quinta-feira, 16 de julho de 2015

Pesquisa mostra que 97% do brasileiro tende a praticar consumo consciente

 

 


Já a segunda edição da pesquisa O Consumo Consciente no Brasil, conduzida pela Shopper Experience (com a participação de clientes secretos da empresa, nas principais capitais do país), mostra que 97% dos brasileiros creditam ao consumidor a responsabilidade por práticas associadas ao tema. Em 2014, esse índice era de 64%. A pesquisa conta, ainda, com um ranking das marcas que, na percepção do consumidor, melhor representam o consumo consciente - seja pelo processo de produção, seja pela condução dos negócios e relacionamento com os clientes. Nestlé, Coca-Cola, Ypê, Natura, Electrolux, Samsung, Volkswagen, Walmart, Hering, Pão de Açúcar, Ultrafarma, McDonald´s, Leroy Merlin, Americanas e TAM ocupam as primeiras posições do ranking segmentado.
A pesquisa mapeou não apenas a percepção que o consumidor tem sobre o seu papel nesse contexto, como o envolvimento de empresas e do governo no tema. As crises econômica e hídrica são apontadas pelos pesquisadores como responsáveis por essa ?nova? reflexão sobre o consumo.
Coordenada por Stella Kochen Susskind, o estudo mapeou os atributos apontados pelos consumidores e gestores de marcas como relevantes e alinhados ao tema. Concluído em junho de 2015, o estudo contou com 1.285 entrevistas de clientes secretos, que responderam um questionário estruturado - composto por questões múltiplas e únicas. Na base da pesquisa, homens e mulheres com idades entre 21 anos e 65 anos; classes A, B e C, moradores das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Entre os entrevistados, 58% são casados/moram com outras pessoas; 33% solteiros; e 9% não declararam.
A pesquisa traz, também, um ranking com as empresas que mais representam o consumo consciente nas categorias alimentos, refrigerantes, limpeza para casa, higiene pessoal e perfumaria, eletrodomésticos, eletrônicos, carros nacionais, varejo eletro, varejo moda, supermercados, hipermercados, farmácia, fast food, varejo materiais de construção, loja virtual e companhias aéreas.
Para Stella, a pesquisa foi inspirada em relatos dos 80 mil clientes secretos da Shopper Experience:
- Nos últimos dois anos, temos recebido inúmeros relatos de clientes secretos que demonstram o peso do consumo consciente na decisão de compra. São consumidores que optam por marcas alinhadas a uma postura socialmente correta, mesmo que tenham que pagar mais por isso. A preocupação se acentuou em todas as classes sociais e faixas etárias, sobretudo em São Paulo e no Rio, no auge da crise hídrica. No comparativo da edição 2014 e 2015 vemos claramente esse aumento na percepção de que o consumidor pode e deve ser o protagonista do consumo consciente.
Stella Kochen Susskind acrescenta que questões como economia de energia elétrica e de água aparecem no topo do ranking das práticas associadas ao consumo consciente.
Na avaliação dos entrevistados, 97% apontam o próprio consumidor como o principal responsável por práticas que envolvem o consumo consciente - no que tange os âmbitos ambientais, econômicos e sociais. Segundo a coordenadora da pesquisa, em 2014, esse protagonismo do consumidor foi apontado por 64% dos entrevistados.
- Temos aqui uma clara evolução da percepção de que o brasileiro se coloca, hoje, em condição de ditar novas regras no consumo; assume para si a responsabilidade de mudar o comportamento. Estamos diante de um protagonismo que não existia há 10 anos - afirma.
Entre os demais responsáveis pelo consumo consciente: 92% apontaram o Governo; 91% as empresas multinacionais; 88% as empresas brasileiras; 87% as organizações internacionais; 87% as ONGs; 84% os países ricos; e 71% os países pobres.
Stella chama a atenção para esse crédito aos países pobres:
- Em 2014, 28% dos entrevistados apontaram que os países pobres eram os principais responsáveis por promover a bandeira do consumo consciente; este ano, essa percepção é compartilhada por 71% dos entrevistados. A tradução desse número está nesse nível de protagonismo alcançado pelo brasileiro; essa percepção de que é parte da solução dos problemas - analisa.
Ao apontarem, via respostas múltiplas, quais são as práticas associadas ao consumo consciente no âmbito ambiental, 99% e 98% dos entrevistados, respectivamente, apontam a economia de energia elétrica e o não-desperdício de água. Em 2014, os índices sobre o tema eram, respectivamente, 59% e 64%. Entre outras práticas, destaque para reciclagem e separação do lixo (95%); comprar produtos de empresas que respeitam o meio ambiente (94%); comprar produtos orgânicos ou de material reciclado (90%); evitar o descarte de comida (87%); optar por caronas quando usar o carro (86%); utilizar bicicleta ao invés do carro (83%); utilizar transporte público ao invés do carro (81%); e não consumir produtos testados em animais (70%). No comparativo de 2014-2015, o maior crescimento ocorreu na prática ?comprar produtos orgânicos ou de material reciclado? - de 43% para 90%.
Na questão ?práticas associadas ao consumo consciente no âmbito econômico?, 97% dos entrevistados apontaram alocação consciente do orçamento familiar; 95% uso consciente do crédito; 94% não acúmulo/controle de dívidas; 94% poupar parte dos ganhos; 83% pedir nota fiscal; 69% fazer previdência privada. Em 2014, os resultados foram respectivamente: 48%, 49%, 49%, 48%, 37% e 24%. O maior índice de crescimento ocorreu na prática de alocação consciente do orçamento familiar.
No âmbito social, as práticas mais valorizadas são: doar roupas/bens não-utilizados para instituições de caridade (97%); evitar comprar produtos de empresas envolvidas em casos de exploração infantil/trabalho em locais não adequados (94%); realizar trabalho voluntário (88%); participar de algum projeto social (84%); e doar dinheiro para instituições de caridade (62%).
Ao analisarem quais são as práticas conduzidas por empresas associadas ao consumo consciente no âmbito ambiental, os entrevistados apontaram: adoção de práticas de redução de resíduos poluentes (98%); reciclagem de lixo (98%); programas e iniciativas de redução de impacto ambiental (97%); utilização de materiais recicláveis nos produtos/embalagens (97%); utiliza papel reciclado/ecológico para impressões (96%); investimento em inovações baseadas na sustentabilidade (96%); controle do material consumido (94%); manejo sustentável de insumos naturais no ambiente de trabalho (93%); e não realização de testes com produtos em animais (79%).
No âmbito econômico, as práticas mais valorizadas são: realização de programas de educação financeira para o consumidor (91%); programas de capacitação socioambiental (90%); operações e campanhas sazonais (relacionadas à prática de consumo consciente) (89%); doação de dados referentes à gestão responsável no meio ambiente/relatório de sustentabilidade (88%); e doações a fundações filantrópicas (68%).
No âmbito social, as práticas de empresas mais valorizadas pelo consumidor são: se envolver em causas/organizações internas com fins ecológicos ou foco na educação e saúde públicas (93%); educar/informar o consumidor a respeito de um modo de vida mais sustentável (93%); patrocínio/apoio a projetos e causas sociais (92%); e ações de disciplina para combater qualquer tipo de discriminação (90%).

