terça-feira, 31 de maio de 2011

Avanço agrícola é impulsionado pela atuação das cooperativas

O crescimento da produção no agronegócio, combinado com os preços favoráveis das principais culturas agrícolas do país, tem sido um fator predominante para a impulsão da economia brasileira. Os números concretos demonstram esta evolução. A exportação do agronegócio gerou um novo recorde, rendendo US$ 25,8 bilhões de janeiro a abril e o superávit comercial do setor chegou a US$ 20,3 bilhões, valor 21,1% maior que o ano anterior. Parte deste volume se deve ao setor cooperativista, que em suas 1.548 cooperativas agropecuárias auxilia os estimados 943,54 mil produtores rurais a adquirirem produtos a preços e condições melhores, para crescerem junto ao setor. Além disso, sua participação no PIB Agropecuário é bem expressiva detendo 37% do volume deste setor e 5,39% da produção geral do país.


Ao completar 35 anos de atividades e apoio ao produtor rural no dia 14 de maio, a Coopercitrus pode ser considerada um dos melhores exemplos em nosso país da materialização dos ideais cooperativistas e de seu poder de criação de riqueza, em especial no meio rural, ao qual se dedica integralmente. Ao longo desses anos, adquiriu um quadro de mais de 18.000 produtores rurais associados, 35 lojas de insumos, 18 concessionárias Valtra, sete postos de combustíveis, 16 postos de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos, armazéns para grãos, uma equipe de alto nível de colaboradores especializados em assistência técnica e de outros serviços, que a faz ser uma das maiores prestadoras de serviços, estando presente em 500 municípios nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, fornecendo insumos, máquinas e implementos agrícolas.


É também um exemplo de capacidade de superação de dificuldades e ajustamento à realidade econômica. Sua receita bruta em 2010 somou R$ 914,5 milhões, tendo havido um crescimento de 26,8% em relação ao exercício anterior. No setor de insumos, o crescimento foi de 21,58%, a cultura de cana-de-açúcar participou no faturamento deste setor com 47,03%, enquanto a laranja somou 36,52%. Máquinas e implementos agrícolas tiveram um ano excepcional, ao alcançar o total de 1022 tratores faturados e um acréscimo da receita da ordem de 59% em relação ao ano anterior. Ao longo de sua existência, o Brasil viveu tempos difíceis e tempos de glória, transformou-se de importador em um dos maiores exportadores de alimentos, utilizando apenas 9% do seu território. Em 1970 um agricultor produzia alimento para 73 pessoas, em 2010, apenas um agricultor foi responsável pelo alimento na mesa de 155 pessoas. A força do agronegócio se mostra também em sua participação pelo superávit na balança comercial e por ¼ do PIB brasileiro. Gera um de cada três empregos, ou seja, é responsável por 33% da mão-de-obra empregada. Entre 1975 e 2010, a produção de cana-de-açúcar aumentou de 89 para 696 milhões de toneladas, e a Coopercitrus, viu seus cooperados plantar mais cana-de-açúcar, empregar trabalhadores rurais para garantir o sustento dos familiares, forneceu fertilizantes, herbicidas, inseticidas, fungicidas e outros insumos para o melhor trato cultural agrícola. Ofereceu as melhores tecnologias em máquinas e implementos a preços acessíveis e condições de pagamentos estendidas, para o fácil acesso dos agricultores.


De toda esta trajetória de 35 anos atuando de forma a proporcionar benefícios aos produtores rurais, a Coopercitrus colheu bons resultados, tanto que hoje é considerada uma das maiores cooperativas no segmento do Brasil. Possui um sistema sólido e que além dos serviços prestados, pensa no crescimento de seus cooperados. Ela é hoje a maior revenda dentre os mais de 60 concessionários da fábrica de tratores Valtra do Brasil, é reconhecida no prêmio Top Dealer devido a sua excelência em gestão na área de produtos e serviços oferecidos aos seus cooperados. Além disso, a Coopercitrus é também a maior concessionária em volume de negócios do banco AGCOFinance e está no topo em venda de cotas de consórcio, o que prova a confiança dos produtores rurais nos produtos oferecidos por sua Cooperativa.


Nesta vasta diversidade de atividades agrícolas plantadas pelas mãos dos produtores cooperados na Coopercitrus, nestes solos férteis brasileiros, são encontradas ricas culturas como citros, cana-de-açúcar, soja, milho, café, pecuária, seringueira, algodão, feijão, amendoim, manga, sorgo, batata, tomate, goiaba, cebola, dentre muitas outras. Pode-se concluir que a presença de uma Cooperativa ao lado do cooperado foi o grande denominador comum para o sucesso de suas plantações

Coomapem recebe certificação orgânica pela produção de fibras no rio Solimões

Coomapem recebe certificação orgânica pela produção de fibras no rio Solimões Setenta e um cooperados da Cooperativa Agropecuária Mista de Manacapuru (Coomapem) receberam nesta quarta-feira (25/5) a certificação orgânica para a juta e malva. Os certificados foram entregues em cerimônia especial alusiva à VII Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos, no auditório Floriano Pacheco, na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).


O evento foi aberto pela titular da Suframa, Flávia Grosso, que falou da importância de a instituição participar do projeto de certificação orgânica para os produtos da Região.“Esse projeto vai fazer com que se propague o nome da Amazônia através de seus produtos”, declarou.


O presidente da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), Valdelino Cavalcante, disse que o Estado é o maior produtor de juta e malva do País. Segundo ele, o cooperativismo é um desafio cada vez mais presente para os produtores da região. “A OCB/AM propicia aos produtores a oportunidade de melhoria do trabalho através do cooperativismo”.


“Este é um momento importante, mas é apenas um passo, ainda temos que vencer o valor da negociação para estimular a certificação de outros produtos”, acrescentou o presidente da ADS.


O deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar Cooperativista do Amazonas (Frencoop/AM), em seu discurso, ressaltou a importância das entidades agroindustriais envolvidas em gerar renda para as pessoas do interior do Estado. “A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Amazonas está pronta para apoiar esse tipo de projeto de desenvolvimento”, assegurou.


O presidente da OCB-AM, Petrucio Magalhães Júnior, agradeceu as oportunidades oferecidas às cooperativas do Estado. “Os custos para a certificação de produtos regionais ainda são altos, por isso o apoio de instituições como a Suframa e a ADS nesse processo é muito importante”, revelou. O benefício da certificação vai agregar pelo menos 30% ao valor do produto.


Segundo Eliana Medeiro, presidente da Coomapem, a certificação vai aumentar as exportações. “Isso desperta no produtor a necessidade de melhoria da qualidade da sua produção”, afirmou.


Para ela, o momento mais difícil nesse processo de certificação foi adequar a produção e sensibilizar os cooperados na manutenção dos padrões exigidos pelas normas. Dos 254 cooperados da Coomapem, 71 foram certificados.


Ednilson Cruz, cooperado da Coomapem, que produz juta e malva certificadas, disse que sua produção média por ano é de 15 toneladas de fibra. “Trabalho em conjunto com minha família e esse certificado vai melhorar o preço do produto e sua qualidade”, disse, revelando ainda que também planta melancia, milho e mandioca, além de criar um pequeno rebanho de gado.


A previsão da produção de fibras pela Comapem para este ano é de mais de 2 mil toneladas. No ano passado, a produção da cooperativa foi de 1.050 toneladas.


Além da juta e malva, o cacau nativo de Urucurituba (AM), Itacoatiara (AM) e Borba (AM) também foram certificados.

cooperativas de crédito podem trabalhar no financiamneto de casa própria

MP beneficia cooperativas de crédito para operar no Minha Casa, Minha Vida O sonho da casa própria ganhou um importante aliado. O Senado aprovou nesta ontem (10/5) a Medida Provisória 514/2010 que permite que as cooperativas de crédito operem no financiamento de habitações e obras previstas no Programa Minha Casa, Minha Vida. Com isso, essas instituições financeiras vão oferecer crédito para a população adquirir imóveis de acordo com as regras do programa.


A iniciativa, que prevê a construção e reforma de dois milhões de moradias até 2014, poderá beneficiar mais de 5 milhões de associados de cooperativas de crédito, segundo levantamento feito pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).


O gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito, Silvio Giusti, acredita que esta conquista potencializará a condição das cooperativas de crédito de atuar de forma mais significativa no mercado imobiliário. “Essa possibilidade atinge principalmente aqueles locais em que as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras presentes, o que chega a quase 800 municípios”.

sicredi lançou novo consórcio de imóveis

A utilização da carta de crédito do Sicredi Consórcio Imóveis contempla novas opções. Além das já existentes, como aquisição de imóvel novo ou usado, residencial ou comercial, rural ou urbano, os associados já podem utilizar o consórcio de imóveis para construção, reforma e ampliação.


As condições de pagamento para os associados são as mesmas que o Sicredi Consórcio Imóveis já oferece. São 120 meses de prazo de pagamento com opções de parcela integral, regressiva e progressiva, além da possibilidade do associado ser contemplado por sorteio, lance fixo ou lance livre.


Neste mês de maio, o Sicredi inicia campanha de divulgação da nova modalidade. "Nossa expectativa é gerar um incremento de 30% nas vendas do consórcio de imóveis", projeta Fernando Di Diego, gerente de Mercado da Administradora de Consórcios.


Sobre o Sicredi - O Sicredi é um conjunto de 120 cooperativas de crédito, integradas horizontal e verticalmente. A integração horizontal representa a rede de unidades de atendimento (mais de 1.100 unidades de atendimento), distribuídas em 10 estados totalizando - 881 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em cinco Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo, que controla as empresas específicas que atuam na distribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br.

criada a central da cooperativas do vale do juruá

O governo do Estado está agindo para dinamizar o setor de produção e comercialização de farinha no Vale do Juruá. Uma das estratégias é o incentivo ao cooperativismo. Depois de reuniões no mês de abril entre representantes de cooperativas e de agentes do governo, três cooperativas se reuniram e formaram a Central de Cooperativas do Juruá. Inicialmente, fazem parte da Central a Camprucsul (Cooperativa Agrícola Mista dos Produtores Rurais de Cruzeiro do Sul), a Cooperfarinha, de Cruzeiro do Sul, e a Coopersonhos, de Marechal Thaumaturgo.


O evento foi promovido pela Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia (Sedict) e contou com a presença do diretor da Organização das Cooperativas Brasileiras no Acre, Carlos Bastos, que orientou o processo de criação da Central Juruá. Os presidentes das três cooperativas e produtores participaram do evento. Segundo o gerente da Seaprof em Cruzeiro do Sul, Franco Severiano de Melo Gomes, outras cooperativas podem fazer parte e somar forças para que a produção seja mais bem industrializada e comercializada. “Com a união, as cooperativas serão protagonistas da transformação do Acre”, disse ele.


A Associação Agroextrativista Puyanawa do Barão Ipiranga aceitou o convite feito pelo secretário Edvaldo Magalhães e já fez o cadastro para se unir à Central. Segundo o presidente da Associação, o cacique Joel Ferreira Lima, o forte da associação Puyanawa é a farinha, cuja produção alcançou sete mil sacas em 2010. Lima conta que era do interesse dos Puyanawa transformar a associação em cooperativa, mas acredita que agora, com a adesão à Central, não será preciso.


A melhor farinha


A farinha é o mais importante item da economia no Vale do Juruá. A "farinha de Cruzeiro do Sul" recebe o título de melhor do Brasil, mas na verdade é proveniente, além de Cruzeiro do Sul, dos municípios vizinhos de Mâncio Lima e Rodrigues Alves, que, evidentemente, tem o mesmo padrão de qualidade. Outra dúvida é com relação à produção total de farinha no vale. Nunca foi feito um levantamento conclusivo. Certo é que toneladas de farinha saem pelo porto de Cruzeiro do Sul e vão abastecer o mercado do Amazonas, Pará e Rondônia. No ano de 2009, segundo levantamento da Secretaria de Fazenda Estadual (Sefaz) em Cruzeiro do Sul, saíram [por balsas] e geraram ICMS 235.285 mil sacas [50 quilos] de farinha. No entanto, a farinha também sai por outros canais.


