sexta-feira, 3 de maio de 2013

Recife será cidade-modelo em projeto de desenvolvimento sustentável da ONU

 


A Prefeitura do Recife firma, nesta terça-feira (23), às 19h, em Brasília, um convênio com a ONU-Habitat. O acordo, a ser assinado pela secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Cida Pedrosa e pelo Instituto Iclei, prevê a implantação do Urban Leds - "Promovendo Estratégias de Desenvolvimento Urbano de Baixo Carbono em Países Emergentes". A capital pernambucana será cidade-modelo no projeto internacional de desenvolvimento sustentável.

O projeto visa garantir o desenvolvimento com o uso racional dos recursos naturais e menor emissão de gases de efeito estufa. No Brasil, além do Recife, apenas Fortaleza foi escolhida para se tornar modelo da iniciativa. No processo de seleção, o comitê avaliador do Iclei levou em conta questões referente ao perfil da cidade, crescimento urbano, quadro legal e, com maior peso no caso das cidades modelos, o potencial de resultados do projeto.

De acordo com a secretária Cida Pedrosa, o projeto apresentará à Prefeitura estratégias bem-sucedidas de desenvolvimento urbano com baixa emissão de carbono, mas adaptadas ao contexto local.

"O Urban Leds auxiliará a prefeitura na escolha, desenvolvimento e implementação de medidas sustentáveis para o desenvolvimento da cidade. O Iclei tem uma expertise de 20 anos nesta área e atuará como consultora na criação de metodologias, ferramentas e ações de mitigação aos efeitos causados pelas mudanças climáticas", explicou.
 

Entre as atividades previstas, está a realização do inventário de carbono da cidade e a capacitação de funcionários e gestores públicos. Além do Brasil, o projeto abrangerá cidades na Índia, Indonésia e África do Sul.

Como integra uma iniciativa global, o Urban Leds ainda prevê a criação de um sistema de redes informação entre as cidades participantes para que sejam compartilhadas experiências, conhecimento técnico, tecnologias, inovação, pesquisa e financiamento.

BRASIL AFORA - Em cada um dos países participantes, foram escolhidos até oito municípios para receber a iniciativa, sendo dois com status de cidade-modelo e o restante com o de cidade-satélite. No segundo grupo estão Belo Horizonte (MG), Betim (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Sorocaba

Lisboa quer criar incubadora social contra desemprego


 

A proposta de criação da Incubadora Social de Lisboa, no Espaço Municipal da Flamenga, na freguesia de Marvila, vai ser apresentada pela vereadora da Acção Social, Helena Roseta, na quarta-feira ao executivo municipal.
Sendo que "Lisboa é hoje uma das cidades mais afectadas pelo desemprego" - segundo dados do Observatório da Luta Contra a Pobreza, citados pela autarquia, mil pessoas perdem o trabalho na cidade por mês - e as "respostas existentes têm-se revelado insuficientes", Helena Roseta defende que "é fulcral investir na capacidade de inovação das pessoas e comunidades, no sentido de gerar novas ideias, novas respostas sociais e melhor utilização dos recursos".
Uma das medidas de desenvolvimento social sugeridas pela Rede Social de Lisboa, que inclui um conjunto de cerca de 300 associações e entidades sociais da cidade e é coordenada pela autarquia, é a criação de um 'cluster [polo] de empreendedorismo social' sob a forma de "uma rede de inovação social, concebida como uma plataforma de confluência dos diferentes atores e vontades, integrando os parceiros sociais e os agentes da economia social empenhados nesta área".
O espaço será "sede da rede de inovação social e espaço de capacitação de parceiros e lançamento de projectos e iniciativas de economia e inovação social". A Câmara de Lisboa, a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social e o Montepio Geral serão os parceiros iniciais desta iniciativa.
A Incubadora Social de Lisboa vai apoiar os projectos em três fases: apoio no desenvolvimento do projecto e a na sua concretização num plano (pré incubação), disponibilização de um espaço físico que proporciona às entidades incubadas condições privilegiadas de acesso a serviços especializados e a parcerias entre os diversos agentes económicos e sociais (incubação) e apoio às entidades incubadas com vista à sua sustentabilidade fora do ambiente da incubadora (aceleração).
"Nesta fase, a Incubadora agilizará o acesso a espaços não habitacionais municipais ou outros, competitivos, bem como a integração na Rede de Inovação Social", refere a proposta.
Escritórios partilhados, acesso a comunicações, auditórios, acesso a contactos ou consultoria financeira e jurídica são alguns dos serviços que vão ser disponibilizados pela incubadora.

