sexta-feira, 8 de abril de 2011

EQUADOR DEFENDE O COMÉRCIO JUSTO

O governo de Equador busca a inserção inteligente no resto do mundo com acordos comerciais justos, que beneficiem ao país e lhe permitam ter um desenvolvimento endógeno, afirmou a ministra coordenadora de Política Econômica, Katiuska King.

Em entrevista com Prensa Latina, King rechaçou a fórmula dos Tratados de Livre Comércio (TLC) pois "ainda que alguém pudesse pensar que são uma solução, só representam de três a cinco por cento no que corresponde ao mercado ou à parte comercial".

Estamos muito conscientes de que um Tratado de Livre Comércio que afete ou prejudique nossas margens de manobra não é adequado para Equador, afirmou a titular deste ministério coordenador que atende os setores fiscal, financeiro e externo.

Um TLC não só se refere ao acesso a bens, esclareceu, senão que envolve a outros setores nos quais não estamos dispostos a comprometer e hipotecar o desenvolvimento, porque aumenta a dependência e a concentração que temos em termos de destino.

Também temos que ter em conta a conjuntura, ressaltou King. Porque se poderia dizer que em nosso setor externo, em vigília pela dolarização e falta de impulso à produção nacional, temos um desbalance e perguntar quais poderiam ser as soluções.

Mas, explicou, não podemos esquecer que estamos em uma conjuntura favorável economicamente, e não é que nos congratulemos de que existam problemas políticos no Oriente Médio ou que Japão tenha sofrido nestes dias esse terrível terremoto e tsunami.

No entanto, ponderou, esses elementos têm incidido e vão a incidir a futuro, em especial o ocorrido no Japão porque obriga a esse país a requerer maior demanda de petróleo e em consequência disso o preço do cru aumenta.

Também há outros três elementos importantes dentro da conjuntura econômica. Em primeiro lugar, enumerou, o preço das matérias primas vai aumentar, porque segue em aumento a demanda da China e Índia, e isto é favorável também para Equador.

Por outro lado, mencionou King, nosso tipo de mudança é favorável para o país, porque o dólar está-se depreciando em frente ao euro e em frente às moedas dos países vizinhos, o qual é bom no contexto do setor externo equatoriano.

É muito importante igualmente, citou, consolidar o setor exportador nacional e que incorpore a cada vez maior valor agregado.

Portanto, concluiu, não requeremos de Tratados de Livre Comércio que comprometam nosso desenvolvimento, senão de acordos comerciais que nos beneficiem.

A ministra equatoriana referiu-se a algumas possíveis confusões neste ponto, em relação com as negociações do banano na União Europeia (UE).

O acordo comercial que está em processo de análise com a União Europeia, detalhou King, permite assegurar esses mercados, em especial o mercado do banano, mas também se converteu em um elemento de muitas discussões.

Há vários anos temos tido diferentes discussões com a União Europeia com respeito ao imposto que nos cobravam pelo banano. Esse é um tema finalmente superado em 2009 e que tem representado o maior ponto de discussão com a UE, assinalou.

Temos, agregou, que fazer uma análise histórica do que tem vindo sucedendo para poder garantir que, quando falamos do desenvolvimento endógeno ou do Bom Viver, não dizemos que não vamos consolidar o que estamos fazendo atualmente.

Não podemos deixar de exportar nossos produtos tradicionais, mas sim, enfatizou, temos que garantir uma política que não limite nossa capacidade de manobra.

Em uma economia dolarizada (como a de Equador), precisou, temos poucos instrumentos para isso e isso nos obriga a ter em conta como não os perdemos senão mais bem os consolidamos.

O Presidente Rafael Correa orientou em um recente Enlace Cidadão, comentou King, que se os produtores e exportadores não conseguem se pôr de acordo sobre um preço justo para o banano, se pensaria em ter uma empresa pública exportadora do fruto.

O objetivo, apontou, é garantir um dos elementos essenciais que estamos propondo, assegurar que em todos os elos da rede exista o preço junto.

A disputa da banana no marco da Organização Mundial do Comércio (OMC) tem sido longa pois começou em 1997, recordou a Ministra, e é importante analise-se nesse contexto. A banana é um de nossos produtos exportáveis e temos que assegurar mantenha sua produção, mas também não podemos hipotecar pelo acesso dessa fruta (ao mercado europeu) todas nossas possibilidades de desenvolvimento endógeno, disse.

Quando falamos da banana, disse, nos referimos a uns dois bilhões de dólares de rendimentos por exportações em 2010. Teve um incremento em valores mas em volume manteve-se quase constante e no último ano teve redução por efeitos climatológicos e uma praga.

