segunda-feira, 18 de junho de 2012

proposta de índice global de desenvolvimento sustentável

Criação de um índice global de desenvolvimento sustentável, que permita a abertura de mercados para países que adotam práticas ambientais corretas, além de um fundo internacional para financiamento e difusão de tecnologia que contribua para o desenvolvimento agrícola e pecuário com respeito ao meio ambiente. Essas são duas das propostas do setor agropecuário para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. “O Brasil, que produz comida de qualidade e barata, ocupando apenas 27,7% do seu território, tem autoridade moral para, na Rio+20, defender novas propostas que garantam o crescimento sustentável da produção mundial”, afirma a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu.
Nesta segunda-feira (18/06), no Espaço AgroBrasil, no Píer Mauá, a senadora Kátia Abreu detalhou o documento de posicionamento do setor para a Rio+20, consolidado pela Confederação a partir de contribuições obtidas em três grandes debates, que reuniram  lideranças rurais, técnicos, produtores, universidades e instituições do agronegócio em março e abril deste ano.

A presidente da CNA explica que, a partir da criação do índice global de desenvolvimento, os países que produzem de forma sustentável poderão obter remunerações mais adequadas para manejo e comercialização de seus produtos, premiando os serviços ambientais gerados. “A idéia é dar viabilidade econômica ao processo, inserindo socialmente maior número de produtores, para permitir a superação da pobreza”, afirma. A erradicação da pobreza, um dos temas centrais da Rio+20, depende, no caso das áreas rurais do Brasil, de políticas que garantam o acesso a tecnologias, sementes, crédito, capacitação e extensão rural, especialmente nas classes mais pobres. “Aumentar a classe C no campo ajudará a produzir mais alimentos e, paralelamente, a erradicar a pobreza”, afirma a senadora Kátia Abreu.

Tecnologia e inovação, economia verde, trabalho decente e meio ambiente são os temas que norteiam o documento apresentado, nesta segunda-feira, pela CNA na Rio+20. Todos esses tópicos têm como pano de fundo o compromisso dos produtores rurais com a ampliação da oferta de alimentos e a preservação ambiental, que, no Brasil, é de 61% em todos os biomas. Ao detalhar o documento elaborado pelo setor agropecuário, a senadora Kátia Abreu ressalta que a expansão da agricultura brasileira não depende, exclusivamente, da abertura de novas áreas e que, além de ter vegetação nativa nas propriedades privadas, o Brasil possui, como diferencial, uma extensa área de pastagens – 158,7 milhões de hectares –, além de áreas degradadas que podem ser recuperadas. “Com o uso de tecnologia e a recuperação de áreas degradadas, o Brasil poderá liberar até 70 milhões de hectares, nos próximos anos, para produzir cerca de 400 milhões de toneladas de grãos e fibras”, afirma.

Para a presidente da CNA, também é tema prioritário no debate da Rio+20 a preservação dos recursos hídricos. Neste sentido, defende a criação de um conceito mundial de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens dos rios, proposta que tem sido apresentada pela CNA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e pela Agência Nacional de Águas (ANA) em fóruns internacionais e que será tema de debate no Espaço AgroBrasil. Neste sentido, a entidade propõe que os governos implementem ações de saneamento básico urbano, de modo a evitar a poluição dos recursos hídricos, garantindo assim a qualidade da água ao consumo e à produção de alimentos.

Richa apresenta propostas do Paraná para o desenvolvimento sustentável


O governador Beto Richa participou nesta segunda-feira (18/06) do Fórum Corporativo de Sustentabilidade do Pacto Global das Nações Unidas, um dos eventos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), no Rio de Janeiro. Em palestra para executivos de empresas de todo o mundo, Richa falou das iniciativas do governo paranaense, em parceria com a sociedade, em favor do meio ambiente.

Richa destacou o programa Bioclima, lançado em abril e que estabelece uma série de medidas para a preservação dos recursos naturais do Estado, como uma iniciativa exemplar. “Hoje, temos que unir esforços. Foi o que fizemos no Paraná, que reuniu a sociedade civil, academia, empresários e governo em favor do desenvolvimento sustentável”, disse. “Estamos fazendo a nossa lição de casa”.

Richa afirmou que sua presença na Rio+20 não era para representar apenas o Governo do Estado e sim a Aliança Nosso Paraná Sustentável, que envolve diversos segmentos da sociedade. “Temos compromisso de atuar de forma integrada e em rede, buscando o desenvolvimento justo, inclusivo, sustentável e uma cultura de paz em todos os municípios do Paraná”, disse ele.

INICIATIVAS - O governador ressaltou que a Aliança está inspirada na Carta da Terra e alinhada com os Princípios do Pacto Global das Nações Unidas. De acordo com Richa as iniciativas paranaenses contemplam quatro segmentos: sócio-político-institucional; socioeconômico; sócio-cultural; e socioambiental e ecológico.

Richa detalhou cada um dos segmentos. No primeiro, estão previstas medidas como a instalação de um sistema de informações interativo georreferenciado, com dados de infraestrutura e serviços públicos de 36 municípios até 2013. Outra ação é a realização de 72 estudos básicos de desenvolvimento municipal até o final deste ano.

Com relação ao aspecto socioeconômico ele ressaltou o objetivo de trabalhar o desenvolvimento sustentável de agricultores familiares. “A meta é termos 210 negócios sustentáveis aprovados e financiados até 2015”, disse. Além disso, destacou a construção de 110 mil moradias de interesse social e a consolidação de uma Rede de Segurança Alimentar e Nutricional formada por 500 produtores orgânicos de 20 municípios e 100 mil pessoas atendidas até 2014.

Na questão social, uma das principais propostas é levar acesso a banda larga para 50 municípios até 2013 e realizar 100 mil atendimentos no Programa Família Paranaense nos próximos dois anos. Richa também disse que o governo tem como objetivo qualificar os servidores do Estado, formando 15 mil tecnólogos em Gestão Pública e mil pós-graduados no tema até 2014.

O último segmento, que trata das questões ambiental e ecológica, Richa afirmou que o governo trabalha no desenvolvimento de uma gestão participativa de solo e água em microbacias. “Nos próximos dois anos, 150 planos de ação deverão ser validados pela comunidade”, afirmou. Outra meta é o aumento de 63% para 72% do índice da população atendida com coleta e tratamento de esgoto no Estado até 2014.

BIOCLIMA - Richa explicou que a preservação ambiental é o foco do Programa Paraná Bioclima. Por isso, o Estado vai regulamentar a lei de Pagamento por Serviços Ambientais até o final deste ano, realizar o Inventário de Gases de Efeito Estufa e implantar o sistema de monitoramento de uso e cobertura da terra até 2014. O governo também vai institucionalizar a Política Estadual de Gestão de Riscos e Desastres Ambientais até 2015.