Indústria têxtil é pressionada a tomar medidas após tragédia de Bangladesh

 
 

Manifestantes protestaram em frente à loja de roupas Primark em Londres, exigindo o fim da exploração na indústria têxtil

As grandes empresas têxteis sofrem a pressão da tragédia de Bangladesh da semana passada, que deixou quase 400 mortos, após o desbloqueio das primeiras indenizações e dos múltiplos apelos à transparência do processo de produção deste setor.
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Menos de uma semana após o desabamento de um edifício que abrigava várias confecções perto da capital de Bangladesh, Dacca, duas empresas que tinham seus produtos fabricados no local se comprometeram a indenizar as famílias das vítimas.

A marca britânica Primark tomou a iniciativa na segunda-feira, sem informar o valor dos auxílios financeiros. Ela foi seguida pelo grupo canadense Loblaw, ligado a este edifício através de sua filial de roupas de baixo custo Joe Fresh, que prometeu uma ajuda significativa.

Gestos recebidos positivamente pela ONG Oxfam, que convoca "as outras empresas que têm ateliês neste edifício a seguirem o exemplo", a ouvir no futuro "a voz e as preocupações dos trabalhadores" e a respeitar as normas de segurança nos ateliês.

No sábado um pequeno protesto foi realizado em Londres diante de uma loja da Primark. Os manifestantes gritavam lemas como "Ame a moda, vamos proibir os ateliês da miséria" e "Vergonha para a Primark". O desabamento do edifício, construído sem autorização legal, causou a morte de 387 pessoas.

"Se as marcas permanecerem em silêncio, correm o risco de parecerem indiferentes ao drama. Interessa a elas se pronunciarem para esclarecer a situação", disse à AFP Benjamin Martin, da Publicis Consultant.

"Não podem mais fingir surpresa", sobretudo porque houve um precedente recente: em novembro de 2012 um incêndio em uma fábrica têxtil que operava, principalmente, para a americana Walmart deixou 111 mortos na periferia de Dacca.

Já há um suspeito pelo desabamento, o proprietário do edifício, Sohel Rana, que foi acusado de homicídio doloso por negligência. Mas este tipo de incidente também pode provocar temores entre as empresas europeias de degradação de sua imagem.

Para Julie Stoll, delegada-geral da Plataforma por um Comércio Justo, "há claramente um problema de transparência e de rastreabilidade no setor têxtil", diante das dificuldades das empresas em saber se o drama afetou seus fornecedores ou não. "Há 10 anos as repercussões teriam sido menores, mas agora ficarão provas nas redes sociais", segundo o especialista da Publicis.

O grupo espanhol de 'prêt-à-porter' Mango escolheu justamente o Facebook para enviar seus pêsames às vítimas e dizer que não era cliente da empresa Phantom, co-proprietária de um dos ateliês de confecção que desabaram, afirmando que encomendou apenas amostras "cuja produção ainda não havia começado".

Já o grupo italiano Benetton divulgou que "foi feito apenas um pedido a um dos fabricantes envolvidos e que ele foi enviado várias semanas antes do acidente". A Benetton assegura que, "desde então, o produtor de Bangladesh já não faz parte de seus fornecedores" e afirma que realiza com frequência auditorias sociais.

Além destas auditorias, se multiplicam os chamados para defender um salário mínimo para todos os intermediários do setor, além do cumprimento de "normas ambientais e sociais" para que o consumidor se sinta mais comprometido.

Até o momento, as práticas do setor têxtil "ainda não são uma prioridade para o consumidor europeu", reconhece uma grande associação europeia de consumidores.
 
 

AL aprova projeto que institui semana de reciclagem nas escolas

 
  
O Projeto de Lei n° 524/2012, de autoria do deputado Emanuel Pinheiro (PR), que institui a Semana Mato-grossense de Reciclagem nas Escolas Públicas Estaduais teve parecer favorável da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto. Passo seguinte, o projeto segue para a apreciação dos membros da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
De acordo com a proposta, a comemoração irá acontecer anualmente na primeira semana do mês de junho. As escolas poderão buscar parcerias com os setores públicos e privados para a realização das atividades.
“Sabemos que algumas atitudes precisam ser tomadas, um exemplo é a criação de uma semana destinada a conhecer e praticar atos de reciclagem dos resíduos, para que haja conscientização de todos e que isso se torne um hábito da população, diminuindo os impactos ambientais”, defendeu o autor do projeto.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE de 2000, 125.281 mil toneladas de resíduos são coletadas diariamente, das quais 30,5% vão para lixões, 22,3% para aterros controlados e 47,1% para aterros sanitários. Ainda de acordo com a pesquisa, pouco mais de 50% do lixo é depositado de forma inadequada e 65% destes resíduos são orgânicos e poderia alimentar 19 milhões de pessoas todos os dias com o que é descartado.