Um deles é por via aérea, nos dois voos diários para Rio Branco; o outro é pela BR-364, quando a rodovia é reaberta no período de verão. Estimativas feitas consideram que por dia sai meia tonelada de farinha por via aérea, mas o que sai por terra pela BR-364 ainda é uma incógnita. E ainda há a farinha consumida no próprio Vale do Juruá, sabendo que a quase totalidade dos moradores da região consomem farinha diariamente. Para o presidente da Camprucsul, Antônio da Conceição de Azevedo, a quantidade de farinha consumida no próprio Juruá é bem maior do que a farinha exportada.


A Central de Cooperativas


A criação da Central Juruá, ocorrida na semana passada, teve a presença do diretor da Organização das Cooperativas Brasileiras no Acre, Carlos Bastos, que orientou o processo. Para presidente da Central foi eleito o atual presidente da Cooperfarinha Germano da Silva Gomes e para vice-presidente o atual presidente da Camprucsul, Antônio da Conceição de Azevedo. A criação da central animou produtores e pessoas ligadas às administrações das cooperativas.


Para o presidente em exercício da Cooperfarinha, Nildo de Souza Melo, a cadeia produtiva da farinha vai sair revigorada com a Central. Ele conta que a Cooperfarinha vem lutando há cinco anos para ajudar a organizar o setor “Nosso ritmo é lento. Agora com a Central acho que vamos ter uma boa revolução no setor. O nosso problema aqui é a falta de recursos, falta de transporte. Agora com a entrada do governo vamos melhorar”. A Cooperfarinha tem 40 filiados e só na semana passada comprou 280 sacas de farinha.


O vice-presidente da Camprucsul, Raimundo Tomás de Aquino, acha que sua cooperativa está andando devagarinho, necessitando de apoio e sem possibilidade de financiamento junto aos bancos. “Com a entrada do governo e a criação da Central a situação vai melhorar. Serão três cooperativas e um pensamento só”. A Camprucsul surgiu em1976 e é a mais antiga cooperativa do vale do Juruá. Sua sede fica no centro de Cruzeiro do Sul em local estratégico. O governo do Estado vai investir em sua sede a qual deverá abrigar a parte administrativa da Central.


O agricultor aposentado José Carlos Filho, cuja família é grande produtora de farinha, não tem dúvida de que a produção de farinha vai aumentar no Vale do Juruá com o apoio do governo e a organização em cooperativas, mas faz um alerta “Nós sabemos fazer a melhor farinha, mas espero que com o aumento da quantidade produzida não caia a qualidade superior que distingue nossa farinha das demais”.


O presidente da Coopersonhos Antônio Mascena também ficou entusiasmado com a entrada do governo no processo. Ele conta que a Coopersonhos tem 35 filiados e foi criada para organizar o setor de produção de feijão em Marechal Thaumaturgo. Com a participação na central a cooperativa vai entrar em outros ramos produtivos, inclusive farinha. “Entramos na Central porque Marechal Thaumaturgo é um município isolado e fica muito bom termos uma representação em Cruzeiro do Sul. O que a gente precisa é de incentivo e tendo quem articule a comercialização, nossa produção de feijão vai aumentar."

Cooprel: OCB/AL firma parceria com a Conab

O primeiro censo cooperativista de Alagoas trouxe um dado muito preocupante. Os cooperados que trabalham com a reciclagem de lixo em Maceió conseguem sobrevir com R$ 270,00 em média por mês. Com esse levantamento o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Alagoas (OCB/AL) decidiu promover uma campanha para melhorar as condições de vida desses alagoanos.


E entre as ações está a parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na aquisição dos alimentos básicos, oriundos da agricultura familiar. Na última terça-feira, representantes da OCB/AL e o superintendente regional da Conab, Elizeu Rêgo, foram visitar as instalações da Cooperativa de Reciclagem de Maceió (Cooprel) para entregar alimentos e utensílios domésticos que farão parte da nova cozinha da unidade.


A superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/AL), Márcia Túlia Pessôa, revelou que os números deixaram a instituição sensível a causa. "Os dados do censo mostraram ainda que a maioria dos cooperados da Cooprel, por exemplo, fazem apenas uma refeição por dia. Nós devemos e junto a outras cooperativas, setor privado e o setor público, podemos mudar essa realidade", frisou a superintendente do Sescoop/AL.


A realidade da cooperativa também deixou Elizeu Rêgo bastante preocupado. O superintendente da Conab informou que em curto prazo vai providencia a inclusão da Cooprel no programa de distribuição de cesta básica e ainda trabalhar junto a OCB/AL a inclusão desses cooperados como beneficiários em programas como o de Aquisição de Alimentos (PAA).


"Já conversei com o agrônomo da OCB/AL e vamos trabalhar para beneficiar essa cooperativa com alimentos frescos como hortaliças, macaxeira, batata doce, outros alimentos que venham fortalecer a alimentação dessas famílias. Realmente a situação deles é bastante delicada, mas não podemos esmorecer. Vamos mobilizar outros órgãos públicos e contribuir por uma qualidade de vida", destacou Rêgo.


Para Maria José dos Santos, presidente da Cooprel, essa ajuda chega em boa hora. Hoje com vinte cooperados a unidade chegou a ter 27 membros, mas por conta da falta de recursos sete deles deixaram a coleta seletiva. "As pessoas tinham medo de morrer de fome. Passamos por dificuldades diariamente, o que conseguimos por mês é muito pouco. Graças a Deus contamos com a solidariedade das pessoas", declarou Maria José.


A Cooprel funciona em um galpão alugado, no bairro da Serraria, que mantido pela prefeitura de Maceió, mas foi com a ajuda da OCB/AL, os cooperados revelam ter tido algumas alegrias. "O pessoal da OCB/AL tem nos dado muita atenção. Nos orientado quanto a doenças e nos ajudado no dia-dia, no que precisamos. Mas as necessidades são muitas e o poder público poderia fazer mais por nós", lembrou a cooperada Valerita Maria.

plano de capitalização de cooperativas rurais

Programa de capitalização de cooperativas rurais supera expectativa e ganha mais R$ 350 milhões Criado em 2009 para promover a recuperação da estrutura patrimonial das cooperativas rurais, prejudicadas por crises econômicas, o Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) teve um volume de projetos para captação de crédito acima dos R$ 2 bilhões oferecidos no Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011. O sucesso do Procap-Agro levou o Conselho Monetário Nacional (CMN) a injetar mais R$ 350 milhões no programa.


Na comparação do período de dezembro de 2009 - quando foram liberados os primeiros recursos para a nova linha de crédito - a abril de 2010 com o de dezembro do ano passado a abril de 2011, os desembolsos aumentaram de R$ 316,8 milhões para R$ 1,4 bilhão, crescimento de 346% em um ano. Segundo o analista de mercados da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Paulo César Dias, a carência de linhas de crédito dessa modalidade estimulou a procura.


Diante disso, o CMN aprovou na reunião de ontem (27) o remanejamento R$ 350 milhões do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção (Prodecoop) para o Procap. O objetivo é cobrir projetos que estão em fase final pelas instituições financeiras. As linhas do Prodecoop, que também tinham recursos previstos de R$ 2 bilhões, não tiveram nem metade do valor desembolsado até o final de abril.


As operações do Procap-Agro têm limite de financiamento de R$ 50 milhões por cooperativa. As taxas de juros anuais são 6,75% e o prazo de pagamento é seis anos, sendo os dois primeiros de carência. No início de junho o governo deve anunciará o Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 e a expectativa do setor é que o volume de recursos para as duas linhas seja mantido.

cooeprativa de catatores no amazonas

Plano beneficia cooperativas de catadores Com o objetivo de aprimorar os conhecimentos sobre o cooperativismo no Amazonas e estabelecer parceria para a capacitação de catadores de materiais recicláveis, estiveram reunidos hoje (17/5), com o presidente do Sistema OCB-Sescoop/AM, Petrucio Magalhães Júnior, a técnica do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), Karin Segala, a presidente da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Coopcamare), Alzenira Rodrigues e representante da Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp).


O encontro teve a finalidade de estabelecer diretrizes para uma microaliança público-privada entre a Prefeitura de Manaus (PMM), por meio da Semulsp, a iniciativa privada e a cooperativa de catadores, tendo como sustentáculo o Plano Diretor de Resíduos Sólidos de Manaus (PDRS-Manaus).


Plano - O PDRS-Manaus é beneficiado por um Programa de Fomento estabelecido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contempla o gerenciamento do sistema de resíduos sólidos da cidade, os estudos de viabilidade econômica, a programação de intervenções, o conhecimento das necessidades e possibilidades locais e definição de estratégias de curto, médio e longo prazo.


Esse trabalho envolve também a promoção e inclusão social e econômica dos catadores de materiais recicláveis, que são fundamentais no processo de beneficiamento e encaminhamento para a reciclagem de resíduos sólidos.


Parcerias - Segundo a presidente da Coopcamare, Alzenira Rodrigues, com o PDRS-Manaus e as parcerias firmadas, serão possíveis a construção de um galpão para a triagem de materiais e a aquisição de equipamentos de segurança e trabalho, como o caso das prensas. “Somos 25 cooperados que já estávamos trabalhando através de uma associação, mas sentimos a necessidade de constituir a cooperativa que vai permitir uma participação maior e melhor organização do trabalho”, declarou.


Cooperativismo - Durante o encontro, Petrucio Júnior destacou o nível da capacidade empreendedora dos cooperados da Coopcamare. “A cooperativa possui uma ótima infraestrutura, conquistada com recursos próprios, adquiridos através do trabalho dos cooperados”, disse. Segundo ele, isso demonstra o potencial do cooperativismo em realizar a inclusão social e promover a distribuição de renda e prestação de relevantes serviços à sociedade.

banco central cria novas regras para cooperativismo de crédito

BC cria novas regras de avaliação para cooperativas de crédito O Banco Central está adotando novo modelo para avaliar as organizações do ramo crédito. Trata-se do Método de Avaliação de Cooperativas Centrais de Crédito (Macc), que representa uma evolução do formato anteriormente utilizado e será aplicado a partir deste ano.


Segundo o chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias do BC, José Ângelo Mazzillo Júnior, o Macc será a principal ferramenta de diagnóstico da cooperativas centrais de crédito que auxiliará na estruturação operacional e na condução da política e gestão dessas instituições.


O método está dividido em cinco módulos:


controles internos,
capacidade de supervisão auxiliar,
governança cooperativa,
situação econômico-financeira,
apoio aos negócios alinhado à Lei Complementar 130/2009.


As informações produzidas serão utilizadas durante todo o processo de supervisão do BC. Por isso, as cooperativas centrais, responsáveis pela atuação sistêmica e pela definição de diretrizes que agregam valor aos negócios dos seus cooperados, serão o foco do Macc.


Para o Desuc, os diagnósticos levantados serão úteis na hora de o BC se manifestar a respeito dos pleitos de cooperativas centrais ou singulares. Também servirão para o órgão indicar ações específicas de supervisão, com objetivo de promover a regularização de possíveis deficiências nessas instituições financeiras.


O gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti, acredita que a modernização trará benefícios para o cooperativismo, uma vez que promove o aperfeiçoamento dos mecanismos de atuação das centrais. “O Macc vai trazer mais qualidade à atuação sistêmica e será fundamental para a melhoria dos processos e resultados das cooperativas

visita ilustre do chefe da academia das cooperativas alemãs

Coordenador da Academia das Cooperativas Alemãs visita Ocepar O gerente de produto e coordenador educacional da Academia das Cooperativas Alemãs (ADG, sigla em alemão), Stefan Daferner, iniciou, na tarde desta terça-feira (03/05), uma visita à sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. Ele disse que está aproveitando sua passagem pelo Brasil para discutir a possibilidade de realizar trabalhos futuros em conjunto com o cooperativismo paranaense e de receber novos grupos de brasileiros na Alemanha. A ADG é um instituto de formação que funciona no Castelo de Montabaur, cidade da Alemanha localizada no distrito de Westerwaldkreis, estado da Renânia-Palatinado. A Academia já recebeu três turmas do Programa Internacional de Formação de Executivos e Líderes Cooperativistas, desenvolvido pelo Sescoop/PR, em parceria com o Sebrae Paraná, Sebrae Nacional e Presidência da República e que conta ainda com apoio de parceiros estrangeiros, entre eles, a Confederação Alemã de Cooperativas.