Brasileiro gasta quase R$ 6,5 bi em consertos por ano, aponta Fecomércio-SP
Em 2014, os brasileiros gastaram mais de R$ 6,5 bilhões em consertos e reparos de aproximadamente 40 tipos de produtos domésticos. Todas as camadas sociais recorreram ao serviço em diferentes níveis, sendo que a classe E desembolsou, por conserto, quase R$ 36, enquanto a classe A gastou, no total, R$ 393.
Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo e foram estimados com base em informações da Pesquisa de Orçamento Familiares (POF), do IBGE.
De acordo com a assessoria econômica da Federação, nos países de economia desenvolvida, em que a renda per capita é elevada, estes serviços possuem alto nível de sofisticação e, consequentemente, um valor muito elevado. Em muitos casos, o preço de um restauro chega a ser equivalente ao do produto novo, disponível nas lojas. Já no Brasil, que possui renda per capita bem inferior aos dos países desenvolvidos, esse hábito se tornou comum, segundo os economistas, justamente pela grande procura e por possuir um custo mais acessível.
Ainda de acordo com a entidade, como os efeitos da crise têm causado forte impacto no poder de compra dos consumidores - que cada vez mais sofrem com a alta dos preços - a tendência é de que, para driblar a dificuldade em adquirir um novo item doméstico, as pessoas acabem optando pelo reparo. Entre os mais procurados estão os consertos de móveis (R$ 1,4 bilhão); televisores (R$ 1,0 bilhão); e geladeiras (R$ 860 milhões).
Segundo o estudo, se comparado com itens de alimentação, o gasto anual de R$ 476 milhões da classe E foi 6% maior do que as despesas totais com macarrão e 21% a mais do que foi desembolsado na compra de tomates.

CCR AutoBAn realiza campanha que estimula o consumo consciente

 

 
Com o objetivo de estimular o consumo consciente, a CCR AutoBAn, concessionária que administra o Sistema Anhanguera-Bandeirantes, distribui, entre sexta-feira (26) e domingo (28), cerca de 20 mil folhetos nas praças de pedágio de Caieiras, na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), e Perus e Nova Odessa, na Via Anhanguera (SP-330)  com dicas sobre como adotar práticas que possam reduzir o uso dos recursos naturais. Entre elas, orientações sobre o uso racional de água, energia elétrica, entre outros.  Além da distribuição dos folhetos, a concessionária veiculará mensagens nos painéis instalados nas rodovias e no site da CCR AutoBAn – www.autoban.com.br 
Confira algumas dicas: 
• Um eucalipto rende até 24 mil folhas de papel A4 (75 g/m²). Imprimir sem necessidade representa árvores cortadas à toa. Vamos pensar duas vezes antes de copiar? E usar o papel dos dois lados?
• Desligar o monitor e apagar as luzes ao deixar a sala. O esforço é mínimo e a recompensa muito grande: menos consumo de energia = menos usinas elétricas = mais espaço para a natureza.
• Água limpa indo para o esgoto é triste de ver. Ao usar o vaso sanitário, dê a descarga com bom senso e, quando a válvula permitir, escolha certo: três ou seis litros.
• Feche a torneira enquanto escova os dentes, uma única pessoa pode economizar 1,9 milhão de litros de água ao longo da vida somente com este ato.
• Acumule roupas antes de lavar e reaproveite a água da máquina para lavar o quintal.
• Escolha eletrodomésticos que consomem menos energia.Faz bem para o bolso e para o meio ambiente.
Consumo consciente é sempre o melhor caminho para um futuro melhor.
Faça você também a sua parte.  