Pnuma cita Brasil como exemplo na reciclagem de alumínio

 

Impacto ambiental causado por metais e o potencial de reciclagem desses elementos são temas de relatórios do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Modelo brasileiro de pequenas cooperativas é um exemplo.
Os metais são parte essencial na economia global, enquanto elementos básicos para a infraestrutura. A tendência atual é de um grande aumento na demanda dessa matéria-prima. Por isso, práticas de reciclagem devem ser desenvolvidas, com o fim de diminuir tanto os impactos ambientais quanto a escassez de alguns metais.
Esse balanço está contido em dois relatórios divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), nesta quarta-feira (24/04). Os documentos Riscos ambientais e mudanças no fluxo e ciclo antropogênico dos metais e Reciclagem de metais – oportunidades, limites e infraestrutura apresentam uma visão geral da mudança ambiental causada por metais e o seu potencial de reciclagem.
"Como a população das economias emergentes está adotando tecnologias e estilos de vida similares ao dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a necessidade global de metais será de três a nove vezes maior do que a atual", disse o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner.
Reciclagem e consumo
Os relatórios revelam que o aumento dessa demanda está ligado principalmente ao desenvolvimento dos países emergentes e às novas tecnologias, incluindo as utilizadas nos sistemas de energia renovável.
Apesar de os impactos ambientais do uso de metais serem menores do que os causados por recursos agrícolas e combustíveis fósseis, 8% da energia mundial é gasta na mineração e refinamento desses elementos. No ciclo de vida dos metais, a mineração, o refinamento e o lixo gerado são os principais responsáveis por danos ao meio ambiente – como a degradação de ecossistemas e a contaminação da água – e à saúde humana.
Os relatórios apontaram também que metais produzidos em grande volume causam um impacto menor por quilograma do que os são produzidos em pouca quantidade. Além disso, esses elementos são os recursos ideais para ciclos fechados, pois eles podem ser reciclados quase que infinitamente e com uma perda pequena de seus atributos técnicos.
Assim, a reciclagem pode contribuir significativamente para evitar os danos causados nesse processo, além de gerar lucros econômicos e reduzir a escassez de alguns metais. Porém os relatórios deixam claro que apenas aumentar as taxas de reciclagem não será suficiente para diminuir o impacto: uma redução no consumo também é necessária.
Brasil é exemplo
O processo de reciclagem, incluindo a coleta e o transporte, consome uma quantidade de energia bem menor do que a exploração mineral. Esse mercado tem expandido bastante nos últimos anos e novas tecnologias estão sendo desenvolvidas para aprimorar as técnicas existentes.
O potencial para a reciclagem de metais é enorme. Somente a Europa produz 12 milhões de toneladas de lixo eletrônico ao ano, e a expectativa é de um aumento anual de 4%, nas próximas décadas. Em 2011, o Brasil produziu 679 mil toneladas desse tipo de lixo.
Taxa de reciclagem do alumínio no Brasil é de 97,6%
Nos relatórios, o Brasil é citado como exemplo na reciclagem do alumínio: há uma década, o país é líder na reutilização do metal. A taxa de reciclagem foi de 97,6% em 2010. O relatório diz que a experiência brasileira é um sucesso, trazendo grandes benefícios sociais, econômicos e ambientais.
Os relatórios reforçam também a importância de pequenos empreendedores, tanto na economia formal como na informal da reciclagem, e cita o Brasil como exemplo nesse setor, por sua experiência com catadores de lixo reunidos em cooperativas apoiadas pelo governo. Segundo a Pnuma, o apoio da infraestrutura pública é um ponto fundamental para a economia verde.
Mas, para o gerente executivo da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos, Herbert Mascarenhas, ainda falta um incentivo maior do governo no setor de reciclagem. "Nessa área, o Brasil não deve pensar numa maneira muito industrial, mas sim fomentar o empreendedorismo."
Segundo o gerente, é grande o potencial nesse setor, em cidades onde não há geração de renda por indústria, serviço ou comércio. "Nessas cidades o governo deveria montar recicladoras", sugere.
Mascarenhas acredita que, para a expansão do setor de reciclagem no país, é necessário uma linha de crédito para o empreendedorismo no setor, e uma campanha de reciclagem voltada para a população, com o objetivo de gerar material para esse mercado.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Recorde nas exportações das cooperativas do país no 1º trimestre deste ano

 
As exportações das cooperativas brasileiras alcançaram o recorde de US$ 1,409 bilhão no primeiro trimestre deste ano, 9% mais que em igual intervalo de 2012, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As importações caíram 10,5%, para US$ 48,9 milhões, e, assim, o superávit do segmento aumentou 9,9%, para US$ 1,36 bilhão.

O açúcar refinado, carro-chefe da paulista Copersucar, liderou os embarques entre janeiro e março. No total, as vendas do produto ao exterior renderam US$ 369,3 milhões, ou 26,2% do total exportado pelas cooperativas. Em seguida aparece o café em grão, cujas exportações, puxadas pela mineira Cooxupé, foram de US$ 158,6 milhões.
  Outros destaques da pauta das cooperativas no primeiro trimestre foram carne de frango (US$ 145,2 milhões), etanol (US$ 137,9 milhões), açúcar bruto (US$ 133,1 milhões), farelo de soja (US$ 99,3 milhões); milho (US$ 91,1 milhões) e carne suína congelada (US$ 49,9 milhões).