Dados - Daferner informou que a ADG foi criada em 1970 e hoje é uma das mais importantes instituições especializadas em capacitação na Alemanha, com foco principalmente na formação de executivos das cooperativas de crédito. Ela possui 195 funcionários, dos quais cerca de 40 atuam na organização dos eventos. A Academia recorre a uma rede de 800 docentes de toda a Europa que ministram os conteúdos, sendo que em 2010, a ADG realizou 1.400 cursos e conferências com mais de 18.600 participantes. O faturamento alcançou 26,3 milhões de euros no ano passado, o que equivale a mais de R$ 70 milhões. Em relação às áreas de atuação, o coordenador da Academia alemã disse que ela é voltada à formação de diretores executivos e de auditores e contabilistas; profissionalização de especialistas em finanças e ministra ainda cursos de bacharelado e mestrado para o setor financeiro, além de conferências sobre o mercado. A instituição é mantida por cooperativas de crédito e tem como missão prestar serviços ao segmento.


Estrutura - O Castelo de Montabaur, onde as atividades de capacitação são desenvolvidas, possui uma estrutura que abrange o castelo histórico; cinco edifícios para acomodar os participantes, com 287 quartos; dois edifícios para a realização dos cursos,com 15 salas de aula, 24 salas de trabalho em grupo, além de instalações para de lazer e restaurante. Atualmente, um novo Centro de Convenções está sendo construído, que possibilitará a realização de conferências para até 250 participantes. A ADG desenvolve ainda atividades em outros países da América Latina (Brasil), África, Ásia e na própria Europa, como apoio técnico para projetos no setor financeiro, programas, seminários, workshops, conferências, entre outros serviços.


Participantes - A explanação de Stefan Daferner sobre a ADG foi acompanhada pelo superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken; pelo gerente de Autogestão e Desenvolvimento do Sescoop/PR, Gerson José Lauermann; pelo gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra; pelo assessor da diretoria, Guntolf van Kaick; pelo coordenador jurídico da Ocepar,Paulo Roberto Stöberl; pelo assessor jurídico da Fecoopar, Anderson Eugênio Lechechen; pelos coordenadores administrativo da Ocepar, Claudiomiro Rodrigues e do Sescoop/PR, José Roncoski; pelo coordenador de comunicação do Sistema Ocepar, Samuel Milléo Filho; pela assessora de imprensa, Lúcia Massae Suzukawa; pela assessora de cooperativismo, Sigrid Ritzmann, e pelo analista técnico da Ocepar, Gilson Martins. Depois, o coordenador da ADG recebeu informações sobre o funcionamento do sistema cooperativista paranaense e também a respeito das atividades desenvolvidas pelo Sescoop/PR na área de formação, monitoramento e gestão das cooperativas do Estado.


Avaliação - Segundo Daferner, o desenvolvimento experimentado pelas cooperativas do Paraná é bastante expressivo. "Os números apresentados aqui na Ocepar mostram que o sistema é bastante estruturado, contínuo e sustentável", disse. O dirigente afirmou que ficou satisfeito em poder rever amigos aqui no Paraná e que espera num futuro próximo poder receber os profissionais da Ocepar e do Sescoop Paraná na Alemanha novamente. "Esperamos, num futuro próximo, podermos estreitar esses laços de intercooperação iniciados com a visita de dirigentes na Alemanha, com a realização de mais troca de experiências entre as entidades e, quem sabe, aprofundar temas mais específicos como gestão de cooperativas e treinamentos no preparo dos profissionais", frisou.


Visitas - Na manhã desta quarta-feira (04/05), Daferner retornou à Ocepar, quando conversou com o superintendente José Roberto Ricken. Após o encontro, ele visitou, em companhia de Gilson Martins, a sede da Sicredi Paraná. Ainda nesta semana, o dirigente alemão vai a Porto Alegre e Brasília, onde se reúne com lideranças da OCB e do Sescoop.

coopeativismo e empreedorismo se apreede na escola

O intuito é agregar nas disciplinas aplicadas às crianças e adolescentes os princípios do cooperativismo e do empreendedorismo. Três escolas da rede municipal – Maria Carmelita e Bento Munhoz, do distrito de Lerroville, e a John Kennedy, de Guaravera – vão disponibilizar o corpo docente para ser capacitado. A previsão é de que o programa comece efetivamente já no mês de junho.

A parceria entre a cooperativa de crédito e o município funciona da seguinte forma: a Sicredi União disponibiliza um profissional da área da educação para transmitir aos professores a metodologia do programa e disseminar os princípios cooperativistas; e a Secretaria Municipal de Educação disponibiliza as escolas e seu corpo docente, para que assim seja implantado o programa.

"O ensino da prática cooperativista será levado para as salas de aula. Até por que eu sou defensor do cooperativismo e, com a atuação do Sicredi no município, é importante lembrar que os recursos captados pela cooperativa vão ficar aqui, apoiando o nosso desenvolvimento", afirmou o prefeito Barbosa Neto.

A assessoria de Barbosa confirmou a presença dele e da secretária de Educação, Karin Sabec, à cerimônia desta terça-feira. Estarão presentes também o presidente da Sicredi União PR, Wellington Ferreira, e o superintendente de Desenvolvimento da Central Sicredi Paraná, Maroan Tohme.

A assessora do 'A União Faz a Vida' da cooperativa, Maria Rosângela Freitas, informou que, durante a abertura do programa em Londrina, a Sicredi União oferecerá aos professores e convidados uma palestra com o professor Eduardo Shinyashiki, que falará sobre o comprometimento pessoal com a valorização da vida, com enfoque nas práticas cooperativistas e empreendedoras nas salas de aulas.

Cooperativismo

"Difundir a cultura da cooperação sob o ponto de vista de que, mais do que simplesmente doar, é essencial criar condições para que os cidadãos possam se capacitar e crescer." Essa é a missão do Programa 'A União Faz a Vida'.

Na Sicredi União PR, a iniciativa foi implementada em 2008, no município de Nova Esperança e, um ano depois, chegou a Munhoz de Mello, ambos no Noroeste do Estado. No total, 13 escolas municipais participam, envolvendo 185 professores que transmitem ensinamentos de conteúdo cooperativista para 3.195 alunos, entre crianças e adolescentes.

Atualmente, o "A União Faz a Vida" está presente no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, compreendendo 145 municípios, 1.439 escolas e cerca de 16 mil educadores, que levam conhecimentos sobre cooperativismo e empreendedorismo para 188.514 alunos.

O programa foi criado em 1995 pelo Sistema Sicredi, no Rio Grande do Sul, com o objetivo, construir e vivenciar atitudes e valores de cooperação e cidadania. Por meio de práticas de educação cooperativa, envolve modalidades como o agronegócio, educação, esporte, mobilização solidária, meio ambiente, empreendedorismo e saúde.

A iniciativa integra a cooperativa aos sistemas de educação dos municípios onde atua o Sicredi, produzindo frutos para a comunidade. O primeiro passo parte das secretarias municipais de Educação em aceitar o convite para a implantação do programa. Depois, disponibilizam o corpo docente para que seja capacitado à metodologia.

normas novas sobre certiifcação de armazéns

Novas normas vão facilitar certificação de armazéns O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prevê para o dia 12 de junho a publicação do relatório técnico que indicará as alterações na portaria que definiu os critérios necessários para que as unidades de armazenamento de grãos e fibras recebam certificados de qualidade. "A comissão técnica, formada por representantes de toda a cadeia produtiva, revisa todos os 17 requisitos da norma para flexibilizar aqueles que são de mais difícil execução", afirmou o coordenador-geral de Infraestrutura Rural e Logística de Produção do Mapa, Carlos Alberto Nunes.


Segundo ele, um dos objetivos principais da revisão é facilitar a adaptação de armazéns mais antigos, que exigem mais investimento, através do alongamento dos prazos para a realização das adaptações técnicas, estruturais e tecnológicas que garantam, entre outras coisas, a redução das perdas. Inicialmente, a normativa previa a certificação de 25% das unidades (ou da capacidade estática de um complexo) a cada ano. A partir de 2012, como informou Nunes, a certificação deve cobrir 15% das unidades por ano.


Ricardo Núncio, assessor técnico da Fecoagro, explica que as cooperativas são as que têm enfrentado as maiores dificuldades na adaptação, já que muitas possuem estruturas muito antigas, com mais de 40 anos de uso. "Alguns prédios foram construídos com fundo chato, outros com fundo vertical, características que dificultam a eficiência de equipamentos de termometria e aeração exigidos pela norma. Então, muitas vezes é preferível desativar um armazém antigo e construir outro mais moderno", ponderou.


Outra questão levantada pela norma técnica que esbarra no histórico de muitas cooperativas é o licenciamento ambiental, que avalia o impacto no entorno urbano. Núncio lembra que muitas cidades desenvolveram bairros populosos nos arredores das unidades armazenadoras que, originalmente, ficavam em zona rural e até hoje mantêm níveis de emissão de materiais particulados e ruídos incompatíveis com a nova realidade.


Segundo as estimativas do ministério, cerca de 600 unidades armazenadoras estão certificadas ou em processo de certificação no País, que tem 17.447 armazéns segundo os registros da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Não temos uma meta anual de unidades por certificar, até porque esse é um processo que demanda investimentos por parte das empresas e cooperativas, mas esperamos um crescimento na adesão", disse Nunes.


Uma das cooperativas gaúchas que já concluíram o processo é a Cooperativa Agrícola Mista Aceguá (Camal, de Bagé). "Temos apenas uma unidade, com capacidade para estocar até 40 mil toneladas. Tivemos que investir na identificação dos ambientes, na construção de sanitários para os visitantes, em itens de segurança do trabalho e na instalação de exaustores. Temos ainda um prazo para instalar os equipamentos de termometria", descreveu o gerente agrícola da entidade, Hartmut Hubert.


Segundo ele, a etapa mais trabalhosa foi descrever todos os procedimentos que precisaram ser incluídos no regulamento interno que, por sua vez, tiveram de ser registrados na Junta Comercial.


O gerente agrícola da Camal estima que a cooperativa, que reúne cerca de 1,5 mil associados, investiu R$ 100 mil no processo. A etapa mais cara, detalhou Hubert, foi o cercamento da área da unidade, o que demandou a construção de um muro e a substituição das cercas de arame antigas.


Os valores tendem a ser até 90% mais baixos para os processos mais recentes, em função da entrada de novas empresas certificadoras no mercado e da formação de mais auditores pela Universidade Federal de Pelotas (entidade credenciada pelo Mapa). Levantamentos feitos pela Fecoagro em 2010 apontam que o valor cobrado pelas empresas certificadoras girava em torno de R$ 4 mil por unidade, enquanto até 2008 a média do mercado era de R$ 40 mil.


Gerente da Cesa diz que falta de mão de obra qualificada é o maior entrave


Engenheiro-agrônomo, responsável técnico, fiel depositário, carregador, operador de equipamentos e auxiliar de escritório são algumas das funções previstas pela norma que rege a certificação das unidades armazenadoras. A contratação de pessoas qualificadas para as atividades é, na avaliação do gerente da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), Luis Carlos Oliveira, um dos principais entraves do processo.


"A dificuldade maior que nós temos, e que é comum aos demais armazenadores, é a contratação de mão de obra qualificada, que pela norma não pode ser terceirizada. Faltam profissionais no mercado e o número de pessoas trabalhando por unidade varia de acordo com as safras", observou.


O gestor estima que são necessários, no mínimo, seis profissionais por unidade armazenadora. Com isso, as empresas gestoras dos 4.380 armazéns espalhados pelo Estado terão que treinar seus colaboradores ou fazer novas contratações para preencher adequadamente os 26.280 postos de trabalho.