A banana é nosso maior produto de exportação à UE, e está chegando a um ponto em que vai ser mais difícil seguir crescendo em produção e o que faríamos é consolidar e assegurar esse mercado, esse é argumento fundamental para qualquer acordo.

Os preços estão aumentando, afirmou. No ano passado tivemos preços internacionais favoráveis para Equador, mas a produção não aumentou e nem sequer se manteve, pelo qual King falou de consolidação em termos de marca, com valor per se, por sua origem.

E daí melhor, comentou, que provam de um comércio justo onde se possa identificar a banana como uma fruta em que não só os exportadores levam boa parte, senão que também os produtores recebem um valor adequado por sua produção.

Há que ter em conta, finalizou, quais seriam os elementos que nos permitam manter nossas margens de manobra, sustentar o desenvolvimento endógeno e fortalecer a produção e o emprego nacional.

COMÉRCIO JUSTO NO SETOR DE CARNE

O Brasil tem capacidade para produção de carne bovina para todos os nichos, sob diversos sistemas de produção, como a criação extensiva, de confinamento e orgânica. É o que defende o professor pós-doutor da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), Dante Pazzanese Lanna. O professor abordará o tema “A nutrição animal e a qualidade da carne brasileira” em palestra no Congresso Internacional da Carne 2011, que será realizado do dia 7 a 9 de junho, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Um dos argumentos utilizados por Dante Pazzanese Lanna é que cada sistema de produção de carne tem seus pontos fortes e desvantagens, e que, por esse motivo, a imposição do medo nos consumidores como ferramenta de marketing para exaltar um ou outro sistema de produção de carne é preocupante. “O ideal é que não haja competição desleal entre os sistemas de produção, e que o consumidor tenha a liberdade de escolher a carne que vai comer”, enfatiza.

Mas para desenvolver a criação de gado em qualquer um dos sistemas, é preciso estar atento aos estudos na área. Pesquisadores do Instituto Nacional de tecnologia Agropecuária (INTA), da Argentina, indicaram que a mudança do sabor da carne bovina para um gosto parecido com a de porco está relacionada às transformações no sistema de engorda.

Questionado sobre o assunto, Dante Pazzanese Lanna, especialista em nutrição animal, explica que o rebanho confinado cresceu em ritmo acelerado na Argentina, alimentando-se de grandes quantidades de sementes oleaginosas. Sobre isso, a Esalq/USP desenvolve pesquisas para orientar os criadores de gado bovino com relação às quantidades ideais desses alimentos na dieta, para que o sabor não seja influenciado.

Congresso Internacional da Carne

Com o tema “Carne de qualidade para todos os povos”, o Congresso Internacional da Carne 2011 tratará de temas como a carne vermelha na saúde humana, o comércio justo na cadeia da carne, produção sustentável, rastreabilidade, sanidade animal e mercados internacionais e nacionais. O evento acontece no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo e é promovido pela International Meat Secretariat (IMS/OPIC) e realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).

A cidade de Campo Grande foi a escolhida para sediar o evento devido a sua localização geográfica privilegiada, além de ser a capital do Estado com o terceiro maior rebanho do País, formado por 20 milhões de cabeças. Mato Grosso do Sul também virou referência em pecuária, por meio de ações como o programa Boas Práticas Agropecuárias (BPA), desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte, que resultam em um bife mais saboroso, suculento e nutritivo.

COMÉRCIO JUSTO NO PIAUÍ

O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater-PI), através da Regional Teresina, realizou um encontro com as agricultoras familiares que participam da Feira promovida na sede do Instituto. O objetivo do encontro foi avaliar os trabalhos desenvolvidos até o momento e programar a comemoração do primeiro ano da feira.

“Parece que começou ontem, mas já vamos completar um ano de feira. Conhecemos o esforço das trabalhadoras rurais, agricultoras que também são mães. E têm na feira uma oportunidade de ganho. Então, a fiscalização é muito importante, tanto nossa quanto delas mesmas. É preciso lembrar que um feirante com intermediário perde dinheiro”, afirmou a articuladora Socorro Barradas. Para ela, é preciso que as trabalhadoras compreendam que a feira é uma oportunidade de geração de renda a partir dos excedentes da produção e não uma fonte primária de renda.

Socorro explicou ainda que a feira já perdeu o caráter experimental, pois seu espaço já é reconhecido, inclusive junto ao seu público. “Esse ano foi de experiência, a partir de agora vamos aprimorar a qualidade. Observar a saúde alimentar, a vigilância sanitária, por exemplo. O cliente é uma espécie de fiscal também que deve ser ouvido e atendido”.