Conforme os dados do MDIC, as exportações de produtos de cooperativas brasileiras chegaram a 120 países nos três primeiros meses deste ano, ante os 118 de igual intervalo de 2012. Os Emirados Árabes Unidos foram o principal destino das vendas, com US$ 174,7 milhões, ou 12,4% do total. Estados Unidos, com US$ 135,4 milhões, e China, com US$ 107,2 milhões, completaram o "pódio" dos principais destinos no período.

Os dados do MDIC mostram que 99 cooperativas de 17 Estados do país realizaram exportações no primeiro trimestre, mesmo número registrado de janeiro a março do ano passado.

Os embarques das cooperativas de São Paulo alcançaram US$ 616,2 milhões, ou 43,7% do total, seguidos pelas vendas dos grupos do Paraná (US$ 347,3 milhões), de Minas Gerais (US$ 147,1 milhões), e de Santa Catarina (US$ 86,8 milhões). As cooperativas paranaense - a maior delas é a Coamo, de Campo Mourão, se destacam pelos embarques de carnes suína, de frango e de grãos de derivados, ao passo que as catarinenses, lideradas pela Coopercentral Aurora, são fortes em carnes.

As exportações das cooperativas no primeiro trimestre despachadas por 32 portos, aeroportos e rodovias. No mesmo período de 2012, foram 30 pontos. O porto de Santos, em São Paulo, registrou a maior receita, com US$ 821,4 milhões, ou 58,3% do total. Em seguida vieram Paranaguá, no Paraná (US$ 392 milhões), e Itajaí, em Santa Catarina (US$ 96,5 milhões).

No outro prato da balança das cooperativas, as importações caíram 10,5% na comparação entre os primeiros trimestres de 2012 1 2013, para US$ 48,9 milhões. Os principais produtos adquiridos foram insumos para fertilizantes (ureia e potássio) e maquinário em geral. A ureia representou 11,7% do total importado, ou US$ 5,7 milhões. Máquinas e aparelhos para preparação de carnes ficaram em segundo, com US$ 5,1 milhões.

Cooperativas de dez Estados do país realizaram importações entre janeiro e março deste ano, ante nove no início de 2012. Na relação dos principais vendedores de produtos para as cooperativas, a Rússia ficou em primeiro lugar, com US$ 5,3 milhões, ou 10,9% do total. As compras desde a Bélgica atingiram US$ 5,3 milhões.

Dilma aprova política nacional de estímulo à sustentabilidade e à inovação agropecuária

 
A presidente Dilma Roussef sancionou na última terça-feira (30/4) a lei que institui a política nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). Os objetivos da legislação incluem:

1)melhorar de forma sustentável a produtividade, a qualidade dos produtos e a renda das atividades agropecuárias, por meio da aplicação de sistemas integrados de exploração de lavoura, pecuária e floresta em áreas já desmatadas, como alternativa aos monocultivos tradicionais;

2) mitigar o desmatamento e contribuir para a manutenção das áreas de preservação permanente e reserva legal;

3) fomentar novos modelos de uso da terra, conjugando a sustentabilidade do agronegócio com a preservação ambiental.

A iLPF, de acordo com a proposta, estabelece novas atribuições ao poder público. A partir de agora, cabe ao governo definir planos de ação regional e nacional para a expansão e o aperfeiçoamento dos sistemas de iLPF, com a participação das comunidades locais, além de estimular a adoção da certificação dos produtos pecuários agrícolas e florestais.

O analista técnico e econômico da Organização das Cooperativas Brasileiras, Marco Olívio Morato, destaca que o normativo leva em conta o conceito de sustentabilidade e também valoriza o cooperativismo. “No artigo 3º, a nova lei determina que compete ao poder público, no âmbito da Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, dentre outros, estimular a produção integrada, o associativismo, o cooperativismo e a agricultura familiar”, ressaltou Morato.

Rede iLPF

A instituição da nova política nacional é um impulso à Rede de Fomento da integração Lavoura-Pecuária-Floresta (Rede de Fomento iLPF), uma iniciativa coordenada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o Banco do Brasil, a cooperativa Cocamar e as empresas do ramo Syngenta, Bunge e John Deere.

A Rede iLPF visa a fortalecer a adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta em todas as regiões do Brasil, com um investimento de R$ 2,5 milhões ao longo de cinco anos para o fomento da tecnologia junto aos produtores.A proposta da iLPF é reunir, em uma única propriedade, a produção de grãos, carne ou leite, além de produtos madeireiros e não madeireiros, ao longo de todo ano. E tudo isso com total respeito ao meio ambiente.

