando que o Piauí possui uma grande cadeia produtiva de frutas orgânicas. Queremos vender essa região como oportunidade de negócio. A certificação das frutas é outro ponto que merece destaque”, acrescentou Beatriz.

A diretora da Planeta Orgânico fez também uma avaliação da Piauí Sampa. “É uma iniciativa muito bacana, que apresenta o Estado de forma grandiosa”, disse.

Para o gerente executivo do Ditalpi, Francisco Suassuna, a reunião com a Planeta Orgânico marcou o início do processo de criação de uma ambiência para os orgânicos. “O Seminário Piauí Economia Verde dará visibilidade a quem tem interesse em investir em orgânicos. A parceria do Sebrae é muito importante nesse processo, já que através de ações da instituição estamos conseguindo chamar atenção para a produção de frutas do Ditalpi”, afirmou.

No Ditalpi há seis mil hectares de terras agricultáveis, que devem ser ocupadas por projetos de fruticultura orgânica. “O que queremos é consolidar o Piauí como pólo do setor, tornando o Ditalpi referência para o país”, destacou Suassuna.

A gerente de Relações Institucionais do Grupo Walmart, Mônica Moreira, também visitou a Piauí Sampa na manhã de ontem (08). Na ocasião Mônica reafirmou a parceria comercial do grupo com produtores do agronegócio piauiense.

“Através desse evento, conhecemos o potencial do Piauí no setor do agronegócio, com destaque para o mel, a castanha e as polpas de frutas. As relações comerciais de pequenos produtores do Estado com o Grupo Walmart já é realidade há algum tempo. Através do Programa Clube do Produtor inserimos esses empreendedores na nossa lista de fornecedores”, afirmou Mônica.

A gerente do Walmart destacou ainda o papel do Sebrae nesse processo. “Com a ajuda desta instituição conhecemos vários produtores. Fizemos uma seleção entre todos os indicados e seguimos para a etapa de visitas. Avaliamos o método e as condições de produção dos pequenos apicultores e fruticultores do Estado e detectamos um grande potencial. Fizemos um planejamento e partimos para a fase das compras”, contou a executiva.

Para Mônica, a Piauí Sampa é uma exposição do que o Piauí tem de melhor. “Esse é uma evento importante para que todos conheçam as potencialidades desse Estado, sem me referir somente ao agronegócio. Vemos aqui jóias em opala, peças artesanais e muitos outros produtos que demonstram a riqueza desse Estado”, disse.

A Piauí Sampa que acontece até domingo (14), em São Paulo, é uma ação do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, em parceria com o Sebrae Nacional, Governo do Estado, Governo Federal, Prefeitura de Teresina, Banco do Nordeste e Banco do Brasil

PAÍSES DO BASIC FALAM SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

As mudanças climáticas e as consequências para o mundo são os temas de discussões que ocorrerão de hoje (26) até amanhã, em Inhotim, Minas Gerais, durante a 8ª Reunião Ministerial de Coordenação entre Brasil, África do Sul, Índia e China (Basic). Os debates serão coordenados pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pelo de Relações Exteriores, Antonio Patriota.

A reunião, em Inhotim servirá também para definir as articulações que ocorrerão em Durban, África do Sul – de 28 de novembro a 9 de dezembro de 2011 – sobre o mesmo tema, assim como os aspectos referentes à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio 20) – que ocorrerá em maio e junho de 2012, no Rio de Janeiro.

A Rio 20 ocorrerá duas décadas depois de outra conferência que marcou época, a Rio 92. A ideia é definir um modelo internacional para os próximos 20 anos com base na preservação do meio ambiente, mas com o foco na melhoria da qualidade de vida a partir da erradicação da pobreza, por meio de programas sociais, da economia verde e do desenvolvimento sustentável para uma governança mundial.

A estimativa é que cerca de 45 mil pessoas se envolvam nas discussões e organização da cúpula, no Rio. A conferência conta com o apoio e o comando da Organização das Nações Unidas (ONU) tanto é que o secretário-geral do evento é o diplomata chinês Sha Zukang. Porém, a presidenta da conferência é a Dilma Rousseff.

Nas discussões em Inhotim, em Minas Gerais, participarão a ministra de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Maite Nkoana-Mashabane, que será também a presidenta da conferência que ocorrerá em Durban e o vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Xie Zhenhua, e o vice-ministro para o Meio Ambiente e Florestas da Índia, J.M. Mauskar.

Os debates, comandados por Izabella Teixeira e Patriota, ocorrerão em uma das áreas consideradas mais bonitas do país. Inhotim está a 60 quilômetros de Belo Horizonte, capital mineira, e ocupa cerca de cem hectares de jardim botânico que reúne várias espécies tropicais raras e um acervo artístico.

Todas as atividades desenvolvidas no local são promovidas pelo Instituto Inhotim – uma entidade privada e sem fins lucrativo. Na área é mantido um acervo com 13 galerias que englobam pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, vídeos e instalações de renomados artistas brasileiros e internacionais

ÁGUA POTÁVEL PARA O MUNDO

Aproximadamente 1 bilhão de pessoas carece de acesso à água limpa para beber; 2,6 bilhões carecem de acesso a melhores serviços sanitários; e 1,4 milhão de crianças abaixo de cinco anos morre todo ano como resultado da carência de acesso à água limpa e serviços sanitários adequados”. Essa é uma das informações destacadas no Relatório sobre Economia Verde, lançado ontem (25) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

A pesquisa chama a atenção para a importância de investimentos na infraestrutura, no desenvolvimento de novas tecnologias, em reformas nas políticas de recursos hídricos e no incentivo de ações de eficiência e sustentabilidade do uso da água.

De acordo com comunicado de imprensa de Pnuma, o documento revela que “um investimento de 0,16% do PIB [Produto Interno Bruto] mundial no setor hídrico poderia diminuir a escassez de água e reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso à água potável e a serviços de saneamento básico em um período inferior a quatro anos”.

Em um boletim divulgado em março deste ano por ocasião das comemorações do Dia Mundial da Água, a Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que 120 milhões de pessoas que habitam os centros urbanos da América Latina não têm acesso à água potável e 150 milhões não possuem serviços sanitários adequados.

Segundo o relatório divulgado ontem, a ausência de investimentos em serviços hídricos e de tratamento e reutilização eficiente da água contribuem para a redução de reservas aquíferas no mundo. “Caso não haja êxito na promoção do uso mais eficiente da água, a demanda por água pode ultrapassar a oferta em 40% até o ano de 2030”, alerta o comunicado de Pnuma.

De acordo com o organismo internacional, o aumento do setor industrial também contribui para o crescimento da demanda pelo recurso hídrico. O estudo prevê que na China, por exemplo, mais de 50% do aumento da demanda por água nos próximos 25 anos será por conta do crescimento da indústria.

PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS

A compensação financeira por serviços prestados ao meio ambiente começa a dar forma a novas propostas legislativas no Brasil, antes mesmo da sociedade ter se apropriado e refletido sobre o tema.

Após a terra e o território dos povos tornarem-se títulos de propriedade privada acessíveis somente àqueles que tinham dinheiro para comprá-los, em 1850 com edição da Lei de terras no Brasil; após as sementes desenvolvidas e intercambiadas livremente pelos agricultores do mundo há cerca de 10 mil anos tornarem-se propriedade intelectual nas mãos de cerca de seis grandes empresas biotecnológicas, principalmente após a autorização de patentes sobre os transgênicos pela Organização Mundial do Comércio – OMC/TRIPS, agora um capitalismo que se pinta de “verde” quer tornar possível a privatização e comercialização generalizada dos componentes da biodiversidade.

A realização de contratos de pagamentos por “serviços” ambientais, como o suprimento de água, a captura de carbono, a regulação das chuvas, a fertilidade dos solos ou ainda a polinização realizada por insetos e pássaros, significa pôr preço nestes componentes da biodiversidade para que possam ser comprados e vendidos.

Mas como pôr um preço econômico em bens indispensáveis às diversas formas de vida na Terra? O beija-flor que realiza a polinização e dispersão de sementes passaria a ser um “prestador de serviços” ambientais e econômicos para a agricultura? Como pagar por este serviço? As diárias do beija-flor ou das abelhas seriam baseadas no custo do diesel e da mão de obra de um trabalhador, caso estes polinizadores naturais fossem extintos naquela região?

É pela urgência da ação que a Terra de Direitos apresenta este texto subsídio, reunindo uma análise ampla das propostas relacionadas ao PSA – Pagamento por Serviços Ambientais e da “Economia Verde”. Tais temas estão diretamente vinculados as tentativas de flexibilização do Código Florestal e a “auto-regulação” pretendida para o novo mercado verde.

Nos próximos meses, a Terra de Direitos fará uma análise dos principais Projetos de Lei aprovados nos estados da federação, assim como sobre algumas experiências de PSA que estão em curso no país e suas consequências para a afirmação dos direitos dos agricultores e comunidades sobre seus territórios e ao livre uso da biodiversidade.


RIO DE JANEIRO VAI LEVAR SANEAMENTO BÁSICO AS FAVELAS .

As ações para tornar o Rio de Janeiro mais sustentável até a realização das Olimpíadas, em 2016, vão abranger também as comunidades da cidade. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou nesta segunda-feira(8) que até o final de agosto o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio formalizarão acordo para levar saneamento às favelas da cidade.

A implantação do saneamento começará pelas que já contam com UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora). Segundo Minc, o programa terá recursos do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental), de aproximadamente R$ 100 milhões por ano.