A agricultora Das Dores, da Resistência Camponesa, destacou, durante a reunião, que o padrão deve ser uma característica forte da feira, e precisa ser cada vez mais fiscalizado. “O produto é nosso, temos que ter um público diferenciado, por isso não podemos abrir mão de nosso padrão de preço e de peso. Além disso, devemos lembrar que antes estávamos perdendo produção, por falta de mercado, e com a feira encontramos uma ótima alternativa onde queremos pregar o comércio justo, solidário e sem concorrência”, declarou.

Vale ressaltar ainda que o objetivo maior do projeto é tornar a feira inteiramente orgânica, além de incentivar a abertura de novas frentes. “É o momento de outras que estão com excesso de produção procurar se integrar com outros grupos e abrir novos pontos”, afirmou a engenheira agrônoma Raimunda Martins, que também integra a Regional Teresina.

O articulador de compras de Teresina, Washington Pinheiro Guimarães, que representou na ocasião o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), apresentou às agricultoras mais uma oportunidade de mercado: o Projeto Nutre Nordeste. Através deste projeto, é possível a comercialização de gêneros alimentícios para a alimentação escolar a partir dos produtos da agricultura familiar. Assim, além de garantir mercado aos pequenos agricultores, se assegura uma alimentação saudável para os alunos da rede pública.

Após avaliações e informes, foi decidido que a comemoração de um ano de feira ocorrerá nesta sexta-feira (8), no Emater-PI, a partir das 9 horas, com a II Amostra de Produtos da Agricultura Familiar. Haverá, portanto, exposição dos principais produtos e seus derivados, como milho, macaxeira, beiju, mandioca, chás, doces e outros.

economia solidária gerou seiscentos e cinquenta milhões de reais

A chamada economia solidária, que comercializa produtos de cooperativas, associações, grupos informais ou micro empresas como alternativa de geração de trabalho e renda,


Movimentou cerca de R$ 650 milhões no Brasil em 2010. O resultado representa 6% do PIB nacional e gera em quase 22 mil empreendimentos cerca de 1,6 milhão de postos de trabalho pelo país.


O resultado é expressivo, mas mesmo assim estes empreendimentos ainda enfrentam limitações para alcançar a viabilidade econômica necessária à sua inserção em mercados regionais, nacionais e até mundial.


Para reverter este quadro e também oferecer oportunidade de aperfeiçoamento das técnicas comerciais às cooperativas, a Conexão Solidária, realiza trabalho com o objetivo de estreitar as relações entre os empreendimentos solidários e os empresários de diferentes setores da economia.


Parte deste projeto poderá ser conferido no próximo dia 13 de abril em Fortaleza no maior evento de moda do Nordeste, o Dragão Fashion Brasil, onde a empresa mostrará ao mercado têxtil e de moda peças que valorizam o eco-design, a sustentabilidade e o trabalho de promoção do comércio justo realizado em comunidades.


- Queremos mostrar que as tipologias do artesanato, podem ser incorporada à moda dentro do conceito de responsabilidade social e por meio de releituras - afirma Almir Alves, coordenador técnico da Conexão Solidária.

terça-feira, 5 de abril de 2011

RIO INOVA AO CRIAR SECRETARIA DA ECONOMIA VERDE

O Rio de Janeiro é o primeiro Estado a ter uma Subsecretaria de Economia Verde, que tem por finalidade tornar a economia fluminense mais limpa, mais moderna e mais forte. A subsecretária de Economia Verde, Suzana Kahn, encarregada pelo secretário do Ambiente, Carlos Minc, de alcançar o objetivo de, a médio e longo prazos, diminuir as emissões de carbono no Estado, falou ontem sobre sua missão:

- Queremos criar um mercado estadual, mas, para isto, precisamos estabelecer limites para que cada setor tenha uma cota para transacionar neste mercado. Neste momento é adequado fazer esta mudança, este crescimento para o futuro, mesmo sabendo que isto não é de imediato. Este mercado de carbono só existe, ainda, em outros países - disse a subsecretária.



De acordo com Suzana, um dos objetivos da subsecretaria é tornar o Estado do Rio o primeiro do país a ter um mercado de carbono como existe na Europa, com a comercialização entre empresas de licenças para emitir gases-estufa. Atualmente, o comércio de crédito de carbono está movimentando a economia de grandes países.

Anualmente, são lançados mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, o principal gás causador do aquecimento global. A Subsecretaria Verde trabalha com três linhas para fomentar a economia verde ou diminuir a intensidade de carbono na economia: compensação; processos mais produtivos e eficiência energética, e atividades que não emitam carbono. A partir daí, serão criados projetos de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa.

