quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Lata atinge índice recorde de reciclagem


Brasil reciclou 98,3% das latinhas vendidas em 2011, historicamente o nível mais alto do mundo.
O índice de reciclagem da lata de alumínio para bebidas, anunciado no dia 30 de outubro (terça-feira), é o mais alto da história da embalagem no país e no mundo. Em entrevista concedida pela internet, a Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade) e a Abal (Associação Brasileira do Alumínio) anunciaram que em 2011 foram recicladas 250 mil toneladas de latinhas, o que equivale a 98,3% do total de latas produzidas no Brasil.
Desde 2001, o Brasil lidera o ranking mundial de reciclagem de latas de alumínio. O recorde anterior registrado no país era de 2009, quando 98,2% das embalagens foram reaproveitadas. “O índice vem se mantendo nesta faixa, o que demonstra que o sistema utilizado é estável, gera renda, emprego e serve de modelo para que outros materiais também atinjam níveis aceitáveis de reciclagem”, avaliou Renault Castro, diretor executivo da Abralatas.
Em 2011, segundo os dados apresentados nesta terça, foram injetados na coleta de latas cerca de R$ 645 milhões, o que equivale a 1,2 milhão de salários mínimos. Em termos de economia de energia, a reciclagem representou 3.780 GWh/ano, o que seria suficiente para atender a demanda anual residencial de 6,5 milhões de brasileiros (2 milhões de residências).
A quantidade reciclada – 250 mil toneladas – representam 350 mil metros cúbicos de alumínio prensado, o equivalente a 30 edifícios de 10 andares. O processo de reciclagem de alumínio libera apenas 5% das emissões de gás de efeito estufa, quando comparado com a produção de alumínio primário. Para cada quilo de alumínio reciclado, evita-se a extração de cinco quilos de bauxita (minério que gera o alumínio).
“Infelizmente, apesar destes números, a lata não tem o mesmo tratamento tributário que outras embalagens”, criticou Renault Castro. “Não queremos vantagem, mas uma condição de competitividade mais justa para uma embalagem que se apresenta mais sustentável”.

Programas incentivam e valorizam artesãos de bairros pessoenses


“É um trabalho que não enriquece, mas que traz muita felicidade. Junta o útil ao agradável, o ofício ao prazer.” É assim que a artesã Ozinete da Costa Silva define sua participação no Grupo Arte e Ação, do bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa. O grupo existe há quatro anos e reúne costureiras, bordadeiras, crocheteiras e outras artes manuais desenvolvidas em oficinas semanais no Centro de Referência da Cidadania (CRC), da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

O Arte e Ação faz parte de um conjunto de 54 grupos de artesãs e artesãos existentes em 14 bairros da cidade, envolvendo uma média de 350 pessoas. Eles são acompanhados pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), nos moldes da Economia Solidária, por meio da Diretoria de Economia Solidária Segurança Alimentar e Nutricional (Dessan).

A PMJP realiza esse trabalho há mais de seis anos e, segundo explica a coordenadora de Economia Solidária, Cristina Daniel, é desenvolvido por meio de uma política de valorização e qualificação e do apoio a grupos informais e unidades produtivas de consumo solidário. “É uma forma de organização econômica que envolve a prática de produção e consumocom base na autogestão, na justiça social e no cuidado com o meio ambiente e as gerações futuras”, destaca.

O trabalho da Dessan consiste em acompanhar e assessorar os grupos em visitas aos locais de produção, ofertar cursos e participação em encontros e estimular a inserção nos encontros de Economia Solidária municipal e estadual. Nos espaços formativos, busca-se a sensibilização para os princípios da inclusão social, democracia, crescimento sustentável, consumo crítico, comércio justo, paz entre os seres, solidariedade, autogestão e cooperação.

Fundo Solidário – Segundo Josalba Lira, que coordena o acompanhamento aos grupos, dentro da ação está prevista a prática do Fundo Solidário, que consiste em dividir o dinheiro arrecadado igualitariamente entre todos os componentes. Mas, atualmente, nem todos os grupos envolvidos praticam a Economia Solidária seguindo todos os seus princípios. “Alguns cumprem com os princípios de organização para a produção, outros apenas para a comercialização. No momento, poucos atingem a organização nas duas fases”, diz.