Os resultados dessa combinação de culturas agropecuárias são: aumento da renda do produtor rural; redução na pressão por desmatamento de novas áreas com florestas nativas e a diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE) da propriedade. Estima-se que, com a adoção dessa técnica, seja possível duplicar a produção de grãos e de produtos florestais, além de triplicar a produção pecuária nos próximos 20 anos.

De acordo com o coordenador da Rede, o pesquisador Luiz Carlos Balbino, a estratégia para difundir a iLPF será criar unidades de referência tecnológica em todas as regiões do Brasil. “A transferência de tecnologia se dará em todos os biomas brasileiros. Teremos unidades de referência no Nordeste, no Cerrado, no Sul do Brasil e até a Amazônia.”

Benefícios

Em relação aos aspectos ambientais, a iLPF possibilita melhorias físicas, químicas e biológicas do solo devido ao aumento da matéria orgânica. Ela também permite a minimização da ocorrência de doenças e plantas daninhas, melhoria na utilização dos recursos naturais, da qualidade da água, menor emissão de metano por quilo de carne produzido e reconstituição do paisagismo, entre outros benefícios.

Os produtores podem contar também com melhorias econômicas e sociais, como incremento da produção anual de alimentos a menor custo; aumento na produção de fibras, biocombustíveis e biomassa; maior inserção social pela geração de emprego e renda no campo; aumento da oferta de alimentos seguros; estímulo à qualificação profissional; dinamização de vários setores da economia, principalmente em nível regional, entre outros.

Para obter resultados ainda melhores, a iLPF pode estar combinada também a outras tecnologias como o Sistema de Plantio Direto, o que pode reduzir ainda mais os custos de implantação. A fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas, o uso de cultivares melhoradas e boas práticas agropecuárias também são exemplos de tecnologias bem sucedidas quando aliadas à iLPF.

Saiba mais sobre a integração Lavoura-Pecuária-Floresta

A iLPF faz parte dos compromissos ratificados pelo governo brasileiro ao assinar a Política Nacional sobre Mudanças do Clima, que engloba ações como o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Segundo os especialistas, a iLPF possui grande potencial de sequestro de carbono pelos elevados acúmulos de biomassa forrageira e florestal e acúmulo de matéria orgânica no solo, o que reduz a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera. O sistema tem sido adotado em todo o Brasil, com maior representatividade nas regiões Centro-Oeste e Sul. Atualmente, aproximadamente 1,6 a 2 milhões de hectares utilizam os diferentes formatos da estratégia iLPF. Para os próximos 20 anos, a estimativa é de que a iLPF possa ser adotada em mais de 20 milhões de hectares.

Sebrae/PR auxilia planejamento estratégico de cooperativa de apicultores, no oeste do PR

 
A diretoria da Cooperativa Agrofamiliar Solidária dos Apicultores da Costa Oeste do Paraná (Coofamel) se reúne, no próximo dia 4 de maio, com consultores do Sebrae/PR para discutir e definir ações a médio e longo prazo. É o planejamento estratégico da entidade, que possui 129 apicultores associados. Planejar, de acordo com o consultor do Sebrae/PR, Emerson Durso, é essencial para qualquer tipo de negócio, inclusive para instituições cooperativas como a Coofamel. 

“Uma das principais dificuldades é fazer a instituição se enxergar como uma empresa. Mas isso é fundamental. Quando se faz um planejamento estratégico, o grupo gestor da cooperativa analisa, por exemplo, o ambiente, interno e externo; o mercado; faz projeções para objetivos; coloca as ações no papel e tem dados concretos para monitorar. Com o planejamento estratégico, a Coofamel estará pensando o que quer de cinco anos para frente”, explica o consultor. 

A visão de futuro é tão importante quanto ações em curto prazo, enfatiza Durso. “Tivemos uma primeira reunião de planejamento no dia 19 de abril e falamos muito sobre sonhos. Olhar para o futuro é sonhar, é pensar no que almeja e, aí então, definir os passos, o cronograma para chegar lá. E, em uma cooperativa, onde todos os cooperados são os ‘donos da empresa’, isso é ainda mais importante, uma vez que todos são os responsáveis pelo futuro da instituição”, analisa. 

O apicultor Pedro da Silva, presidente da Coofamel na gestão 2010/2013, diz que os produtores já têm algumas expectativas para o futuro, mas não estão propostas no papel. “Acredito que o planejamento estratégico vai nos ajudar a visualizar objetivos de forma mais clara. Vai ser o ‘combustível’ para o nosso negócio. Queremos, por exemplo, consolidar a comercialização de mel orgânico, ter capital de giro autossustentável, fomentar a venda para o mercado externo, dentre outras”, afirma. 

O planejamento estratégico, na visão do presidente da cooperativa, será extremamente importante para nortear os próximos passos, além de ser uma oportunidade de conhecimento e um desafio para o grupo. “Neste ano, nossa pretensão é trabalhar o mel orgânico, que já tem lançamento marcado para julho em uma feira orgânica. Já em 2014, a ideia é trabalhar com o mel de Jataí, uma abelha nativa, no qual também identificamos mercado”, acrescenta. 