Procon em Alagoas orienta sobre importância do consumo consciente

 

 

A Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-AL) está com uma série de orientações que visam o consumo consciente. O objetivo é evitar impactos negativos tanto para quem compra quanto para a sustentabilidade da sociedade em geral.

Para tanto, a superintendente do órgão, Flávia Cavalcante, prioriza o consumo responsável e incentiva esse tipo de ação. “Procuramos sempre incentivar e mostrar na prática tanto aos consumidores como aos nossos funcionários, a importância do consumo responsável. Nós, consumidores, podemos optar pela adoção de atitudes que evitem o desperdício ou o gasto desnecessário de um material”.

Flávia Cavalcante orienta: “Ações como economizar papel, comprar somente o necessário, evitar as mercadorias com muitas embalagens, dar preferência ao refil de um produto, evitar o desperdício de alimentos e outros produtos, economizar água, levar sua própria sacola ao fazer compras, são boas formas de consumir de maneira responsável”, afirma.

Ainda para a superintendente, um de seus objetivos principais à frente do órgão é sensibilizar e conscientizar os seus funcionários para a importância de reduzir o desperdício, como o reaproveitamento de materiais, o que os faz pensar sobre seus hábitos de consumo. “Economizar energia, evitar impressões desnecessárias, e a reciclagem são algumas de nossas principais ações para demonstrar esse tipo de consumo”, finaliza.  

Em cada dez brasileiros, apenas dois são consumidores conscientes, mostra estudo do SPC Brasil

 