A seleção de pessoas ou grupos se dá de acordo com a demanda que chega ao setor. “A partir daí, são traçados os perfis dos grupos. Permanecem no processo conforme cumpram com os critérios e as normas do trabalho”, explica Cristina.

Grupos de produção – Quem, em João Pessoa, ainda não visitou, não comprou uma lembrancinha, ou não tem em casa um artigo que tenha sido comprado na Feira Solidária? A Feirinha de Artesanato, como é conhecida pela população, é temporariamente instalada, de forma itinerante, em pontos turísticos estratégicos da cidade, desde dezembro do ano passado.

É ali que os integrantes dos grupos conseguem escoar a produção do cotidiano. O espaço é próprio para a divulgação, venda e, na maioria das vezes, o pedido de encomendas para grandes eventos. As modalidades de produção são confecções, vestuários, bijuterias e artesanatos diversos.

Nova vida – Ozinete diz que sempre trabalhou com costura, mas foi no grupo que ela descobriu o exercício da solidariedade, a integração e a convivência em sociedade. “É um momento prazeroso. Enquanto trabalhamos, rimos e choramos, dividimos nossas alegrias e dores. Todos se ajudam aqui”, destaca.

A artesã Fátima Mendonça é do Grupo Cozinha e Arte, do Bairro dos Novaes. Ela diz que encontrou no grupo uma razão para viver. “Vivia fazendo minhas pinturas em casa, sozinha, era doente, deprimida e triste. Hoje vivo pintando, bordando, trabalhando com fita e linha, aprendendo e ensinando, além de vender meus produtos o tempo todo. É gratificante estar junto, participando, ajudando. Não sabia que daria tão certo”, conta ela.

O Grupo Retalhos a Fio, do Ernesto Geisel, é um dos mais antigos. A artesã Edileuza Brandão de Mendonça diz que, antes, era a maior dificuldade vender os produtos. “Fazíamos o artesanato e ficava tudo em casa. Hoje, participamos de feiras e complementamos o salário – isso ajuda muito, principalmente nas festas de final de ano. Estamos no céu”, elogia. Todas reconhecem que a luta é pelo aprimoramento do produto, já visando a Copa do Mundo. “O produto de melhor qualidade chama a atenção do cliente. Estamos nos preparando, já discutindo a produção para a Copa no Brasil. Até lá, com certeza, estaremos bastante organizadas”, revela Edileuza.

Vendas animam – Em menos de um ano de funcionamento, a Ferinha Solidária comercializou mais de R$ 131 mil em exposições esporádicas. A última novidade é a parceria com a Fundação de Cultura de João Pessoa (Funjope), que abriu espaço para a exposição aos sábados, durante a realização do projeto Sabadinho Bom, na Praça Rio Branco.

Segundo Aline Martins Barroca, diretora da Dessan, a Sedes acompanha os Grupos de Produção com apoio a microcréditos, capacitações, Economia Solidária, organização e comercialização dos produtos. “Acreditamos no potencial destes grupos, pois todos produzem um artesanato de boa qualidade e beleza”, destaca.

Ela diz ainda que o crescimento profissional e pessoal dos artesãos apoiados pela PMJP estimulam a Dessan a lutar por mais políticas públicas que os favoreçam.

Entidades unem esforços para incentivar cooperativismo estudantil, no PR



A cultura cooperativista em Sunchales, município na província de Santa Fé, na Argentina, com cerca de 25 mil habitantes, já virou ‘marca registrada’. A cidade é conhecida, e reconhecida por lei, como a capital nacional do cooperativismo naquele país.

Além da existência de cooperativas, em vários segmentos econômicos, é bastante forte a presença de cooperativas de estudantes, no território vizinho ao Brasil, já que a experiência de cooperar é estimulada na escola, com crianças e jovens.