Pelo acordo, a Prefeitura do Rio vai se comprometer a fazer as ligações das casas com a rede de esgotamento sanitário da Cedae. Caberá à Secretaria de Estado do Ambiente financiar a instalação dos troncos coletores e à Cedae a operação e a manutenção das redes de esgotos.

“Essa proposta era defendida pelo então prefeito Cesar Maia, mas não foi levada adiante. Isso é fundamental para a viabilização do Pacto pelo Saneamento, que tem a meta de dobrar a coleta e o tratamento de esgoto e erradicar todos os lixões até 2014”, afirmou Minc, ao participar do Fórum Rio Cidade Sede.

Além de Minc, participaram do fórum, na parte da manhã, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, o ambientalista e presidente do Projeto Grael, Axel Grael, e o presidente da Câmara de Desenvolvimento Sustentável do Rio de Janeiro, economista Sérgio Besserman.

Investimentos ambientais

Minc também falou sobre os investimentos e as ações ambientais em curso no estado, destacando a recuperação ambiental da Barra da Tijuca/Jacarepaguá e da Baía de Guanabara. O secretário afirmou que já foram investidos na região da Barra e de Jacarepaguá cerca de R$ 550 milhões na implantação do emissário submarino, de estação de tratamento e de redes coletoras de esgoto.

“Com isso, garantimos o saneamento de 85% da Barra, 65% do Recreio e 15% de Jacarepaguá. Além disso, já aprovamos R$ 650 milhões para concluir a ligação das redes de esgotamento sanitário desses bairros, assegurando o saneamento total da região. Também temos meta de dragar 3 milhões de metros cúbicos de material das lagoas e ampliar o píer da Barra, intervenções que deverão custar R$ 400 milhões, e que dependem de recursos da União”, afirmou Minc.

O secretário também destacou que o Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais (Prove) contribui para a despoluição da Baía de Guanabara, cenário para as competições de vela das Olimpíadas de 2016. Ele ressaltou que, por esse programa, já foram coletados no ano passado seis milhões de litros de óleo de cozinha usado.

“Seis milhões de litros de óleo de cozinha usado deixaram de ser despejados nos ralos, gerando menos contaminação para a Baía de Guanabara. Vamos trabalhar muito para atingir a meta de coletar 12 milhões de litros desse resíduo até 2016. Esse produto vai se transformar em combustível e matéria prima para fabricação de sabão pastoso. Além disso, nos próximos dias, vamos fechar um acordo com a Petrobras, na qual ela vai destinar R$ 1 bilhão para investir na melhoria de suas próprias operações industriais a fim de diminuir a poluição industrial, como por exemplo, em equipamentos para captação de enxofre e no tratamento de seus efluentes”, completou o secretário.

Na abertura do fórum, o prefeito Eduardo Paes falou sobre os investimentos no município, destacando que os Jogos Olímpicos serão uma oportunidade para o Rio atrair novos investimentos, promover a imagem da cidade e antecipar investimentos de infraestrutura. Segundo ele, os recursos em projetos de infraestrutura chegam a R$ 2,6 bilhões.

O prefeito falou das principais intervenções que estão sendo realizadas na cidade, como a implantação dos BRTs: o Transoeste (Jardim Oceânico – Campo Grande/Santa Cruz) e o Transcarioca (Barra – Aeroporto Internacional Tom Jobim); o Transolímpico (Barra-Deodoro), a ser feito em parceria público privada (PPP); e o Transbrasil, que será no eixo da Avenida Brasil. “Não há dúvida de que o grande legado das Olimpíadas se dará no setor de transporte”, disse.

Ao falar sobre a economia global e a sustentabilidade, o presidente da Câmara de Desenvolvimento Sustentável do Rio, o economista Sérgio Besserman, destacou que o mundo pode virar a página da recessão econômica ao investir em economia verde. “Investir em mercado de carbono, em ações que levem os países a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa são caminhos que podem reverter esse quadro”, afirmou

PRIMEIRA USINA SOLAR INAUGURADO NO BRASIL

primeira usina solar comercial da América Latina, a MPX Tauá, será finalmente inaugurada às 14h30 desta quinta-feira, após quatro adiamentos.

Em fase de testes desde maio último e operando comercialmente desde 1º de julho passado, o empreendimento registrou no primeiro mês de operação, uma média de energia gerada de 628 KWh no período de maior incidência solar, em torno de meio-dia.

Apesar de representar apenas 63% de sua capacidade de geração de 1 MW, os resultados médios iniciais são considerados pela direção da MPX Tauá, "animadores e superam as expectativas". Segundo os números antecipados empresa, "o empreendimento produziu, em julho, energia ativa - a que gera o funcionamento de equipamentos elétricos e eletrônicos - de 141,48 MWh".

Perspectivas

Instalado em área de 12 mil metros quadrados de área, do perímetro irrigado Várzea do Boi, no município de Tauá, no Sertão dos Inhamuns cearense, - uma das regiões mais áridas e quentes do Estado o projeto piloto do Grupo EBX abre perspectivas de inserção do Ceará em um cenário avançado de geração de energias alternativas e limpas no mundo, a exemplo da desenvolvida Alemanha, e da emergente China.

"Tauá concorre para ser eleita uma das 100 mais importantes iniciativas de economia verde da década. O Livro Verde do Século XXI, publicação do Conselho Euro-Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Eubra) e da agência Organização das Nações Unidas Habitat, reunirá 350 casos de sucesso em todo o mundo, entre eles, o da nossa usina.

Se o empreendimento for eleito como uma das 100 melhores práticas, ganhará destaque na publicação", aposta o empresário Eike Batista.

Novos negócios

Para o deputado Federal cearense, Antônio Balhmann, um dos incentivadores do projeto no Estado, mais do que visibilidade, a criação de uma nova matriz energética no Ceará abre portas para atrações de novos negócios, de fábricas de painéis, de retificadores e demais componentes da cadeia produtiva do setor no Estado. Ele reconhece que o preço da energia solar ainda é inviável para o mercado consumidor, mas acredita que, assim como ocorreu com a energia eólica, a tendência no futuro são os preços caírem tornando a solar competitiva.

PECUÁRIA VERDE

Dow AgroSciences e Fundo Vale apoiam projeto Pecuária Verde para difundir modelos mais sustentáveis
Seis fazendas modelo no Pará servirão de exemplo de sustentabilidade para outras regiões em projeto do Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas.

- A Dow AgroSciences se uniu ao Fundo Vale e é a mais nova apoiadora do Projeto Pecuária Verde. Trata-se de uma iniciativa do Sindicato de Produtores Rurais de Paragominas que tem como objetivo estabelecer as bases técnicas para um novo modelo de pecuária na Amazônia, com maior produtividade, menor impacto ambiental e, principalmente, que seja replicável em outras regiões.

O projeto conta com a consultoria de pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que aplicarão técnicas de pecuária intensiva em seis fazendas do município de forma a contribuir para aumentar a produtividade por hectare e reduzir o risco de pressão sobre as áreas de floresta. As organizações não governamentais Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e da The Nature Conservancy (TNC) também darão apoio técnico à iniciativa.

"A ideia do projeto é promover a adequação ambiental das propriedades, a recuperação de áreas degradadas e o aumento da produtividade nas fazendas envolvidas, por meio do uso de novas tecnologias e da capacitação dos pecuaristas e dos técnicos", comenta Mirela Sandrini, gerente do Fundo Vale.

A expectativa é que as fazendas evidenciem alternativas econômicas mais sustentáveis para a pecuária. "No projeto, a experiência do Fundo Vale em gestão de projetos de desenvolvimento sustentável se aliou à vivência de mais de 50 anos da Dow AgroSciences no agronegócio brasileiro e ao pioneirismo pela busca de soluções sustentáveis do Sindicato para disseminar o uso correto de tecnologia e adoção de boas práticas para o aumento da produtividade", diz Mirela.

A Dow AgroSciences é uma empresa referência no setor de tecnologia para a pecuária, com foco no mercado de controle de plantas daninhas em pastagem e híbridos de forrageiras no Brasil.

"O Pecuária Verde é parte de uma iniciativa para fomentar a criação de Fazendas Modelo (que mostrem que é possível fazer uma pecuária sustentável), ideia que surgiu no Fórum de Sustentabilidade da Dow - encontro com todos os membros que compõem a cadeia de valor da pecuária brasileira - em 2010, e teve como tema a Pecuária Sustentável", conta Douglas Ribeiro, líder de Marketing da Dow AgroSciences. "O Fundo Vale e o Sindicato Rural de Paragominas estavam no Fórum, viram semelhança no projeto e nos convidaram para participar do projeto", completa.

O presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Paragominas, Mauro Lúcio Costa, lembra que a pecuária é a terceira atividade econômica do município, mas tem potencial para assumir a segunda posição em ordem de importância com o declínio da atividade madeireira, que ainda ocupa a segunda posição embora Paragominas tenha sido o primeiro município do país a sair da lista de maiores desmatadores do Ministério do Meio Ambiente. "O projeto é empreendedor para a pecuária, pois teremos atividades mais lucrativas e de acordo com a legalidade socioambiental, evitando que o desmatamento ilegal volte a ocorrer no município", destaca Mauro.

O projeto Pecuária Verde iniciou este ano tem previsão de duração de três anos.