Novo indicador revela que participação dos jovens entre os consumidores conscientes é menor que a média geral. Conceito abrange questões financeiras, ambientais e sociais
O que significa consumir de forma consciente? Quais aspectos devem ser considerados pelo consumidor na hora da compra para que sua ação não prejudique a si próprio e os outros ao seu redor? Um indicador inédito lançado hoje pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira ‘Meu Bolso Feliz’ a partir de uma pesquisa realizada em todas as capitais revela que o brasileiro reconhece que as atitudes cotidianas ligadas ao consumo são importantes para a vida em sociedade, mas nem todos praticam, individualmente, ações neste sentido. Numa escala de 1 a 10, os entrevistados dão nota média de 8,8 para a importância do tema consumo consciente, mas em contrapartida, apenas dois (21,8%) em cada dez brasileiros podem ser considerados consumidores plenamente conscientes.
Para se chegar a este resultado, o indicador do SPC Brasil avaliou uma série de questões sobre os hábitos e os comportamentos que fazem parte da rotina dos brasileiros e concluiu que somente 69,3% destas ações são classificadas como conscientes. O estudo segmenta os consumidores em três categorias, de acordo com a intensidade da prática dos comportamentos considerados adequados: ‘consumidores conscientes’ – que apresentam frequência de atitudes corretas acima de 80% – ‘consumidores em transição’, cuja frequência varia entre 60% e 80% de atitudes adequadas e ‘consumidores nada ou pouco conscientes’, quando a incidência de comportamentos apropriados não atinge 60%. A pesquisa conclui, portanto, que o consumidor brasileiro é, em média, um consumidor em transição.
As perguntas feitas aos consumidores e que serviram de base para construir o indicador englobam as três grandes dimensões que compõem o conceito de consumo consciente: ambientais, financeiras e sociais. Para as ações relacionadas à responsabilidade ambiental do consumidor, o indicador atingiu 71,7% de atitudes adequadas, enquanto as práticas financeiras e de engajamento social, foram um pouco mais baixas, chegando a 68,0% e 68,1% de ações corretas, respectivamente.
“O objetivo do Indicador de Consumo Consciente é acompanhar ao longo dos anos as mudanças nos hábitos de compra e outras ações cotidianas dos brasileiros a fim de compreender se estamos caminhando em direção a uma sociedade capaz de promover e estimular práticas mais equilibradas nas relações de consumo”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
84% não ligam para marcas
Dentre as práticas financeiras adequadas, as mais adotadas pelos brasileiros são não se influenciar pelo consumismo das pessoas do seu círculo de convivência (88,5%) e não se importar em adquirir somente produtos de marcas famosas, priorizando a qualidade (84,1%). Outros dados, contudo, demonstram que o consumidor precisa lidar melhor com o compartilhamento de produtos e as compras desnecessárias. Apenas quatro em cada dez pessoas (40,9%) dizem preferir alugar ou pedir emprestado algo que usam com pouca frequência e, somente 17,1% afirmam não ter se arrependido por comprar algum produto que não precisavam.
Metade ignora a idoneidade das empresasA atitude ambiental adequada mais seguida pelos consumidores é verificar a possiblidade de reutilização ou troca: 83,5% garantem que antes de jogar fora um produto que não querem mais, procuram doá-lo ou mesmo trocá-lo com alguém. Além disso, praticamente oito em cada dez consumidores ouvidos (77,7%) afirmam evitar o uso indiscriminado da impressora, enquanto 76,4% dizem não utilizar o carro para pequenos deslocamentos.
Já entre as ações menos adotadas, do ponto de vista da sustentabilidade, está a reciclagem do lixo: apenas um pouco mais que a metade (53,2%) dos consumidores ouvidos separa o lixo doméstico para a coleta seletiva. Também é significativamente menor a parcela dos que atentam para aspectos que envolvem a idoneidade da empresa: cinco em cada dez (50,7%) brasileiros disseram analisar as práticas adotadas pela empresa em relação ao meio ambiente ou à sociedade antes de fazer uma compra.
Uso racional da água e energiaEm média, 74% dos entrevistados realizam as atividades consideradas adequadas para o uso racional da água, sendo que a ação mais difundida é a de fechar a torneira enquanto escova os dentes (90,4%). Outra ação bastante comum é a de não lavar a casa ou a calçada com mangueira (88,3%). No entanto, o desempenho é pior no momento do banho e na hora de lavar roupas: 68,0% dizem fechar a torneira enquanto ensaboam o corpo e apenas 37,6% afirmam usar a máquina de lavar na capacidade máxima.
Em relação ao uso racional da energia elétrica, em média, 76% dos entrevistados colocam em prática as ações consideradas adequadas. O hábito mais comum é o de apagar as luzes de ambientes que não estão sendo utilizados (97,1%). Já os comportamentos menos adotados são o de compartilhar o uso da TV entre os moradores da casa para economizar energia (60,6%) e o de retirar das tomadas os aparelhos elétricos quando não são utilizados (51,9%).
Menos da metade recusam produtos piratasLevando em consideração as atitudes de impacto social, a menos frequente é a recusa em comprar produtos piratas. Somente um pouco mais da metade dos entrevistados (50,6%) alegaram não comprar produtos nestas condições mesmo que o peço seja baixo. Por outro lado, nove entre dez consumidores ouvidos (89,3%) garantem incentivar as pessoas da própria casa a economizarem água e luz, aumentando para 97,9% entre os indivíduos acima de 56 anos e 95,5% entre aqueles com maior escolaridade.
Jovens pouco conscientesO levantamento constatou que os consumidores mais jovens são os que menos adotam práticas adequadas de consumo. O percentual de atitudes corretas, que é de 69,3% para a população em geral, sobe para 74,2% entre os entrevistados com idade acima dos 56 anos e cai para 64,5% entre o universo de consumidores com idade que vai de 18 a 29 anos.
Quando comparado ao geral, a maior concentração de entrevistados na categoria dos ‘nada ou pouco conscientes’, é encontrada, justamente na faixa de 18 a 29 anos: 46,3% contra somente 31,2% do total da população. Na mesma comparação, entre os não conscientes, há uma participação maior de consumidores da região Sudeste (53,8%) e de homens (61,3%).
Já entre os considerados ‘conscientes’, o destaque é a presença de moradores da região Norte (19,1%, acima dos 12,8% do total). Entre os consumidores ’em transição’, ou seja, aqueles que combinam atitudes adequadas e inadequadas, – e que representam mais da metade dos brasileiros – nota-se uma presença maior de mulheres (60,2% contra 51,3% no universo de entrevistados) e de consumidores da classe C (81,7% ante 77,8% no geral).
“Podemos concluir que o consumidor médio brasileiro está em transição quando se considera práticas conscientes e sustentáveis relacionadas ao consumo. Ele chega a adotar algumas ações, mas não na frequência e na quantidade suficiente. Além disso, percebe-se que mesmo sendo mais informados e instruídos do que as gerações passadas, os jovens não praticam atitudes plenamente responsáveis na hora de consumir. Isso pode ser explicado pelo fato de que neste período de vida as pessoas são mais individualistas e preocupadas em atender suas próprias necessidades”, afirma a economista Marcela Kawauti.
Consumir pensando no bolso
Quando indagados sobre as vantagens ao se adotar atitudes responsáveis em relação ao consumo, prevalece entre os consumidores ouvidos o entendimento de que a dimensão financeira é a mais importante. A maior parte destaca o fato de economizaram (35,5%), seguido por outras respostas mais ligadas ao bem comum como a sensação pessoal de dever cumprido com a sociedade (30,1%) e a satisfação ao praticar algo positivo para o futuro das próximas gerações (18,6%).O cuidado com a preservação do meio ambiente é citado por somente 5,8% dos brasileiros consultados.
“Apesar dos consumidores reconhecerem a importância do consumo responsável, a grande maioria não vê as práticas sustentáveis de consumo como prioridade em seu dia a dia, e ainda predomina a percepção de que os aspectos financeiros são mais importantes, ficando em segundo plano as implicações ambientais e sociais”, afirma o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.
Falta de tempo para atitudes conscientes
Diante do comportamento predominantemente inconstante do brasileiro, que ora pratica ações adequadas e ora deixa de agir de modo consciente, o SPC Brasil procurou entender o que impede as pessoas de tomarem atitudes responsáveis com relação ao consumo. A justificativa mais citada pelos consumidores entrevistados é a falta de tempo (26,5%), principalmente entre os homens (30,3%) e os mais jovens (36,7%). Logo depois vem a distração ou esquecimento (25,4%), que também é mais frequente entre a parcela masculina de entrevistados (29,9%) e pessoas mais jovens (34%).
Para os especialistas do SPC Brasil, o consumidor brasileiro ainda precisa incorporar mais atitudes conscientes de consumo em seu cotidiano. “Mudanças simples poderiam fazer grande diferença, como planejar melhor as compras, diminuir o tempo no banho e aprender a utilizar de forma mais adequada aparelhos domésticos, como o ferro de passar e a máquina de lavar. De modo geral, o brasileiro está em transição, uma vez que ele até adota algumas atitudes positivas, mas ainda precisa evoluir neste sentido”, lembra Marcela.
Metodologia
O indicador de Consumo Consciente (ICC) calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) tem como objetivo medir os conhecimentos e níveis de práticas de consumo consciente pelo brasileiro em três esferas: financeira, ambiental e social. Para isso, foram entrevistados 605 consumidores nas 27 capitais, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de no máximo 4,00 pp com margem de confiança de 95%.