O modelo desenvolvido na cidade que ‘respira’ cooperativismo inspirou entidades paranaenses a firmarem um protocolo de intenções para incentivar, da mesma forma, o cooperativismo estudantil no Estado. A ideia é sensibilizar e fortalecer o interesse comum em estimular a cultura da cooperação entre os estudantes, a fim de oferecer mais condições de desenvolvimento econômico e sustentável.

Para chegar ao objetivo, na última quarta-feira, dia 31, dirigentes do Sebrae/PR, do Sistema Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar)/Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Paraná (Sescoop/PR), do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob), do Instituto Sicoob e Sancor Seguros do Brasil, cooperativa com sede em Sunchales, assinaram um termo de parceria.

O protocolo prevê apoio na execução de ações para implantar o Programa Cooperjovem, adotado pelo Sescoop e realizado para fomentar o cooperativismo por meio da escola, e, ainda, elaborar uma metodologia para a criação de cooperativas de estudantes nos municípios paranaenses de Imbaú, Carlópolis e Bom Sucesso do Sul.

As três cidades foram escolhidas pela necessidade de buscar estratégias para o desenvolvimento econômico e humano, e por fazerem parte do Programa Cidade Cooperativa, do Sebrae/PR. Realizada com o apoio de entidades parceiras, a iniciativa visa transformar territórios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por meio do incentivo às micro e pequenas empresas e ao empreendedorismo.

O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR, Jefferson Nogaroli, reforçou que as cooperativas instaladas no Paraná são responsáveis por uma fatia importante do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.

“Essa parceria é importante porque vamos continuar divulgando o cooperativismo e a cultura da cooperação, o que ajuda a mostrar como o cooperativismo é importante para o empreendedorismo. Uma metodologia que ensine alunos, na escola, os conceitos do cooperativismo será fundamental para criar condições para o desenvolvimento econômico”, avaliou Nogaroli.

O presidente do Sistema Ocepar-Sescoop/PR, João Paulo Koslovski, definiu a parceria como um “casamento”. “Esse projeto terá um trabalho importante. Sabemos que, para melhorar o cooperativismo, é preciso investir na base. E a base são os jovens. É importante, também, levar o cooperativismo não só para a criação de novas cooperativas, mas a cooperação para a vida. Que haja humanização, porque cooperativismo é ser solidário”, observou Koslovski.

Hugo Anacabe, responsável pela área de negócios internacionais dos projetos Sancor Seguros do Brasil, explica que Sunchales passou por um processo de recuperação de crescimento, nos últimos anos, graças à forte cultura cooperativista, que é incentivada já na infância e juventude.

“Há 17 cooperativas de estudantes nas escolas da cidade e por uma iniciativa dos jovens, criou-se uma fundação, um instituto terciário com base universitária para a preparação de profissionais. Com isso, os jovens permaneceram na cidade para estudar e, também, passaram a identificar oportunidades de trabalho nas demais cooperativas existentes. Isso criou um ciclo virtuoso em Sunchales, já que os jovens não precisam migrar para outros centros para estudar e trabalhar”, conta Hugo Anacabe, que ingressou em uma cooperativa escolar aos oito anos de idade.

Ainda de acordo com ele, a cidade com aproximadamente 25 mil habitantes tem 60 mil cooperados. “Essa cifra é interessante e isso só é possível porque as pessoas são cooperadas a mais de uma cooperativa”, explicou.

RS estreita relações comerciais e culturais com Cuba



A bandeira de Cuba já não assusta ninguém no Rio Grande do Sul. Pelo menos não aqueles setores responsáveis pelo desenvolvimento do Estado, pela geração de emprego e renda. Uma missão político-empresarial articulada pelo governo gaúcho desembarca nesta quinta-feira (1º) em Havana, com uma extensa agenda de acordos de cooperação e negócios. “Houve overbooking de empresários querendo viajar a Cuba”, brincou Marcelo de Carvalho Lopes, diretor-presidente do Badesul Desenvolvimento – Agência de Fomento RS, ao comentar, durante entrevista coletiva no palácio Piratini, o grande interesse, por parte do empresariado gaúcho, em participar da missão a Cuba. Dos 56 integrantes da comitiva, 35 são empresários de diferentes setores da economia do Estado, principalmente dos de máquinas e implementos agrícolas e alimentação.