Oliveira, que é auditor de armazéns formado pela Universidade Federal de Pelotas, ponderou que, apesar do entrave que a exigência significa num primeiro momento, a alocação de pessoas treinadas para cada atividade garante a qualidade do serviço prestado. Segundo ele, a qualificação profissional é o diferencial que assegura a operação adequada dos equipamentos, o correto manuseio dos grãos e o controle de pragas eficiente.


"Ganha o consumidor. Com a estrutura funcionando bem e os registros sendo feitos de forma correta, a norma cria uma rastreabilidade até agora inédita na comercialização de grãos", disse ele.


Na avaliação do gerente, a boa safra de arroz e soja colhida pelo Rio Grande do Sul em 2011 tornou o momento ideal para canalizar os recursos para os investimentos necessários em armazenagem e para o treinamento de pessoal. Aplicação, lembra Oliveira, que nos últimos 28 anos vem sendo feita exclusivamente por indústrias, cooperativas e produtores. "Desde 1983 que o governo do Estado não amplia a capacidade de armazenamento da Cesa".Para executivo da Kepler Weber, estocagem não acompanhou a evolução da lavoura brasileira


Nos últimos 15 anos, a capacidade produtiva das colheitadeiras em atividade no Rio Grande do Sul quintuplicou, sem que a estrutura para o recebimento de grãos nas unidades armazenadoras nas fazendas tenha crescido na mesma proporção. Na avaliação do superintendente da Kepler Weber, Tadeu Vino, esta discrepância gera uma situação absurda ao colocar a colheita em ritmo de espera. "Muitas vezes a máquina que custa uma fortuna fica parada porque já não tem espaço na fazenda e também não tem caminhão para levar o produto até a indústria", descreveu Vino, ao lamentar que a cada safra o País volte a usar os caminhões como depósito.


Esta realidade é confirmada pelos dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), que apontam que apenas 13,71% dos armazéns do País estão nas fazendas. As demais unidades - coletoras, intermediárias e finais - estão divididas entre a zona rural (35,78%), urbana (44,23%) e portuária (6,28%). Pior ainda. O Brasil tem capacidade total de armazenagem de 137,3 milhões de toneladas (entre armazéns convencionais e a granel), enquanto a safra 2010/2011 deverá ultrapassar a produção de 157,4 milhões de toneladas.


Os registros da Conab apontam a existência de 17.447 armazéns no País, sendo que a maior parte (75,06%) é privado. As cooperativas administram 20,63% das unidades armazenadoras e apenas 4,31% integram a rede oficial. O Rio Grande do Sul é o terceiro estado do País em número de unidades armazenadoras. Existem 4.380 armazéns no Estado, com capacidade de estocar 24,5 milhões de toneladas. A maior capacidade estática está instalada no Paraná, que comporta estoques de 27,5 milhões de toneladas, distribuídos em 3.559 armazéns. Em seguida está o Mato Grosso, com 2.120 armazéns com capacidade para guardar 26,9 milhões de toneladas.


A Kepler Weber, que detém 55% do mercado de silos, estima que no último ano o incremento da capacidade estática de armazenagem do País foi de 3,41 milhões de toneladas. No Rio Grande do Sul, as vendas do setor incrementaram a capacidade estática de armazenagem em 682 mil toneladas em 2010. "A carência de estrutura de armazenagem no Rio Grande do Sul é antiga, mas o fato ganhou mais ênfase neste ano porque as safras de arroz e de soja foram recordes. Além disso, temos estoques de passagem, ou seja, produtos colhidos em outros anos que permanecem nos silos - uma realidade marcante do setor orizícola", afirmou Vino.


O superintendente da Kepler Weber percebe que as exigências técnicas da normativa de certificação já movimentam o mercado, embora ainda discretamente. Segundo ele, todas as unidades instaladas nos últimos anos são equipadas com os itens apontados como essenciais pela regra do Ministério da Agricultura, como balança e termometria. Vino afirma que, em muitos casos, a adaptação de unidades antigas é complexa e cara, o que levou muitas cooperativas a argumentar, junto ao Ministério da Agricultura, que a reforma não é vantajosa economicamente. "Em alguns casos, sai mais barato construir um silo novo, que inclusive pode ser encaixado no Programa de Sustentação do Investimento (PSI), uma linha de crédito do Finame que em sua primeira edição tinha juros subsidiados de 4,5% ao ano. Agora, na terceira etapa, o PSI prevê juros um pouco maiores, mas ainda subsidiados, de 6,5% ao ano para pequenos produtores e de 8,7% para os grandes", detalhou.


Cooperativas gaúchas já iniciaram as mudanças, mas queixam-se da dificuldade de acesso ao crédito


A revisão das normas do Ministério da Agricultura permitirá um escalonamento dos investimentos, o que, na avaliação do gerente operacional da Cotrijal, Laides Porto Alegre, facilitará a certificação das unidades. A cooperativa do Noroeste do Estado planeja certificar 21 unidades armazenadoras até 2017 - cinco delas, ainda neste ano.


"Na nossa visão, a certificação fortalece a relação do setor armazenador com o setor produtivo e com a sociedade em geral, porque aumenta o profissionalismo na atividade e reduz as perdas em todas as etapas, como o recebimento, a padronização, a armazenagem e a expedição. São regras que dão segurança nos procedimentos operacionais", afirmou.


Segundo Porto Alegre, a Cotrijal já vinha modernizando as unidades antes da publicação da normativa, o que reduziu o número de adaptações necessárias à certificação. Para a Cotrijal, a principal mudança foi cultural, imposta com a unificação de procedimentos e a intensificação do treinamento dos 400 funcionários que trabalham diretamente nas unidades armazenadoras da cooperativa - que atende 14 municípios.


A certificação de três ou quatro unidades ao ano foi a estratégia adotada para implementar os procedimentos com recursos próprios. Outras cooperativas, porém, não conseguem escapar de um problema apontado por Ricardo Núncio como um dos principais obstáculos para a adesão à certificação: o crédito. "Falta acessibilidade ao crédito e linhas específicas para as cooperativas. Grande parte das entidades tem problemas financeiros e isso dificulta a execução de grandes investimentos", observou.


A flexibilização dos prazos é também a aposta da Cooperativa Tritícola Santa Rosa (Cotrirosa). Segundo o engenheiro-agrônomo Jairton Dezordi, seis unidades devem ser certificadas ao longo dos próximos anos, mas o processo de implantação já começou. "Uma facilidade que temos é o fato de já possuirmos os equipamentos mais caros em nossas estruturas, o que vai baratear a adequação", disse ele, ao observar que grande parte do investimento será feita na qualificação dos funcionários.

criada cooperativa de crédito dos militares

OCB/AL participa da criação da Coopcaixa A superintendente do Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo em Alagoas (Sescoop/AL), Márcia Túlia participou, na manhã da última sexta-feira (20), de uma reunião para criar a Cooperativa de Crédito dos Associados da Caixa Beneficente dos Servidores Militares do Estado de Alagoas (Coopcaixa).


A reunião aconteceu na futura sede da Coopcaixa, na Avenida Roberto Pontes Lima, no Trapiche da Barra (ao lado do Colégio da Polícia Militar). De acordo com Márcia Túlia, a Coopcaixa tem um grande potencial de desenvolvimento.


"A OCB/AL vai contribuir no processo de criação da cooperativa, vamos dar o suporte necessário para a sua estruturação. Com certeza, a Coopcaixa vai melhorar a qualidade de vida dos policiais do Estado", disse.


Além do superintendente da OCB/AL, estavam presentes na reunião, policiais militares. O Coronel Ivon Berto, presidente da Caixa Beneficente dos Servidores Militares do Estado de Alagoas, explicou que a cooperativa será uma entidade financeira, criada para conceder crédito aos associados.


"Acreditamos que haverá a participação de mais de oito mil associados na cooperativa, onde todos serão donos do empreendimento. Já nascemos como a maior cooperativa de crédito do estado de Alagoas", anunciou Ivon Berto.


A Coopcaixa será uma instituição financeira fiscalizada e regida pelo Banco Central. O lucro anual será dividido de forma igualitária entre os cooperados.

sebrae aprova novos projetos de cooperativismo de crédito

Com o objetivo de incentivar boas práticas em cooperativismo de crédito, o Sebrae vai investir R$ 2,5 milhões em projetos voltados para micro e pequenas empresas. A diretoria da instituição aprovou 18 pré-projetos que serão aperfeiçoados pelas unidades estaduais para que os participantes possam receber os recursos. Esses projetos envolvem 115 cooperativas de crédito e 73 outros parceiros. Os escolhidos participaram da pré-seleção feita pela instituição por meio do edital da Chamada Interna de Projetos Fomento às Boas Práticas em Cooperativas de Crédito, lançado em fevereiro deste ano.


A instituição vai liberar até R$ 250 mil por estado com a intenção de apoiar as unidades estaduais na implantação de boas práticas de cooperativas de crédito com pequenos negócios. As unidades estaduais e terceiros devem complementar o volume. “O objetivo é fortalecer e amadurecer a relação das micro e pequenas empresas com o segmento do cooperativismo de crédito. O sistema de cooperativismo é uma alternativa muito importante no contexto da inclusão financeira das micro e pequenas empresas e empreendedores individuais”, afirma o responsável pelo projeto no Sebrae, Robson Matos.


Desde 2003 o Sebrae vem investido em ações para fomentar o cooperativismo de crédito no país, mas essa é a primeira iniciativa nesse formato. As unidades estaduais do Sebrae têm até 13 de junho para enviar os projetos consolidados, de acordo com a chamada interna de projetos de fomento às boas práticas em cooperativas de crédito. Em 12 de agosto a diretoria executiva do Sebrae vai oficializar a aprovação final dos projetos que a partir daí receberão os recursos. O volume deverá ser aplicado até o fim de 2014.


Existem no país mais de 1,4 mil cooperativas de crédito, segundo dados do Sebrae. O projeto da instituição visa amadurecer as cooperativas que atuam com os pequenos negócios. O objetivo é melhorar o acesso ao crédito e a outros produtos e serviços financeiros pelas micro e pequenas empresas. Os recursos vão financiar desde a capacitação de técnicos das cooperativas que fazem o atendimento até a viabilização de intercâmbios dessas cooperativas em outras que já tenham boa experiência na atuação com micro e pequenas empresas.


Serão contemplados projetos que criem novos produtos e serviços financeiros para empreendedores individuais e MPE. Essas empresas devem atuar em novos nichos de mercado e em novos territórios e adotar novas ferramentas e tecnologias de gestão

cooperativas apontam sacolas retornáveis como um opção segura

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), entidade que representa o setor nacionalmente, aposta no crescimento de cooperativas que produzem sacolas retornáveis. Ainda não há dados específicos, mas a expectativa é que as cooperativas deste segmento se expandam vertiginosamente, por conta da tendência de consumo sustentável e o fadado fim das sacolinhas plásticas nos supermercados.


“Não só vão aumentar as cooperativas de ecobags, mas este nicho abre espaço, ainda, para o crescimento de cooperativas de reciclagem, trazendo emprego, renda e transformando um resíduo em insumo. O consumo consciente está aí, e é essencial para o mundo”, declara Marco Olívio, analista de mercado da OCB.


Segundo Olívio, São Paulo é o Estado que mais tem avançado nas ações de sustentabilidade. “A tendência, no entanto, é que aumentem as leis municipais vetando as sacolas plásticas. É um tipo de lei em que todo mundo ganha”, salienta Olívio.


Na semana passada, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou um protocolo de intenções com a Associação Paulista de Supermercados (Apas). As sacolas plásticas devem ser totalmente substituídas até janeiro de 2012 no Estado.


“Não se trata de uma guerra com a indústria plástica, mas sim um processo educativo da sociedade. Hoje há um mau uso das sacolas plásticas”, diz o vice-presidente da Apas e diretor de comunicação, Orlando Morando.


Associação investe em campanha - A Associação Paulista de Supermercados (Apas), diz seu presidente Orlando Morando, já deu o estopim da campanha de conscientização para eliminar as sacolas plásticas dos supermercados do Estado. A meta é, a partir de novembro, não disponibilizar mais as sacolas plásticas e oferecer nas lojas a sacola biodegradável, que será vendida por R$ 0,19 a unidade.