Expectativas 

Segundo Eribert Libert Meyer, apicultor de Santa Helena e atual tesoureiro da Coofamel e o primeiro produtor a associar-se a entidade, se não houvesse a cooperativa seria difícil cada integrante fazer um planejamento próprio. “A Coofamel nos auxilia a melhorar nossa produção, com cursos; faz todo o envase do mel e derivados; além da ‘limpeza’ do mel in natura. Com o planejamento, vai ficar mais fácil tornar o mel minha maior fonte de renda”, prevê. 

O apicultor conta que também é pescador, mas sua pretensão é trabalhar exclusivamente com o mel. A produção, na propriedade de Eribert Meyer é de cerca de 3,5 mil quilos por safra e pretende, na próxima, atingir 4,5 mil quilos do produto. “Comecei com o mel em 1998 e hoje já tenho 160 caixas de abelhas, sendo que a média dos nossos produtores é de 70 caixas por propriedade. Meu sonho é aumentar minha renda com o mel.” 

Cooperativa 

A Coofamel foi fundada em julho de 2006 e reúne apicultores desde produtores, casas de mel, até unidades de beneficiamento do produto em quase todas as cidades da costa-oeste paranaense, além de Laranjeiras do Sul e Santa Catarina. Em 2012, a cooperativa beneficiou cerca de 100 toneladas de mel, tendo como principais compradores empresas do oeste paranaense, Curitiba, Londrina e até nos estados de São Paulo e Mato Grosso, além de vendas fracionadas em todo o território nacional. 

A sede da Cooperativa Agrofamiliar Solidária dos Apicultores da Costa Oeste do Paraná fica em Santa Helena, mas também possui unidades de beneficiamento do mel nas cidades de Marechal Cândido Rondon e Terra Roxa. Mais informações da Coofamel podem ser acessadas no www.coofamel.com.br ou solicitadas pelo telefone da cooperativa, que é o (45) 3268-2445.

O Sistema OCB/Sescoop-AM certificou na tarde desta terça-feira, dia 30 de abril, a Coopiranga


 A partir de agora, registrada entidade representativa, todos os seus 37 cooperados passam a trabalhar, legalmente, no transporte intermunicipal realizado entre os municípios de Caapiranga, Manacapuru  e Manaus.

A presidente da Coopiranga, Gláucia Medeiros Barbosa, acompanhada de seu vice, Alonso Pio de Souza, recebeu a certificação das mãos do presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães Júnior, o qual garantiu apoio irrestrito à cooperativa em seu processo de desenvolvimento, tanto no que se refere a assessorias técnicas como na disponibilidade de cursos de capacitação.

“Acompanhamos experiências muito bem sucedidas de outras cooperativas que realizam transporte fluvial em outros municípios e também em Manaus. Acreditamos que vocês vão, igualmente, trilhar no mesmo caminho, uma vez que demonstram espírito empreendedor e percepção do mercado promissor para essa atividade. Estamos aqui para ajudar no que for preciso”, garantiu o presidente.

Petrucio também intermediou a aproximação entre a Coopiranga e a Cootrafret, presidida por Raimundo Taveira Chames que, atuantes no ramo de transporte na mesmo cidade, podem trabalhar em parceria a fim de sanarem lacunas existentes, principalmente acerca da inexistência de flutuante próprio.

“Tanto em Caapiranga, quanto em Manacapuru nós somos obrigados a usar o porto flutuante pertencente às prefeituras e isso demanda gasto: por cada passageiro, temos de repassar R$ 0,50. Nosso próximo passo é trabalhar para que tenhamos nosso próprio posto de embarque e desembarque”, revelou Gláucia.

Embarcações - Para transportarem os clientes entre Manacapuru, Caapiranga e Manaus, os cooperados contam com três tipos de embarcação: lanchas, voadeiras e barcos, que são os de maior porte.

As “voadeiras” e lanchas são utilizadas em percursos mais curtos, de aproximadamente uma hora e, os barcos, utilizados em rotas mais longas, de duas horas.

“Possuímos ótimas ferramentas de trabalho, agora vamos investir em nós e também nos preparamos para participar de licitações e processos maiores, para o qual possamos prestar serviços. Nossa expectativa é grande”, afirmou.

Coopervan promete recorrer ao STF para participar de licitação

 
A Cooperativa de Transporte Complementar Intermunicipal de Passageiros (Coopervan) vai entrar nos próximos dias com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão do pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) que negou, nesta terça-feira (30), provimento ao agravo regimental interposto pelo sindicato que pedia a retificação do edital de licitação do transporte alternativo da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal).

Para o presidente da Coopervan, Marcondes Prudente, “a decisão não nos afeta em nada”. “O direito nosso é constitucional”, afirmou ele ao citar a Lei Federal 12.690/12, que reforça o direito das cooperativas de trabalho de participarem das licitações.