OCB defende maior acesso de cooperativas a fundos constitucionais

 

 

 O Sistema OCB participou de audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Regional (CAPADR) da Câmara, que tratou sobre os resultados socioeconômicos e da gestão dos fundos constitucionais. A audiência pública, requerida pelos deputados Irajá Abreu (TO) e Beto Faro (PA), também contou com a participação de representantes da Sudam e dos bancos oficiais de caráter regional.
Durante o encontro, o coordenador do Ramo Crédito da Gerência Técnica e Econômica da OCB, Thiago Abrantes, destacou a importância do cooperativismo brasileiro para a inclusão financeira e desenvolvimento econômico social do País, bem como defendeu a maior participação do cooperativismo brasileiro na operacionalização dos fundos constitucionais.
“Apesar de o cenário normativo incentivar o repasse dos recursos do FCO, do FNE e do FNO para as instituições financeiras operadoras, a partir da devida análise do seu risco e, por decorrência, de seus limites operacionais, o montante acessado pelos bancos cooperativos e pelas confederações de cooperativas de crédito tem sido bastante inferior aos valores demandados por estes”, destacou Thiago.
O representante do Sistema OCB também informou aos parlamentares presentes que hoje o repasse dos recursos às instituições operadoras dos fundos constitucionais, dentre as quais estão os bancos cooperativos e as confederações de cooperativas de crédito, estão sendo realizados sem programação prévia e abaixo do que é demanda por estas.
“Hoje não existe nenhuma previsão legal ou infralegal que preveja essa programação. Na prática, o que tem acontecido é que temos trabalhado no escuro. Como não há garantias de repasse, não temos condições de atuar efetivamente na divulgação destas linhas de crédito, sob risco de prejudicar nossa imagem e credibilidade junto aos nossos cooperados, caso não tenham acesso aos recursos”, ressaltou.
Por fim, o representante da OCB colocou o cooperativismo como importante instrumento para a ampliação da capilaridade das políticas de desenvolvimento regional, dada a sua alta representatividade nos municípios brasileiros e a sua grande relação com a base.
“O que pedimos aqui é que seja fixado em lei uma obrigatoriedade de repasse, bem como uma programação prévia, para que as cooperativas possam levar estes recursos até a ponta para o cooperado, que é o produtor rural, o micro e pequeno empreendedor. O que queremos é ser mais um instrumento para a ampliação da capilaridade desses recursos de desenvolvimento regional”, finalizou.

Mulher presidirá o Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito

 

 

 
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Um marco histórico para o cooperativismo mundial de crédito ocorreu hoje, em Denver, nos Estados Unidos. Pela primeira vez, uma mulher assume a presidência do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito ou Woccu, como é mais conhecido o World Council of Credit Unions. Anne Cochran, presidente da Liga Americana de Crédito do estado da Louisiana, também primeira vice-presidente do colegiado, foi eleita durante a Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito, promovida pelo Woccu. Embora seu país natal seja a Irlanda, Anne é a representante dos Estados Unidos no Conselho Mundial.
A notícia soa como um importante reconhecimento à contribuição feminina ao movimento cooperativista global, especialmente neste ano, quando a Aliança Cooperativa Internacional definiu como tema central de suas ações a equidade entre os cooperados.
Integrante de longa data do Woccu, Anne tem atuado em diversas frentes do Conselho, participando de eventos internacionais, algumas vezes, inclusive como porta-voz. Dedica todo o seu tempo a ajudar organizações de cooperativas de crédito a crescer e prosperar. Também faz parte da Rede Global de Mulheres Líderes, cuja missão é desenvolver associações de mulheres ao redor do mundo. Faz parte da lista das 50 americanas mais influentes do país.
Em 2006 foi agraciada com o Prêmio Âncora, conferido pela Fundação Nacional de Cooperativas de Economia e Crédito dos Estados Unidos, por sua força, perseverança e capacidade de liderar e ajudar as cooperativas de crédito a superarem todas as dificuldades advindas do desastre provocado pelo furacão Katrina.
BRASIL
O movimento cooperativista brasileiro continua sendo representado no Woccu. Manfred Dasenbrock, presidente da SicrediPar e da Central Sicredi PR/SP/RJ e que também ocupava o cargo de secretário-geral da Woccu assumiu o cargo de tesoureiro do Conselho Mundial.
REPRESENTATIVIDADE
A delegação brasileira que participa da Conferência Mundial nos Estados Unidos é a maior desde que começou a marcar presença nos debates e na programação do evento. O Sistema OCB tem sido representado pelo coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco), Celso Regis, também presidente da unidade estadual do Mato Grosso do Sul, e pelos principais dirigentes do setor.
Para Celso Regis, a comitiva brasileira, da qual fazem parte representantes de todos os sistemas e modelos existentes no país está participando das atividades com bastante entusiasmo. “O Brasil está contribuindo com as discussões acerca de temas como inovação, novas tecnologias e, principalmente, com a inserção dos jovens nas cooperativas. Todos os temas trabalhados neste evento da Woccu têm muito a ver com o atual momento das cooperativas no nosso país”, comentou o coordenador do Ceco.
“Para nós, do Sistema OCB, este é um momento ímpar, já que estamos preparando o planejamento estratégico do Sistema Nacional de Credito Cooperativo (SNCC). Está valendo muito a pena. Com certeza teremos fortes subsídios para compor o documento norteador das nossas ações futuras”, finalizou Celso Regis.
SAIBA MAIS
O Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito promove o desenvolvimento sustentável das cooperativas de crédito ao redor do mundo. Seus programas de assistência técnica introduzem novas ferramentas e tecnologias para fortalecer o desempenho financeiro das cooperativas de crédito e aumentar o seu alcance. O Conselho Mundial implementou mais de 290 programas de assistência técnica em 71 países. São 57 mil cooperativas de crédito em 103 países, que atendem 208 milhões de pessoas.