- A ideia da subsecretaria de Economia Verde consiste em ter um novo modelo forte de desenvolvimento considerando questões associadas ao ambiente. Este é um fator motivador deste novo estilo de desenvolvimento. Esta é uma nova forma de crescimento. Economia verde é termo da moda e que começa a circular com mais vigor no mundo, embora ainda soe meio volátil. Inclusive, este será o tema da próxima Conferência de Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU), que se realizará no Rio de Janeiro em junho de 2012 - explicou Suzana.

NOVA CONSCIENTIZAÇÃO VERDE

Campanhas de conscientização incitando ao consumo sustentável e à reciclagem estão por toda parte, mas nem sempre é fácil encontrar informações sobre os locais corretos para destinar os resíduos. Com isso em mente, o portal Made in Forest (www.madeinforest.com), que reúne diversas instituições para divulgar iniciativas ambientais, criou uma página dedicada à reciclagem.

Na Central da Reciclagem (http://www.madeinforest.com/?reciclagem), estão listados mais de 10 mil pontos de coleta em cerca de 2 mil cidades brasileiras. Fazem parte da lista quase 40 tipos de materiais recicláveis, entre vidro, papelão, pneus, óleo de cozinha, eletrônicos e baterias. A busca é simples: ao selecionar o material desejado e digitar o endereço em que se encontra, o site revela ao internauta um mapa com os pontos de entrega e de compra do material. Os usuários também podem cadastrar novos pontos de coleta, ampliando assim o número de opções.

“Temos a ambição de juntar em uma única plataforma todos os agentes envolvidos com meio ambiente e sustentabilidade, para facilitar o acesso da população à economia verde”, explica um dos criadores do site, Martin Mauro. Nesse sentido, uma iniciativa recente do Made in Forest foi dar início a um censo da economia verde em cada município brasileiro. “Desde fevereiro estamos, junto às Secretarias do Meio Ambiente de várias cidades, fazendo levantamentos de todos os agentes relacionados à sustentabilidade em cada local. No Nordeste, há várias iniciativas incríveis. As pessoas precisam conhecê-las”, diz Martin Mauro

RIO 2012

A comissão preparatória da Rio 2012 se reuniu durante dois dias em Nova York para discutir o planejamento da conferência das Nações Unidas que terá como tema: "Economia verde, desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza". O evento está confirmado para acontecer de 4 a 6 junho de 2012, no Rio de Janeiro. A conferência vai marcar os 20 anos da Eco 92, que também ficou conhecida como Cúpula da Terra ou Rio 92. De acordo com o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, diretor-geral do Departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, "o grande desafio é resgatar tudo que foi feito na ECO 92, reafirmar o engajamento com essa agenda e termos uma visão de futuro cada vez mais integradora dos três pilares do desenvolvimento sustentável: a união do social, do econômico e da natureza".

Sha Zukang, subsecretário-geral do Departamento Econômico e Social da ONU, acredita que a Rio +20 será uma grande oportunidade para discutir sobre o que há de mais urgente no planeta: as crises energética, alimentar, financeira e a recessão global. Ele disse ter a expectativa de que, durante o evento do Rio de Janeiro, o mundo pare para pensar e repensar suas estratégias para o desenvolvimento de políticas inteligentes para promover mais empregos, criar alternativas energéticas limpas e, acima de tudo, garantir a preservação dos bens naturais do mundo. "Um dos grandes desafios para a gente é fazer com que todos os países consigam pensar de forma semelhante, pois cada nação tem suas prioridades e desafios. Mas num momento de união é necessário pensar igual em prol do planeta", concluiu Zukang.

Rio +20: surpresas


"O evento também será verde e mostrará como é possível criar novas ações sustentáveis", declarou o embaixador Machado. Durante os dias do evento, a cidade deve demonstrar a participantes do mundo inteiro iniciativas realizadas no Brasil que possam virar exemplo. Porém, quando questionado pela Deutsche Welle sobre esses exemplos, ele disse que serão surpresa e mostrados mais à diante. De imediato, comentou apenas que, sendo o país quase todo abastecido por energia hidráulica, e o biocombustível abastecendo uma grande frota de automóveis, já é possível notar que o Brasil é "verde". Durante os próximos 14 meses, transcorrerão reuniões para decidir os detalhes dos três dias da conferência mundial. Dentre as prioridades, está promover dezenas de eventos diferentes, por toda a cidade, para engajar a população e conseguir visões e expressões de diversas classes sociais e profissionais.

Desafio


A Rio +20 pretende superar as últimas COP – a 15 (Copenhague) e 16 (Cancún) –, que tiveram poucos resultados na prática. Quando questionado se não há um certo medo de sediar um evento sem algum sucesso, o embaixador mostrou-se confiante e otimista. "Nós queremos que a Rio 2012 seja muito mais ampla que qualquer COP, onde é discutido basicamente clima. Vamos olhar e repensar o desenvolvimento como um todo. Queremos ir muito além e somos mais ambiciosos. Temos certeza que o Rio e o Brasil responderão a esse desfio e realizaremos uma conferência extraordinária."