“Com estes compromissos, a Aliança Nosso Paraná Sustentável vai contribuir para a melhoria da qualidade de vida e a sustentabilidade de nosso Estado. Estamos fazendo a nossa parte”, concluiu, lembrando que as iniciativas têm o reconhecimento, a parceria e o suporte do Programa de Cidades do Pacto Globa

domingo, 17 de junho de 2012

exeperts em clima encaminham sugestões na rio mais vinte

O Rio/Clima (Rio Climate Challenge), evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que reúne especialistas em mudanças climáticas e meio ambiente de 14 países, vai propor oito sugestões para os chefes de Estado e de Governo discutirem nos próximos dias 20 a 22. O evento é uma iniciativa da Subcomissão Rio+20 da Câmara dos Deputados, presidida por Alfredo Sirkis (PV-RJ).
Entre as propostas apresentadas está a transformação do conceito de Produto Interno Bruto (PIB), que hoje usa apenas a soma de bens e de serviços produzidos no país para medir a riqueza de uma nação. A ideia é que o conceito passe a englobar também variáveis ligadas ao desenvolvimento sustentável. “Não queremos criar um outro índice apenas para divertir as pessoas, queremos transformar o conceito de PIB que existe hoje”, disse Sirkis.
Também foi proposta a atribuição de um valor econômico aos serviços ambientais prestados pelos ecossistemas do planeta. Outra sugestão é que os governos e as instituições multilaterais façam investimentos pesados em energias limpas, na recuperação ambiental e na geração de empregos como saída para a atual crise econômica mundial.
Os especialistas propõem ainda que os sistemas tributários e de subsídios sejam modificados, de forma a penalizar o uso de combustíveis fósseis. Além disso, sugerem que haja uma reforma do sistema financeiro internacional para criar mecanismos capazes de atrair capital financeiro a economias produtivas de baixo carbono, isto é, que emitam poucos gases de efeito estufa.
Três propostas referem-se à governança dessas mudanças: a criação de uma medida unificada para dar transparência às metas de redução da emissão de gases de efeito estufa de cada país, incluindo a instituição de um “termômetro-símbolo” (que meça os gases), colocado bem visível nas ruas de cidades do mundo; o desenvolvimento de mecanismos internacionais para o clima, com regras e responsabilização internacional; e a ampliação da discussão sobre o clima para outros foros das Nações Unidas, como o Conselho de Segurança.
“Isso [texto com as sugestões] vai ser entregue às delegações e esperamos, junto com outras formas de pressão, conseguir que, de fato, exercer alguma influência nas negociações”, disse Sirkis.
O lançamento do documento do Rio/Clima foi feito no Espaço Humanidade 2012, no Forte de Copacabana, que reúne exposições artísticas abertas ao público. Na manhã de hoje (17), uma fila gigantesca, que ia até a Praia de Ipanema, formou-se na frente na frente do local, com pessoas interessadas em participar.

empreendorismo na rio mais vinte


A Eco92 inaugurou uma agenda de sustentabilidade que vem se intensificando nas duas últimas décadas. Chegamos agora à Rio+20, com novos horizontes que apontam a necessidade de repensar os nossos modelos econômicos e de governança. Fortalecer o segmento do empreendedorismo social é fundamental para realizar as transformações sociais necessárias e inovar na forma de fazer negócios. Uma maneira que leve em consideração as questões socioambientais e a sustentabilidade, e que incentive todas as instituições.
Para catalisar este momento de transição, o Fórum de Empreendedorismo Social na Nova Economia é um espaço de disseminação de ideias e ações práticas que já estão contribuindo para um novo impulso na agenda da sustentabilidade e na emergência de uma economia mais inclusiva e consciente de que o planeta é finito. O Fórum acontece de 15 a 17 de junho, das 9 às 19h, no espaço Humanidade2012, no Forte de Copacabana, e é um evento paralelo à Rio+20. A participação é gratuita e as inscrições estão abertas no site www.empreendedorismosocial.org.br
Participam do Fórum líderes e empreendedores sociais de todo o mundo, investidores sociais, tomadores de decisão em setores governamentais e empresariais, acadêmicos, economistas, sociólogos, filósofos, gestores governamentais e o público interessado em empreendedorismo social.
Entre os objetivos do Fórum estão a apresentação e discussão de soluções criativas e inovadoras de empreendedorismo social para resolver os grandes problemas da humanidade, nas áreas social, ambiental, econômica e política, e a aprendizagem e disseminação do conhecimento para os empresários comprometidos com a mudança social. Já confirmaram presença no Fórum o teólogo Leonardo Boff, o filósofo e educador colombiano Bernardo Toro, o economista e autor do polêmico livro "Prosperidade sem Crescimento”, Tim Jackson, entre outros.
O Fórum de Empreendedorismo Social na Nova Economia é uma iniciativa de quatro instituições: a Fundación Avina, a Ashoka, a Skoll Foundation e Fundação Roberto Marinho.
Fundación Avina – Fundação latinoamericana que contribui para o desenvolvimento sustentável da região, incentivando alianças produtivas entre líderes sociais e empresariais com o apoio de outras instituições internacionais, e a implementação de estratégias nacionais e regionais.
Ashoka - Organização do setor cidadão, pioneira no campo do empreendedorismo social inovador. A ASHOKA prevê que cada um pode mudar o mundo, está presente em 70 países e já selecionou em torno de 3.000 fellows em todo o mundo.
Skoll Foundation - Sua missão é impulsionar a mudança em larga escala, investindo, conectando e celebrando os empreendedores sociais e os inovadores que auxiliem na resolução dos problemas mais prementes do mundo. A Fundação Skoll premiou 91 empreendedores sociais e 74 organizações nos cinco continentes e opera o Fórum Mundial Anual Skoll sobre Empreendedorismo Social.
Fundação Roberto Marinho - Mobiliza as pessoas e comunidades, por meio de comunicação, redes de colaboração e parcerias em torno de iniciativas educacionais que contribuam para melhorar a qualidade de vida da população.
O Fórum conta ainda com o apoio da Interamerican Foundation, Rockefeller Foundation e Instituto Arapyaú.
Sobre o Humanidade 2012 - O projeto Humanidade 2012 é uma iniciativa da FIESP, FIRJAN, Fundação Roberto Marinho, Senai-Rio, Senai-SP, Sesi-Rio, Sesi-SP, com patrocínio da Prefeitura do Rio, do Sebrae e da Caixa Econômica Federal. De 11 a 22 de junho, o projeto apresentará uma série de seminários e debates relacionados aos temas da Rio+20, além de uma exposição aberta ao público, concebida pela artista Bia Lessa, em uma área de quase sete mil metros quadrados no Forte de Copacabana, Rio de Janeiro. O evento tem como objetivo engajar a sociedade na discussão sobre como aliar o crescimento econômico ao desenvolvimento social e à conservação ambiental.



Lixo eletrônico pode ser reciclado no Paraná em Ação


Estudantes e uma organização não governamental participam do Paraná em Ação, em Palotina, no Oeste do Estado, mostrando aos visitantes como descartar equipamentos eletrônicos e outros tipos de resíduos ou reciclar materiais. A feira de serviços gratuitos, coordenada pela Secretaria de Relações com a Comunidade, começou sexta-feira (15) e termina ao meio-dia deste domingo (17).

Os alunos do curso técnico de meio ambiente, da Escola Estadual Luiz Augusto Moraes Rego, fazem coleta de aparelhos ou peças eletrônicos que não são mais usados. Segundo a aluna Bruna Engelsing, esses equipamentos se tornam obsoletos muito rápido e as pessoas não sabem como descartá-los de forma adequada, sem prejudicar a natureza, “Existem muitos metais pesados que compõe esses equipamentos e poluem o meio ambiente”, completou a estudante.

