segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ministro Pepe Vargas destaca relevância do cooperativismo

 


  O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, participou, nesta segunda-feira (4), da abertura do I Fórum Mundial e II Encontro União Europeia-Mercosul das Cooperativas Vitivinícolas, em Caxias do Sul (RS). Ele ressaltou a importância da economia cooperativa, para o país e para o mundo, na geração de emprego e renda. O evento reúne representantes de organizações do Brasil, Argentina, Chile, Espanha e França, com a finalidade de trocar conhecimentos e constituir uma rede mundial de cooperativas vitivinícolas.
Pepe Vargas reconheceu o papel das cooperativas para o crescimento social e econômico brasileiro. "O sistema cooperativista é fundamental para promover o desenvolvimento de forma mais equânime, de forma a termos um país com menos desigualdades", pontuou.
O setor vitivinícola nacional abrange 41 mil estabelecimentos rurais, sendo que 88% são agricultores familiares - responsáveis por 79% da produção nacional de uvas. Nos últimos anos, o Governo Federal criou e aperfeiçoou um conjunto de políticas públicas importantes no apoio ao setor. Entre elas, o Programa de Garantia de Preço Mínimo, importante ferramenta para escoamento da produção. Na safra 2012/2013, o MDA investiu mais de R$ 20,6 milhões em leilões para escoamento da produção de uvas no País. A previsão é que na safra corrente esse valor alcance R$ 35 milhões.
Além disso, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) vem avançando em ações para cooperativas. Nos últimos dois anos, a modalidade Agroindústria para cooperativas aumentou o limite de investimentos de R$ 10 milhões (2011/2012) para R$ 35 milhões (2013/2014), com até 3 anos de carência e 10 anos para pagar. Outra novidade é para os projetos de armazenagem, que agora têm 15 anos para pagamento com taxa de juros de 2% ao ano.
Há, ainda, fortalecimento e ampliação das políticas de compras públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que asseguram a venda e a renda das famílias.  "Quando há agroindustrialização, cooperação, agregação de valor e inovação tecnológica, a juventude permanece no campo. E, assim, conseguimos cumprir o nosso objetivo, que é o de um país que produz alimentos e garante a segurança alimentar da população", concluiu.
O evento foi promovido pela Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho), em conjunto com o Comitê Internacional Organizador. Com o tema Economia Social e Solidária Vitivinícola Contemporânea, o encontro reúne representantes do setor vinícola do Brasil, Argentina, Chile, Espanha e França, que juntos respondem por aproximadamente 50% da produção mundial de vinhos.
O fórum continua até esta terça-feira (5), quando serão finalizadas estratégias para inserção no mercado, estabelecimento de um observatório mundial para  apoiar os negócios das cooperativas, e intercâmbio permanente nas áreas política, comercial e de tecnologias. "Hoje é um momento de aprimorarmos, propormos, analisarmos e tomarmos medidas. Temos problemas comuns e nada melhor que resolvermos de forma unida", assinalou o presidente da Fecovinho, Oscar Ló.

Oficializado Sicredi das Culturas que une quatro cooperativas da região

 
 
Com objetivo de fortalecer a atuação na região, as cooperativas Sicredi Ajuricaba, Augusto Pestana, Panambi e Santo Augusto uniram as atividades e a partir de agora passam a se chamar Sicredi das Culturas RS, com sede em Ijuí.

O anúncio oficial foi feito hoje pela manhã, 04, durante coletiva de imprensa no Hotel Vera Cruz de Ijuí, cuja entrevista foi concedida pela direção da nova estrutura. A presidência da Sicredi das Culturas fica a cargo de Antenor José Vione, ex-presidente do Sicredi Augusto Pestana. Ainda foram nomeados três vice-presidentes. São eles, Elmo Pedro Von Mühlen, ex-presidente da Sicredi Panambi; Alcides José Bandeira, ex-presidente da Sicredi Santo Augusto; e João Carlos Steurer, ex-presidente da Sicredi Ajuricaba. Com isso, a diretoria da nova cooperativa fica sob competência dos ex-presidentes dos Sicredis da região. Já o diretor executivo é Roque Enderle.

A Sicredi das Culturas funciona oficialmente desde a última sexta-feira, 01. Conforme a direção, a união das quatro cooperativas Sicredi da região serve para fortalecer a capacidade patrimonial e operacional. Antenor Vione frisou que a unificação das estruturas vai permitir que a cooperativa aumente o volume de negócios, além de maior participação no mercado, rentabilidade e redução de custos.

A nova cooperativa já nasce com cerca de 45 mil associados e 16 unidades de atendimento distribuídas em 13 municípios. O patrimônio liquido da Sicredi das Culturas atinge o valor de R$ 87 milhões. Vione também disse que o dia a dia dos associados com a cooperativa não vai ser alterado com a mudança.