Colaboradores do Sicredi são premiados na Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito

 


Henrique Canal e Leandro Hendges apresentaram projetos de relevância econômica e social nas regiões onde o Sicredi atua
Dois jovens colaboradores do Sicredi conquistaram reconhecimento internacional na Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito. O evento anual foi promovido pelo Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu), de 12 a 15 de julho, em Denver, Estados Unidos, para a troca de informações e das melhores práticas do cooperativismo de crédito. Os projetos apresentados por Henrique Canal e Leandro Hendges foram premiados no programaWorld Young Credit Union People (Wycup), destinado a cooperativistas de até 35 anos que tenham desenvolvido projetos de relevância econômica e social nas regiões onde atuam.
Henrique Canal, especialista de Produtos e Negócios de Crédito Comercial do Banco Cooperativo Sicredi, mostrou o projeto do Crédito Fácil, produto desenvolvido para facilitar a concessão de crédito aos associados, sem burocracia. Atualmente, o Sicredi está no nono ciclo do Crédito Fácil. Mais de 1,2 milhão de associados foram beneficiados, totalizando R$ 5,7 bilhões em limites.
Leandro Hendges, assessor de Negócios de Crédito Comercial e Câmbio da Cooperativa Sicredi Vale do Piquiri ABCD PR/SP, apresentou as ações implantadas para atrair jovens para a Cooperativa, com foco na perenidade do negócio, por meio da Sicredi Touch, a conta jovem do Sicredi. Uma delas foi a personalização de uma van – a TouchMóvel – que vai a bares e universidades, com sistema de som, videogame e cabine de fotos que permite compartilhar imagens nas redes sociais.
Os colaboradores do Sicredi estão entre os cinco vencedores de todos os países participantes da Conferência. Os projetos apresentados no Wycup concorrem entre si e são avaliados por conselheiros do Woccu. Como prêmio, eles receberam a participação na edição 2016 da Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito, que será realizada na Irlanda, com todas as despesas pagas. Outros sete colaboradores do Sicredi também apresentaram projetos no Wycup.
Programação oficial
Dirigentes e executivos do Sicredi participaram de debates sobre temas relevantes para o setor. No painel sobre as gerações Y e millennials, o superintendente de Comunicação e Marketing do Banco Cooperativo Sicredi, Daniel Ferretti, apontou os passos para abordar, engajar e interagir com a geração Y; descreveu suas características no Brasil e comparou as semelhanças e diferenças com o restante do mundo. Segundo Ferretti, deve-se segmentar essa geração para atender melhor as suas necessidades.
O presidente da SicrediPar e da Central PR/SP/RJ e tesoureiro do Conselho, da Fundação e do Grupo de Serviços do Woccu, Manfred Alfonso Dasenbrock, e o  gerente de Educação Cooperativa da Fundação Sicredi, Marcos Schwingel, participaram do painel sobre cases de colaboração. Manfred Alfonso Dasenbrock parabenizou todas as conquistas obtidas com colaboração e iniciou o debate entre os painelistas. Marcos Schwingel destacou a importância de desenvolver os valores da instituição de forma que colabore positivamente na relação com seus associados,  apresentou a estrutura da Fundação Sicredi e os programas Crescer, Pertencer e A União Faz a Vida. Schwingel também debateu sobre a importância de ouvir seus associados e da estrutura de coordenadores do Sicredi para atingir seus 3 milhões de associados.
O Sicredi esteve presente mais esta edição do evento com um grupo formado por 96 membros, entre eles, dirigentes, executivos, colaboradores e convidados de instituições e entidades cooperativas. As inscrições da delegação do Sicredi na Conferência do Woccu contaram com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa com mais de 3 milhões de associados e 1.356 pontos de atendimento, em 11 Estados* do País. Organizado em um sistema com padrão operacional único, conta com 97 cooperativas de crédito filiadas, distribuídas em quatro Centrais Regionais – acionistas da Sicredi Participações S.A. – uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo que controla uma Corretora de Seguros, uma Administradora de Cartões e uma Administradora de Consórcios

Aprendizagem cooperativa é tema de monografia em universidade do MT

 