Local e segurança


A equipe organizadora divulgou que a intenção é realizar o evento em oito armazéns portuários do Rio de Janeiro, no Pier Mauá, localizado próximo ao Aeroporto Santos Dumont, mesmo local que abrigou o Fórum Urbano Mundial, em 2010. Wanderley Mariz, subsecretário de relações internacionais da prefeitura do Rio de Janeiro, disse à Deutsche Welle que acredita que as Nações Unidas aprovarão o local, devido "ao sucesso que foi o Fórum Urbano Mundial". Segundo ele, serão feitas inspeções no local para confirmar a capacidade e devida segurança.

Espera-se que 50 mil pessoas do mundo inteiro venham a participar do evento. Para a equipe organizadora, um número pequeno, se comparado aos das festas que a Cidade Maravilhosa está acostumada a sediar. "No reveillon, tivemos 1 milhão de pessoas nas ruas, agora no carnaval 850 mil, e não vimos nada de muito grave acontecer", disse o embaixador Stelio Amarante, coordenador de Relações Internacionais da prefeitura do Rio, acrescentando que o local dos armazéns é rodeado pelos morros da Providência e da Conceição, assim como pelo Complexo de São Carlos – todas áreas pacificadas, segundo ele. De acordo com a comissão organizadora, a Rio 92 ficou famosa pela segurança, e a intenção é repetir esse êxito, 20 anos depois.

AMBIENTALISMO SEXY

O ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger defendeu nesta quinta-feira (24), em visita a Manaus (AM), que a ideia de se preocupar com o meio ambiente seja tornada de forma mais “sexy”. O artista está no Brasil para o Fórum Mundial de Sustentabilidade, um evento de discussão de questões ambientais voltado a empresários.

Schwarzenegger alfinetou o Prêmio Nobel da Paz Al Gore ao dizer que a “filosofia Al Gore” de fazer as pessoas se sentirem mal por “andarem num carro grande, usarem uma hidromassagem ou assistirem a uma TV grande de LCD”, gastando muita energia, não traz resultado. O que funciona, disse, é “tornar sexy a ideia de ser verde”. “Temos que apaixonar as pessoas” pelo tema, defendeu.

O ex-governador da Califórnia lamentou que nos EUA republicanos e democratas não cheguem a um consenso para tornar a economia do país mais sustentável. “Estão numa briga sem fim”, queixou-se. Em seguida, destacou medidas ambientais que tomou como governador, como a
aprovação da construção de plantas de energia solar com capacidade de 7 mil megawatts. “A Califórnia está construindo de longe as maiores usinas solares e ponto final”, disse.

‘Delegação mexicana’

Ao pedir aplausos para o ex-governador e atual senador amazonense Eduardo Braga, o “exterminador” cometeu um ato falho, confundindo o Brasil com o México. Ele disse que Braga havia estado nos EUA liderando a “delegação mexicana” num encontro internacional de
governadores, mas prontamente se corrigiu.

Schwarzenegger falou a jornalistas ao lado do diretor James Cameron, com quem visitou na quarta-feira (23) o município de Altamira, no Pará, onde será construída a usina de Belo Monte. Ele contou que conversou com índios da região e que teve um “dia muito educativo”. Não chegou a condenar diretamente a megaobra, mas observou que “tem que saber como fazer” para aproveitar a energia proveniente dos rios.

Cameron comentou que o crescimento econômico brasileiro é notável, mas que “se não for sustentável, é uma casa construída na areia”.

Perguntado sobre um vídeo bastante acessado na internet em que Schwarzenegger mostra o carnaval carioca, o ator e político disse que se divertiu muito gravando o material. “Gostei tanto do carnaval e do Rio de Janeiro, que trouxe minha mulher e meu cunhado”, contou. Tentando voltar à temática ambiental, acrescentou que pensou como se poderia absorver a energia de todos aqueles corpos em movimento para abastecer “o mundo todo”.

“Vou dizer ‘hasta la vista, baby’ a todos os problemas com os combustíveis fósseis. E direi eu voltarei (‘I´ll be back’)”, brincou.

PROPOSTAS AO CÓDIGO FLORESTAL

Com o objetivo de aperfeiçoar a legislação ambiental e dar sua contribuição aos debates sobre o projeto em tramitação no Congresso Nacional, empresas do setor de base florestal plantada e algumas das principais organizações socioambientais em atuação no Brasil apresentaram, em São Paulo, uma proposta contendo 16 pontos específicos para o novo Código Florestal Brasileiro.