Inclusive a partir de agora os associados contam com ampliação da rede de atendimento e com a expansão das fontes de crédito. “A partir de agora as quatro histórias são unidas numa só”, frisou o presidente da nova cooperativa ao ilustrar o que significa a alteração. Antenor Vione esclarece que os associados terão apenas ganhos com a criação da Sicredi das Culturas, inclusive os agricultores, que são grande público da cooperativa.

Carteira de Crédito Rural do Sicredi chega a R$ 10 bilhões

 
Em outubro de 2013, a carteira de Crédito Rural e Recursos Direcionados do Sicredi chegou à marca histórica de R$ 10 bilhões. A média de crescimento do produto registrada pela instituição financeira cooperativa é de 20% a 25% ao ano, reflexo do seu papel fundamental no acesso ao capital e no fomento do desenvolvimento dos associados e das regiões onde atua.

Segundo o superintendente de Crédito e Risco do Banco Cooperativo Sicredi, John Sato, entre os fatores que colaboraram para este resultado está o volume maior de recursos e o aumento do ticket médio das operações. “Com a ampliação dos valores disponíveis, o Sicredi consegue atender melhor as necessidades dos associados”, ressaltou.

Os recursos para o crédito rural e direcionados têm como origem a poupança (recursos 100% captados pelas cooperativas), MCR (exigibilidade do banco e captações com outros agentes), FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) e BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). No ranking Melhores Maiores 2013 da revista Exame, novamente, o Sicredi foi a terceira instituição financeira com maior volume de recursos concedidos ao crédito rural no ano passado com a liberação de R$ 7,49 bilhões aos produtores rurais, um acréscimo de R$ 1,43 bilhão em relação a 2011.

Sobre o Sicredi

Com mais de 2,4 milhões de associados, o Sistema de Crédito Cooperativo – Sicredi opera com 106 cooperativas de crédito em 10 Estados –  Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás – e mais de 1,2 mil pontos de atendimento. As cooperativas estão organizadas em quatro Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo. 

A Central Sicredi Sul reúne 49 cooperativas e 609 pontos de atendimento em municípios gaúchos e catarinenses. No Rio Grande do Sul, o Sistema está presente em 90% dos municípios e é instituição financeira com a maior rede de atendimento do Estado. Os ativos totais administrados pelo Sicredi atingem R$ 40,2 bilhões, e o patrimônio líquido total soma R$ 5,1 bilhões. Nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, a instituição atinge cerca de R$ 20,3 bilhões em ativos, enquanto que o patrimônio líquido soma mais de R$ 2,6 bilhões.

Missão brasileira visita cooperativas na África do Sul

 

Uma missão de técnicos e dirigentes cooperativistas brasileiros participou do 3º Encontro das Lideranças Cooperativistas dos Países do Agrupamento BRICS (África do Sul, Brasil, Rússia, Índia e China), que decorreu na África do Sul.
  Uma missão de técnicos e dirigentes cooperativistas brasileiros, organizada pelo Sistema OCB, participou do 3º Encontro das Lideranças Cooperativistas dos Países do Agrupamento BRICS (África do Sul, Brasil, Rússia, Índia e China), que encerrou terça-feira (29) na África do Sul.
Segunda-feira,  as delegações do Brasil e da Índia visitaram a Tibongo Co-operative, uma pequena cooperativa de pescadores com cinco associados. Ela é responsável por abastecer grandes redes de supermercados da Cidade do Cabo. A principal queixa dos cooperados é a falta de apoio por parte do governo, que impede seu desenvolvimento.
Os integrantes da missão tiveram também oportunidade de conhecer a Fingerprint Worker's Co-operative, uma cooperativa de produção gráfica, fundada há 25 anos e que, por sua tiragem mensal – 50 mil livros por mês – é tida como referência em gestão naquele país.
Jacobus Smith, presidente da Fingerprint, explicou à delegação que o governo da África do Sul ainda apoia pouco as cooperativas. "Em 25 anos de existência, o único crédito cedido pelo governo veio no ano passado. Mesmo assim, só foi possível comprar uma impressora mais sofisticada", observa o sul-africano, dizendo que a legislação da África do Sul, ainda não ampara as cooperativas.
O modelo de cooperativismo brasileiro foi citado como exemplo. Em função disso, os líderes cooperativistas da África do Sul demonstraram muito interesse em conhecer as ações realizadas pelo Sistema OCB, em prol do desenvolvimento do cooperativismo brasileiro. A visita ainda não tem data marcada

Cooperativas são beneficiadas com lei publicada no Diário Oficial da União

 

O Diário Oficial da União trouxe uma boa notícia aos cooperativistas brasileiros. Sem vetos aos pleitos do cooperativismo, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Medida Provisória nº 619/2013 (Lei nº 12.873/2013) que, entre outros temas, viabiliza a criação do Fundo Garantidor de Créditos das Cooperativas de Crédito (FGCoop), ao isentar o FGCoop da incidência do Imposto de Renda, inclusive sobre suas aplicações de renda fixa e variável, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).