Uma pecuária mais sustentável- No projeto Pecuária Verde, o conceito de pecuária sustentável se baseia em três princípios básicos: adequação ambiental, manejo de pastagem e bem estar animal. As propriedades inseridas no projeto foram selecionadas com base em critérios técnicos e acadêmicos que permitissem que o modelo fosse testado adequadamente, considerando diferentes características ambientas, tamanho e atividades (melhoramento genético,cria, gado de corte, etc.). "A ideia é demonstrar que o modelo é replicável seja qual for a região, vocação ou objetivos da propriedade", comenta Douglas Ribeiro.

Para o desenvolvimento da iniciativa, foram selecionadas seis fazendas da região de Paragominas (PA) que já eram certificadas pela Embrapa com o selo de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) e que tinham diferentes características em relação à produção pecuária, tamanho da propriedade ou vocação econômica, para que a metodologia fosse testada. A gestão da tecnologia e os recursos investidos pretendem assegurar a rentabilidade da indústria pecuária, aumentando a produção por área utilizada. O ganho do produtor também aumentará, por meio da inter-relação de produção com gestão equilibrada dos aspectos ambientais, sociais e econômicos.

Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas -Criado a partir da fusão do Sindicato Rural de Paragominas e da Associação Rural de Paragominas, Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas (SPRP) tem a finalidade de promover estudos, coordenação, defesa e representação legal na categoria econômica dos ramos da lavoura, da pecuária, do extrativismo rural, pesquisa florestal, independentemente da área explorada, incluindo a agroindústria, no que se refere às atividades primárias. Inspira-se na solidariedade social, na livre iniciativa, no direito de propriedade, na economia de mercado, e nos interesses do País. O SPRP tem trabalhado juntamente com a prefeitura e outras instituições para diminuir o desmatamento na região, atendendo às exigências ambientais legais e aumentando a produtividade nas propriedades, em bases sustentáveis.

Dow AgroSciences- A Dow AgroSciences, com base em Indianapolis, Estado de Indiana, nos Estados Unidos, é uma empresa de primeira linha de produtos para a agricultura, oferecendo soluções agroquímicas e biotecnológicas inovadoras em todo o mundo. A empresa, subsidiária em caráter integral da The Dow ChemicalCompany, tem volume de vendas de US$ 4,9 bilhões por ano. [ www.dowagro.com].

Perfil-O Fundo Vale para o Desenvolvimento Sustentável foi criado pela Vale em 2009 para apoiar o Desenvolvimento econômico e socioambiental por meio de melhorias na infraestrutura física e institucional de biomas ameaçados. Com o objetivo de deixar um legado para as gerações futuras, o Fundo atua em rede, não apenas como financiador, mas participando da gestão dos projetos que contam com a parceria de organizações renomadas, com comprovada experiência em campo. Na busca por respostas eficazes para as questões centrais da sustentabilidade, o Fundo apoia projetos com potencial de replicação, nos temas municípios verdes, áreas protegidas e biodiversidade e monitoramento do desmatamento, sempre atento a necessidade de uma gestão flexível e adaptável à realidade dos parceiros e do mercado

OBRA PÚBLICA VERDE

São detalhes minuciosos. Todos os caminhões e outros equipamentos que saem da obra da Arena Pantanal, em Cuiabá, são lavados para não sujar as ruas. No local da lavagem, a água passa por um processo de decantação e é reaproveitada. Até a tinta e vernizes utilizados deverão seguir uma série de exigências, como não emitir partículas tóxicas que podem prejudicar a saúde.

A madeira incorporada à edificação é certificada e os resíduos deixados por esse material ganham nova utilidade. O que virou entulho na demolição do antigo Verdão foi reciclado e aproveitado na obra como agregado no aterro e nas vias de acesso. A qualidade do ar e da terra é monitorada permanentemente e até os aparelhos de ar-condicionado são cautelosamente escolhidos e vistoriados.

Esses são apenas alguns critérios de sustentabilidade que vêm sendo aplicados no canteiro de obras do novo Verdão, em Cuiabá. O objetivo é obter a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que é um sistema de certificação de edificações que verifica e atesta a qualidade ambiental de um empreendimento. É a excelência no uso de energia e no design ambiental que dão nome à sigla LEED.

A Arena Pantanal é um dos oito estádios de futebol no Brasil que registraram seus projetos e buscam o atestado de “construção verde”.

"O LEED está presente em 127 países, mas são poucas as arenas mundiais que têm o selo verde ou que estejam na posição do Brasil na busca da certificação", afirma Felipe Faria, gerente de relações governamentais e institucionais do Green Building Council (GBC Brasil), organização não-governamental criada em 2007 para promover processos de certificação do selo LEED no país.

O selo de “obra verde” é algo novo no Brasil, mas tem ganhado destaque nos últimos três anos. Dentre os diversos benefícios para um empreendimento, a diminuição dos custos operacionais totais das edificações durante o ciclo de vida após a construção (40 a 50 anos) é o grande destaque. Nos custos de operação total estão inclusos água, luz, manutenção, investimentos em tecnologia da informação e segurança, entre outros.

Os critérios para obter a certificação englobam os seguintes aspectos da edificação: localização, eficiência energética, uso racional de água, materiais com baixo impacto ambiental, qualidade ambiental interna e inovação.

A proximidade com o Pantanal, considerado um patrimônio natural da humanidade, foi um dos fatores determinantes para escolha de Cuiabá como sede do Mundial de 2014, o que revela a importância da preservação da natureza. “Um dos nossos compromissos é realizar uma Copa do Mundo que provoque o menor impacto ambiental possível e, portanto, estamos desenvolvendo várias ações sustentáveis”, comenta o presidente da Agecopa, Eder Moraes.

As práticas sustentáveis podem resultar na economia de 30% a 50% no uso de energia e água, por exemplo. Além disso, as edificações que contemplam tais atributos reduzem cerca de 35% das emissões de CO2 em relação às edificações tradicionais

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PROJETO DE LAI QUE REGULARIZA RECILCLAGEM DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Um Projeto de Lei em análise na Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 640/11, do deputado Marcelo Matos (PDT-RJ), que cria regras para a reutilização e reciclagem de resíduos da construção civil, além de oferecer benefícios às empresas que adotarem essa prática.

A proposta estabelece que, para participar de licitações de obras públicas, as empresas de construção civil terão de usar resíduos reciclados.


Pelo projeto, as empresas privadas que investirem em capacitação tecnológica para reduzir a quantidade de resíduos ou utilizar material reciclado terão vantagens como regimes especiais facilitados para o cumprimento de obrigações tributárias acessórias; prazos especiais para o pagamento de tributos; incentivos fiscais à importação de produtos ou tecnologias necessárias à reciclagem de resíduos; inserção nos programas de financiamento com recursos de fundos existentes ou a serem criados e parceria com órgãos ou entidades da administração federal, estadual ou municipal.

Fundo

Cada região poderá criar um Fundo de Resíduos da Construção Civil, que será constituído por doações de entidades nacionais e internacionais, pessoas físicas ou outras receitas eventuais.

Esse fundo terá, entre outros, o objetivo de recuperar áreas degradadas pela disposição inadequada de resíduos e incentivar estudos e pesquisas que desenvolvam técnicas de reciclagem.

"A reciclagem dos entulhos da construção civil é a melhor forma de evitar prejuízos à natureza. Apesar de seu baixo custo, essa técnica simples de reciclagem ainda é pouco utilizada", afirma o deputado. "Os entulhos poderiam ser reciclados e reutilizados na confecção de peças pré-moldadas de concreto, bases de pavimentos, enchimento de fundações de construção e aterros", completa.

O deputado observa também que diversos países já utilizam a indústria de reciclagem desses resíduos, por proporcionar melhorias significativas ao meio ambiente.

CRAFT TEM AMIOR FROTA DE RECICLADORES DO BRASIL

A nova aquisição, somada aos dois recicladores em operação na empresa, quadruplica o potencial de reciclagem móvel da CRAFT, apenas nos últimos doze meses. Mais ainda, a empresa dispõe, hoje, da maior frota de recicladores móveis do país.

Os dois novos equipamentos são de origem austríaca, do mesmo fabricante dos dois recicladores móveis que já fazem parte da frota da CRAFT. O primeiro, com características idênticas aos anteriores, é um reciclador primário que tem por finalidade a redução mecânica por impacto e compressão dos materiais a serem reciclados em até 2”, porém com capacidade de processamento de 450 toneladas/hora.

O segundo, com capacidade de processamento de 288 toneladas/hora, trabalha por desgaste entre superfícies duras, permitindo a redução do material ao tamanho desejado.

Além dos novos recicladores, a CRAFT recebeu também dois conjuntos de peneiras selecionadoras móveis, cuja função é separar o material reciclado, de acordo com o tamanho da finalidade de sua reutilização.
Como os anteriores, os novos equipamentos de reciclagem tem a vantagem da agilidade, uma vez que não exigem nenhum tipo de montagem especial, podendo ser movidos, colocados ou retirados do canteiro de obra em qualquer momento, oferecendo, portanto, o benefício de serem utilizados em obras das mais diversas dimensões.
Investimento em sustentabilidade – O investimento em reciclagem móvel da CRAFT é fruto da demanda do mercado, no esforço pela sustentabilidade e para se adequar a legislação ambiental, que determina o descarte de resíduos sólidos da construção civil em áreas pré-determinadas para posterior reciclagem. Adiantando-se a esta exigência, empresa trouxe ao Brasil, em 2007, o primeiro reciclador móvel, único no país capaz de efetuar a reciclagem no próprio local da obra, e no ano passado, o segundo. Os equipamentos têm capacidade de processamento de 200 toneladas/hora, cada um. Com a nova aquisição a CRAFT passa a dispor da maior frota de recicladores móveis do país.
O resultado da reciclagem é um material que pode, em muitos casos, cumprir as funções da brita, sendo reutilizado na própria obra para aterros, reforço de sub-leito e construção de sub-base de pavimentação. Os novos equipamentos ampliam as possibilidades de reutilizaçao incluindo blocos de concreto, argamassas e concreto estrutural.