O documento é resultado de um trabalho de oito meses realizado pelo Diálogo Florestal – iniciativa que reúne empresas do setor florestal e organizações socioambientais –, que tem como diferencial uma busca de consenso entre os setores envolvidos nesta questão.

Entre os 16 pontos específicos, a carta do Diálogo Florestal (disponível na íntegra no endereço www.dialogoflorestal.org.br), reconhece que o Código Florestal precisa ser “revisado, aperfeiçoado e modernizado, pois a legislação atual ainda é tímida e pouco eficaz na compatibilização entre a produção rural e a proteção ambiental”.

O texto destaca ainda a vocação florestal do Brasil e sua relevância no cenário das mudanças climáticas, apontando as florestas plantadas para fins industriais e as nativas como importantes vetores para a promoção do desenvolvimento sustentável do País. O documento ressalta, também, que o Brasil precisa de uma legislação florestal “forte, com robustez científica e respaldada por políticas públicas inovadoras e instituições comprometidas com a proteção e ampliação da cobertura florestal brasileira.”

“Foi um trabalho bastante produtivo e esperamos colaborar com os poderes Legislativo e Executivo. O novo Código Florestal deve dar conta dos novos desafios da sociedade e do planeta”, avalia Beto Mesquita, diretor do Instituto BioAtlântica e membro do Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal.

“Questões como mudanças climáticas, incentivos econômicos para recuperação de áreas, a valorização do carbono florestal, pagamento por serviços ambientais, negócios sustentáveis e uma nova economia verde devem permear a revisão da lei atual”, acrescenta Raul do Valle, coordenador do Instituto Socioambiental .

PATRIOTA COMPROMETIDO COM A ENERGIA LIMPA

O ministro de Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota, afirmou hoje, após ser recebido pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, que o Brasil "tem uma das matrizes energéticas mais limpas" do mundo.

Patriota, que foi consultado pela central termelétrica de Castilla -- pertencente ao empresário brasileiro Eike Batista --, disse que 40% das fontes de energia brasileiras são renováveis.

Segundo o chanceler, a vontade do Brasil é, além de contribuir com as necessidades energéticas do Chile, fazer todo o possível "no âmbito da cooperação no que o governo chileno nos manifesta seu interesse".

Ele esclareceu que não conversou sobre energia nuclear com Piñera e negou que o desastre em curso no Japão "tenha um impacto em nossos planos de desenvolvimento energético neste momento", ainda que " continuamos buscando cooperação com aqueles que tem conhecimento avançado neste tema, como a Argentina".

Das cinco usinas nucleares que existem na América Latina, duas são do Brasil -- Angra 1 e Angra 2 --, sendo que nosso país deve acrescentar mais uma nesta lista até 2015, a Angra 3. A Argentina tem duas centrais instaladas em seu território e o México, uma.

Patriota insistiu que no Brasil existe um comprometimento com as energias limpas e que na reunião do Rio+20 , no próximo ano, "continuaremos promovendo uma economia verde que ajude aos países em desenvolvimento a pular etapas e chegar a um desenvolvimento sustentável".

PEGADA HÍDRICA

Metodologia criada pelo Prof. Arjen Hoekstra promove uso eficiente realçando a relação entre consumo diário e seus impactos ambientais.

Com o objetivo de avançar nas estratégias de conservação e gestão da água doce, uma parceria entre WWF-Brasil, Water Footprint Network, The Nature Conservancy e USP São Carlos traz ao Brasil o criador do conceito de Pegada Hídrica, Prof. Arjen Hoekstra. Ele cumpre agenda, por meio de cursos e palestras, com o objetivo de transmitir conhecimento técnico a representantes de instituições-chave que possam unir esforços para atrair o engajamento de governos, empresas, universidades, institutos de pesquisa, ONGs, entre outros, no sentido de implementar a metodologia de gestão eficiente e sustentável da água no País.

Segundo o professor Mario Mendiondo da USP-São Carlos, “os parceiros atuam na ampliação da capacidade do Brasil a partir de três pilares: sustentabilidade, inovação e empreendedorismo”. O primeiro busca promover o uso responsável da água, trazendo benefícios sociais, econômicos e ambientais. O segundo é retratado na própria metodologia da Pegada Hídrica como uma nova ferramenta de gestão de recursos hídricos. Por fim, “será preciso empreender mecanismos para minimizar a Pegada Hídrica até um patamar aceitável”, complementa Mendiondo.

“Embora o Brasil seja o país com a maior reserva hídrica do planeta, em muitas regiões já existe conflito pelo uso da água, o que demanda uma boa governança. Além disso, o crescimento da economia brasileira deve aumentar significativamente o uso da água nas diversas atividades produtivas”, explica Samuel Barrêto, coordenador do Programa Água para a Vida do WWF-Brasil. Dessa forma, é preciso reduzir os riscos de escassez de água, promovendo o uso eficiente desse recurso natural, e até mesmo reduzir o risco de imagem negativa, que pode estar associado a uma empresa que não utiliza bem este recurso.