“A visão que orienta nossa política de desenvolvimento econômico e social está baseada numa conexão entre o local, o regional e o global”, disse o governador do Estado, Tarso Genro, ao falar sobre o objetivo da missão. “Cito um exemplo concreto disso. Neste momento, nós temos algumas dificuldades importantes para acelerar nossas exportações de máquinas agrícolas para a Argentina. De outra parte, o governo cubano inicia uma distribuição de 100 mil pequenas propriedades, dentro de um plano de desenvolvimento da agricultura familiar cubana que não tem o maquinário e os insumos necessários para responder a essa nova necessidade da economia. Então, temos trabalhado, desde o início do nosso governo um conjunto de relações que tem atraído investimentos para o Rio Grande do Sul”.

O governo gaúcho identificou, nas relações comerciais do Estado com Cuba, uma oportunidade de ampliação do comércio exterior do Rio Grande do Sul. As exportações gaúchas para a ilha caribenha representam hoje 38,6% do total das exportações brasileiras para aquele país. Os principais produtos dessa pauta de exportações são derivados de soja, arroz, móveis e construções pré-fabricadas. Cuba ocupa hoje a 23ª posição no ranking de destinos dos produtos gaúchos, segundo dados do Badesul, relativos ao período entre janeiro e setembro de 2012. Com o objetivo de ampliar esses números, o Badesul colocou à disposição das empresas do Rio Grande do Sul uma linha de financiamento de R$ 40 milhões. Os beneficiários da linha Pró Exportación Cuba serão as empresas que tem em Cuba um de seus mercados externos e que, preferencialmente, já tem uma tradição de exportação para aquele país.

Liderada pelo governador Tarso Genro, a missão formada por secretários de Estado, empresários e representantes de instituições de ensino e pesquisa participará, de 2 a 5 de novembro, de uma série de encontros com autoridades do governo cubano. O objetivo é consolidar acordos de cooperação técnica nas áreas de medicamentos, biofertilizantes, agricultura familiar, economia solidária e cultura. Um dos temas centrais da agenda é a produção de máquinas agrícolas. O Programa Mais Alimentos, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, tem uma linha de crédito de US$ 200 milhões para financiar esse setor. As negociações entre Cuba e o Rio Grande do Sul envolvem a produção de tratores em território cubano, por meio de uma associação entre empresas gaúchas e companhias locais.

Outra possibilidade é abrir novos mercados para cooperativas gaúchas de suínos, frango e leite. Para tanto, o Estado pode aproveitar a criação de uma linha de crédito de US$ 350 milhões, por meio do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) para fortalecer a venda de produtos dessas cooperativas. Espumantes produzidos no Rio Grande do Sul também devem ser incluídos na pauta de negociações. A comitiva gaúcha contará, ainda, com representantes de setores de fármacos, calçados e cutelaria.

Essa missão dará continuidade as tratativas iniciadas em março deste ano, quando ocorreu a primeira viagem oficial do governo gaúcho a Cuba. O setor empresarial participa da missão com representantes das seguintes empresas e cooperativas: Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), Stara, Agritech Lavrare, Fitarelli, Vence Tudo, Di Solle, Marcopolo, Martinazzo, Perfilline, além da Odebrecth, Dimed Panvel e cooperativas de agricultores familiares. Também compõem a comitiva entidades representativas, como Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Federação do Comércio do RS (Fecomércio), Federação das Indústrias do RS (Fiergs) e Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

Cultura e Economia Solidária

Nem tudo serão negócios na missão do governo gaúcho a Cuba. O secretário adjunto da Cultura, Jéferson Assumção, participa da comitiva com a missão de ampliar as parcerias institucionais na área cultural. Entre os temas que serão discutidos na missão estão a retomada da participação cubana no Festival de Cinema de Gramado, a publicação de edição bilíngue com autores gaúchos e cubanos e a criação de programas de formação cinematográfica a partir da experiência da Escola Internacional de Cinema e Televisão San Antonio de los Baños (EICTV). No sábado, o governador Tarso Genro visitará a EICTV, considerada uma das principais escolas de cinema do mundo.

A Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa, por sua vez, apresentará os projetos desenvolvidos no Estado, como o Programa Gaúcho de Microcrédito, a Cadeia Solidária Binacional do PET e Reciclagem de Resíduos Sólidos. O governo gaúcho também vai mostrar a experiência da Cadeia Solidária Binacional do PET às autoridades cubanas. O projeto integra a cadeia produtiva no setor de reciclagem da garrafa PET no RS. A ideia é desenvolver um projeto de intercâmbio entre o RS e Cuba – por meio da Secretaria de Economia Solidária e um grupo de empresas de recuperação de matérias primas do país caribenho.

Projeto de coleta seletiva e reciclagem é inaugurado na capital



Foi lançado nesta terça-feira (30) o projeto Cuiabá Recicla, feito em parceria entre a Prefeitura de Cuiabá, Instituto Coca-Cola, Coopemar (Cooperativa dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis), ONG Doe seu Lixo (RJ), Grupo Renosa e Centro de Referência Valorizando Vidas.

O projeto é uma iniciativa no processo de coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos, por permitir a redução do volume de lixo para a disposição final no aterro sanitário de Cuiabá.

A primeira central de reciclagem de Cuiabá iniciará suas atividades no bairro CPA I. A meta é que, neste primeiro bairro, aproximadamente 380 residências aproximadamente recebam a visita das equipes do “Cuiabá Recicla”.

De acordo com o fiscal de limpeza e biólogo da SMSU (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos), Tony Churing, a usina de reciclagem tem a capacidade de realizar a triagem de duas mil toneladas por dia de resíduos sólidos.

Nesta terça-feira também foi inaugurada a UTR (Usina de Reciclagem de Triagem), localizada na avenida Principal no bairro Jardim Umuarama.

Objetivos
O Cuiabá Recicla faz parte do programa Valorizando Vidas, criado pela primeira-dama de Cuiabá, Norma Sueli Galindo.

Alguns dos objetivos são melhorar a qualidade ambiental e de saúde pública, favorecer a inclusão social e econômica dos catadores e reduzir a quantidade de resíduos sólidos encaminhados ao aterro sanitário.

Vulnerabilidade social
O projeto Cuiabá Recicla beneficiará famílias em situação de vulnerabilidade social, além de ser uma ferramenta importante no processo de educação ambiental, já que pretende sensibilizar a comunidade sobre os problemas do desperdício de recursos naturais e da poluição causada pelo lixo.

Para o secretário Andelson Gil do Amaral, da SMSU, o Cuiabá Recicla será o maior programa ambiental que a capital já teve. Além dos benefícios que os trabalhos trarão para a sociedade cuiabana, os cooperados receberão, também, acompanhamento assistencial e psicológico, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano.
Alcance do projeto

O projeto percorrerá as avenidas Brasil, Pernambuco, Senador Jonas Pinheiro e Coxipó Mirim, e ruas Pará, Profª Alice Freire, Bahia, Prof° Amaro de Figueiredo, 11, SD, Amapá, 10, 21 e Hortências

Empresas apresentam ações ambientais em debate do Instituto Millenium sobre economia verde