“Já estamos fazendo propaganda sonora nos supermercados, colocando faixas e distribuindo panfletos”, informa Morando. “Algumas redes que têm cartão próprio vão dar pontuação para quem levar sua própria sacola (ou caixa de papelão ou outra alternativa para levar os produtos para casa). E o governo vai fazer campanhas nas escolas e nos meios de comunicação”, adianta.


Morando diz que, para a campanha dar certo, é fundamental que o consumidor mude seus hábitos e abrace a causa sustentável. A cidade de Jundiaí, que aboliu totalmente as sacolas plásticas por meio de um projeto piloto nacional envolvendo a Apas e a Prefeitura, atualmente deixa de usar, segundo Morando, 80 toneladas de sacolas plásticas por mês.


“A nossa campanha tem adesão total”, assegura Morando, fazendo menção ao empresariado do setor. “Em Jundiaí, quando foi desencadeada a campanha, um supermercado não quis participar. Conclusão: caiu o faturamento dele e foi visto como um comerciante anti-ambiental. A preocupação com o meio ambiente é a pauta do século”, expõe.


Microempresa dobrou produção- Em agosto de 2009, o casal Estela e Luís Alves decidiu largar o ramo de confecção de roupas de bebês para investir na produção das ecobags, as sacolas retornáveis. Com empréstimo do Banco do Povo, compraram três máquinas e criaram a microempresa Na Sacola, que fica na Lapa, Zona Oeste. Estela é designer e bola os desenhos, totalmente originais.


Alves, ano passado, fez um corpo a corpo, para divulgar seus produtos em supermercados, sem sucesso. Neste ano, os mesmos empresários estão procurando as ecobags, dobrando a produção. Já são três mil sacolas confeccionadas. “A procura deve aumentar mais”, diz Alves.


Com o aumento das vendas, o microempresário já vislumbra aumentar a oficina e contratar outro funcionário. Hoje, trabalham ele, a mulher e uma pessoa contratada. A Na Sacola também produz bolsas e bolsas de praia. Os produtos estão no site www.sacolaecobag.com.br.

copérdia é um projeto vencedor

Copérdia é reconhecida nacionalmente O projeto Núcleos Femininos desenvolvido pela Copérdia há 23 anos foi o grande vencedor do Prêmio Mérito 2010. A premiação é realizada em nível nacional pela Syngenta. No ano passado a Copérdia também conquistou o primeiro lugar no concurso com o programa Unicoper. A entrega do prêmio foi realizada dia 10 de maio em São Paulo.


O projeto da Copérdia concorreu com mais de 80 projetos sociais desenvolvidos por cooperativas do Brasil. Além da oportunidade de mostrar o projeto para mais de 200 lideranças cooperativistas do país presentes no evento, a Copérdia recebeu o valor de R$ 5 mil para ser aplicado na continuidade do projeto.


A Copérdia possui 95 Núcleos Femininos, distribuídos na região de atuação da cooperativa em Santa Catarina. No ano passado, contou com a participação de 3.590 mulheres. Cada Núcleo possui uma líder que coordena o grupo. Anualmente os Núcleos recebem duas atividades: um curso de culinária e uma palestra. A escolha da atividade é feita pela líder no Encontro Anual das Líderes Femininas da Copérdia.


Além desse encontro, as líderes participam do Encontro Catarinense de Lideranças Cooperativistas, um evento para estimular a profissionalização e formação da liderança feminina. O mais importante, segundo o vice-presidente da Copérdia, Ademar da Silva é a inserção da mulher nas atividades e nos Conselhos da cooperativa. “Os Núcleos Femininos contribuem para a formação de liderança e hoje temos líderes Conselheiras de Ética, Fiscal e de Administração”, observa

produção de mel aumentou no sistema cooperativista

Produtores de mel comemoram aumento em exportações A safra de mel do Piauí em 2011 deve ser uma das maiores dos últimos anos. A informação é da Central de Cooperativas Apícolas do Semi-Árido Brasileiro (Casa Apis) e da Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Comapi). Os apicultores também comemoram o aumento das exportações e do preço do produto.


Durante os meses de janeiro a abril deste ano, nove containeres, sendo sete da Casa Apis e dois da Comapi, foram comercializados para o exterior. Antonio Leopoldino Dantas Filho, presidente da Casa Apis, informa que o quilo do mel orgânico foi vendido por US$ 3,50 para os Estados Unidos e Itália. O presidente da Casa Apis diz ainda que aos poucos o mel piauiense se consolida no exterior e a expectativa é de mais crescimento. “Produzimos mel orgânico que está sendo bem aceito fora do Brasil. A expectativa é que até o final do ano a Casa Apis tenha exportado cerca de 30 containeres”, afirma Dantas.


No mercado, o mel orgânico é mais valorizado que o convencional. Por isso, o Sebrae no Piauí realiza capacitações junto aos produtores de mel da região de Picos, quando se discutem inovações tecnológicas para a certificação e adequação de processos.


Qualidade


A Comapi também comemora o crescimento das exportações. Entre os meses de janeiro e abril, dois containeres foram exportados para os Estados Unidos. De maio a junho, serão comercializados cinco para o mesmo país. O gerente administrativo da Comapi, Paulo José da Silva, informa que o quilo do mel produzido na região de Simplício Mendes está sendo vendido ao exterior a US$ 3,38 e a expectativa é comercializar toda a produção, a exemplo de 2010.


“Esperamos vender as 300 toneladas produzidas este ano, repetindo o sucesso de vendas de 2010. Produzimos um mel orgânico de qualidade, que começa a ser apreciado nos Estados Unidos e isso é muito gratificante. Esperamos a liberação do Ministério Público para vendermos à Europa”, afirma Paulo José.

lixo sempre é um problema

Lixo acumulado e despejo de resíduos causam danos ambientais ao Porto da Ceasa A presença de lixo acumulado e o despejo de efluentes da feira do Porto da Ceasa chamaram atenção de autoridades ambientais e políticos do município do Careiro da Várzea, que nesta sexta-feira (20) visitaram o local para avaliar e tomar providências para a área.


Uma destas autoridades foi o deputado estadual Luz Castro, que preside a Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa. Ele foi ao local para confirmar denúncia da poluição ambiental feita pela Cooperativa Encontro das Águas, com sede no porto.


Também fez parte do grupo o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB/AM), Petrucio Magalhães Junior e técnicos da Comissão de Meio Ambiente.


“A área do porto da Ceasa, utilizada por passageiros que realizam a travessia para Autazes, Careiro da Várzea e comunidades próximas, está tomada pelo lixo. Outro problema ainda mais grave é um esgoto a céu aberto, de onde é jogado todo tipo de efluente da feira para o rio”, disse Castro.


O deputado informou que, após inspeção da Comissão de Meio Ambiente, técnicos ambientais constataram que a estação de tratamento da Feira da Ceasa foi construída sem capacidade para atender a toda demanda de efluentes produzida pelos comerciantes do local.


“Há um esgoto à céu aberto. Isto dá uma impressão extremamente negativa”, disse.


A respeito do acúmulo de lixo, Luiz Castro disse que iria pedir providências da Prefeitura de Manaus.


Diagnóstico


O agente portuário da Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Amazonas (SNPH), Walfrido Neto, disse que a poluição ambiental na área do porto da Ceasa também é motivo de grande preocupação para a diretoria do órgão.


“Por isso nós já solicitamos que a empresa responsável pela construção da feira e da estação de tratamento apresente um laudo contendo soluções para o problema”, informou.


A assessoria de imprensa da SNPH informou a empresa vai fazer um diangóstico para identificar o problema que vem causando a poluição proveniente dos resíduos utilizados pelos boxes do porto.


As causas podem ser má utilização do sistema de tratamento, bombas danificadas ou tubulação aquém da capacidade da vazão. Ou os três juntos, segundo a assessoria.


Prejuízos


Presente no Porto da Ceasa, a vice-prefeita do município de Careiro da Várzea, Conceição Costa, enfatizou que a poluição ambiental na área do Porto da Ceasa vem prejudicando, inclusive, a economia do município.


A Secretária de Meio Ambiente e Turismo de Careiro da Várzea, Lúcia Costa, enfatizou a grande preocupação com a política de turismo do município.


“Nós estamos querendo estimular o turismo, mas, com esse porto, fica tudo mais difícil”, declarou, lembrando a importância do Governo do Estado trabalhar para resolver os problemas do porto da Ceasa.

cecrd sempre pujante

Sistema CECRED atinge mais de 200 mil cooperados O Sistema Cecred atingiu no mês de abril mais de 200 mil cooperados em suas 13 cooperativas singulares e uma Central, pertencentes aos estados de Santa Catarina e Paraná. Para Moacir Krambeck, Presidente do Sistema, este número vem ao encontro com a missão do cooperativismo de crédito, que é incentivar e oportunizar o desenvolvimento das regiões onde atua. “O sistema facilita o acesso das comunidades aos serviços financeiros, tais como: crédito, poupança e demais produtos, com atuação em locais que, muitas vezes, nenhuma outra instituição financeira está presente. Isso implica diretamen te no atendimento aos cooperados, permitindo rendimentos atrativos aos investidores e inclusão financeira aos que necessitam de crédito”, comenta.


Com o objetivo integrar e capacitar esse quadro social, o Sistema realiza eventos através do Programa de Integração e Desenvolvimento de Cooperados (PROGRID) que, somente em 2010 contou com mais de 72 mil participações em eventos realizados gratuitamente em diversas cidades de SC e PR. De acordo com Elaine Rodrigues, Gerente de RH e Desenvolvimento Social da CECRED, “estes eventos são norteados por eixos nas áreas de educação cooperativista, educação financeira, desenvolvimento de competências profissionais, formação técnico ocupacional, inserção no mercado de trabalho, formação de empreendedores, qualidade de vida e responsabilidade social e ambiental”.


O Sistema Cecred foi formado em 2002 a partir da constituição da Central CECRED que na época filiava 3 cooperativas singulares. De lá pra cá, registrou importantes conquistas como a filiação de mais 10 cooperativas, ampliação da área de ação para os três estados do Sul e acesso direto ao Sistema Financeiro Nacional, com o código de compensação

cravil faz 40 anos de existência

Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí está completando 40 anos de constituição, com festa que deverá reunir associados e lideranças rurais e política. A comemoração será sábado (dia 21) a partir das 9 horas. A programação prevê palestra com o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Depois do almoço de confraternização acontece a solenidade de oficial alusiva ao aniversário da cooperativa, show com a dupla Rudi e Willy e a divulgação dos vencedores do Show de Prêmios.


O presidente Harry Dorow destacou no começo da década de 60, com o advento da Revolução Verde no Brasil, houve um impulso na produção agropecuária. “Mas com aumento da produção e as dificuldades de comercialização da safra, adquirida por intermediários, que estabeleciam os preços de acordo com a oferta”. O presidente colocou que foi a partir daquele momento que os produtores passaram a se unir em sindicatos e depois surgiram as cooperativas. No Alto Vale do Itajaí haviam cinco, em Presidente Getúlio, Pouso Redondo, Ituporanga, Rio do Oeste e Lontras. Foi com a fusão delas que surgiu a Cravil.


A cooperativa atua hoje em 40 municípios nas regiões do Vale do Itajaí e Colonial Serrana. Conta com 11 unidades de recebimento, classificação, beneficiamento e armazenagem de cereais e indústria de arroz. Na área de consumo conta com 32 lojas agrícolas e supermercados. A Cooperativa recebe anualmente 17 milhões de litros de leite. No setor de cereais o volume de recebimento e comercialização gira em torno de 112 mil toneladas. Destaque também para o setor de sementes de arroz com 22,4 mil sacas. O faturamento de 2010 correspondeu a R$ 217 milhões, o que gerou R$ 12,1 milhões de impostos.