“O artigo 10 dessa lei prevê expressamente que a cooperativa não poderá ser impedida de participar de procedimentos de licitação pública que tenham por escopo os mesmos serviços, operações ou atividades previstas em seu objeto social”, complementou.

Prudente afirmou, ainda, que a decisão do Tribunal de manter a licitação sem a participação do sindicato “é inconstitucional”. Em seguida,  ele lembrou que todos aqueles que participaram do processo não seguiram o edital, já que este estabelece, no item 2.1.1, que os licitantes contemplados pelo processo devem se cadastrar como pessoa jurídica individual, o que não foi cumprido por nenhum dos participantes aprovados na licitação. “Ninguém honrou o que pediu o edital. Se nós estamos errados, os que passaram também estão”, acrescentou.

Sobre o item 2.1.1, a desembargadora Maria Ester Fontan Cavalcanti publicou decisão favorável à Cooperativa, no último dia 23 de abril, requerendo que a Arsal cumpra as disposições estabelecidas no edital do princípio da vinculação ao instrumento convocatório.

Feira da Troca estimula a economia solidária no Tocantins

 
O Clube da Troca Solidária tem o objetivo de trazer movimento às comunidades, incentivando a produção para o autoconsumo e a troca dos excedentes entre a população da cidade
 
A abundância e variedade de produção da região norte do Estado pôde ser percebida na Feira da Troca Solidária realizada no município de Xambioá no último sábado, 27. Cerca de 100 famílias dos quatro assentamentos da região participaram da Ação organizada pela Secretaria do Trabalho e da Assistência Social (Setas), em parceria com a prefeitura municipal.

O Clube da Troca Solidária tem o objetivo de trazer movimento às comunidades, incentivando a produção para o autoconsumo e a troca dos excedentes entre a população da cidade.

O secretário da Setas, Agimiro Costa, comandou a Troca em Xambioá e em seu discurso falou sobre a importância de estimular a produção e o trabalho: “Nossa pasta recebeu a missão, do governador Siqueira Campos, de cuidar das pessoas, além de todas as ações de assistência que temos realizado estamos investindo no potencial do nosso povo, porque o tocantinense tem orgulho de sustentar a sua família com o suor do seu rosto”, declarou o secretário.

A prefeita de Xambioá, Silvia Machado, agradeceu a parceria do Estado e se surpreendeu com os resultados da Feira. “As pessoas estão se sentindo valorizadas, porque saem daqui com algo que é fruto de seu esforço”, destacou a prefeita.

O pequeno produtor rural, Josias Estrela, disse que não acreditou muito na proposta da Troca ao ser convidado, mas depois de participar foi o primeiro a pedir uma nova edição. “Eu trouxe pouca coisa para trocar porque não estava acreditando muito, mas da próxima vez pode esperar que vou produzir muito mais. Esse negócio é maravilhoso”, comemorou o produtor

O diretor de inclusão produtiva da Setas, Valter Frota, explicou que a Feira é uma das ações da pasta que visam incentivar a economia solidária no Estado. “O Tocantins cresceu muito no campo da economia solidária nos últimos dois anos. Foi criada uma lei, um conselho, e hoje temos até um orçamento, o resultado de tudo isso são ações concretas como essa”, declarou o diretor.


O que é Economia Solidária

De acordo com definição do Ministério do Trabalho, economia solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.

A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras.


Como acontece a Troca Solidária

Na Troca Solidária, a equipe da Setas oferece produtos da cesta básica como arroz, feijão, óleo, café e sardinha e o público traz a sua produção que pode ser, a polpa feita das frutas do quintal, a mandioca, queijo, abóbora, banana e outros. Na feira, a produção local é trocada pela moeda exclusiva da Troca, o solidário, e com ele os beneficiados compram os produtos manufaturados de sua necessidade. Vale lembrar, que o ganho não fica apenas nas sacolas cheias e na economia, o principal beneficio da Troca para a comunidade é ensinar a valorizar as potencialidades e estimular a solidariedade.

Dos produtos adquiridos pela Setas, 50% são doados para a prefeitura que deve destiná-los à merenda escolar e às refeições oferecidas em programas sociais e a outra metade é encaminhada para a próxima Troca Solidária estimulando o intercâmbio de produtos entre os municípios.