Suzano adota metodologia pioneira de mapeamento de GEE e Natura reduz 218 mil toneladas de carbono em seis anos. Programa da Ambev economiza 6,5 milhões de litros de água/mês.
Falar sobre desenvolvimento sustentável já não é novidade. Mas, para Suzano, Natura e Ambev, o assunto recebe atenção mais que especial e foi totalmente incorporado ao negócio dessas empresas. Nesta quarta-feira (31/10), no evento “Economia Verde: exemplos de empresas orientadas para a sustentabilidade”, elas apresentaram cases que mostram como alinhar sustentabilidade e metas financeiras em suas atividades. O debate foi promovido pelo Instituto Millenium na Fecomercio-SP.
Na abertura do evento, o professor José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio-SP, comentou que as empresas não estão restritas a determinações legais e políticas governamentais para trabalhar sustentabilidade. “O espaço que existe agora é ‘de baixo para cima’ e muitas empresas já estão dando o exemplo”, disse, lembrando ações ambientalmente corretas realizadas recentemente por companhias privadas.
Alexandre Di Ciero, gerente executivo de sustentabilidade da Suzano, abriu o painel de cases, moderado pelo cientista político e especialista do Instituto Millenium, Eduardo Viola. Di Ciero falou sobre como uma empresa de papel e celulose trabalha com as questões ambientais em toda sua cadeia produtiva, especialmente com o grande crescimento da empresa nos últimos cinco anos. “Criamos um Plano Diretor de Sustentabilidade com sete eixos prioritários e 32 orientadores estratégicos para nosso negócio”, explicou. Entre as diversas ações, destaca-se a Pegada de Carbono, um verdadeiro mapeamento de todas as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), emitidos durante o ciclo de vida dos seus produtos. A Suzano Papel e Celulose foi primeira no mundo e na América Latina a calcular a Pegada de Carbono baseada na metodologia PAS 2050. “Isso pode não ser um diferencial competitivo hoje em dia, mas com certeza vai ser”, pontuou Di Ciero.
A diretora de sustentabilidade da Natura, Denise Alves, começou sua apresentação reforçando que a empresa inova desde sua criação. “A Natura foi criada no início da década de 70, usando insumos naturais em sua produção, quando ainda não se pensava nesse assunto. Na década de 80, lançamos produtos com refil, uma verdadeira inovação de mercado. Já década de 90, colocamos o tema sustentabilidade definitivamente no core business da Natura”, explicou. Denise também ressaltou o forte crescimento da empresa e o resulatdo das ações de redução de impactos ambientais. “Tivemos um crescimento enorme a partir de 2006 e conseguimos reduzir 218 mil toneladas de carbono nos últimos seis anos, o que significa, aproximadamente, um ano em cinco anos de emissões da empresa”, falou Denise.
A Ambev foi representada por Ricardo Amorim, gerente de comunicação, e Mércia Cristina Guimarães, especialista de meio ambiente da companhia. Segundo Amorim, a sustentabilidade é tratada com o mesmo rigor que as metas financeiras da Ambev. “Temos metas também para a área de sustentabilidade”, disse. Eles apresentaram o Movimento Cyan, lançado em 2010 para cuidar da água do planeta, e o Banco Cyan, uma espécie de “programa de milhagem” que oferece desconto em lojas parceiras para quem economiza água. “É um programa que premia o ‘não consumo’ e já gera uma economia de água da ordem de 6,5 milhões de litros por mês”, afirmou Amorim.
No debate final, todos concordaram que um dos grandes aprendizados em levar o desenvolvimento sustentável para o cotidiano das empresas é que nada é possível sem o comprometimento da alta gestão. “Sem eles, não tem jeito”, reforçou Denise Alves.

TOCANTINS Estado contará com mais de R$ 2 milhões para a Economia Solidária

O Projeto pretende fortalecer as organizações de Economia Solidária nos territórios do Bico do Papagaio, Jalapão e região sudeste do Tocantins no intuito de promover o desenvolvimento social e a erradicação da pobreza no Estado.

O Ecossol Territorial contará com recursos no valor total de R$ 2.367.644, sendo R$ 1.997.696 de verba federal e R$ 369.948,00 de contrapartida estadual. Segundo a presidente do CEES, Luciane Albuquerque, o início das atividades estão previstas para fevereiro de 2013 e deverão ser executado até junho de 2014. Entre as ações estão: contratação e capacitação de agentes comunitários, instalação de pontos de apoio às ações do Projeto nos Cras -Centros de Referência da Assistência Social dos municípios, implantação de bancos comunitários, entre outras. O Projeto beneficiará diretamente 1.400 famílias ligadas aos 80 empreendimentos solidários selecionados no Estado.

A reunião do CEES contou com a presença dos conselheiros, suplentes e colaboradores da rede de gestores, empreendimentos e entidades de apoio à economia solidária no Estado. Na ocasião os participantes puderam fazer considerações e propor alterações ao Projeto. Ao final da reunião a proposta foi votada e aprovada pelos conselheiros.