A reciclagem dos resíduos da construçao civil, no canteiro de obra resulta em proteção ao meio ambiente e economia para o construtor, uma vez que também elimina o custo de transporte do entulho para as áreas de descarte.

Pioneirismo e preocupação ambiental - Os resíduos da construção civil e demolições representam 61% do lixo produzido nas cidades brasileiras, segundo dados da Secretaria Nacional de Saneamento do Ministério das Cidades. De acordo com a pesquisa, este percentual corresponde a 90 milhões de toneladas de lixo/ano, que deve ser depositado em áreas previamente estabelecidas, obedecendo a regras e normas ambientais criadas pelos estados e municípios, de acordo com as leis que tratam do tema.

Pioneira em soluções para construção pesada e demolição, detentora de diversos recordes de rapidez na execução de grandes obras no país, a CRAFT ENGENHARIA sempre dedicou grande atenção à questão do meio ambiente, particularmente à reciclagem. Os quatro recicladores móveis vêm se juntar ao reciclador estacionário, desenvolvido pela própria CRAFT como solução ecologicamente correta e econômica para as obras das quais participa.

BRASKEM CONSEGUE NAFTA DE PLÁSTICO DERRETIDO

A partir de 2013, a Braskem passa a ter mais uma fonte alternativa de matéria-prima. Além do etanol da cana-de-açúcar, que dá origem ao plástico verde, vai passar a utilizar nafta produzida a partir do plástico reciclado pós-consumo. O produto será fornecido pela Novaenergia, empresa baiana do grupo Wastech, especializada em tratamento de resíduos, que irá montar sua primeira usina de reciclagem avançada no CIA/Aeroporto em Salvador, na Bahia.


A expectativa é que a Braskem adquira inicialmente 1,4 milhão de litros de nafta a partir de resíduos plásticos por ano, a ser processada em sua Unidade de Petroquímicos Básicos, localizada no Polo de Camaçari. “Buscar novas tecnologias e matérias-primas que gerem menor impacto ambiental faz parte do compromisso da Braskem com a sustentabilidade da cadeia produtiva do plástico”, explica Hardi Schuck, Diretor de Supply Chain da Braskem. Outra vantagem do projeto é contribuir para a reciclagem pós-consumo nas grandes cidades, o que ainda é um desafio no Brasil.


A proposta da Novaenergia é uma solução sustentável para o destino do lixo de Salvador e outros municípios próximos, que hoje geram diariamente cerca de 3 mil toneladas. A fábrica será capaz de processar 450 toneladas de lixo por dia e irá transformar o resíduo plástico em petróleo sintético. A cada 36 toneladas desse resíduo serão produzidos diariamente 30 mil litros de petróleo leve, do qual será produzida a nafta a ser processada pela Braskem, bem como óleo combustível e óleo diesel de baixo teor de enxofre (S<10ppm). Com o reaproveitamento do plástico e outros recicláveis extraídos no processo, o volume do lixo a ser aterrado diminuirá em 50%.


A implantação da unidade de reciclagem da Novaenergia na Bahia requer investimento em torno de R$ 25 milhões e deve começar a funcionar até o fim de 2012. “O contrato com a Braskem é muito importante para o projeto Novaenergia, pois atesta a credibilidade do processo que iremos utilizar e a qualidade do nosso produto final”, diz Luciano Coimbra, presidente do grupo Wastech/Novaenergia.


A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 31 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos, a empresa produz anualmente mais de 15 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos

RECICLAGEM EM CUIABÁ

Servidores da Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano (SMASDH) participaram nesta sexta feira (29-07) do movimento “Eu sou seletivo - reciclando e preservando o meio ambiente” criado para complementar o Projeto “Valorizando Vidas” de iniciativa da Primeira Dama de Cuiabá, Doutora Norma Sueli Galindo. O objetivo do projeto é revitalizar e apoiar o trabalho dos trabalhadores responsáveis pela reciclagem de parte do lixo produzido na capital.

O movimento criado pela Diretoria de Gerência de Programas e Projetos pretende envolver todos os servidores, que a partir desta data definiram metas para diminuir o consumo de material de escritório e fazer a separação de todo o lixo descartado no órgão. Para isso os funcionários reciclaram galões descartados por indústrias e, após pintados, foram preparados com abertura retrátil, para serem utilizados como cestos de lixo separando os materiais orgânicos, metais, plásticos, papeis e vidros.

Desta forma o lixo chegará em melhores condições de ser reaproveitado pelos trabalhadores da COOPERMAR – Cooperativa dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis que atuam no Aterro Sanitário de Cuiabá, localizada na Estrada do Balneário Letícia, Bairro Várzea do Quilombo, a seis quilômetros do centro da capital.

Durante o lançamento do Projeto, a educadora ambientalista Maria Betânia Figueiredo sensibilizou os participantes da necessidade de cada um fazer a sua parte na preservação do meio ambiente, de modo a cooperar com as pessoas que trabalham na usina de seleção dos resíduos sólidos do Aterro Sanitário.

“Quando fazemos a nossa parte também estamos contribuindo com a qualidade de vida dos outros, facilitando o trabalho daqueles que separam o material. A destinação do material para reciclagem pode ser feita de várias formas. A coleta seletiva exige a consciência de cada um e esse é um bom exemplo que deve ser seguido por todos”. ressaltou a ambientalista.

A Diretora de Gestão da SMASDH, Rosa Luzardo, apresentou um vídeo de sensibilização sobre o tema, e chamou atenção dos servidores para a importância deste trabalho, que deve envolver todos os setores. “A equipe entendeu a nossa proposta transformou o aprendizado neste movimento. Começamos também a incentivar o uso consciente da água, energia, impressão e telefone. A conscientização de todos é muito importante para alcançar a meta que estamos propondo”, encerou a diretora.

vale luz pela reciclagem de materiais

Já imaginou reduzir o preço na conta de energia com o simples gesto de reciclar o lixo? Essa é a proposta do Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) com o projeto Vale Luz Celpe, que está sendo lançado esta manhã na comunidade Aritana, no bairro da Imbiribeira.

Uma unidade móvel vai recolher o material reciclável, inicialmente, em 12 comunidades dos municípios do Recife e Olinda. O projeto oferece uma oportunidade de redução de despesas com o consumo de energia para a população de baixa renda e estimula a consciência ambiental, reforçando a ideia da reciclagem.

Para participar, o cliente precisa apresentar conta de energia que comprove a residência na comunidade contemplada. A expectativa é que em breve, clientes da Celpe que tiverem a conta bancária Caixa Fácil (Caixa Econômica Federal) e que possuam o cartão Bolsa Família também poderão receber parte dos valores gerados pela troca dos resíduos como crédito em conta corrente. O benefício será exclusivo para os portadores do cartão Bolsa Família.

A unidade móvel do Projeto, chamada de Caminhão Vale Luz, vai visitar quinzenalmente cada localidade. São aceitos para reciclagem metal, papel, papelão e plásticos. Alguns cuidados devem ser tomados no momento da coleta. Papéis e plásticos, por exemplo, não podem estar sujos ou molhados. No caso das latas de alumínio, devem estar sem areia, pedra ou materiais que comprometam a pesagem.

O Vale Luz Celpe funciona em parceria com quatro associações de catadores e as Prefeituras do Recife e de Olinda. Caberá às associações de catadores a destinação adequada dos resíduos coletados nas comunidades. Por isso, durante a coleta, um representante da associação de catadores que atende a comunidade visitada vai acompanhar a equipe. O transporte dos resíduos sólidos será feito de forma segura, sendo adequadamente separados por classe e armazenados no interior do caminhão.

batalhao da policia militar de palmas tem coleta seletiva da materiais

O 6º BPM iniciou nesta terça-feira, 02, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Palmas (SEMASP), a coleta seletiva de materiais recicláveis. Um caminhão específico que foi adquirido pela secretaria está recolhendo os materiais recicláveis em mais de 30 escolas municipais, alguns órgãos públicos e em duas quadras da capital, bem como no 6º BPM -- a primeira unidade da Policia Militar a separar o seu lixo em locais adequados e encaminhá-los para a reciclagem.

O caminhão passa no 6º BPM toda terça-feira à tarde, e os militares podem trazer de casa o material separado e limpo para a reciclagem, tais como papéis (limpos e sem amassar), plásticos, vidros, metais, pilhas, baterias de celular e óleo de cozinha.
Para dona Luzia, funcionária civil que trabalha na limpeza do Batalhão, com a implantação da coleta seletiva, que já está acontecendo há três semanas, ficou mais fácil trabalhar e a quantidade de lixo encaminhado para o lixo comum diminuiu bastante.