SALVADOR GANHA COM ECONOMIA SOLIDÁRIA

Os artesãos e trabalhadores autônomos de Salvador vão contar com um novo auxílio para quem deseja se tornar um verdadeiro empreendedor. Trata-se do Centro Público de Economia Solidária, que será inaugurado na terça-feira, 30, na Barra, com o objetivo de fomentar a economia solidária na cidade, oferecendo assistência jurídica, financeira e de comunicação para os integrantes de cooperativas ou associações profissionais.
Além dos artesãos, serão beneficiados trabalhadores de diversas outras áreas, como vestuário, agricultura e alimentação. Entre os serviços prestados pelo centro, estão desde a criação de marcas para o produto até assessoria contábil e jurídica. A sede do projeto também funcionará como ponto de vendas dos produtos.
De acordo com o diretor de comunicação Augusto Barreto, qualquer produtor pode procurar o centro para ter acesso aos serviços que, por sua vez, serão prestados de forma coletiva, com o foco na criação e manutenção de empreendimentos.
"Nosso objetivo é incentivar a construção de cooperativas e associações para pessoas de baixa renda ou que estão desempregadas, para que eles possam desenvolver seus negócios e se inserir no mercado de trabalho, com um preço justo", explica.
A meta é que, nos próximos dois anos, cerca de 120 empreendimentos sejam formados e recebam assistência específica para permanecerem no mercado. Augusto ressalta que o espaço será ampliado para abrigar um ateliê-escola, que vai oferecer cursos de costura, bordado, tricô, entre outros.
A iniciativa é administrada pela Organização Filhos do Mundo, que venceu um edital do Governo do Estado para ampliar a assistência já realizada a empreendimentos e redes de economia solidária em diversos bairros de Salvador e Itaparica. Para saber mais informações sobre o projeto, os interessados podem entrar em contato pelo telefone 71 3026-2641 ou pelo e-mail filhosdomundo@gmail.com.

Defendida a regulamentação de actividades verdes em Angola

 

Os participantes no encontro exortaram a criação de legislação sobre incentivos atinentes ao fomento e motivação do sector empresarial, na criação de micro, pequenas e médias empresas verdes, com a atribuição de selo de identidade Empresa Verde. Advogaram ainda a adopção de medidas de fiscalização e consequentemente a limitação de licenças para produção do carvão em grande escala.
O workshop, realizado sob a égide do Ministério do Ambiente, recomendou igualmente a actualização do classificador nacional de profissões, inserindo as profissões verdes, com identificação de formação específica, com alargamento da sua extensão ao nível das províncias, bem como a definição e implementação do regime especial da Carreira dos Fiscais de Parques Nacional e Reservas Naturais.
 Nas recomendações produzidas os participantes destacaram igualmente a definição de orientação metodológicas para intervenção provincial municipal na informação e sensibilização ambiental, com realce para utilização das Línguas Nacionais, assim como salientaram a necessidade de encetar diálogo com parceiros sociais e instituições financeiras, no sentido de direccionarem projectos de incentivos a serem financiados, inseridos na economia verde.
 O seminário, abordou, entre outros temas, a ‘criação de empregos e oportunidades no quadro do programa de emprego do sector empresarial’, ‘a contribuição para o conceito de economia verde/crescimento verde’, ‘a inclusão social no contexto da economia verde e de geração de empregos’ e ‘a necessidade do plano nacional de formação dos quadros de Angola: a sua importância no desenvolvimento sustentável’.
Compromisso com o desenvolvimento sustentável
Na abertura do workshop, a ministra do Ambiente, Fátima Jardim, instou os diversos sectores do país a assumir um compromisso para com o desenvolvimento sustentável, por forma a se garantir o bem-estar do cidadão angolano.
Falando no encontro, que decorreu sob o lema ‘Economia verde: As profissões verdes em Angola (contribuições para o plano nacional de formação de quadros)’, Fátima Jardim referiu que ‘deve-se ter um compromisso com o desenvolvimento sustentável, através de avaliações feitas para com os ganhos e insucessos, tendo em conta o que se deve fazer para que o progresso e o bem-estar sejam assegurados por todos, em nome da vida no planeta’.
A era que vivemos, sublinhou, tem estratégias que adoptam importantes sistemas de gestão, acrescentando que tal ‘permite ainda, apreciar os aspectos fundamentais do crescimento como as crises financeira e climática, as mais importantes do mundo, os conflitos e, associado a isso, o impacto do aquecimento global, a pobreza, o aumento populacional e a dinâmica das populações’. ‘As dezenas crescentes de problemas como a procura pela energia eléctrica que permite a todos falar e assumir o desenvolvimento, a protecção e preservação dos recursos naturais que se tornam escassos são garante das transferências de riquezas entre países, mas também do bem-estar’, referiu a governante.
Fátima Jardim adiantou ainda que a implantação de programas de gestão ambiental comporta, independentemente da complexidade de alguns temas, diferentes aspectos, desde os económicos, sociais e os ambientais, daí que os especialistas tenham que se dotar de conhecimentos específicos, sendo, por outro lado, necessário cada vez mais trabalho, de organização e de mudança de mentalidades.
 A governante indicou que com estes pressupostos, ‘aumentarão os bens de consumo, reduzirão a pressão e o forte crescimento populacional em grandes cidades como Luanda e contribuirão para que haja uma maior consciência do dever de todos comparticiparem na educação ambiental, bem como a sua divulgação pública’.