Dorow citou alguns desafios daqui para frente, como ampliar o quadro de associados jovens, o desenvolvimento com propriedades sustentáveis economicamente. Outra meta é a diversificação e implantação de novas atividades, além de ampliar a sua participação no mercado de arroz e de ração animal. (Cravil)

cooperativa de citricos quebra paradigma na amazônia

Cooperativa de cítricos quebra paradigma na floresta amazônica Existe no Brasil um dito popular que associa um estigma a uma fruta cítrica e a pessoa que a manuseia. Quando ouvimos a expressão “estou com um abacaxi nas mãos” é comum pensar que a pessoa em questão esteja com dificuldade ou sério problema diante de uma situação. Não sabemos o porquê da escolha do abacaxi para o desagravo. Mas, como toda regra tem exceção, encontramos no meio da Amazônia um exemplo no cooperativismo que ajudou a derrubar o paradigma do abacaxi.


Contrariando o senso comum, a comunidade Sagrado Coração de Jesus, na Vila do Engenho, município de Itacoatiara, interior do Amazonas, escreve uma nova versão do imaginário popular. Isto porque os agricultores locais cultivam com sucesso uma produção de 10 milhões de abacaxis na safra 2011.


Organizados em uma cooperativa, os trabalhadores atingiram um bom nível de infraestrutura e cidadania ao longo dos anos. Tudo devido ao cultivo do abacaxi, ator responsável por uma verdadeira revolução comportamental, consolidada com a criação da Cooperativa dos Produtores da Comunidade Sagrado Coração de Jesus Paraná da Eva (Ascoope).


“Hoje temos plena consciência de quem somos, e isso só aconteceu depois de muito aprendizado e a cooperativa acelerou esse processo. Estamos quebrando paradigmas aqui, pois não refletimos mais aquele estereótipo do homem interiorano, com uma casinha rude e insalubre, uma esposa grávida e muitos filhos, sem informação e mão-de-obra desqualificada”, reconheceu Edsomar Soares de Mendonça, presidente da Ascoope.


O produto inseriu no mapa do setor primário do Amazonas o esforço coletivo das 230 famílias do vilarejo. Capitaneados pelo fornecimento de 32 toneladas de abacaxis e 18 de cupuaçus ao Programa de Regionalização da Merenda Escolar do Governo do Amazonas (PREME) nesta safra, os agricultores da Vila do Engenho contabilizam o futuro com o lucro financeiro da colheita, certos da escolha que fizeram.


“Há 17 anos eu e o Edsomar escolhemos este lugar para viver, por isso acreditamos nessas terras. Somos pais de uma filha linda e ajudamos a melhorar tudo aqui, desde a associação de moradores, e depois com a cooperativa para chegar onde chegamos”, disse Nazira de Mendonça, esposa de Edsomar.


O amadurecimento social vivenciado pelos citricultores recebe os visitantes do lugar. Ao chegar, nossa equipe de reportagem flagrou um grupo de moradores ajudando técnicos da empresa concessionária de energia elétrica do Amazonas a trocar um transformador de poste, exemplo do novo pensamento. “Na cidade não faríamos isso, mas aqui é para nosso benefício”, afirmou o presidente.


Vila do Engenho é assim. Verde para todos os lados, água encanada, escolas para as crianças, ruas asfaltadas e o Luz para Todos do Governo Federal. Em muitas das casas veículos utilitários novos nas garagens. “Seria um lugar comum país adentro se não fosse o compromisso de todos na busca constante por melhorias coletivas”, disse Nazira. Uma simples conversa no portão de casa, ou balcão de comércio, percebe-se a conexão de ideias com a atualidade, apesar do isolamento geográfico.


“Antes na Associação reuníamos para debater todos os assuntos, do time de futebol, do atraso do barco que levava as crianças à escola e até coisas ocorridas na missa. Com a cooperativa nos organizamos mais e aprendemos a reivindicar junto ao poder público às nossas demandas, o que nos trouxe qualidade de vida”, esclareceu o presidente.


Toda essa transformação não foi por acaso. O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Amazonas (Sescoop-AM), braço educacional do cooperativismo brasileiro, deu sua contribuição no processo. O incentivo resultou no financiamento de uma agroindústria que trouxe a reboque da mecanização um leque de ferramentas voltadas a otimização da produção e gestão administrativa.


“Antes tirávamos a polpa de cupuaçu na mão, usando tesouras. Teve safra de 200 toneladas, imagina, e esses custos com pessoal não eram contabilizados, o mercado pagava o que queria. Agora respondemos a demanda com qualidade e sabemos nosso valor, pois investimos em maquinário e capacitação da nossa mão-de-obra”, comemora Nazira.


E não é só isso. É possível afirmar que Sagrado Coração de Jesus atingiu a sustentabilidade dos negócios. O que confirma o argumento é a Seção de Consumo criada pela cooperativa. Trata-se de um mercadinho construído sobre toras de árvores que flutuam, ancorado no Paraná da Eva (rio de correnteza lenta), cujo público alvo são os próprios cooperados.


“Hoje o dinheiro não sai da comunidade. Vendemos diversos gêneros: alimentos, limpeza, ferramentas e vestuário. Tudo com preços subsidiados aos associados que dão preferência à iniciativa. Atendemos até quem não é da Ascoope. Mas o grande mérito do projeto foi que conseguimos regular na região os números da concorrência, de forma que todos economizam”, diz Edsomar.


Um sentimento de satisfação. Foi o que expressaram Edsomar e Nazira ao final da reportagem diante de um hectare plantado com abacaxis, confiantes na escolha de vida que fizeram. “Temos muito trabalho pela frente. Sinto orgulho ao ver tudo isso. Eles estão mudando a nossa fisionomia, do homem rural da floresta, e a cooperativa é nosso motor. Se alguém tiver algum abacaxi para descascar, é só falar comigo”, finalizou o agricultor.

sicredi e banco rabobank fazem parceria

A parceria entre os Bancos Cooperativos dos Sistemas SICREDI (Brasil) e Rabobank (Holanda) foi autorizada. Com esta parceria, o Banco Cooperativo SICREDI, cujo capital era formado até então apenas pelas Cooperativas de Crédito do SICREDI, passa a ser agora compartilhado com o Banco Cooperativo Rabobank, mais especificamente com o RABO Financial Institutions Development – RD, organização de fomento e desenvolvimento do Sistema Holandês de Cooperativas de Crédito – RABOBANK.

O Sistema SICREDI sempre destacou por suas 128 Cooperativas de Crédito juntas, são acionistas da SICREDI Participações (Holding do Grupo SICREDI) e que esta por sua vez controla algumas das empresas do grupo, entre elas o Banco Cooperativo SICREDI. Da mesma forma que o SICREDI, o Rabobank tem sua origem no Sistema Raiffeisen, modelo alemão de cooperativismo de crédito.

As Cooperativas de Crédito do Sistema Rabobank também possuem uma empresa de participações (holding) que representa os interesses das cooperativas e que controla o Banco Rabobank.

O Rabobank detêm atualmente a liderança no mercado financeiro da Holanda, com 41% do market share O total de ativos administrados por ele é de mais de US$ 900 bilhões, sendo atualmente o 27 (vigésimo sétimo) maior Banco do Mundo, sendo o 2 (segundo) maior Banco Cooperativo do Mundo (atrás apenas do francês Credit Agricole).

planejamento estratégico cooperativo no Ceará.

Sescoop/CE finaliza planejamento estratégico com 39 pessoas, entre representantes de instituições parceiras e cooperativas, participaram no dia 06/05, do planejamento Estratégico do Sescoop/CE, na Casa do Cooperativismo Cearense. Com o objetivo de ajudar na construção e consolidação do planejamento do Sescoop/CE.


O presidente do Sistema OCB-Sescoop/CE, João Nicédio Alves Nogueira, que abriu os trabalhos da manhã, lembra que esta é uma ação que já vem sendo realizada desde maio de 2010, durante o Seminário Cearense de Cooperativismo. Ele destacou ainda a presença dos representantes de cooperativas e instituições parceiras. “Sabemos da importância de ouvir a opinião de quem está de fora, pois muitas vezes, quando estamos envolvidos em algum projeto, é necessária a percepção de pessoas que estão de fora para corrigir alguma falha ou apresentar sugestões”, conta Nicédio.


O superintendente José Aparecido dos Santos ressaltou o alinhamento das ações a nível nacional. “Como estamos trabalhando num horizonte de dez anos, vamos pensar qual estratégia de projeto nós podemos realizar. Depois, todo o trabalho realizado aqui será levado para Brasília para avaliação da comissão nacional”, destaca.


O facilitador Sérgio Cordiolli apresentou o conteúdo que seria discutido durante todo o dia, como a base conceitual de planejamento estratégico, análise de contexto geral, orientação do plano estratégico do Sescoop/CE, bem como análise dos ambientes internos e externos, linhas de ações e contribuições das unidades para alcance das linhas de ação.


“Hoje vamos discutir especialmente sobre quais os projetos que esta unidade deverá desenvolver nos próximos anos, os mais estratégicos, relevantes, de mais impacto nesta unidade. E é importante salientar que somos o primeiro Estado com todas as etapas cumpridas”, finaliza.


Cooperativas presentes: Coopen, Caxangá, Unidental, Coopego, Agrobem, Unisocial, Agroapis, Ágora, Caminhos do Sol, Coopsen, Fecoopace, Unimed Ceará e Unimed Fortaleza.

Instituições parceiras presentes: Ematerce, Sesi/Senai, SDA, Aeac, UFC, Senar/Faec e Fetraece.

cooperativismo em quatro barras no paraná

Com 35 cooperados ativos, a Cooperativa Agropecuária de Quatro Barras amplia gradativamente suas linhas de atividade, e em pouco mais de dois meses, já aumentou consideravelmente os índices de vendas: de fevereiro até agora, o volume de comercialização subiu sete vezes. A estatística é para vendas no balcão, mas os programas atendidos pelos cooperados vão ainda mais além.


Hoje, a entidade atende o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), fornecendo hortaliças, frutas, pães e doces para escolas municipais, estaduais e entidades como a Associação Padre João Cecconelo, Institutos Pio XII, Saleziano, e Lixo e Cidadania. O programa conta com a parceria da Prefeitura Municipal, secretarias de Meio Ambiente e Agricultura, e Educação, e da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social (SETP).


Outro programa em vigor é o da Merenda Escolar, também fornecida pela cooperativa. Semanalmente são entregues hortaliças e frutas, que abastecem escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), e atendem mais de duas mil crianças matriculadas na rede de ensino. Somados os dois programas, a cooperativa fornece por mês mais de uma tonelada de alimentos.


Diversidade


O aumento nas vendas de balcão tem explicação. O apoio da Prefeitura e a diversificação de produtos estão entre os fatores que mais interferem no resultado. Hoje, o consumidor encontra doces, frutas, hortaliças, mel, frango caipira, sucos, peixes, pães e biscoitos caseiros no Armazém da Cooperativa. Na outra ponta, o incentivo vem através de várias ações coordenadas pela Prefeitura, como a disponibilização da sede, fornecimento de calcário e sementes, empréstimo de um veículo e disponibilidade de funcionários para apoio.


“Estamos otimistas com as perspectivas para o ano. As vendas estão aumentando, a cooperativa está sendo reestruturada e estamos incentivando uma produção constante, além de atrair mais cooperados para ampliar a produção. Temos recebido um grande apoio da Prefeitura, através da secretaria de Meio Ambiente e Agricultura, além de outras pastas como Educação, Ação Social, Turismo, Infraestrutura e Administração, o que só fortalece o trabalho”, disse o presidente Sidney Galvão.


Na última semana, a diretoria da cooperativa esteve na Prefeitura para apresentar ao prefeito Loreno Tolardo um relatório da gestão do Conselho de Administração, onde foram listadas as ações, convênios e benfeitorias realizadas neste ano. Tolardo parabenizou os resultados e falou sobre as políticas de incentivo. “Temos buscado atender as demandas e principalmente conhecer as necessidades dos cooperados, para auxiliar no que for possível. Uma das nossas metas é incentivar a produção agrícola e melhorar a renda do produtor”, afirmou o prefeito.


Segundo o secretário de Meio Ambiente e Agricultura, Cariovaldo Ferreira, a integração entre poder público e cooperativa vem apresentando bons resultados, e selando uma parceria positiva. “A Prefeitura vem buscando implementar aquilo que os agricultores solicitam, com um atendimento direcionado às demandas da cooperativa, justamente para impulsionar a produção e fortalecer o grupo”, disse.