A Pegada Hídrica é uma ferramenta de gestão de recursos hídricos que indica o consumo de água doce com base em seus usos direto e indireto. O método permite que as iniciativas públicas e privadas, assim como a população em geral, entendam o quanto de água é necessário para a fabricação de produtos ao longo de toda a cadeia produtiva. Desta forma, os segmentos da sociedade podem quantificar a sua contribuição para os conflitos de uso da água e degradação ambiental nas bacias hidrográficas em todo o mundo.

Para Hoekstra, apesar de os governos terem papel fundamental na elaboração de leis que tornem a gestão eficiente da água uma obrigação, a população e as empresas também devem se envolver completamente. As companhias precisam entender como utilizar os recursos hídricos da melhor forma e devolvê-los limpos para a natureza. Já os consumidores devem se preocupar com a origem dos produtos que consomem e com os procedimentos adotados na produção.

A Pegada Hídrica pode ser Verde, quando a água da chuva evapora ou é incorporada em um produto durante a sua produção; Azul, que calcula as águas superficiais ou subterrâneas que evaporam ou são incorporadas em produtos, ou então devolvidas ao mar ou lançadas em outra bacia; e Cinza, que mede o volume de água necessário para diluir a poluição gerada durante o processo produtivo.

Ao analisar a Pegada Hídrica de um produto, é preciso levar em consideração as etapas do processo de fabricação e os locais por onde ele passou – desde a matéria-prima até o produto final. De acordo com o professor, “a Pegada Hídrica de uma área onde tem água em abundância é muito diferente da que está numa região mais seca”. Por isso, ele criou uma forma de distinguir estas Pegadas.

Hoekstra destaca que a média global de Pegada Hídrica de uma camisa de algodão, por exemplo, é de 2.700 litros de água (consulte as médias globais de outros produtos no quadro abaixo). Durante a produção, o algodão pode ter sido cultivado e transformado em tecido no Paquistão e em camisa na Malásia para ser vendida nos Estados Unidos. “Portanto, para calcular a Pegada Hídrica de uma camisa vamos precisar do somatório da pegada de cada etapa e isso será distribuído por vários locais do mundo.”

“Quem sabe se, no futuro, não poderemos dizer que a Pegada Hídrica não é tão alta porque foi produzida onde há abundancia de água ou onde não está poluindo. Cada vez mais os consumidores querem saber este tipo de informação”, destaca Hoekstra. “Devemos considerar quanto de poluição pode ser gerada nas águas da Ásia, por exemplo, para que o europeu possa vestir uma camisa. Com a Pegada Hídrica, fazemos uma ligação entre o consumo que acontece em um lugar e o impacto no sistema hídrico de outro lugar”.

Hoekstra explica que é possível também calcular a Pegada Hídrica de um indivíduo, de acordo com o padrão de consumo que ele segue e a oferta de produtos que ele tem. Uma pessoa que adota dieta vegetariana, por exemplo, tem uma Pegada Hídrica 30% menor do que uma não vegetariana. O brasileiro tem cerca de 5% da sua pegada em casa, com consumo de água na cozinha e no banheiro, e 95% estão relacionados com o que compra no supermercado, especialmente com produtos agrícolas. Outro dado importante é que 8% da pegada do brasileiro estão fora do País, um índice muito pequeno se comparado aos 85% da Holanda.

“Precisamos desconstruir a percepção de que a água vem apenas da torneira e que simplesmente consertar um pequeno vazamento é o bastante para assumir uma atitude sustentável”, ressalta Albano Araujo, coordenador da Estratégia de Água Doce do Programa de Conservação da Mata Atlântica e das Savanas Centrais da The Nature Conservancy.

Mesmo já sofrendo com conflitos pelo uso da água doce, a América do Sul tem a maior reserva de recursos hídricos do mundo. Por isso, há uma crescente demanda por produtos de uso intensivo de água na região. Um país como a China, que vive essencialmente de exportações, precisa transferir a pegada para outros países que têm maior oferta. “Existem países, como a Nigéria, que têm uma pegada enorme não só por falta de água, mas também por práticas pouco sustentáveis do recurso”, observa Hoekstra.

Hoekstra acredita que as empresas estão buscando entender o que podem fazer para ajudar. O comprometimento dos recursos hídricos pode afetar diretamente os negócios de uma companhia, prejudicando a reputação, a área financeira, regulatória e até mesmo a sua localização. A WFN deu um grande passo e publicou o Manual Técnico de Pegada Hídrica (disponível para download em [www.waterfootprint.org], que contém normas globais. De acordo com Hoekstra, a criação de normas globais e padrões é um ponto chave para comparar produtos e empresas.