  




O Programa de Formação de Células Cooperativas (Focco) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) é, pela primeira vez, objeto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) desenvolvido na universidade. Implantado na instituição em 2013, o Focco foi o tema escolhido pela acadêmica Amanda Cristina Rondon de Arruda, do curso de licenciatura em Matemática, no campus de Barra do Bugres.
Amanda, que também é bolsista do programa de formação, desenvolveu a monografia “A aprendizagem cooperativa em uma célula de estudo de matemática do programa Focco na Unemat”. O trabalho foi orientado por Cláudia Landin Negreiros e coorientado pelo professor Carlos Edinei de Oliveira, coordenador local do Focco.
A monografia discute uma das causas de desistência dos alunos no campus de Barra do Bugres, já que a maioria dos acadêmicos é de municípios circunvizinhos como Tangará da Serra, Denise, Nova Olímpia, Porto Estrela, Arenápolis, Nortelândia e ainda o distrito de Assari. De acordo com a pesquisa, muitos acadêmicos não residem com seus familiares e esse é um fator que contribui significativamente para a desistência. “Sendo assim, o programa Focco vem contribuindo para que se sintam fortalecidos uns com os outros, bem como ocupem o tempo ocioso com os estudos e melhores resultados no curso”, afirmou a estudante.
Com a participação no Programa de Células Cooperativas da Unemat, agora Amanda tem outras perspectivas, tanto que mesmo antes de colar grau ela já foi aprovada no mestrado em Matemática da Universidade Nacional de Brasília (UnB). “O Focco despertou em mim a expectativa de dar continuidade em meus estudos. Saber que ainda tenho a oportunidade de levar aprendizagem cooperativa para pós-graduação me deixa ainda mais feliz”, comemorou.
De acordo com coordenadora geral do Focco, professora Renata Cintra, que participou da banca de avaliação do TCC de Amanda, outros acadêmicos participantes do programa também possuem trabalhos de conclusão de curso na área de Aprendizagem Cooperativa. “Ver os resultados do Focco e a expansão deste programa desde a Educação Básica até a pós-graduação nos faz acreditar que realmente estamos no caminho certo para uma educação com mais qualidade”, avaliou.

Quantia foi liberada a 14 cooperativas e mais de R$ 250 milhões foi diretamente para agricultores

 



A agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) encerrou o primeiro semestre deste ano com mais de R$ 800 milhões contratados somente no agronegócio, com linhas de crédito para cooperativas e produtores rurais cooperados. São R$ 575 milhões liberados a 14 cooperativas e mais de R$ 250 milhões diretamente a agricultores. A assinatura dos contratos de financiamento ocorreu em solenidade no gabinete do governador Beto Richa, em Curitiba, e dirigentes das cooperativas beneficiadas com os recursos: Agrária, C.Vale, Castrolanda, Coamo, Coasul, Cocamar, Coonagro, Copagril, Cotriguaçu, Frimesa, Integrada, Copacol, Lar e Coopertradição. Também estavam presentes diretores do BRDE e lideranças do agronegócio e do G7, grupo formado por sete entidades representativas do setor produtivo paranaense, além de parlamentares.
Exemplo
“Eventos como esse, celebrando parcerias, liberando recursos com o setor produtivo, com as nossas cooperativas, têm sido algo que acontece com frequência em nosso mandato porque nada mais inteligente do que nós privilegiarmos, estendermos as mãos e facilitarmos a vida de quem trabalha e produz. Facilitarmos, por exemplo, a vida das nossas cooperativas, que são orgulho do Estado do Paraná, são exemplos e referência para o resto do Brasil, levando em conta a riqueza que produz e as oportunidades de trabalho ofertadas à nossa gente”, ressaltou o governador Beto Richa na solenidade.  
Passo adiante
O diretor administrativo do BRDE, Orlando Pessuti destacou os resultados obtidos pelo banco e a parceria com o setor cooperativista. “Este momento representa uma celebração para comemorar aquilo que estamos fazendo mais e melhor. Nunca se investiu tanto nesse estado num semestre para promover o desenvolvimento e poder fazer a coisas acontecerem. O dia de hoje ficará marcado para todos nós do banco, porque celebra os quase R$ 1 bilhão de financiamento que o BRDE concretiza no primeiro semestre num ano de dificuldades para o para o estado, para os municípios, para o país. Mas o cooperativismo acredita e, num momento como este, de crise, ele investe, dá um passo adiante com firmeza, com segurança, nessa parceria consolidada de muitos anos”, disse Pessuti.
Acima da expectativa
De acordo com informações do BRDE, as operações de janeiro a junho de 2015 equivalem a mais de 90% do valor de contratação previsto inicialmente para o ano, de R$ 1 bilhão. O agronegócio representa 60% das operações, com investimentos principalmente em armazenagem, suinocultura, avicultura, produção de leite e agregação de valor à produção no campo. No governo Beto Richa, o banco liberou linhas de créditos no valor de R$ 2,1 bilhões para o cooperativismo. Em 2015, a agência paranaense chegou a 50.000 contratos assinados, que somam R$ 30 bilhões em investimentos.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Paranaíba: Indústria de reciclagem lança pedra fundamental de unidade

 


 