Os estudantes de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná - Campus Palotina – fazem oficinas para ensinar a montar “mosquitéricas”. Com garrafas pet é possível construir uma espécie de “armadilha” para o mosquito da dengue, e assim diminuir a população do mosquito.

PILHAS – O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) apresenta o trabalho da organização Fukoaka, que trabalha com a reciclagem ou recolhimento de pilhas, baterias de celular, bitucas de cigarro, óleo de fritura, medicamentos vencidos, lâmpadas, resíduos eletrônicos e reatores de luminárias. Segundo o coordenador da ong, Edson Sadão Imoto, que também faz parte da ouvidoria do IAP, a principal preocupação é com a água. “Temos que preservar o local onde as próximas gerações vão viver”.

SERVIÇOS – Os visitantes estão aproveitando o Paraná em Ação para usufruir os serviços oferecidos pelo Governo do Estado e prefeitura local, como confecção de documentos (RG, CPF e carteira de trabalho), exames de saúde, atendimentos na área jurídica, cadastro para os programas do governo e inscrição para casamento coletivo. “É a oportunidade de resgate da cidadania e inclusão social, onde o Estado vai ao encontro das pessoas”, disse o secretário de Relações com a Comunidade, Rene Pereira da Costa. Há também atividades de cultura e lazer.

TCE colabora com o meio ambiente com reciclagem de resíduos sólidos






Lixeiras de coleta seletiva implantadas nos prédios do TCE-MTDesde 2010, o Tribunal de Contas de Mato Grosso vem desenvolvendo projetos para conscientizar os servidores quanto à reciclagem de resíduos sólidos. Ações como o uso de bloquinhos de anotações com papel reutilizado; recolhimento de plásticos e metais; coleta de vidros de amamentação e implantação de lixeiras para descarte seletivo fazem parte da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). O objetivo da A3P é sensibilizar os gestores públicos para as questões ambientais e revisar os padrões de produção e consumo, assim como adotar novos referenciais em busca da sensibilidade socioambiental.
 
Para isso, o TCE-MT faz parte do Projeto “Vale-Luz”, onde são disponibilizadas Bags no subsolo e na entrada dos prédios para depósito de plásticos e metais. Em 2012, já foram arrecadados 152 Kg de plásticos e 6 Kg de metais. Os resíduos são recolhidos e convertidos em vale-luz, pois o valor arrecadado com a reciclagem é repassado à Creche Boa Vontade (local escolhido pelos servidores da instituição através de votação via internet), que abate o dinheiro em sua conta de energia. No ano passado, foram coletados no período de novembro de 2010 a dezembro de 2011, 752 Kg de plásticos e 61 Kg de alumínio, totalizando R$ 458,35.
 
Outra iniciativa é o recolhimento de vidros, que são encaminhados para a Sede do Projeto Via Láctea em Cuiabá e são utilizados para o armazenamento do leite materno. As embalagens devem ser somente de vidro com tampas plásticas, para evitar a contaminação. Recipientes de maionese, Nescafé, chá-mate e sucos são exemplos que podem ser doados. De acordo com a colaboradora do Núcleo de Qualidade de Vida do TCE-MT, Conceição Piva a atitude é significativa “além de ajudar a sustentabilidade, o material tem um ótimo destino”, afirmou.
 
Além dessas parcerias, o TCE-MT também colabora com o meio ambiente através da produção de blocos de anotações feitos com papéis A4. O material é recolhido em depósitos específicos localizados em cada um dos setores e distribuídos em toda a sede administrativa e em parte do Edifício Marechal Rondon. Para a produção, que é feita na própria entidade, é preciso que um lado da folha A4 esteja em branco. E, após utilizado para anotações, o espiral e as capas ilustrada e plastificada dos blocos são devolvidas para reaproveitamento em novos produtos.
 
Há cerca de um mês, também foram implantadas lixeiras de coleta seletiva em todos os prédios do Tribunal de Contas de Mato Grosso. Segundo Conceição, a medida foi realizada a partir de um estudo “foi feito um levantamento no TCE, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso e uma das propostas para o meio ambiente, foi a implementação das lixeiras”, disse.
 
Todas as ações para melhorias e conscientização ambiental nas atividades rotineiras dos servidores partem do Núcleo de Qualidade de Vida do TCE-MT, criado em 2010. O setor ainda conta com a participação de servidores “multiplicadores” nas salas, que orientam e auxiliam sobre as medidas que podem ser tomadas para melhorias no planeta.

aumenta a reciclagem de pet

O Brasil mantém a sua posição entre os líderes da reciclagem de PET no mundo. Em 2011, o País deu a destinação correta a 294 mil toneladas de embalagens de PET pós-consumo, o que representa 57,1% das embalagens descartadas pelo consumidor. Os números do 8.º Censo da Reciclagem do PET no Brasil, divulgados nesta segunda-feira (11) pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), às vésperas da Rio + 20, também trazem outros dados animadores.
O volume total reciclado em 2011 corresponde a um aumento de 4,25% em relação às 282 mil toneladas recicladas em 2010. Esse índice é mais do que o dobro do crescimento registrado na produção de novas embalagens, que mesmo enfrentando a crise mundial, foi de 2% em 2011. Atualmente, com faturamento de R$ 1,2 bilhão, a reciclagem responde por mais de um terço de todo o faturamento da indústria do PET no Brasil.
“Isso mostra que, apesar das dificuldades em relação à coleta seletiva, o trabalho da indústria, no sentido de gerar demanda para o PET reciclado, contribui fortemente para o desenvolvimento da atividade”, afirma o presidente da Abipet, Auri Marçon. “Além disso, coletamos, reciclamos e aplicamos o material reciclado em nosso próprio território. Não exportamos as embalagens pós-consumo, como fazem algumas nações desenvolvidas, que têm bons sistemas de coleta, mas enviam seus resíduos sólidos urbanos para serem reciclados em países em desenvolvimento”, afirma.
O mercado têxtil continua sendo o principal destino de todo do PET reciclado no Brasil. O setor responde pelo uso de aproximadamente 40% de todo o material. O segundo lugar, com 18% cada um, é dividido entre os setores de embalagens e o de aplicações químicas. “A indústria têxtil continua sendo a grande aposta, mas nos chama a atenção o fantástico crescimento da utilização do PET reciclado na fabricação de uma outra embalagem, o chamado bottle-to-bottle, que teve vários projetos lançados nos últimos dois anos”, destaca Marçon.

O potencial de todos esses mercados é confirmado pelos 409 recicladores entrevistados. Desses, 42% afirmam que o setor têxtil continuará apresentando o maior crescimento na utilização do PET reciclado. Para outros 33%, as embalagens de alimentos representam o segmento mais promissor para a reciclagem do PET. A novidade é que 8% desses recicladores acreditam que as aplicações técnicas para o mercado automotivo ganharão destaque nos próximos anos.
Os detalhes serão apresentados durante a I Conferência Internacional da Indústria do PET, que será realizada no Hotel Renaissance, em São Paulo, entre 11 e 12 de junho.