Segundo o oficial de gestão ambiental da unidade -- tenente Sandro --, com a implantação do plano de gestão ambiental, o Batalhão reduziu a quase zero o consumo de copos descartáveis, diminuiu em mais de 90% os gastos com recargas de tonner, além da diminuição do consumo de água, energia e papel para impressões. Espera-se que no final do próximo ano todos os militares do Batalhão façam a separação do material também em suas casas.

cosntrução a apartir da reciclagem

O equipamento está instalado dentro do próprio conjunto habitacional
Residencial de Olímpia com 786 unidades é o primeiro da região a aproveitar resíduos sólidos da construção civil



A Pacaembu Construtora, responsável pela construção das casas do Residencial Village Morada Verde, do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, iniciou em julho o aproveitamento dos resíduos gerados na obras

Entre as ações sustentáveis colocadas em prática pela construtora estão: o controle de resíduos sólidos, a reciclagem e o uso racional de materiais, energia e água. É realizada ainda a reciclagem de matérias como areia e brita, utilizados nas obras de infraestrutura.



Uma usina compacta de reciclagem composta por carregadeira, moinho e esteiras transportadoras foi instalada no local. A usina tem capacidade para processar mensalmente quase 100m³ (equivalente a 10 caminhões) de resíduos sólidos, como argamassa, concreto e restos de tijolo.



As sobras desses materiais são recolhidas diariamente pelos funcionários da construtora e levadas para uma área reservada do empreendimento. Após passar pela usina, o material triturado é utilizado na preparação de argamassas para assentamento de alvenarias, construção de calçadas e lastros.



Além dos resíduos sólidos, outros materiais utilizados no empreendimento como papel, papelão e aço são selecionados e encaminhados para reciclagem. Esses produtos são doados para a Fundação Pio XII, mantenedora do Hospital de Câncer de Barretos.



O Village Morada Verde é considerado um empreendimento modelo da Pacaembu Construtora. A previsão é a de que as obras sejam finalizadas em setembro. O empreendimento, voltado para famílias com renda de até cinco salários mínimos (R$ 2.725,00), será entregue com infra-estrutura completa (asfalto, luz, água, esgoto e drenagem).

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

MINISTÉRIO PÚBLICO ENTRA COM AÇÃO PARA IMPEDIR QUE FAMÍLIAS TENHA ACESSO AO LIXÃO

Para impedir a entrada de catadores na área que vem sendo depositado o lixo urbano e hospitalar do município de Barra do Garças (509 km a leste da Capital), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso ingressou com ação civil pública. A medida busca evitar que famílias inteiras, que dependem da coleta do lixo para reciclagem, sejam expostas a situação degradante, sem qualquer proteção contra doenças e acidentes.

De acordo com o autor da ação, promotor de Justiça Marcos Brant Gambier Costa, resíduos sólidos de toda a natureza vêm sendo depositados no lixão da cidade sem nenhum tipo de controle. Segundo ele, a solicitação do MPE é para que a restrição do acesso de catadores ao local permaneça até que sejam adotadas todas as medidas de segurança e de saúde aos trabalhadores. Já o acesso de crianças ou adolescentes e a permanência de moradores em toda a extensão do lixão não deverão ser permitidos, em hipótese alguma. “Também requeremos ao Judiciário que determine ao município o prazo de 72 horas para que proceda o aterramento regular do material depositado irregularmente, que se encontra exposto à céu aberto”, acrescentou o representante do Ministério Público. O prazo de validade da licença de operação do aterro sanitário expirou em agosto de 2008.

Segundo o promotor, o prefeito do município, Wanderlei Farias Santos, também deverá ser acionado por ato de improbidade administrativa ambiental.

PRIMEIRO ANO DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Uma revolução silenciosa está em curso no Brasil nos últimos meses, mobilizando pessoas nos estados e municípios e em vários segmentos dossetores produtivos. Essa mudança vem sendo provocada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que completa um ano no dia 2 de agosto, e que estabeleceu um marco regulatório para a gestão dos resíduos sólidos. A nova política não só definiu um conjunto de normas a serem seguidas, como vem despertando na sociedade novas formas de consciência ambiental.

Conceitos como a responsabilidade e a solidariedade estão sendo resgatados no enfrentamento de um dos maiores e mais atuais desafios da sociedade, que é o manejo e a destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Foram mais de 20 anos de debate no Congresso Nacional e, a aprovação da Política, representa um amplo consenso envolvendo todos os atores que fazem parte dos mais diversos ciclos da produção de resíduos sólidos no Brasil.

A PNRS trata de temas amplos e variados como área contaminada, ciclo de vida do produto, coleta seletiva, controle social, destinação final ambientalmente adequada, gerenciamento de resíduos, gestão integrada, reciclagem, rejeitos, responsabilidade compartilhada, reutilização e serviço público de limpeza urbana. E um dos principais focos da Política é gerar trbalho, emprego e renda, por meio da inclusão social de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada, assim como minimizar os impactos ambientais provocados pela disposição inadequada dos resíduos.

Isso porque esses resíduos têm grande valor econômico, segundo estudo encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o estudo, o País perde cerca de R$ 8 bilhões por ano quando deixa de reciclar o resíduo que poderia ter outro fim, mas que é encaminhado aos aterros e lixões das cidades. Dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB/2008) revelam que 994 municípios brasileiros dispõem do serviço de coleta seletiva. Ou seja, aproximadamente 18% dos municípios já têm esse tipo de serviço.

Além disso, para fortalecer a gestão, o Governo Federal tem privilegiado a aplicação de recursos na área de resíduos sólidos por meio de consórcios públicos interfederativos, visando superar a ragilidade técnica, racionalizar recursos, garantir a sustentabilidade dos serviços e ampliar a escala no manejo dos resíduos sólidos. Desde 2007, o MMA, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, firmou parceria com 17 estados: AL, MG, BA, PE, SE, PI, SC, PR, MT, CE, RN, PB, RO, AC, PA, RJ e GO.

A primeira versão do Plano Nacional de Resíduos Sólidos será colocada em discussão e receberá contribuições da sociedade nas audiências públicas regionais, que ocorrerão nos meses de seembro a novembro deste ano. O documento também poderá receber contribuições da sociedade nesse mesmo período por meio da consulta pública que estará disponível na internet. A vrsão final será apresentada na Audiência Pública Nacional, prevista para novembro, em Brasa.

Campanha - Para que a nova política de resíduos sólidos seja absorvida rapidamente pela população brasileira, o Governo Federal, por meio dos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, lançou a campanha "Separe o Lixo e Acerte na Lata" em junho deste, como uma das ações de comemoração pelo Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho).

O objetivo da campanha é preparar a sociedade para uma mudança de comportamento em relação à coleta seletiva de lixo, ressaltando os benefícios ambientais, sociais e econômicos do reaproveitamento dos resíduos sólidos para o País. Os três filmes da campanha estão sendo veiculados nos meios de comunicação e já tiveram 7.350 exibições no canal do MMA no YouTube (http://separeolixo.com/pecas/).

Para ampliar a divulgação da campanha, foi criado o site www.separeolixo.com com o objetivo de reunir as informações que permitam acompanhar a implantação da Política e sensibilizar a sociedade para o grave problema da destinação do lixo no Brasil. Desde quando foi lançado, dia 8/7, o site já teve tem 14.500 acessos e tem recebido diariamente sugestões e dúvidas sobre como seprar o lixo seco e o úmido.

A separação, em casa, dos dois tipos de resíduos permit ao catador, principal aliado no processo de reciclagem, um acesso mais rápido e higiênico aos resíduos descartados. Mesmo que ainda não exista o serviço de coleta seletiva em todo o País, esse tipo inicial de separação faz parte do processo de educação ambiental e da mobilização da sociedade para solucionar o grave problema do lixo.

Histórico - Em quatro anos, no dia 3 de agosto de 2014, o Brasil estará livre dos lixões a céu aberto, presentes em quase todos os municípios brasileiros. Isso é o que define o artigo nº 54 da PNRS, regulamentada por Decreto Presidencial, em 23 de dezembro de 2010. Também fica proibido, a partir de 2014, colocar em aterros sanitários qualquer tipo de resíduo que seja passível de reciclagem ou reutilização.

Logística Reversa - De acordo com o texto do Decreto de regulamentação da Política, logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

RIO DE JANEIRO TERÁ PAVIMENTAÇÃO DE ASFALTO BORRACHA

O governador Sérgio Cabral assinou decreto que estabelece a incorporação do asfalto-borracha, produto da reciclagem de pneus sem uso, na pavimentação das rodovias estaduais. O documento prevê que a participação de granulados de borracha na mistura asfáltica seja igual ou maior a 15% em sua composição total.

A medida do governo considera a necessidade de limitar a utilização de recursos naturais e promover a introdução de constituintes reciclados na produção de novos materiais; a aplicação de asfaltos modificados com adição de granulados resultantes da reciclagem de pneus usados e, ainda, a política do Governo do Estado de incentivo à promoção do desenvolvimento econômico-social sustentável nas regiões fluminenses.


Rio de Janeiro é pioneiro na América Latina com a produção do asfalto-borracha de alta viscosidadeRecursos do BID para o programa

Em março, o governo conseguiu a liberação de R$ 1 bilhão com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para utilizar o asfalto-borracha em rodovias estaduais. Na ocasião, o governador Sérgio Cabral anunciou que iria incorporar o asfalto ecologicamente correto para fazer do Rio um modelo para o restante do país.

Estado é pioneiro na América Latina

O Rio de Janeiro é pioneiro na América Latina com a produção do asfalto-borracha de alta viscosidade. Em fase de conclusão, a RJ-122, que liga Guapimirim a Cachoeiras de Macacu, é a primeira rodovia estadual a receber o material, que tem durabilidade 60% maior do que a do asfalto tradicional.