O conselheiro, José Ribamar Souza, representante do Instituto Zerbine de Economia Solidária e Sustentável de Araguaína propôs alterações à proposta inicial, mas aprovou o Ecosol Territorial e declara: “Por ser a primeira iniciativa do Estado trata-se de uma excelente proposta. Mas com as alterações sugeridas acreditamos que o Projeto se adequará melhor a dinâmica da Economia Solidária”.

De acordo com a presidente do CEES as atividades serão geridas pela Setas – Secretaria do Trabalho e da Assistência Social, mas explica: “Cabe ao Conselho acompanhar e avaliar a Política Estadual de Fomento a Economia Solidária e entre outras ações aprovar projetos como o Ecosol Territorial”.

O responsável pelo Projeto na Setas, Valter Frota, anunciou que com a aprovação do Conselho a resolução já será publicada em Diário Oficial e iniciarão os primeiros processos licitatórios para a execução do Projeto.

Cooperativas de crédito vão contar com fundo garantidor de depósitos



 



As cooperativas de crédito vão contar, a partir do próximo ano, com um fundo garantidor de depósitos, que servirá também para ajudar as instituições que estejam em dificuldades financeiras. O Banco Central divulgou ontem as regras do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). A entidade terá o mesmo formato da instituição criada em 1995 para garantir os depósitos dos correntistas de bancos, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
A cobertura oferecida para os depósitos será de R$ 70 mil por pessoa, o mesmo valor do seguro que já existe para os clientes de bancos. Hoje, há seis milhões de pessoas que fazem parte dessas instituições, que representam pouco mais de 2% dos ativos totais do sistema financeiro nacional.
O novo fundo deve contar, inicialmente, com até R$ 400 milhões e entrar em operação até a metade do próximo ano. A maior parte desse dinheiro virá dos cerca de dez fundos garantidores que foram criados ao longo dos anos por entidades que reúnem cooperativas, que devem entrar com R$ 300 milhões.
Também haverá recursos de taxas referentes a cheques sem fundos, que, pela legislação, são destinadas aos fundos garantidores. As cooperativas também vão contribuir com um porcentual mensal, como já fazem os bancos, algo equivalente a 0,15% ao ano sobre os valores segurados.
O diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, Sidnei Correa Marques, afirmou que a criação do fundo já estava prevista na lei desde 2009 e não está relacionada à saúde financeira dessas entidades. As cooperativas têm hoje capital correspondente a 27% dos seus empréstimos, acima dos 17% dos bancos e do mínimo de 11% exigido pelo BC. "As cooperativas estão bem capitalizadas, com alavancagem pequena e elevado índice de capitalização", afirmou o diretor durante o IV Fórum Sobre Inclusão Financeira do BC. "Temos hoje 65 instituições em liquidação e apenas cinco são cooperativas, e muito pequenas."
O diretor afirmou ainda que o fundo vai ajudar no crescimento desse segmento do sistema financeiro, ao estimular operações entre os cooperados. "O fundo vai estimular as operações entre os cooperados e colaborar para redução das taxas de empréstimos, pois haverá mais competição", afirmou.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aumentou o limite de endividamento para microempreendedores em operações de microcrédito produtivo orientado de R$ 20 mil para R$ 40 mil. O juro dos empréstimos continua limitado a 4% ao mês.
O conselho também aprovou resolução que define o conceito de microcrédito, que terá um teto de R$ 67.750,00 no caso de operações com juros livres. O valor será reajustado anualmente com base no crescimento do PIB per capta. O chefe do Departamento de Normas do BC, Sérgio Odilon dos Anjos, afirmou que a criação de um critério vai permitir saber qual o valor dessas operações no País. "É uma norma para efeito de classificação, porque hoje no Brasil não se sabe quanto existe de microcrédito", afirmou Odilon. "Essa situação de transparência é importante para nós. O foco é saber onde o crédito está sendo dado por essa metodologia e qual o efeito disso."