Piauí estará presente em encontro internacional sobre comércio


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A Secretaria Estadual do Trabalho e Empreendedorismo do Piauí participará de 11 a 13 de junho, do V Encontro Latino-Americano e Caribenho de Economia Solidária e Comércio Justo, que acontecerá no Rio de Janeiro.
O Encontro objetiva contribuir para o fortalecimento das redes de economia solidária e comércio justo por meio do diálogo de experiências e novas práticas econômicas. O principal objetivo deste novo tipo de comércio é garantir vida digna e perspectiva de futuro a empreendedores, por meio do comércio de seus produtos e serviços em condições justas e não de ajuda humanitária assistencialista. Para isso, estabelece o contato direto entre comprador e produtor.
Essa relação exime o empreendedor da dependência de intermediários e das instabilidades do mercado, ao mesmo tempo em que assegura ao cliente o papel de verdadeiro parceiro e agente do bem estar do seu fornecedor. Surge, assim, um novo perfil de consumidor: consciente e com responsabilidade social.
O resultado desse novo conceito é uma remuneração justa e uma relação comercial estável, além do desenvolvimento sustentável da comunidade, tanto no aspecto socioeconômico, quanto no que diz respeito ao meio ambiente.
A diretora da SETRE, Layane Tátila, acredita que este Encontro é uma boa oportunidade de mostrar ao Brasil e a outros países as potencialidades existentes neste sentido no Piauí. Além disso, pode ser uma boa chance de escoar a produção já existente com os projeto Buriti e Pequi, de Palmeirais, e com o projeto Redes Associativas Mafuá, todos dentro desta ideia de economia solidária e comércio justo.

A SETRE, responsável pelo fomento à Economia Solidária no Piauí, participará ainda das oficinas do Sistema Nacional do Comércio Justo e Solidário, sistema inovador que visa uma política de estimulo a cadeias justas de comercialização, redução da má distribuição de renda e a geração de desenvolvimento local sustentáv

COOPERATIVISMO DE CRÉDITO TEM DINHEIRO MAIS BARATO

Micro e pequenos empresários têm acompanhado de perto as quedas dos juros praticados pelo Banco Central. De 11% no começo do ano, a taxa de juros básica, a Selic, despencou para 8,5% em junho, criando a expectativa de uma queda significativa no custo dos financiamentos. O que nem todos os pequenos empresários sabem é que as chamadas cooperativas de crédito já oferecem recursos a preços competitivos, independentemente das variações das taxas oficiais.

Ao contrário dos bancos, que dependem em grande parte de empréstimos tomados diretamente do Banco Central, a maioria das cooperativas se financia diretamente com o dinheiro dos próprios correntistas cooperados. Isso torna o preço do crédito desconectado, ao menos de forma direta, das variações das taxas de juros.

Atualmente, as cooperativas compõem 2% do crédito nacional - pouco se comparado a países como Alemanha e França, em que representam respectivamente 30% e 43% desse mercado.

Empréstimo mais barato
"O cooperativismo é baseado na união de pessoas com direito a voto. É um modelo socioeconômico democrático que, por sua natureza, visa às necessidades do grupo e não ao lucro", afirma Antonio José Monte, presidente da Cooperativa de Crédito Mútuo dos Micro e Pequenos Empresários e Microempreendedores do Grande ABC (Sicoob Crediacisa). Por reverter a maior parte dos lucros em custos administrativos - como contratação de funcionários e encargos fiscais - ou no próprio barateamento do crédito, as cooperativas fornecem taxas mais baixas do que a média do mercado.

Em geral, as instituições oferecem produtos similares àqueles de um banco comum, como conta corrente, poupança e financiamento, mas possuem uma estrutura organizacional e preços diferenciados.

Décio Milani, gerente do Sicoob Crediacisa, revela que o custo do capital de giro da instituição é de 1,8% a 2,5%, enquanto que em bancos comuns chega a 4%. Já o cheque especial de pessoa jurídica gira em torno de 4,5%, enquanto que em bancos normais pode chegar a 8,5%. Empréstimos de logo prazo para compra de equipamentos ou investimentos em infraestrutura são feitos por meio de linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Nesses casos, a cooperativa é apenas uma intermediária.

Estrutura
As cooperativas são reguladas pelo Banco Central e devem ter um estatuto que respeite as exigências do BC.

O órgão máximo das cooperativas são as assembleias. No caso da Crediacisa, é realizada uma assembleia ordinária anualmente para aprovar o balanço anual. Também se discute de que forma será empregado o saldo do balanço e se ele será distribuído entre os cooperados. A cada quatro anos, é eleita a diretoria executiva, o conselho administrativo e o conselho fiscal. Assembleias extraordinárias podem ser convocadas quando justificado.

"Os conselheiros são responsáveis por planejar a estratégia da cooperativa, enquanto a diretoria executiva trabalha cotidianamente na gestão da empresa para atingir a esses objetivos", explica Antonio.

DILMA INSTITUI O DIA DO COOPERATIVISMO DE CREDITO

A presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou a Lei 12.620, que cria o Dia Nacional do Cooperativismo de Crédito. A data será comemorada, anualmente, em 28 de dezembro, dia em que ocorreu a fundação da primeira cooperativa de crédito do País pelo padre jesuíta Theodor Amstad, em Nova Petrópolis, no ano de 1902, e que deu origem à atual Sicredi Pioneira RS. A Cooperativa comemora, em 2012, os 110 anos de atividade ininterrupta.
O projeto de lei, criado pelo deputado federal Luís Carlos Heinze (PP/RS), foi apresentado em 2007 com o propósito de ressaltar a importância do cooperativismo de crédito para o país, contribuindo para o crescimento deste setor e, consequentemente, com a economia dos municípios onde estão inseridos e com a geração de renda para a população.
A criação da data também reconhece o crescimento e a consolidação do cooperativismo de crédito como processo de inclusão financeira. Segundo dados de 2011 divulgados pelo Banco Central e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), existem atualmente no país 1.312 cooperativas de crédito em atividade, reunindo 5,8 milhões de associados.
Nesse universo, o Sicredi responde pela existência de 114 cooperativas em 905 municípios brasileiros, reunindo mais de 2 milhões de associados. Em abril deste ano, o Sicredi registrou R$ 28,8 bilhões em ativos totais e apresentando mais de R$ 30 bilhões em recursos administrados. O ramo crédito como um todo, segundo a OCB, registrou R$ 86,5 bilhões em ativos em 2011, representando um crescimento de 25,8% em relação a 2010, montante 8,7% superior à média das demais instituições financeiras. Os depósitos do segmento totalizaram um crescimento de 26,3% em comparação a 2010, chegando a R$ 38,1 bilhões.
A criação da data comemorativa, em 2012, é mais um reconhecimento a força da cooperação. Este ano, foi chancelado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional do Cooperativismo em homenagem ao impacto das cooperativas no desenvolvimento da sociedade.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é um sistema composto por 114 cooperativas de crédito, integradas horizontal e verticalmente. A integração horizontal representa a rede de unidades de atendimento (1.174 unidades de atendimento), distribuídas em 10 Estados* - 905 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em quatro Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo, que controla as empresas específicas que atuam na distribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br.

* Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás.