Produção


De toda a produção, 50% dos alimentos são cultivados de forma natural (sem agrotóxicos), 30% são orgânicos (sem uso de agrotóxicos e cultivados com rotação de culturas, compostagem e utilização de insumos insolúveis) e 20% produzidos de forma convencional. Por mês, são produzidos cerca de 1.200 frangos caipiras, o equivalente a 2.400 quilos, e cerca de 120 frangos orgânicos.


A produção diversificada também abre portas para um outro setor: o turístico. O tesoureiro da cooperativa, Eduardo Ramos, lembra que a produção artesanal é um dos grandes atrativos do setor. “A agricultura familiar está diretamente ligada ao turismo, e isto acontece no mundo todo. A propriedade passa a ser um atrativo turístico, o que impulsiona ainda mais as duas atividades. Temos recebido um apoio formidável”, afirmou Ramos.


Segundo ele, a cooperativa traz uma série de benefícios ao produtor, seja na aquisição de mudas, rações ou adubos, comprados a custos mais baixos em virtude das quantidades, ou mesmo nas oportunidades de venda. A entidade também está estabelecendo parceria com outras cooperativas, como a Coamo, para fornecer produtos mais baratos aos cooperados, como óleo de soja, margarina, farinha de trigo e café.


Onde encontrar


Os produtos comercializados pela cooperativa podem ser encontrados no Armazém localizado na sede da entidade, ao lado da Secretaria de Ordem Pública e Cidadania, ou na Feira Popular de Quatro Barras, onde os cooperados têm seu próprio estande. A feira acontece todas as sextas-feiras na Praça 9 de Novembro, das 8h30 às 17h; e todos os sábados na Praça Raulino Alves Cordeiro (ao lado da Biblioteca Municipal), das 8h30 às 13h. Mais informações: (41) 3672-2823.

terça-feira, 3 de maio de 2011

SEANDOR SUPLICY MANDA PROJETO DE COOPERATIVAS MAIS AUTÔNOMAS

O Conforme o parlamentar, o projeto tem em vista a transformação das cooperativas em instituições autônomas, em consonância com uma sociedade democrática, mas sem ferir a Constituição.


Suplicy explicou que a legislação referente às cooperativas precisa se adequarà Constituição federal, aprovada em 1988. A Lei n° 5.764/71, ainda em vigor, segundo ele, está "defasada no tempo". Criada para promover as cooperativas agrárias, não levou em conta diversas outras manifestações do cooperativismo que surgiram e se consolidaram nas décadas posteriores. Um mudança significativa foi o decréscimo das cooperativas agrárias em relação ao total das existentes no Brasil.


Segundo mapeamento realizado pela Secretaria de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2006 foram registrados cerca de 15 mil empreendimentos de economia solidária no pais, sendo que cerca de 10% são constituídos sob a forma de cooperativas, os demais estão organizados sob a forma de associações e grupos informais. Desses empreendimentos 50,1% têm o campo como área de atuação, 32,7% estão associados às atividades urbanas e 17,1% atuam no campo e nas cidades.


- A Lei 5.764/71 foi concebida na perspectiva do controle do Estado sobre as cooperativas. O que se pretende agora é uma lei que atenda tanto à estrutura legal instaurada no Brasil como também promova as possibilidades de afirmação e participação, de forma autônoma dos trabalhadores tanto do campo como da cidade, na economia do país. Que eles decidam por si próprios, em organizações que estão efetivamente em suas mãos, o seu futuro, o seu negócio e principalmente uma nova história em que se transforme efetivamente a sociedade, com mais justiça, solidariedade e liberdade - defendeu o senador.


O parlamentar disse que esse era o espírito do projeto de lei de sua autoria (PLS 605/99), que foi arquivado em virtude do término da legislatura. A nova proposição resultou de um debate entre sociedade civil, governo federal e parlamentares ao longo dos últimos,e com maior intensidade em 2006.


- Nosso objetivo é a compatibilização entre a participação social e a eficiência empresarial - definiu o senador.

CRIANDO SUB-CADEIAS PRODUTIVAS

Uma das maneiras utilizadas para promover alternativas na geração de renda é utilizar os subprodutos da própria cadeia produtiva. Um resíduo, por exemplo, pode ser beneficiado e vendido, ou então utilizado como ração. É nesse sentido que a equipe de pesquisadores trabalha junto dos membros das comunidades. “Procuramos investir na formação de sub-cadeias produtivas, onde as comunidades utilizam elementos já existentes no trabalho para conseguir aumentar a renda ou então para aumentar a segurança alimentar, criando animais para consumo próprio”, detalha Celso Locatel.

No caso da cadeia do caju, o resíduo utilizado é o pedúnculo, ou seja o pseudofruto, tendo em vista que o mais valioso é a castanha, vendida para usinas de beneficiamento. Nesse processo, convencionalmente perde-se a maior parte do caju. Contudo, os pesquisadores do Projeto Cajusol atentaram para a possibilidade de utilizar o pedúnculo como base para ração animal, no caso para a criação de caprinos. Dessa forma, não se perde boa parte do produto caju e os membros da comunidade passam a criar cabras praticamente sem custos com a alimentação. A transformação do pseudofruto do caju em ração será custeada primeiramente pelo Cajusol.

O Projeto irá financiar também três minifábricas de processamento de castanha para aumentar os ganhos com a atividade principal das 15 comunidades. Cada fábrica será instalada em uma das regiões produtoras de caju: Apodi, Açu e Seridó. “As cadeias já existiam, o que está sendo feito agora é torná-las mais independentes, agregar valor à produção, etc”, aponta Celso Locatel. Nesse sentido, serão instaladas 15 unidades de demonstração do plantio com mudas precoces e 30 unidades utilizando uma técnica de poda que possibilita maior produtividade. Cada unidade terá um hectare.

Os produtores de girassol, todos moradores de 14 comunidades em municípios da região do Mato Grande, já utilizam atualmente uma unidade de esmagamento em parceria com a Petrobras. O óleo do girassol é vendido diretamente para a empresa e é utilizado na fabricação de biodiesel. Essa é a atividade principal, já existente antes da chegada do Projeto Cajusol à região. O diferencial é a forma como se trata o resíduo do esmagamento do girassol. Após a obtenção do óleo, o resultado é uma “torta”, ou seja volumes de semente compactada.

Essa “torta” também é usada para a criação de animais, visando aumentar a segurança alimentar dos moradores dessas comunidades. Ao contrário da ração de pedúnculo de caju, a “torta” de girassol é usada para a criação de vários bichos, como galinhas, peixes e ovinos. Para otimizar a idéia, o Projeto Cajusol preferiu implantar projetos em baixa escala. Os aviários e criatórios de peixes, por exemplo, são individuais. Cada morador tem o seu no quintal. “Preferimos fazer em baixa escala ao invés de grandes projetos. Esses animais são para o consumo de cada família, prioritariamente”, explica o pesquisador Celso Locatel.

Projeta-se ainda a inserção da apicultura nas comunidades de produção de girassol. “Em alguns meses será possível criar abelhas, o que dá mais uma alternativa de renda para essas famílias”, encerra.

OS VERDES DISCUTEM A SUSTENTABILIDADE EM SALVADOR

BRT, VLT, metrô, bike ou a tradicional “paleta”? Qual o meio (ou meios) de transporte mais adequado, ecológico e sustentável para a capital baiana? Estas e outras questões darão a tônica do seminário Mobilidade Urbana: Transporte, Trânsito e Sustentabilidade que o Partido Verde da capital promove neste sábado (30 de abril), a partir das 14h, no Grande Hotel da Barra, em Salvador.

Entre os palestrantes, o secretário estadual para Assuntos da Copa, Ney Campello e o mestre em Urbanismo e arquiteto Francisco Ulisses, um dos formuladores do projeto da Rede Integrada de Transportes de Salvador (RIT). Participam ainda como expositores do evento o engenheiro especialista em Transportes e consultor da FIESP Osvaldo Magalhães e o ex-secretário de Transportes de Salvador, Horácio Brasil, que acaba de voltar de Dubai, onde participou do 59º Congresso da União Internacional de Transportes Públicos.

“Não queremos saber qual é o melhor sistema de transporte de massa para a construtora A ou B ou para a empreiteira C ou D. Nos interessa discutir o que é melhor para a nossa cidade, que hoje vive um verdadeiro caos em termos de mobilidade urbana. Vamos colocar os problemas na roda e discutir para juntos tentar encontrar soluções”, afirmou o presidente do Partido Verde da capital, André Fraga. “A administração da cidade é uma coisa muito séria para que a deixemos apenas nas mãos dos políticos”, pontuou.

O seminário deste sábado é aberto ao público, com entrada franca, e integra uma série de debates que o PV Salvador está promovendo uma vez por mês, discutindo temas como: Saneamento e Meio Ambiente, Ecossistemas Urbanos, Promoção da Cultura da Paz, Habitação Sustentável, Esporte e Lazer, Educação, Economia Solidária, etc. O objetivo é debater um novo modelo de sustentabilidade para Salvador, visando colher subsídios para a formulação de um programa que irá nortear a posição do partido nas eleições municipais de 2012

Aldeia Cravari recebe vista da Rede dos Pontos de Cultura

A equipe da Rede dos Pontos de Cultura de Mato Grosso dá início ao trabalho de visitação dos Pontos do Estado. O Centro de Memória Indígena Manoki – Associação Watoholi, localizado na aldeia Cravari no município de Brasnorte, situado a 567 km da capital mato-grossense, foi o primeiro Ponto a ser visitado nesta terça-feira (26.04).

Durante a visita a coordenadora da Rede, Cinthia Mattos, deu orientações para a responsável administrativa do Ponto, Marina Irantxe, sobre como eles devem proceder nesta segunda fase. “Mato Grosso possui 42 etnias e 40 Pontos de Cultura, dos quais apenas três são indígenas. É importante que estes Pontos consigam desenvolver bem suas atividades para servir como mostra da diversidade cultural em nosso Estado”, afirma a coordenadora.

No primeiro ano de execução do projeto foram realizadas várias oficinas, entre elas de fabricação de rede, arco e flecha, colar, saia de buriti, chire (espécie de cesto artesanal) e do idioma. Maria Angelina Kamunstsi, 41, agente de saúde, conta que participou da oficina de fabricação de saia com buriti e que as atividades foram positivas para a comunidade. “As oficinas foram muito boas. Acho que as atividades do Ponto de Cultura devem continuar porque os jovens participam, incentiva mais os alunos, as mães incentivam os filhos. As meninas têm muito interesse principalmente no artesanato, têm umas que são ligeiras, têm umas que furavam a conta e furavam o dedo”, comenta sorrindo.

De acordo com a coordenadora das escolas indígenas de Brasnorte, Vilma Depit, o município possui seis escolas do campo (na zona rural) e nove escolas indígenas, uma delas fica na aldeia Cravari, que foi visitada. “A aldeia Cravari é composta por 65 famílias, o que corresponde a aproximadamente 130 pessoas. A escola desta aldeia atende cerca de 70 alunos. Pela manhã temos da 1ª a 5ª série. A tarde são alunos da 5ª a 8ª. No período noturno a escola atende o ensino médio”, explica.

A população atual do município é 13.975 habitantes (IBGE/ contagem 2007). Segundo a professora responsável pelo Departamento de Cultura de Brasnorte, Suzeli Brito, cerca de 10% da população do município é indígena. Ainda de acordo com ela, o município está entre os 50 colocados na questão de qualidade do ensino no país. “Graças a Deus estamos conseguindo desenvolver um bom trabalho”, pontua.

SOBRE A REDE DOS PONTOS DE CULTURA

Os Pontos de Cultura são uma ramificação do Programa Cultura Viva, vinculado à Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (MinC). Já a Rede dos Pontos de Cultura de Mato Grosso surgiu a partir de 2009, quando o MinC firmou e passou a executar um convênio com a Secretaria de Estado de Cultura.

