O conceito de economia
verde vai sobreviver à grave crise econômica enfrentada atualmente,
principalmente nos países europeus. A conclusão é de empresários ligados
à Câmara Internacional de Comércio (ICC, em inglês), que representam o
comércio e a indústria nas discussões dos chamados Major Groups, da
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20).
A ICC representa milhares de empresas
em mais de 120 países e desenvolveu um documento chamado Mapa da
Economia Verde, divulgado nesta sexta-feira (15), com dez sugestões para
equacionar o dilema gerado pelo aumento da competição econômica e a
limitação do uso dos recursos naturais, além do aumento da população
mundial para 9 bilhões de habitantes, previsto para ocorrer em 2050.
Para a executiva da empresa Dow Chemical Martina Bianchini, o conceito
de economia verde ainda é muito recente, mas representa o futuro nos
negócios, enquanto a crise atual é passageira. “A economia verde vai
sobreviver à crise. O futuro será tornar os negócios mais verdes. Temos
que fazer com que todas as empresas sejam sustentáveis. Isso começa com o
uso dos recursos naturais de forma mais eficiente,
com menor emissão de carbono e menos uso de água. Também é preciso
aumentar o ciclo de vida dos produtos que fabricamos e aprendermos a
fazer mais, usando menos materiais.”
O Mapa da Economia Verde aponta que 3 bilhões de pessoas subirão para a
classe média mundial até 2030, gerando um grande aumento de demanda por
serviços e produtos. Em função disso, o preço dos produtos primários,
chamados de commodities, estão atingindo um vertiginoso aumento, com
147% de valorização desde o início deste século. Em contrapartida, o
potencial de comércio da economia verde é calculado entre US$ 2,1
trilhões e US$ 6,3 trilhões nos próximos anos
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