COOPERATIVISMO PARTICIPA DA RIO MAIS VINTE

O movimento cooperativista vive um marco histórico, a comemoração do Ano Internacional das Cooperativas – 2012, e aproveita a oportunidade para ratificar o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. O segmento participará das discussões na Rio+20, e promoverá neste sábado (16/06), durante a conferência, o Dia do Cooperativismo. O evento será realizado pelo Sistema OCB e sua organização estadual no Rio de Janeiro (Sistema OCB/RJ), no Espaço AgroBrasil, coordenado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no Píer Mauá, no Rio de Janeiro (RJ).

Temática - “O cooperativismo será uma das temáticas oficiais a serem discutidas durante a conferência como caminho para o desenvolvimento sustentável. Nada mais justo, afinal, o setor tem como alicerce a viabilidade econômica, com a geração de trabalho, renda e inclusão social. E isso se complementa com o respeito e a defesa ao meio ambiente”, ressalta o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Atenção - O líder cooperativista também destaca o que pretende o movimento.  “Queremos chamar a atenção dos governantes e da sociedade civil para os benefícios do cooperativismo e sua importante contribuição na redução das desigualdades sociais e na promoção da sustentabilidade. Da mesma forma, debateremos também outras questões consideradas determinantes, como produção de alimentos e segurança alimentar”, diz Freitas.

Apresentação – Para iniciar os debates, o presidente do Sistema OCB fará uma apresentação sobre o cooperativismo no contexto atual, mostrando o crescimento do setor e o espaço conquistado pelas cooperativas no cenário socioeconômico brasileiro. Participarão do painel, a diretora de negócios da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Betsy Dribben, o presidente do Sistema OCB/RJ, Marcos Diaz, e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes.

Participação - Outras palestras contarão com a participação de representantes do governo, de outras entidades e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Serão discutidos temas como Política de Fomento ao Cooperativismo, Sociedade e Agricultura, Práticas Agrícolas e Tecnologias Sustentáveis. Haverá ainda a apresentação de casos de sucesso do cooperativismo e da peça teatral A Arte de Cooperar. 

Ano Internacional das Cooperativas – A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas em dezembro de 2009, com a aprovação da Resolução 64/136 da ONU. A intenção é chamar a atenção do Poder Público e de outros atores sociais sobre temas relevantes, cujos benefícios se refletem mundialmente. Anos internacionais são declarados pela ONU, depois de validados em assembleia geral.

Indicadores / Sistema OCB – O Sistema OCB conta hoje com 6.586 cooperativas atuantes em 13 ramos de atividade econômica distintas. Essas organizações reúnem 10,1 milhões de cooperados e geram 296 mil empregos diretos. Se consideradas as famílias dos associados, o movimento mobiliza atualmente 33 milhões de brasileiros.

Indicadores / Sistema OCB/RJ – No Rio de Janeiro, ligadas ao Sistema OCB/RJ, existem 482 cooperativas, 230,3 mil cooperados e 7,9 mil empregados.

Indicadores / cooperativismo mundial – Segundo a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), 1 bilhão de pessoas estão ligadas ao cooperativismo, em 100 países distintos. Mundialmente, o setor gera mais de 100 milhões de empregos diretos.

Sescoop/PR e Universidade Positivo estreitam parcerias

A Universidade Positivo (UP) e o Sescoop/PR estudam desenvolver novos cursos para atender as demandas de aprimoramento das cooperativas do Paraná. Na manhã desta sexta-feira (15/06) representantes das instituições reuniram-se na ExpoUnimed, no campus da UP, em Curitiba, e discutiram as possibilidades de sinergia, além de avaliar as iniciativas já em andamento. O evento abriu o dia de atividades dos agentes de Desenvolvimento Humano das cooperativas do Paraná, que vieram conhecer a estrutura da Universidade e os projetos de aperfeiçoamento voltados aos profissionais do setor. Entre os presentes, o reitor da UP, José Pio Martins, o diretor da Escola de Negócios, Rubens Fava, o diretor de marketing, Rogério Mainardes; o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, o gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, o coordenador de Comunicação do Sistema Ocepar, Samuel Milléo Zanello Filho, e o chefe do setor de Treinamento e Seleção da Coamo, Antônio César Marini.

Gestão - Na opinião do reitor José Pio Martins, os processos de gestão hoje envolvem pessoas e sistemas. “O aprimoramento profissional é uma exigência do mundo moderno. Investir em pessoas é uma atividade educacional, de treinamento, de capacitação. E investir em sistemas e tecnologias é também algo que depende das pessoas que precisam estar preparadas e treinadas para serem eficazes. Educação e mundo empresarial são indissociáveis”, afirmou. Para Martins, a transformação por que passa o cooperativismo nas últimas duas décadas faz com que o aperfeiçoamento seja fundamental para a superação dos desafios do presente e do futuro. “É preciso dedicar tempo e recursos, em busca de conhecimento, para continuar crescendo. O sistema cooperativista do Paraná evoluiu muito e a criação do Sescoop/PR foi um ganho para o setor. Acredito que a parceria Universidade e Serviço S converge para bons resultados”, enfatizou. 

Melhorias constantes - O presidente da Ocepar destacou que a Universidade Positivo é uma referência em ensino em todo o país. ”Desde o início de constituição do Sescoop/PR foram firmadas diversas parcerias com instituições de ensino no sentido de melhor preparar os dirigentes e profissionais que atuam no sistema cooperativista. Avançamos muito neste sentido e precisamos melhorar constantemente, por isso essa aproximação com a UP. É importante buscar uma sinergia entre o mundo acadêmico e as cooperativas para que possamos desenvolver ainda mais a gestão e com isso beneficiar de forma direta aqueles que são a razão da existência de uma cooperativa: o cooperado”, disse.  “Precisamos cada vez mais investir nas pessoas, para que possamos competir de igual no mercado, especialmente em ramos como o agropecuário, crédito e saúde. E sabemos que podemos contar com os especialistas que a Universidade Positivo detém em seu quadro docente. Nós acreditamos muito nesta parceria”, ressaltou.

Controle - Koslovski fez questão de destacar também que o Sistema Ocepar investe no conhecimento há muito tempo e cada vez mais aperfeiçoa as ferramentas de controle dos investimentos realizados. “Um exemplo é um novo programa que foi totalmente concebido internamente, por profissionais do Sescoop/PR para saber se os recursos disponibilizados estão sendo bem aplicados nas reais necessidades das nossas cooperativas. Essa ferramenta, conhecida por Programa de Desenvolvimento de Cooperativas (PDC), foi apresentado durante os encontros de núcleos, sendo muito bem aceito pelas cooperativas”, relatou.

Novos desafios - O presidente também disse que as cooperativas são as principais empresas desenvolvedoras de pequenas comunidades. “Hoje o sistema é forte e representativo, temos 11 cooperativas que já faturam mais de R$ 1 bilhão por ano, em 2013 serão 13 cooperativas neste patamar, e precisamos nos preparar para os novos desafios que virão. Sempre digo que as cooperativas nasceram e cresceram nas regiões onde atuam, lá ajudam a desenvolver as cidades, gerando emprego, distribuindo renda. Elas nunca deixaram suas cidades, permaneceram lá sempre, diferente de empresas que são atraídas por isenções fiscais e, quando muda governo, vão embora. Este é mais um e importante diferencial do cooperativismo, sua identidade e comprometimento com as comunidades onde estão inseridas, isto está em nosso DNA”, concluiu.

