Na avaliação do articulador dos índios da Rio+20, Marcos Terena,
esses povos já manifestaram o receio de que os recursos naturais se
misturem com a lógica da economia formal.
“Nós não concordamos com isso e é preciso que a economia verde não seja
apenas um slogan, não seja apenas um detalhe de cores ou de argumentos
teóricos, já que, no nosso ponto de vista, a pobreza não está nas
comunidades indígenas, mas na modernidade, nos grandes centros urbanos”,
destacou.
Os representantes das 20 etnias estão concentrados na Aldeia Kari-Oca,
localizada em Jacarepaguá, zona oeste da capital fluminense. Ao final
das discussões, que vão durar três dias, será elaborado um documento com
sugestões a ser entregue aos chefes de Estado que estarão reunidos na conferência, entre os dias 20 e 22 de junho, no Riocentro.
No final da tarde desta quinta-feira (14) haverá a inauguração da Oca
dos Sábios e a abertura dos Jogos Verdes, competição disputada entre os
índios. O início dos jogos será marcado com uma cerimônia espiritual,
apresentações de danças e a execução do Hino Nacional brasileiro em
português e em guarani. Os jogos vão até o próximo dia 22, quando será assinado
um protocolo entre as nações indígenas formalizando o pedido para que
os Jogos Indígenas Mundiais, previstos para 2013, sejam realizados no
Rio de Janeiro.
De acordo com Terena, o pedido será entregue ao prefeito
do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. A expectativa é que 1,5 mil indígenas
de pelo menos 12 países das América, além de povos de algumas nações da
Ásia, participem da competição em 2013.
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