A restauração total da pista está prevista para setembro. Para asfaltar os 35 km da via, são usados 420 mil pneus velhos. Para alcançar esse resultado, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) instalou pela primeira vez no país uma usina de fabricação de asfalto-borracha no próprio canteiro de obra.

O asfaltamento ecológico eleva o tempo de durabilidade da pavimentação, reduz os custos de manutenção dos pavimentos, além do ruído de circulação de veículos. A relação custo/benefício da utilização do material é comprovada em países como Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Portugal, África do Sul e China

INVESTIMENTO EM USINAS DE RECICLAGEM NO PARANÁ

O diretor presidente do grupo Higi Serv, Adonai Aires de Arruda, esteve presente na reunião da diretoria executiva do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon), para apresentar ao mercado as formas de reaproveitamento de resíduos de construção civil realizadas na Usina de Recicláveis Sólidos Paraná (Usipar) - a mais nova empresa do grupo Higi Serv e a primeiro do estado com esta finalidade.

Durante a apresentação foram detalhados o processo de reciclagem do material, desde a separação dos produtos, classificação até a trituração da matéria-prima que pode ser reutilizada na construção civil com preço ate 25% mais baixo do que o usual. Um alerta foi relatado pela equipe de engenheiros da Usipar, cerca de 30% das caçambas de itens de construção civil entregues na Usina são recusados porque possuem mais de 35% de materiais como plásticos e papelão ou itens como pedaços de árvores, colchões e até televisores. "Nosso objetivo é mostrar que a reciclagem destes materiais é importante para o meio ambiente, por isso precisamos conscientizar que a separação de lixo tem que ser efetuada desde o começo do processo, como fazemos em casa", afirma a engenheira Livia Ferreira, da 3R Ambiental.

Todo o material reciclado que é separado na triagem e não serve para a construção civil, como o plástico e o papelão, são prensados e encaminhados à empresas licenciadas para o destino correto destes produtos.

"Nossa ideia é investir em outras unidades em nosso estado. A construção civil esta em amplo crescimento e seremos uma das cidades sede de Copa do Mundo, tudo isso vai aumentar ainda mais a procura por estes produtos e também a destinação correta dos mesmos", disse Arruda.

Também foi apresentado pela equipe da Usipar as vantagens competitivas desta reutilização como a preservação ambiental com a redução da extração de areias e pedreiras, alem da correta destinação dos resíduos.

Usipar

Inaugurada na região metropolitana de Curitiba, em Almirante Tamandaré (PR), a USIPAR, Usina de Recicláveis Sólidos Paraná S/A. Com um investimento inicial de R$7 milhões, ocupando uma área de 54 mil m², a empresa vai atuar na reciclagem de sobra de materiais de construção civil de Curitiba e Região Metropolitana, sendo um grande serviço de apoio para o segmento da construção civil, um dos mais aquecidos do país.

Contando inicialmente com 30 colaboradores e com a expectativa de chegar ao final de 2011 com 60, a USIPAR levou três anos para sua total implantação. Período importante para a obtenção de todas as licenças ambientais e também a adequação do projeto as necessidades regionais. A empresa começa sua operação com a capacidade média de 8 mil toneladas de resíduos/mês, com a possibilidade de alcançar em médio prazo a demanda de 20 mil toneladas/mês.

Programada para atender a capital Curitiba e toda sua região metropolitana, a Usina promete ter 15% deste mercado até o final do ano, inclusive ampliando o projeto com a construção de novas unidades em outras regiões. A iniciativa da implantação da USIPAR se deu através de uma parceria estratégica entre Adonai Aires de Arruda, Adilson Penteado, Silvio Gaspar e Alexandre Graeser Blaszezyk.

O produto e o Meio Ambiente

Trabalhando com resíduos do tipo A, que inclui a caliça das obras de construção - como restos de material cerâmico, concreto e argamassa - a USIPAR após separar os materiais de acordo com sua classificação, tritura a caliça transformando-a em areia, brita, pedrisco e rachão, que são comercializados para nova utilização na construção civil

RECICLAGEM DE GELADEIRAS

Além de promover a substituição de geladeiras e lâmpadas antigas por equipamentos novos e mais eficientes, o projeto Luz em Conta, desenvolvido pela Cemat, contribui com o meio ambiente. Apenas em sua atual edição, o programa já enviou 5.826 geladeiras velhas para reciclagem, o que resultou em mais de 275 toneladas de material reciclado. A atual etapa do Luz em Conta teve início em novembro de 2010 e substituirá 10 mil refrigeradores em Mato Grosso.

A reciclagem das geladeiras exige cuidado e, por isso, é feita por uma empresa especializada, localizada em Várzea Grande. Primeiramente, é preciso retirar o clorofluorcarbono (CFC) contido nos aparelhos. Esse gás, geralmente usado em aerossóis e aparelhos para refrigeração, é o principal responsável por danos à camada de ozônio, que protege os seres vivos dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta.

No processo de reciclagem das geladeiras, o CFC é retirado de forma segura, por meio de um procedimento especial. Somente depois disso os equipamentos podem ser reciclados. "A Cemat se preocupa com todo o processo. O gás CFC e a sucata gerada são tratados adequadamente, sem provocar riscos ao meio ambiente", afirma Wagner Gentil, gerente de Eficiência Energética da concessionária.

Dessa maneira, o Luz em Conta tem contribuído para evitar que as geladeiras velhas sejam descartadas em qualquer lugar. Muitas vezes, elas são deixadas em terrenos baldios, onde se transformam em entulho e liberam CFC para o meio ambiente. Criado em 2004 e implantado definitivamente em 2007, o Luz em Conta beneficia famílias de baixa renda, cadastradas na Tarifa Social de Energia Elétrica. Desde que começou, o projeto já substituiu 25 mil geladeiras e 75 mil lâmpadas e representou um investimento de R$ 20 milhões por parte da Cemat.

Cada família contemplada recebe uma geladeira de 286 litros e lâmpadas fluorescentes de 20W. A geladeira possui o selo Procel de eficiência energética, o que atesta a qualidade do eletrodoméstico. Com a troca dos equipamentos antigos por outros novos é possível reduzir consideravelmente o valor da fatura de energia elétrica. A substituição dos aparelhos é realizada de maneira totalmente gratuita, beneficiando famílias que não têm condição para comprar equipamentos modernos e mais eficientes.

Com a implantação do projeto, foi poupado 1.400 MWh/mês, energia suficiente para abastecer uma cidade com 24 mil habitantes por um período de aproximadamente 30 dias.

Próximas entregas - A partir desta quinta-feira (28), as equipes do Luz em Conta visitarão os municípios de Peixoto de Azevedo (608 km de Cuiabá) e Novo Mundo (775 km), para beneficiar um total de 70 famílias com geladeira e lâmpadas novas. Nesta semana, o projeto também esteve em Colider (650 km da capital), onde 41 famílias foram contempladas.

Cadastro - A atual edição do Luz em Conta beneficia moradores de quase todos os municípios de Mato Grosso. O cadastro para triagem é feito em parceria com as secretarias de assistência social das cidades, que fornecem à Cemat os dados dos clientes que preenchem os requisitos para serem atendidos pelo projeto

TENNIS DE CAMPOS DO JORDÃO RECICLA LIXO

Depois do sucesso da iniciativa em 2010, a MasterCard Tennis Cup está promovendo em Campos do Jordão um torneio mais verde, com a proposta de que o lixo produzido no Tênis Clube, durante a competição, cause menos impacto ambiental na serra paulista e consequentemente no planeta, trabalhando também não apenas na reciclagem, mas na reutilização do óleo, das bolinhas de tênis e na conscientização ambiental . A ação segue a tendência dos maiores torneios do circuito mundial, que buscam alternativas para reduzir o acúmulo de lixo, reciclar o máximo possível e diminuir a emissão de gases na atmosfera.



Para que a ação da MasterCard Tennis Cup 2011 tenha ainda mais sucesso do que na temporada passada, lixeiras para coleta seletiva estão espalhadas pelo clube e em todas as salas do evento: imprensa, jogadores, organização, boleiros, juízes e encordoamento. Foi firmada ainda parceria com a Ecoservice e a mesma recolhe diariamente todo material reciclável de todos os ambientes do evento e o óleo descartado pela Citron Gastronomia, responsável pela gastronomia do Stella Artois Hall.



O material recolhido pela Ecoservice é enviado ao Centro de Ecoeficiencia em Resíduos (CER), onde é triado de acordo com a classificação (plásticos, vidros, papelão, metal), são prensados, enfardados e enviados a recicladoras da região do Vale do Paraíba e São Paulo. O CER é privado e oferece emprego e renda para mais de 10 trabalhadores que antes trabalhavam em situação irregular e desumana. Parte da receita oriunda da coleta de material reciclável é enviado para o Fundo Municipal de Meio Ambiente para financiar outros projetos ambientais. Criando assim um círculo positivo em torno do resíduo.



Como novidade este ano, além de copos plásticos, garrafas plásticas e de vidro, papel, latinhas de refrigerante, óleo, entre outros, os tubos de bolinhas de tênis também estão sendo reciclados. Até agora já foram reciclados 528 tubos do chamado plástico duro e a expectativa é que este número triplique até o fim do torneio, já que os homens usam mais bolas do que as mulheres.



As bolas de tênis utilizadas pelos atletas também ganham nova vida sendo posteriormente doadas para o Projeto Social Escola de Tênis, do Tênis Clube de Campos do Jordão.