 Pós-graduação - O gerente do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, destacou que o início desta parceria acontece por meio de um primeiro curso de pós-graduação em Marketing para cooperativas - que está em andamento com 40 participantes de cooperativas. “O Sescoop/PR, em 12 anos de atuação, já realizou mais de 100 cursos de pós-graduação com universidades de referência. A ideia é fortalecer ainda mais os laços com a UP com outras iniciativas voltadas para as cooperativas”, finalizou.

Programação - Os agentes de desenvolvimento seguem em atividade na universidade durante esta sexta-feira, com visita ao Campus da UP, palestra com os professores Valmor Rosseto e Francisco Ferraes Neto e debates com especialistas em educação.

SEANDO DISCUTE TAXA DE JUROS PARA O SETOR AGROPECUÁRIO

A Comissão de Agricultura do Senado (CRA) discutiu hoje (14/6), durante audiência pública, as taxas de juros oferecidas ao setor agropecuário. Representantes do Governo e do setor produtivo foram convidados para debater o assunto.

Dentre os expositores, o analista de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Paulo César do Nascimento, defendeu que existe forte espaço para redução das taxas de juros, reforçando a necessidade de maiores estímulos para o crescimento da produção no campo.

"A agropecuária é um setor altamente estratégico para o país e por isso deveria ser tratada em condições especiais", destacou. O analista reiterou, ainda, a importância do desempenho superavitário da balança comercial, fruto da alta performance do agronegócio brasileiro.

Com isso, a CRA enviará ao governo federal proposta para que o Plano Agrícola e Pecuário para 2012/2013 preveja crédito para custeio da safra com juros máximos de 4,5% para a agricultura empresarial e 3% para o médio produtor rural. Atualmente, os grandes produtores pagam juros de até 6,75% e os médios de até 6,25%.

A proposta foi anunciada pelo presidente da Comissão, senador Acir Gurgacz (RO), durante a audiência, quando foi discutido o novo Plano Safra, que deverá ser anunciado pelo governo ainda este mês.

Em apoio aos argumentos do senador, o analista Paulo César afirmou que a redução do custo do financiamento rural representaria grande estímulo ao produtor.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

PATRIOTA DEFENDE ECONOMIA VERDE INCLUSIVA

o Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Antonio Patriota, falou sobre a situação das negociações do documento que será apresentado aos Chefes de Estado na Rio+20, além de detalhar o exemplo do Brasil na Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU. “Até o fim da Rio+20 teremos um documento ambicioso, apontando direções e estabelecendo orientações para os próximos anos. Esta Conferência tem um formato inovador, prevê 10 mesas redondas, que chamamos diálogos, envolvendo representantes da sociedade civil, setor privado, meio acadêmico, jovens, mulheres, representantes de uma variedade grande de interesses”, afirmou o Ministro.
O desafio agora é a elaboração das metas, que devem ser vistas pelo prisma dos três pilares: econômico, social e ambiental. “Devem ser aplicadas por todos os países, indistintamente de seu grau de desenvolvimento, orientadas para objetivos globais”. O capítulo sobre Economia Verde está sendo simplificado com base em alguns entendimentos fundamentais. “O Brasil defende a ideia da Economia Verde inclusiva, um paradigma do Desenvolvimento Sustentável que tenha muita ênfase no desenvolvimento social, além do ambiental e econômico”.
De acordo com Patriota, a ideia da erradicação da pobreza já aparece destacada nos primeiros parágrafos do documento. “Economia Verde não é um empecilho, é um conceito aberto, em construção, e que pode ser adaptado ao nível de desenvolvimento de cada país. É uma ideia renovadora que possui uma relativa flexibilidade”.
O Embaixador destacou que o Brasil já possui algumas das facetas do Desenvolvimento Sustentável, tais como “a matriz energética, renovável em quase 50%, a diminuição nas taxas de desmatamento na Amazônia, além da adoção de metas voluntárias no objetivo de diminuir as emissões de gases de efeito estufa entre 36% e 39%, em relação à projeção para 2020″.

INDÍGENAS PREOCUPADOS COM A ECONOMIA VERDE

 Na avaliação do articulador dos índios da Rio+20, Marcos Terena, esses povos já manifestaram o receio de que os recursos naturais se misturem com a lógica da economia formal.
“Nós não concordamos com isso e é preciso que a economia verde não seja apenas um slogan, não seja apenas um detalhe de cores ou de argumentos teóricos, já que, no nosso ponto de vista, a pobreza não está nas comunidades indígenas, mas na modernidade, nos grandes centros urbanos”, destacou.
Os representantes das 20 etnias estão concentrados na Aldeia Kari-Oca, localizada em Jacarepaguá, zona oeste da capital fluminense. Ao final das discussões, que vão durar três dias, será elaborado um documento com sugestões a ser entregue aos chefes de Estado que estarão reunidos na conferência, entre os dias 20 e 22 de junho, no Riocentro.
No final da tarde desta quinta-feira (14) haverá a inauguração da Oca dos Sábios e a abertura dos Jogos Verdes, competição disputada entre os índios. O início dos jogos será marcado com uma cerimônia espiritual, apresentações de danças e a execução do Hino Nacional brasileiro em português e em guarani. Os jogos vão até o próximo dia 22, quando será assinado um protocolo entre as nações indígenas formalizando o pedido para que os Jogos Indígenas Mundiais, previstos para 2013, sejam realizados no Rio de Janeiro.
De acordo com Terena, o pedido será entregue ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. A expectativa é que 1,5 mil indígenas de pelo menos 12 países das América, além de povos de algumas nações da Ásia, participem da competição em 2013.