Médias globais de Pegada Hídrica
1 taça de vinho..................................120 litros de água
1 xícara de café..................................140 litros de água
1 Kg de açúcar refinado................ 1.500 litros de água
100 gramas de chocolate.............. 2.400 litros de água
1 hambúrger....................................... 2.400 litros de água
1 camiseta de algodão.................... 2.700 litros de água
1 Kg de carne bovina...................... 15.500 litros de água

Perfil-Arjen Hoekstra é o criador do conceito de pegada hídrica e estabeleceu o campo de pesquisa interdisciplinar para avaliação da pegada hídrica, que aborda as relações entre consumo, gestão e comércio de água. Hoekstra é professor de Gestão dos Recursos Hídricos da Universidade de Twente, na Holanda, e diretor científico da Water Footprint Network. Ele é especialista em gestão integrada de recursos hídricos, gestão de bacias hidrográficas, análise política, análise de sistemas e da ciência do desenvolvimento sustentável. O professor tem mestrado em Engenharia Civil e PhD em Análise Política, ambos da Universidade Tecnológica de Delft, na Holanda. Suas publicações abrangem uma vasta gama de tópicos relacionados com a escassez de água, gestão dos riscos de inundação e do desenvolvimento sustentável e inclui 45 trabalhos em revistas científicas. Hoekstra tem três livros publicados: Perspectives on Water (Perspectivas sobre a Água, 1998), Globalization of Water (Globalização da Água, 2008) e The Water Footprint Assessment Manual (Manual Técnico da Pegada Hídrica, 2011).

Perfil-O WWF-Brasil é uma organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. O WWF-Brasil, criado em 1996 e sediado em Brasília, desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de cinco milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

A Water Footprint Network é uma fundação sem fins lucrativos sob a lei holandesa. É essencialmente uma rede internacional aberta a parceiros de diversos grupos formadores de opinião na gestão de recursos hídricos, incluindo agências governamentais, organizações não-governamentais, empresas, universidades e organizações internacionais. As organizações podem tornar-se sócias da rede, inscrevendo-se para a missão e submetendo um pedido ao Conselho.

The Nature Conservancy (TNC) é uma organização sem fins lucrativos voltada para a conservação da natureza. Criada em 1951 e presente em 34 países, já ajudou a proteger mais de 47 milhões de hectares em todo o mundo. No Brasil, a TNC atua desde a década de 80 e tornou-se uma organização brasileira em 1994. Seu principal objetivo é proteger plantas, animais e os ecossistemas naturais que representam a diversidade de vida no planeta, conservando as terras e águas de que precisam para sobreviver

´NUNCA VI OSEUA INVESTIREM NA AMAZÔNIA

Após palestra do ex-presidente americano Bill Clinton, o ex-governador do Amazonas e atual senador Eduardo Braga (PMDB) criticou neste sábado o discurso dos participantes estrangeiros do 2º Fórum Mundial de Sustentabilidade, realizado em Manaus. Além de Clinton, o ator Arnold Schwarzenegger e o empresário britânico Richard Branson teceram comentários elogiosos às soluções de sustentabilidade no País e disseram que estão disposto a cooperar. "Não vi até hoje nenhum centavo, nem do governo da Califórnia, nem do governo americano, para que o caboclo, o ribeirinho, pudessem ter uma vida melhor", disse Braga.

"Nós, brasileiros, guardamos bilhões de toneladas de carbono para compensar as emissões dos países ricos. Não é justo que ao fazer isso nosso povo seja punido com a fome, o atraso e a miséria. Eles devem isso a milhares de brasileiros que andam de shorts e pés descalços na floresta, que guardam o grande patrimônio brasileiro. O Amazonas fez uma grande mudança na sua política e tem hoje, não apenas nos fórums, mas nas escolas e comunidades, a consciência de que a sustentabilidade não é um problema, mas uma solução", completou.

O ex-governador do Estado destacou a redução de 75% no desmatamento da floresta amazônica, com a compensação ambiental dada a empresas que levam tecnologia e investimento à região. Braga criticou também o atual presidente americano, Barack Obama, que visitou o Brasil na semana passada. "Esperava que Obama assumisse um compromisso com a vanguarda da economia verde, mas nenhuma palavra foi dita. Sonhei que meu ídolo pudesse assinar um novo compromisso com a justiça, o equilíbrio e a desigualdade que existe entre aqueles que estão no meio da floresta e aqueles que podem compartilhar deste encontro", disse.