Além do descarte correto de papéis, metais, plásticos e vidro, a MasterCard Tennis Cup também contribui com o programa FRATO Social, separando os anéis de latinhas de refrigerante nos recipientes disponíveis pelo Tênis Clube. Os anéis são depois enviados para a empresa de ferramentas com sede em São Paulo, que em apenas três anos já os transformou em mais de 600 cadeiras de rodas, beneficiando diversas entidades assistenciais e provando que a aparente lenda é uma realidade.

GUAÚCHOS VÃO RECOLHER RESÍDUOS ELETRÔNICOS

O presidente do Sindilojas Vale do Jacuí, Felipe Trevisan João, lançou , a Campanha de Recolhimento de Resíduos Eletrônicos e Telefonia Pos-Consumo, que se trata da coleta e destinação correta de resíduos eletrônicos, como itens de informática e telefonia. As coletas serão realizadas através de termos de adesão e, em Cachoeira do Sul, o posto de coleta será no prédio do IRGA, na Rua Marechal Floriano, número 493, e a campanha acontecerá de 22 a 26 de agosto.






A meta é de coletar 100 toneladas de resíduos e 20 mil celulares e baterias, retirando-os do meio ambiente. A empresa parceira para o encaminhamento é a Trade Recycle, que irá recolher os resíduos, fará toda a desmanufatura, descaracterização e reciclagem de 100% do que for coletado.







Segundo Felipe Trevisan João, de tudo o que for recolhido, cerca de 5% serão enviados para a Bélgica, que possui tecnologia para extração de metais. O secretário municipal de Meio Ambiente, Henrique Witeck, firmou com o prefeito o termo de adesão para Cachoeira do Sul, e ressaltou a importância da iniciativa, como instrumento prático e participativo de redução de danos e impactos negativos ao meio ambiente. Para o secretário, esta parceria deverá promover a arrecadação de um grande volume de material e a divulgação nas mídias será imprescindível.







Também participaram do evento o vice-prefeito Ronaldo Trojahn, a presidente da Associação dos Contabilistas Iara Farias, a gerente da unidade do Sesc-RS, Marilde Oliveira, representante do Rotary Zona Alta, Dalnei Santiago, vice-presidente e diretores do Sindilojas Vale do Jacuí, entre outras lideranças interessadas na sustentabilidade.

ACRE FAZ ABRIGO DE ÔNIBUS DE MATERIAL RECICLADO

O prefeito Raimundo Angelim e o secretário de Indústria, Comércio e Desenvolvimento do Acre, Edvaldo Magalhães, participaram nesta segunda-feira, 25, do lançamento do mourão fabricado com plástico reciclado e serragem pelo PlasAcre, recicladora industrial que mantém parceria com o Governo do Estado e a Prefeitura de Rio Branco no reaproveitamento de resíduos sólidos para geração de renda e emprego.

A apresentação foi feita no hall da Federação das Indústrias do Acre (Fieac) com a presença do assessor do governador Tião Viana, Fábio Vaz; do secretário Municipal de Serviços Urbanos, Cezário Braga; o superintendente do Banco da Amazônia, Marivaldo Melo, e empresários.

O lançamento do mourão como mais um item do portfólio de produtos da PlasAcre foi marcado pela apresentação do protótipo de um abrigo de ônibus 100% ecológico. O abrigo foi construído com ripas e telhas plásticas, usando-se apenas umas poucas peças de madeira e parafusos para sua fixação. Angelim aprovou a ideia e disse que avalia a possibilidade de utilizar o abrigo e bancos feitos com material reciclado.

Angelim citou a Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (UTRE) como fomentadora da iniciativa que está investindo no aproveitamento de material plástico para produzir peças inovadoras na construção civil. “Isso aqui prova que quando se aposta na inovação você pode ter um grande resultado”, disse Edvaldo Magalhães.

As peças usadas no abrigo são em polietileno obtido da reciclagem de sacolas plásticas, frasco de detergente, desodorante e outros. 70% da composição do mourão são materiais plásticos e 30%, serragem. “A previsão é que tenha uma vida útil de 40 a 50 anos”, disse Éder Santos, sócio da PlasAcre. A telha do abrigo contém produtos contra incêndio e anti-UV, que não se destroem com o fogo e o calor do sol.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

LIXEIRAS EM TODAS ESCOLAS DE ATIBAIA

Projeto de lei de autoria do vereador Dr. José Paulo Teixeira e que está tramitando na Câmara irá estimular o debate e a conscientização sobre a questão do lixo em Atibaia, especialmente sobre a correta destinação desses resíduos. Trata-se de iniciativa que torna obrigatória a instalação de lixeiras de reciclagem em todas as instituições de ensino da cidade, abrangendo tanto as escolas públicas quanto as particulares.

O projeto irá obedecer ao padrão existente das lixeiras coloridas, que institui a cor vermelha para plásticos; amarela para alumínio; verde para vidros; azul para papel e marrom para resíduos orgânicos. Haverá também uma outra para materiais tóxicos, como pilhas, baterias, raio-X e outros resíduos que possam provocar a contaminação do meio ambiente. Todo o material coletado deverá ter uma destinação apropriada, segundo determinações legais.

A coleta seletiva e a reciclagem dos materiais aproveitáveis são ações que visam a preservação ambiental, sendo também uma questão de saúde pública. “Hoje, grande parte da população já faz a coleta seletiva de lixo, mas precisamos estender essa conscientização aos jovens, para que, no futuro, eles não tenham problemas relacionados ao lixo e à escassez de recursos naturais”, explicou Dr. José Paulo.

Dessa forma, a instalação de lixeiras de reciclagem nas instituições de ensino, além de recolher uma quantidade considerável de lixo reciclável gerada pelos alunos, também serviria para estimular e complementar a disciplina de educação ambiental ministrada nas escolas. “As lixeiras coloridas despertariam a consciência das escolas para o papel que exercem na formação da cidadania e consciência ecológica de seus alunos”, afirmou o vereador.

Para Dr. José Paulo, a educação ambiental desperta no estudante a percepção em relação ao que consome, descarta e o que pode ser reutilizado. “E é exatamente essa a função das lixeiras ecológicas: fazer com que o simples ato de jogar o lixo no lugar correto gere a conscientização de que ele não será depositado nos lixões de forma inconsequente, contribuindo para a preservação e a reabilitação do nosso ecossistema”, finalizou.

DETRAN GAÚCHO QUER RECICLAR 8000 CARROS

Os pátios dos 183 depósitos do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Rio Grande do Sul abrigam cerca de 62.400 mil veículos. Desse total, entre 10 e 12% são deixados pelos donos no local por motivos como multas e processos judiciais e acabam indo a leilão ou viram sucata.

Até o final do ano, o departamento de trânsito espera reciclar 8.000 veículos. Estima-se que existam no Brasil cerca de 10 milhões de veículos que, devido ao mau estado de conservação, estariam destinados à reciclagem. Entretanto apenas 1,5% deles passam pelo processo.

Nos próximos três anos, a expectativa é de que o número de carros triturados chegue a 34 mil. A compactação dos automóveis tem como objetivos evitar que veículos irregulares retornem às ruas e inibir o comércio ilegal de peças. O presidente do Detran, Alessandro Barcelos, explica que a solução encontrada serve também para esvaziar os pátios do departamento.

- Este processo tem como grande vantagem a agilidade do transporte da sucata e a liberação de espaço nos depósitos.

Barcelos explica que o Rio Grande do Sul é o único Estado que realiza o processo de descontaminação do veículo que será triturado. Um equipamento, que fica no Centro de Remoção e Depósito de Alvorada, retira retirados o óleo, o combustível e os demais fluído do carro, que também são destinados à reciclagem.

As cidades Portão e Sapucaia dos Sul serão as próximas a receber o equipamento. O presidente do Detran do Rio Grande do Sul acrescentou que, até o final do ano, espera regularizar o comércio de peças usadas nos desmanches

CÃMARA DE VEREADORES PEDE A IMPLATAÇÃO DA CULTURA DA RECICLAGEM

O presidente do Legislativo resendense, o vereador Luiz Carlos Kiko Besouchet (PP), quer ver implantado no município o projeto Ecoampla que faz a difusão da cultura da reciclagem. O parlamentar é autor de uma indicação à Agência do Meio Ambiente de Resende (Amar) para que reivindique à Ampla a instalação de um posto de coleta do projeto na cidade. A indicação foi aprovada por unanimidade pelos vereadores e enviado ao presidente da Amar, Paulo Fontanezzi e à direção da concessionária.
Segundo a Ampla, o projeto prevê que o material reciclável entregue pelos clientes nos postos seja pesado e revertido em bônus a ser descontado na conta de luz. “Além de contribuir para o desenvolvimento sustentável por meio do estímulo ao descarte correto do lixo, o Ecoampla é uma alternativa para que a população consiga reduzir o valor de suas contas de energia elétrica”, explica Kiko Bessouchet, ressaltando que a indicação prevê ainda o apoio logístico da Amar na instalação dos posto de coleta.
Segundo o vereador, o projeto já funciona no Ceará e em outras áreas de concessão da Ampla, beneficiando cerca de 300 mil famílias. “Resende tem aproximadamente 50 mil clientes, entre residências, pontos comerciais e indústrias, o que significa que a abertura de um posto de coleta na cidade representaria uma economia para milhares de famílias e permitiria o descarte adequado de toneladas de lixo”, salienta

tentativa de chicago em privatizar a reciclagem do lixo

O novo Prefeito da cidade de Chicago, Rahm Emmanuel, vai colocar as empresas privadas da área da reciclagem a competir com empregados da câmara, num projecto piloto que pretende averiguar qual a melhor forma de melhorar os programas de reciclagem da Windy City.