ECONOMIA VERDE PODE TIRAR MUITA GENTE DA POBREZA

A transição para uma economia verde, um dos objetivos da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, permitirá uma redução significativa da pobreza no mundo, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Pnuma no Rio de Janeiro.
O estudo "Construindo uma economia verde inclusiva para todos", elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), afirma que, ao contrário do que alguns países em desenvolvimento e diversas ONGs defendem, a adoção de práticas econômicas sustentáveis não beneficiará só o capital, mas também os pobres.
O diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner apresentou o relatório em entrevista coletiva e solicitou que os 130 chefes de Estado e de Governo que participarão da Rio+20, na próxima semana, impulsionem a transição rumo à economia verde como forma de combater a pobreza.
"O estudo mostra a potencialidade da economia verde e dá as bases científicas para que os Governos tomem medidas", afirmou Kitty van der Heijden, embaixadora para o desenvolvimento sustentável da Holanda, que colaborou na pesquisa.
No documento foram enumeradas algumas políticas públicas necessárias para construir um modelo econômico que una prosperidade e meio ambiente, ao mesmo tempo melhorando o sustento das 1,3 bilhões de pessoas que ganham menos de US$ 1,25 por dia em todo o mundo.
Para o Pnuma, a transição terá reflexos na redução da pobreza desde que conte com fortes políticas para combater a desigualdade. "Os investimentos específicos e as reformas nas políticas públicas são necessárias para superar as atuais barreiras que impedem que muitas comunidades carentes se beneficiem de uma economia verde", conclui a pesquisa.
Entre as medidas de destaque estão os incentivos fiscais para apoiar a produção sustentável e ajudas as comunidades afetadas pela transição, capacitação da população local, cooperação financeira e tecnológica internacional e adoção de uma nova forma de medição do progresso que não leve em conta só o PIB ou a renda per capita.
A elaboração do relatório contou com o apoio de várias agências internacionais, bancos de desenvolvimento, organismos da ONU e ONGs.
Segundo o estudo, muitos países em desenvolvimento já adotaram mecanismos para ir além de "uma economia de baixa emissão de carbono e eficiente no uso de recursos". O relatório ainda cita vários projetos de práticas sustentáveis de produção agrícola, geração de energia e preservação de florestas em países como Brasil, Egito, África do Sul, Uganda e Bangladesh.
Segundo o Pnuma, os produtores de alimentos orgânicos em Uganda, por exemplo, estão alcançando uma renda até 300% superior à obtida com a agricultura convencional.
O documento também cita um programa de distribuição de painéis solares em Bangladesh que beneficiou 1,2 milhões de famílias e gerou 60 mil empregos indiretos, assim como projetos para aproveitar a energia eólica na Mongólia e a solar na África do Sul com importantes resultados na redução da pobreza e a geração de emprego.
Esses projetos, segundo os responsáveis pela pesquisa, permitiram impulsionar um crescimento econômico gerador de empregos, inclusão social e preservação ambiental.
Os autores do relatório rejeitaram os argumentos de alguns países e ONGs no sentido que a economia verde é um instrumento para permitir que o capital possa vender a água e os recursos naturais.
"Apesar do tema da economia verde ser muito controversos, o relatório mostra que não se trata só de capitalismo verde ou de eco protecionismo, mas de um processo que pode ajudar na luta contra a pobreza e a fome", afirmou Kitty.


ECONOMIA VERDE PRECISA DE TEMPO

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu na quinta-feira que a proposta de criação de um fundo global para financiar a transição para uma economia verde seja analisada com olhos voltados para o médio e longo prazos. "A conferência acontece no curto prazo mas tem mandato para buscar soluções permanentes e concretas de médio e longo prazos", declarou a ministra quando questionada se as dificuldades da economia mundial poderiam dificultar o avanço da proposta defendida pelo G-77 e a China, de criar um fundo internacional de US$ 30 bilhões por ano com essa finalidade.
Perguntada ainda se os países desenvolvidos estariam irredutíveis em ceder em algumas das negociações em andamento na Rio+20, ela negou. "Cedem. Você já participou de alguma discussão internacional? Parece que não", disse a ministra, após participar de evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para apresentar um relatório com iniciativas de sustentabilidade implementadas pelo setor.
Izabella afirmou que as discussões sobre o papel da indústria na construção de uma economia sustentável devem ser feitas globalmente. Na visão dela, devem ser perseguidos o incremento da competitividade e a realização de investimentos mais transparentes em sustentabilidade. "Estamos falando de mercado, de inovação tecnológica, de custos e também de aspectos regionais. Temos de entender onde estão as assimetrias e buscar uma visão de médio e longo prazos."

ECONOMIA VERDE VAI SOBREVIVER A CRISE INTERNACIONAL

  O conceito de economia verde vai sobreviver à grave crise econômica enfrentada atualmente, principalmente nos países europeus. A conclusão é de empresários ligados à Câmara Internacional de Comércio (ICC, em inglês), que representam o comércio e a indústria nas discussões dos chamados Major Groups, da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
A ICC representa milhares de empresas em mais de 120 países e desenvolveu um documento chamado Mapa da Economia Verde, divulgado nesta sexta-feira (15), com dez sugestões para equacionar o dilema gerado pelo aumento da competição econômica e a limitação do uso dos recursos naturais, além do aumento da população mundial para 9 bilhões de habitantes, previsto para ocorrer em 2050.
Para a executiva da empresa Dow Chemical Martina Bianchini, o conceito de economia verde ainda é muito recente, mas representa o futuro nos negócios, enquanto a crise atual é passageira. “A economia verde vai sobreviver à crise. O futuro será tornar os negócios mais verdes. Temos que fazer com que todas as empresas sejam sustentáveis. Isso começa com o uso dos recursos naturais de forma mais eficiente, com menor emissão de carbono e menos uso de água. Também é preciso aumentar o ciclo de vida dos produtos que fabricamos e aprendermos a fazer mais, usando menos materiais.”
O Mapa da Economia Verde aponta que 3 bilhões de pessoas subirão para a classe média mundial até 2030, gerando um grande aumento de demanda por serviços e produtos. Em função disso, o preço dos produtos primários, chamados de commodities, estão atingindo um vertiginoso aumento, com 147% de valorização desde o início deste século. Em contrapartida, o potencial de comércio da economia verde é calculado entre US$ 2,1 trilhões e US$ 6,3 trilhões nos próximos anos

Fecilcam funda incubadora de Economia Solidária


Para auxiliar na criação e desenvolvimento de empreendimentos de economia solidária na região, a Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecilcam) passa a contar com a Incubadora Universitária de Economia Solidária de Campo Mourão (Iesolcam).

A formalização do projeto aconteceu nesta semana e tem como objetivo atender as demandas existentes entre os municípios que integram a Comcam. A proposta é que funcione multidisciplinarmente, integrando professores e acadêmicos da universidade com a comunidade.

A Iesolcam funcionará na mesma sala do Nepe e a Cooperativa das Costureiras de Lirial São Luiz (Cooperlira), de Araruna, pode ser o primeiro empreendimento solidário incubado. Os membros fundadores, professores Adalberto Dias de Souza, João Marcos Borges Avelar e Sérgio Luiz Maybuk, já iniciaram um trabalho com as cooperadas para colocar em prática as atividades da incubadora.

Segundo o coordenador da Iesolcam, professor Sérgio Luiz Maybuk, a partir deste mês a incubadora se constitui como um programa permanente da instituição e é etapa fundamental do projeto que desenvolve para o TIDE (Tempo Integral de Dedicação Exclusiva).

O ex-diretor da instituição, José Pochapski, é um dos fundadores da incubadora e salienta que a Unespar/Fecilcam terá força para apoiar empreendimentos de Campo Mourão e região com a Iesolcam. “Como é uma instituição reconhecida, essa iniciativa da Unespar/Fecilcam vai incentivar a economia solidária nos municípios da região. Em Campo Mourão também está em criação o Conselho Municipal de Economia Solidária o que vai fornecer subsídios para que seja instituída uma lei específica para o assunto”, aponta.

ATUAÇÃO – A Iesolcam nasce com 23 membros fundadores que poderão atuar de duas formas no projeto. Em um dos casos, poderão ser elaborados projetos, inclusive concorrendo em editais de qualquer esfera de governo ou mesmo de instituições não governamentais, desde que sejam multidisciplinares e se enquadrem na política de Economia Solidária.

Outra possibilidade é atuar como conselheiros tanto no que se refere a decisões de quais entidades deverão ser beneficiadas com editais específicos, quanto fiscalizar os atos da Coordenação Geral e demais andamentos de projetos, para que nada desabone o nome da incubadora.