Através deste programa, instituições que atuam na produção artístico-cultural há pelo menos dois anos desenvolvem ações continuadas que vêm contribuindo para a inclusão social, a construção da cidadania, seja através da geração de emprego e renda, seja por meio de ações de fortalecimento das identidades culturais.

Diversas são as áreas de atuação dos Pontos do Mato, entre ela podemos citar: Culturas Populares; Grupos Étnico-Culturais; Patrimônio Material; Audiovisual e Radiodifusão; Culturas Digitais, Gestão e Formação Cultural; Pensamento e Memória; Expressões Artísticas; Economia Solidária e/ou Ações Transvers

MICRO SEGURO NO BRASIL

O vice-presidente de Microsseguros da Zurich, Hallie Harenski, visitou em março o Projeto do Palmas Microsseguro, uma parceria entre a Zurich e o Banco Palmas, pioneiro do microcrédito no Brasil.



Hallie veio conferir de perto o seguro formatado especialmente para a população de baixa renda que oferece coberturas de Vida, Assistência Funeral e Plano de Capitalização. Este projeto foi lançado em Fortaleza em outubro de 2010 e vem sendo expandido para outras cidades por meio da Rede Brasileira de Bancos Comunitários. Até o momento, mais seis bancos comunitários aderiram ao projeto.

Além de visitar a sede do Banco Palmas e a comunidade do bairro de Palmeira, a executiva participou do Seminário Crédito Produtivo para Mulheres do Programa Bolsa Família, realizado no dia 16 de março na Assembléia Legislativa do Ceará. Durante o evento, foi apresentado e discutido o projeto do Banco Palmas de Crédito para mulheres de baixa renda beneficiárias do Programa Bolsa Família. Também tomaram parte do seminário Paul Singer, secretário Nacional de Economia Solidária, Joaquim Melo, coordenador Geral do Banco Palmas, e representantes dos governos municipal, estadual e da Caixa Econômica Federal. "O microsseguro também é uma forma de crédito solidário e, juntamente com projetos como esse de crédito para mulheres beneficiadas pelo bolsa família, constitui uma ferramenta importante de inclusão social", afirmou Hallie Harenski.[2]

A vice-presidente da Zurich ressaltou também que "o modelo desenvolvido pela Zurich Brasil e o Banco Palmas é muito interessante. Esta parceria é muito promissora e acredito que possamos replicar este modelo para outros países onde atuamos". A Zurich tem uma área na matriz voltada ao microsseguro e desenvolve projetos na África do Sul, Jordânia e Indonésia.

domingo, 1 de maio de 2011

ECONOMIA DA FÉ

A figura do Padre Cícero, ícone maior do Município e razão das romarias, atrai, anualmente, algo entre 2 milhões e 2,5 milhões de pessoas, ou seja, a população de Fortaleza
Juazeiro do Norte (CE)

Juazeiro do Norte é o 2º maior centro de peregrinação do Brasil, perdendo apenas para Aparecida, em São Paulo. A controversa figura do Padre Cícero, ícone maior do Município e razão das romarias, atrai, anualmente, algo entre 2 milhões e 2,5 milhões de pessoas, ou seja, a população de Fortaleza, segundo informa o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Romaria, José Carlos dos Santos.

"O túmulo do padre Cícero é o mais visitado do Brasil. É o grande fator do desenvolvimento da Cidade", declara Santos. O fenômeno das romarias, explica, puxa uma economia mais informal, com uma movimentação de três mil barraqueiros durante as peregrinações. Entre estes, está Maria Inês da Silva, 53. Moradora do Horto, onde se localiza a estátua do "Padim", Inês é artesã há cerca de cinco anos, e vende em sua barraca, além do artesanato, artigos religiosos e miudezas. "Antes vendia café e almoço. Aí, aprendi a fazer artesanato, sozinha. Comecei vendendo imagem de Padim Ciço, depois CDs e DVDs religiosos, e fui acrescentando as bonecas, que eu mesma faço", lembra. Em período de romaria, aponta, a venda é alta. "Escolhi isso porque sabia que a procura era grande", explica.

Turismo religioso

Mas a oferta de produtos e serviços já tem espaço na formalidade, especialmente com o início do turismo religioso no local. "Juazeiro está caminhando para conviver com duas realidades: uma é a romaria, de setembro a fevereiro, quando recebe visitantes de todo o Nordeste. Eles compram confecção, panelas, lembranças, calçados. A segunda é que a cidade está se preparando para receber os turistas de agências de viagens. Eles ficam em hotéis melhores, alimentam-se em restaurantes, buscam espaços de lazer. Isto está se fortalecendo mais recentemente", analisa.

Roteiro da fé

O secretário reforça a vantagem de a movimentação de romeiros e turistas não se concentrar apenas em um local. Além da estátua do padre, há toda uma lista de lugares que se tornaram turísticos, ligados à imagem do fundador de Juazeiro do Norte, como a Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde o "Padim" foi enterrado em 1934; o Memorial Padre Cícero, onde estão expostas peças antigas, fotografias, livros e objetos relacionados à história do santo popular e da Cidade, entre outros lugares, envolvendo diversas regiões do Município. "É o roteiro da fé. Os visitantes vão a vários pontos daqui".

ECONOMIA INFORMAL EM JARAGUÁ

Na região existem mais de 500 empresas têxteis e do vestuário que empregam 24.576 colaboradores, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged), revelado pelo coordenador do núcleo, Jairo Kienen.
Somente em Jaraguá são pelo menos 300 empresas do ramo, com mais de 17 mil trabalhadores. As facções representam em torno de 250 empresas legais, que geram 2,5 mil postos de trabalho e um faturamento anual calculado em R$ 79,5 milhões, de acordo com Jairo. “Esse valor representa quase 2% do Produto Interno Bruto (Pib) da região”, comentou Kienen.
Embora as facções representem um peso significativo na economia, ele relata que muitas atuam na informalidade. Reverter esse quadro é uma das metas do núcleo formado há um ano com o objetivo de levar informações para manter as empresas trabalhando e aumentar o número delas integradas ao movimento associativista. De 250 empresas, dez participam do núcleo.
O presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário, Neocir Dalri, disse que a entidade apoia a iniciativa do Núcleo das Facções Têxteis. Ele entende que a informalidade é desleal porque prejudica não somente a economia como também quem trabalha nas facções que não são registradas.

MUNICIPIOS DE RONDÔNIA APLICA LEI FEDERAL

economia Noticias - 20/04/11 - 14h07
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Produtores das zonas rural e urbana saem da informalidade e podem participar até das compras públicas. Para isso, as prefeituras facilitam o processo de abertura de micro e pequenas empresas, visando o desenvolvimento local. O fomento econômico é possível através da implantação da Lei 123/2006, a “Lei Geral”. Em Rondônia, 31 dos 52 municípios já regulamentaram a Regra, segundo a Associação Rondoniense de Municípios – AROM.


De acordo com a assessora jurídica da AROM, Ivonete Caja, a Lei Geral, que foi elaborada pelo SEBRAE, possibilita o processo simplificado e específico de licitação para o município absorver a produção local. A advogada explica que, “as vantagens são inúmeras, tanto para o trabalhador, que passa a ter acesso a linhas de crédito e tratamento diferenciado e imposto reduzido, quanto para a administração municipal, que estimula a circulação de capital e consegue aumentar o volume de investimentos”.


A relevância da Lei Geral também é destacada pelo presidente da AROM, prefeito Laerte Gomes. O municipalista cita a merenda escolar como um dos principais produtos a serem adquiridos pelos municípios. “Sem serem vistos como pessoa jurídica, os produtores não podem fornecer. Com o dispositivo da Lei, as prefeituras podem licitar a compra direta do produtor e adquirir alimentos de qualidade para o lanche dos alunos”, disse.


Segundo Laerte, apenas 18 municípios ainda estão em fase de implantação. “A Lei propicia fomento à inovação, desburocratização, estímulo à economia, geração de emprego, renda e incremento de receita através da formalização dos empreendedores individuais”, enfatizou, lembrando que a associação, por meio do setor jurídico, oferece aos prefeitos o suporte necessário na confecção do Projeto que formaliza a adesão do município à Lei Geral

BANCO DO POVO NO CEARÁ

Com o objetivo de criar alternativas para fomentar a economia, disponibilizando crédito com juros acessíveis para os segmentos formais e informais da economia, o governo estadual, por meio da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico e Social (Sedes) irá inaugurar no próximo domingo (10) o Banco do Povo de Rondônia, em Guajará-Mirim. A data para a inauguração foi escolhida Para coincidir com o aniversário do município, que completará 82 anos no dia 10 de abril.

O Banco do Povo é um dos compromissos de campanha que o então candidato Confúcio Moura assumiu nos palanques e que começa a ser cumprido, como forma de estimular a geração de emprego e renda, principalmente junto às micro-iniciativas.

De acordo com o secretário Edson Vicente, titular da Sedes, o Banco do Povo contribuirá por meio da viabilização de recursos para a implantação ou ampliação de pequenos negócios, com o conseqüente aquecimento da economia, estagnada em determinadas regiões.

“Começamos por Guajará-Mirim por determinação do governador Confúcio Moura, no contexto do projeto de revitalização do município, mas o projeto será estendido para outras regiões”, declarou o secretário.

O Banco

A dificuldade de acesso ao crédito é uma das principais restrições ao desenvolvimento dos pequenos empreendedores. O Banco do Povo é uma modalidade especial de crédito produtivo orientado para alcançar um público de empreendedores de pequenos negócios que não têm acesso ao mercado convencional de crédito. Visa beneficiar o exercício de atividades produtivas (comércio, indústria e serviços), tanto do segmento formal como informal do setor urbano e rural.



Beneficiários

Para ter acesso ao financiamento o empreendedor precisa ter experiência na atividade a ser apoiada; não possuir restrições cadastrais de proteção ao crédito (SPC e Serasa); possuir renda bruta anual inferior a R$ 60 mil e manter o negócio em Guajará-Mirim e região, além dos documentos pessoais.

Um milhão de empreendedores no Brasil

O Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de empreendedores individuais apenas 22 meses após entrar em vigor a legislação que formaliza os trabalhadores por conta própria. Até dezembro deste ano, a expectativa é chegar a 1,5 milhão. O universo total de trabalhadores que podem ser formalizados é de 5 milhões, segundo estimativa do gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick.


"Estes 5 milhões são os profissionais que estão na informalidade e empreendem por vocação, não por necessidade. São as empresas que têm um propósito e podem contribuir para o crescimento da economia. O grande desafio desse programa é fazer da formalidade um bom negócio na percepção do empreendedor, oferecendo estímulos reais", afirma Quick.



O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (6) em uma entrevista coletiva realizada pelo Sebrae, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), pela Receita Federal e pelo Ministério da Previdência Social. Nesta quinta-feira (7), a marca de 1 milhão será comemorada em cerimônia às 11h, na Presidência da República com participação da presidenta Dilma Rousseff.



Mecanismo jurídico



Empreendedor individual (EI) é o mecanismo jurídico criado pela Lei Complementar 128/08, que permite a formalização de trabalhadores por conta própria. Podem se enquadrar os trabalhadores com receita bruta de até R$ 36 mil no ano anterior. Mais de 400 categorias podem se formalizar. A grande vantagem do EI é que o trabalhador passa a ter um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), podendo emitir nota fiscal, o que abre portas para que possa fechar negócios com empresas privadas e públicas.



Entre os benefícios do EI está a cobertura previdenciária, segundo destacou o diretor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Benedito Brunca. "Trazer para formalidade e ampliar a base de cobertura sempre foi um desafio para a Previdência. Cerca de 11 milhões de brasileiros estavam à margem da cobertura previdenciária e com a simplificação trazida pelo EI diminuímos esse universo em mais de 1 milhão", ressaltou Brunca.



A formalização é feita de forma gratuita pelo Portal do Empreendedor. O EI paga apenas valores simbólicos para o município e para o estado e 11% do salário mínimo referente ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O valor máximo é de R$ 65,95 por mês. Com a formalização, o empreendedor tem ainda maior acesso a crédito junto aos bancos, principalmente às instituições públicas como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que dispõem de linhas de financiamento com tarifas e juros reduzidos.