A ideia passa por dividir a cidade em seis regiões, sendo quatro delas servidas pelas privadas Waste Management e Midwest Metal Management e as restantes por empregados estatais.
O objectivo é perceber onde se pode melhorar nesta área e avaliar o custo e eficiência de cada modelo, através de um estudo comparativo.

Hoje, menos de metade dos habitantes de Chicago têm acesso aos serviços de reciclagem da cidade. Ainda que alguns cidadãos estejam cépticos com a entrega dos serviços de reciclagem a privados, uma vez que a privatização de outros serviços locais, como os parques de estacionamentos, não correu muito bem, a verdade é que Rahm Emmanuel pretenderá provar que a privatização é a melhor solução neste caso específico.

“Prometi às pessoas de Chicago que a minha administração iria trabalhar para procurar os melhores serviços ao melhor preço-eficácia possível”, explicou o responsável.

Se a estratégia resultar e a reciclagem chegar a todas as habitações – com qualidade -, Chicago caminhará, de forma segura, para ser uma cidade mais sustentável.

A estratégia de incentivar a competição entre departamentos públicos e empresas privadas de reciclagem tem sido um sucesso em cidades como Charlotte ou Phoenix, que reduziram significativamente os custos com estes programas.

EMLUR MOSTRA OS SEUS PROJETOS

A Emlur monta um estande para mostrar à população o trabalho desenvolvido durante o ano na limpeza urbana, educação ambiental e demais projetos da Autarquia.

Na feira, que este ano tem a reciclagem como tema, a Emlur mostrar parte do seu acervo de artesanato, além de novas peças confeccionadas para o evento. Cinco artesãos da Autarquia também estarão comercializando seus produtos no local. Além do artesanato feito com material potencialmente reciclável, o estande também conta com painéis de fotografias mostrando o trabalho diário dos agentes de limpeza, ambientais e educadores.

Um dos destaques da Autarquia este ano é o projeto “Emlur Amiga da Paz”, curso de capacitação em mediação de conflitos que já formou 187 lideranças comunitárias, agentes de limpeza e servidores do quadro administrativo do órgão. A nova operacionalização do curso, ministrado pela Polícia Militar da Paraíba, será apresentada na feira e prevê a formação de turmas em 11 comunidades até o final de 2011.

Parceria – Eventos deste porte precisam de um plano especial de coleta devido à grande quantidade de resíduos produzida diariamente. A partir desta necessidade, foi firmada uma parceria com a organização da Multifeira Brasil Mostra Brasil, que cede um espaço todos os anos para que a Emlur possa mostrar as suas ações e projetos para a comunidade.

A Emlur selecionou colaboradores em seu quadro de servidores para que, durante os dez dias de feira, funcionários de diversos setores estejam no estande para receber os visitantes e mostrar o material em exposição. Eles vão orientar quanto ao acondicionamento correto do lixo, informar sobre o horário da passagem dos carros de coleta domiciliar nos bairros e explicar como a população pode ajudar para manter a cidade mais limpa e organizada, preservar o meio ambiente melhorando, com isso, a qualidade de vida dos habitantes da Capital.

A diretora do Departamento de Valorização e Recuperação de Resíduos Sólidos, Elma Xavier, falou sobre a importância de apresentar o que é desenvolvido durante o ano para o público em eventos como este. “Não podemos deixar de aproveitar este espaço que nos é cedido neste evento que sempre atrai um grande público. É uma oportunidade que temos para mostrar aos visitantes os serviços e projetos sócio-educativos executados pela Autarquia”, afirmou Elma, que é responsável pelas ações de educação ambiental.

Baticumlata – O grupo de percussão da Emlur, que integra o projeto “Catadores de Arte”, vai se apresentar no dia 12 de julho, entre as apresentações culturais da feira. O Baticumlata já se apresentou nos principais eventos realizados na Capital e também fora de João Pessoa. Ainda em 2005, ano de fundação, já se apresentava na Festa das Neves e no Festival Nacional de Arte (Fenart). Hoje o grupo, formado por agentes de limpeza, é reconhecido pela população pelo som que consegue produzir apenas com objetos encontrados no lixo como tonéis, baldes, vidros, peças de caminhão e até computadores, que são transformados em instrumentos musicais.

UNIMED SOROCABA TEM PORJETO DE RECICLAR CARTÕES DE PLÁSTICOS

A destinação incorreta dos cartões plásticos utilizados pelos clientes de convênios médicos, correntistas de bancos, operadoras de crédito, lojas de departamento, drogarias, entre outros, prejudica a saúde do meio ambiente. Afinal, o tempo de decomposição do plástico – material utilizado em sua fabricação – é de, no mínimo, 400 anos.


Pensando nisso, a Unimed Sorocaba, por meio do Departamento de Responsabilidade Socioambiental, implantou o Projeto Recicard. O objetivo da campanha é orientar sobre o descarte consciente das carteirinhas vencidas, promovendo a reciclagem das mesmas. E mais: para reduzir o consumo, a validade das carteirinhas passa a ser de dois anos, em vez de um, como acontecia até então.


O funcionamento do Projeto Recicard é simples. Os clientes do Plano Empresa, por exemplo, passarão a entregar os cartões vencidos no setor de RH da empresa onde trabalham, enquanto os do Plano Particular devem fazer o mesmo no departamento SUF (Saúde Unimed Família), localizado na Unimed - Sede Administrativa (Avenida Juscelino K. de Oliveira, 736).


Esses cartões serão recolhidos e enviados a uma empresa especializada em reciclagem, onde passarão por triagem, serão transformados em plásticos e reutilizados na forma de tubos de PVC e outros produtos finais.


Segundo a coordenadora do Departamento de Responsabilidade Socioambiental da Unimed Sorocaba, Patrícia Bezerra da Silva, a cooperativa médica sorocabana receberá dessa empresa um certificado garantindo a reciclagem dos cartões recolhidos. "Esta ação, além de proteger o meio ambiente, vai ao encontro dos preceitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, regida pela lei federal 12.305, de agosto de 2010, que diz em seu artigo 9º que na gestão e gerenciamento de resíduos deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos", conclui PatríciaUnimed soroca a

reciclar água em Niterói é lei agora.

Todos os edifícios a construir em Niterói deverão, por lei (nº 2856) sancionada (26, julho, 2011) pelo prefeito Jorge Roberto Silveira, incluir em seus projetos sistema para a reciclagem de águas cinzas – aquelas utilizadas em chuveiros, banheiras, lavatórios de banheiros, tanques e máquinas de lavar. A lei é aplicável a todas as obras com mais de 500 m2, e que tenham volume potencial de consumo igual ou superior a 20 metros cúbicos de água por dia.


De autoria do vereador Paulo Bagueira, presidente da Câmara, a nova determinação estende obrigações da lei municipal 2630, de 07 de janeiro de 2009, que trata do reaproveitamento das águas das chuvas.
O prefeito Silveira declarou que “com a implantação de novos sistemas de reciclagem de água, Niterói está cada vez mais no rumo da sustentabilidade. Tenho o maior empenho em avançar nas questões ambientais, sobretudo nas que sejam inovadoras como esta”.

De acordo com a prefeitura, a nova lei só trata de novas edificações porque obras de adaptação para este tipo de sistema são caras e muito complicadas, enquanto os moradores em edificações novas terão a ganhar, porque “a diminuição na conta d’água em locais que contam com o método chega a 60%”.

Empreendedores locais já adotam reúso – Por iniciativa de construtores, em Niterói há sistemas de reúso de água cinza já implantados em 18 edifícios residenciais e uma empresa de ônibus, diz o secretário municipal do Meio Ambiente, Fernando Guida. Segundo ele, o retorno financeiro da implantação dos sistemas de reutilização é obtido em poucos meses, com a economia nas contas de água.

“Essa lei, pioneira no estado do Rio, é fantástica porque preserva a água, que em regiões metropolitanas está cada vez mais escassa, e diminui a necessidade de importação de outros municípios. Em Niterói, somos abastecidos com a água de Cachoeiras de Macacu e com a nova norma podemos ficar mais independentes”, disse o secretário.

Em Itacoatiara, um condomínio inaugurado em abril (2011) pela Construtora Call conta com o sistema. “A princípio, iríamos fazer apenas o aproveitamento da água das chuvas para a rega dos jardins e limpeza da área comum. Mas antes do lançamento, fizemos um estudo sobre a possibilidade de utilizar o sistema de reúso para a produção de água para as descargas sanitárias, que são consideradas as grandes vilãs do nosso consumo de água”, conta o diretor comercial da construtora, Rodrigo Alves.

Ainda de acordo com Alves, a economia comprovada está na ordem de 30% do valor da conta de água. Ele diz que o investimento foi médio e a expectativa é de que o retorno financeiro não ocorrerá em curtíssimo prazo, mas, por ser tratar de um edifício que vai durar décadas, a construtora acredita que em dois ou três anos o sistema se paga.

Conforme a lei sancionada em Niterói, não podem ser aproveitadas no sistema águas oriundas de vasos sanitários e de pias de cozinha, neste último caso porque a maioria da população ainda tem o hábito de despejar óleo pelo ralo, o que dificulta o tratamento e pode entupir canos e sistemas de tratamento. Com informações de O Fluminense.