Unesc abre 2ª Feira de Economia Solidária

  Diversos expositores, entre agricultores e artesãos, participarão da 2ª Feira de Economia Solidária. O evento será realizado na Unesc, a partir desta terça-feira e se estende até quinta-feira.

Oficinas com desfile de confecções e acessórios reciclados, produção de sabão caseiro, biscuit, alimentação alternativa, troca de sementes crioulas, palestras, cursos, mostras e atividades culturais farão parte da programação, que é articulada pelo Programa de Ações em Economia Solidária (PAES) em parceria com a Unidade Acadêmica de Ciências Sociais Aplicadas (UNA CSA), da Unesc.

“Esta edição tem a expectativa de ser um momento festivo na Unesc, com a oferta (exposição e comercialização) de produtos artesanais e de agricultura familiar”, comentou uma das organizadoras do evento, professora doutora Patrícia Martins Goulart.

O intuito do evento é provocar uma discussão sobre os modos de viver e produzir sob o modelo de autogestão e solidariedade, e fortalecer o Fórum de Economia Solidária na região. “Interessados também vão poder realizar visitas orientadas para conhecer não só a Unesc, mas os produtos oferecidos durante a feira”, emendou.

projeto de feira de economia e arte solidária para o municipio

Massaranduba – Projeto de lei instituindo a Feira Municipal de Economia Arte Solidária de Massaranduba foi apresentado pela vereadora Suzane Reinke, na Câmara Municipal. É um evento de caráter cultural, econômico, comercial e turístico, com o objetivo de estimular, divulgar e propiciar a comercialização de produtos artesanais.
A ideia é estimular e divulgar os princípios e as iniciativas de economia e arte solidária no âmbito do município, propiciar espaços para divulgação e comercialização dos bens, produtos e serviços produzidos por cooperativas, grupos comunitários de geração de trabalho e renda, redes de cooperação, artesãos individuais e clubes de mães, além de estmular a integração regional dos municípios por meio da participação em feiras e outros eventos.
A Feira de Economia e Arte Solidária, segundo o projeto da vereadora Suzane, acontecerá a partir de um calendário pré-estabelecimento entre os feirantes e o Executivo Municipal, ocorrendo inicialmente na Praça Irineu Manke (em frente da Prefeitura).
Serão montadas bancas de acordo com as modalidades de exposições, como artesanato, confecção, alimentação e agricultura familiar. A coordenação e realização das feiras ficarão ao encargo da Administração Municipal.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

UE quer compromissos credíveis e irreversíveis na Rio+20




A União Europeia vai bater-se “até ao último minuto” para conseguir “compromissos credíveis” e "irreversíveis" na conferência sobre desenvolvimento sustentável, Rio+20, que começa hoje. Mas o comissário do Ambiente admite que será difícil.
Em conferência de imprensa esta tarde em Bruxelas, o líder da delegação da Comissão Europeia na Rio+20, que contará com cerca de 50 pessoas, Janez Potocnik, não escondeu as dificuldades e os riscos de fracasso desta conferência, 20 anos depois da original, a Cimeira da Terra.

“Não temos nenhuma garantia de acordo”, reconheceu. “As pré-negociações organizadas em Nova Iorque não permitiram avançar o suficiente. Esperam-nos dias difíceis”, lamentou. A 2 de Junho, na última etapa negocial das negociações informais sobre o texto de acordo que os líderes mundiais deverão assinar a 22 de Junho, os delegados estavam de acordo apenas em 70 dos 329 parágrafos, ou seja, em 21% do texto.

Ainda assim, Janez Potocnik disse estar “optimista”, lembrando que desde a primeira cimeira em 1992 o mundo fez muitos progressos, se bem que insuficientes. “Milhões ainda passam fome todos os dias. Se continuarmos a consumir recursos a este ritmo, em 2050 precisaremos do equivalente a dois planetas para nos sustentar e as aspirações de muitos a uma melhor qualidade de vida nunca serão satisfeitas”, acrescentou.

Em termos simples, Janez Potocnik considera que o tema central da Rio+20, a “economia verde”, é “a nossa estratégia de sobrevivência”. “Precisamos mudar a forma como crescemos e criar uma nova estrutura circular, onde nada se desperdice.”

Da Rio+20, a Comissão Europeia quer que saía “algo irreversível e que tenha um impacto real nas nossas vidas”. Mais concretamente, a União Europeia sugeriu metas e objectivos para cinco “pilares da vida”: água, oceanos, solos e ecossistemas, energia sustentável e eficiência de recursos.

Uma das propostas que Bruxelas gostaria de ver aprovada no Rio+20 seria o "acordo de grandes empresas privadas para passarem a incluir a sustentabilidade nos seus relatórios anuais, ou então, para explicarem por que não o fazem", disse o comissário.

Além de Janez Potocnik, outros três comissários vão participar na conferência Rio+20: Connie Herdegaard (Alterações Climáticas), Dacian Ciolos (Agricultura) e Andris Piebalgs (Desenvolvimento). O presidente da Comissão Europeia, José Durão Manuel Barroso, prevê juntar-se aos dirigentes políticos no Rio.

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável dá hoje o seu pontapé de partida. Mais de 50 mil pessoas são esperadas no Rio de Janeiro. Delegações de 176 país e cerca de 130 chefes de Estado e de Governo retornam às negociações, primeiro numa sessão preliminar entre hoje e sexta-feira, e depois na conferência propriamente dita, de 20 a 22. Dezenas de eventos paralelos vão mobilizar empresas, organizações governamentais, autarquias e cidadãos.
  

Raupp vê condições para Brasil ingressar na economia verde inclusiva

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp,afirmou que é preciso considerar igualmente os setores econômico, social e ambiental para tratar de questões referentes à economia verde e à estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável, durante a sua participação no Fórum de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no dia 11 de junho (segunda-feira).
Raupp enfatizou que o potencial de biodiversidade brasileiro, ao lado dos avanços recentes do país no campo social e da capacidade de produzir energia limpa, permite que o Brasil faça uma "transição mais rápida e segura para a economia verde inclusiva", tema principal da Rio+20. O conceito é definido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) como uma "economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e escassez ecológica".
Para Raupp, é importante o uso de uma economia verde inclusiva como ferramenta para a implementação do desenvolvimento sustentável, que contemple os três pilares destacados anteriormente. “A economia verde deve promover a geração de empregos, a inovação tecnológica, a ciência, a inclusão social e a conservação dos recursos naturais, e não ser utilizada como pretexto para a imposição. Para nós, essa questão de inclusão social e crescimento é fundamental”, disse.
O ministro também destacou as principais políticas do MCTI no setor ambiental: a prevenção e mitigação de desastres naturais, o apoio ao controle do desmatamento, o fortalecimento da pesquisa oceanográfica, a preservação da biodiversidade, o estímulo às energias renováveis, a prevenção da desertificação e a promoção de tecnologias assistivas, que buscam tanto a inclusão social quanto a preservação ambiental. Raupp ratificou ainda a importância da Rio+20 para a criação de metas sustentáveis.
“Um dos resultados palpáveis da Rio+20 deve ser o estabelecimento de novas metas universais de desenvolvimento sustentável para todas as nações, com o objetivo de fornecer um espaço seguro de operação para toda a humanidade no presente e para futuras gerações, ao assegurar que respeitamos os limites planetários”, apontou.