  
A indústria de reciclagem Latasa lança neste sábado (04), às 14 horas, a pedra fundamental de uma unidade em Paranaíba. O empreendimento terá R$ 30 milhões em investimentos e vai gerar cerca de 100 empregos na região. De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Elias Verruck, a instalação de indústrias no interior do Estado integra a proposta de diversificação da matriz econômica sul-mato-grossense prevista no plano de governo da gestão do governador Reinaldo Azambuja.
“A Latasa é uma indústria pioneira no país. Essa unidade em Paranaíba vai processar 60 toneladas por dia para fabricar lingote de alumínio. Isto somente na primeira fase. Isto é a diversificação e descentralização da indústria, motivada pelo Proind (Programa Estadual de Apoio à Industrialização) que está dentro do Pronova”, destacou o secretário Jaime Verruck.
O Programa de Desenvolvimento da Nova Economia Sul-Mato-Grossense (Pronova) está sendo implantado pelo governo do Estado e tem por objetivo fomentar a economia e diversificar o potencial industrial sul-mato-grossense, promovendo o crescimento e o desenvolvimento econômico. Dentro do Pronova está o Programa Estadual de Apoio aos Pequenos Negócios (Propeq), lançado no dia 24 de junho.
Indústria de Reciclagem
A Latasa é parte do Grupo Recicla BR, que agrega ainda as grandes indústrias Stihl e Minas Zinco. Seus 22 centros de coleta, distribuídos em treze estados, e seus três centros de fundição, sendo dois na cidade de Pindamonhangaba/SP e um em Itaquaquecetuba/SP, a empresa processa mais 200 mil toneladas de alumínio por ano.
De acordo com Mario Fernandez, CEO (Chief Executive Officer – presidente) do Grupo ReciclaBR, a escolha de Paranaíba para a construção da planta de reciclagem e beneficiamento de alumínio se deu por sua localização privilegiada – ao sul de MS e proximidade à divisa com o Estado de São Paulo. “É com grande satisfação que lançamos a pedra fundamental da fábrica da Latasa em Paranaíba. Esta é uma conquista da prefeitura, do governo estadual e da população sul-mato-grossense. Uma conquista deste porte não é fácil, porém, são os desafios que nos motivam”, disse Mario Fernandez.
No mercado desde 1991, a empresa consolidou-se por ser pioneira na implantação do sistema integrado de coleta e fundição de sucata de latas de alumínio. Os centros de coleta Latasa compram vários tipos de sucata de alumínio de pequenos, médios e grandes fornecedores e cooperativas e, a partir dessa etapa, todo o processo é realizado pela empresa, que produz com a matéria prima reciclada metal líquido, lingotes, ligas de alumínio, deox, dross e placas RSI. O sistema integrado possibilita que da coleta, passando pela reciclagem, até finalmente voltar às prateleiras dos supermercados, o processo leve em torno de 30 dias.
Participam da solenidade de lançamento da pedra fundamental, o governador Reinaldo Azambuja, o secretário Jaime Verruck, outras autoridades do governo do Estado, empresários e diretores do grupo ReciclaBR

CNC debate indicadores para o desenvolvimento sustentável

 

 

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) participou do primeiro Encontro de Produtores de Informação, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 29 de junho e 1º de julho, no Rio de Janeiro, com o objetivo de avaliar os indicadores para o desenvolvimento sustentável, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O IBGE reuniu as principais instituições geradoras de pesquisas para pensar a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, como o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Instituto Nacional de Patentes e Inovação (INPI), Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) entre outros. A CNC participou da plenária que debateu o tema Padrões de produção e consumo sustentáveis, e foi representada pelos assessores Cristiane Soares, da Assessoria de Gestão das Representações (AGR/CNC) e Evandro Costa, da Divisão Econômica (DE/CNC).
Indicadores para a produção e o consumo sustentáveis
Segundo a assessora da CNC, os participantes do encontro concluíram unanimamente que a maior parte das propostas vindas da ONU não estavam adequadas ou eram de elevado grau de dificuldade para a aplicação no Brasil. Para Cristiane Soares, é preciso rever os indicadores relativos a produção sustentável e ao consumo sustentável e esclarecer esses conceitos para a devida aplicação dos indicadores. “Se o arcabouço conceitual não foi disponibilizado, identificar indicadores aplicáveis é uma tarefa ainda mais complexa e menos factível. Existem fronteiras não delimitadas entre o consumo sustentável e o consumo consciente. A indefinição de conceitos afeta diretamente o desempenho de indicadores, que devem estar isentos de subjetividades”, defendeu a assessora da CNC.
Outro ponto levantado por Cristiane foi que os indicadores referentes a produção não levam em conta os insumos necessários para a transformação de qualquer produto, o que está diretamente ligado a sustentabilidade, ou não, do processo produtivo. “Existem dois elementos essenciais na produção, os insumos e a força de trabalho. Os insumos podem ser divididos em matérias-primas, energia e recursos hídricos. Mas os indicadores propostos não abordam tais itens, sem os quais não é possível avaliar o comprometimento da produção com a sustentabilidade”, esclareceu Cristiane.
Ao final do Encontro de Produtores de Informação, a coordenadora da Pesquisa de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável do IBGE, Denise Kronnenberg, propôs que fosse instituído um grupo de trabalho para refinar a proposta da ONU, que deverá seguir para uma nova rodada de negociações em Nova York (EUA), na segunda quinzena de agosto.