Reconhecimento
A criação do FGCoop é visto por todo o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo como um reconhecimento, por parte do Estado, de que o cooperativismo é um sistema competitivo, sólido e que reduz os desequilíbrios sociais e impulsiona a inclusão financeira e o desenvolvendo de arranjos locais. “Necessário se faz salientar que esse ganho só foi possível pelo empenho das equipes do Sistema OCB, representantes do Conselho Consultivo de Crédito, seu grupo técnico, Casa Civil e do Banco Central. Esse grupo vem atuando em harmonia para fortalecer, cada vez mais, essa ferramenta de desenvolvimento econômico e social: o crédito cooperativo”, enfatiza Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.

Saúde
Outra importante conquista para o Sistema Cooperativista diz respeito às alterações na legislação tributária federal referente às operadoras de planos de saúde. Para o presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino, a lei deixa claro que os custos assistenciais das OPS (despesas com hospitais, SADT, honorários médicos, dentre outros) devem ser excluídos da base de cálculo do PIS/Cofins. “As cooperativas poderão planejar melhor as suas atividades, sem risco de autuações por parte Receita Federal. Esta é mais uma conquista de todo o cooperativismo”, ressaltou Eudes.

Armazenagem
A publicação da lei garantirá, ainda, a renegociação do estoque de dívidas do setor armazenador brasileiro (armazéns, pessoas físicas e cooperativas). Nos últimos anos, o Sistema OCB contribuiu ativamente para construção da proposta, participando de diversas reuniões no âmbito da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O intenso trabalho resultou na inclusão de propostas à MPV 619/2013.

Relatório
Entretanto, quando o relatório foi publicado, algumas alterações foram feitas e, em função disso, as cooperativas não poderiam ser contempladas. Um bom exemplo dessa restrição era o prazo de reembolso de cinco anos e a taxa de juros de 6% ao ano, com a possibilidade de prorrogação para oito anos e taxa de juros de 9% ao ano. Neste cenário, o valor de uma dívida contraída em agosto de 1994 cresceria aproximadamente 1.083%.

Prazos de reembolso
A partir de negociações junto ao Congresso Nacional, o Sistema OCB garantiu a flexibilização dos prazos de reembolso – agora para 15 anos – e taxa de juros de 3,5% ao ano. “Com isso, abre-se a possibilidade de aumento significativo dos cadastramentos dos armazéns, oportunizando a política do governo de ampliação da capacidade estática de armazenagem brasileira, além da quitação de dívidas que representavam um elevado passivo”, analisa o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Agricultura participa de encontro Regional de Cooperativas de Catadores

 
 
A secretária de Agricultura, Sandra Gigante discursou sobre a importância da criação de uma rede de cooperação para o gerenciamento integrado de resíduos sólidos
 
 
 
 


Na manhã do último sábado, dia 26 de outubro, a Associação Primavera de Defesa do Meio Ambiente e Ação Social – Ecoação e a Cooperativa de Trabalho Regional de Catadores de Resíduos Sólidos – Coopersol, promoveram o Encontro Regional de Cooperativas de Catadores de Resíduos Sólidos.

Após a abertura, as cooperativas se apresentaram para o público presente, falando sobre sua história, a forma como estão organizados, suas dificuldades e seus potenciais. Em seguida foi apresentada a proposta de criação de uma “Rede de Cooperação entre as Cooperativas de Catadores de Resíduos Sólidos”, que terá como principal objetivo contribuir para a melhoria do gerenciamento dos resíduos sólidos na Região Noroeste do Estado de São Paulo.

Após o intervalo foram ouvidas as manifestações dos órgãos cooperadores. Manifestaram-se os representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, o SEBRAE e da Prefeitura Municipal, que apresentaram sugestões de como podem contribuir para a formulação da proposta de criação da “rede de cooperação”.

Ao final a palavra foi aberta e vários seguimentos se manifestaram sobre a impressão positiva do evento e de como as coisas podem caminhar para que as propostas de fato possam ser encaminhadas. “A criação de uma rede possibilitará melhores condições para o fortalecimento das cooperativas de catadores de recicláveis de toda a nossa região e isso é extremamente válido. A prefeita Nice, desde que assumiu está engajada em colaborar com a Coopersol e conseguiu, junto ao secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, R$ 250 mil para a construção de um barracão para a Coopersol. A Prefeitura está de portas abertas para qualquer projeto que beneficie as cooperativas”, disse a secretária de Agricultura, Sandra Gigante.

Estiveram presentes as cooperativas Coopersol, de Jales; Coopersul, Santa Fé do Sul e Coopervinte, de Votuporanga, além do poder público, sociedade civil, além de representantes da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, CETESB, Sabesp, Sebrae, Daae, Polícia Ambiental, Ponto de Cultura e empresas parceiras. A secretaria municipal de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Meio Ambiente, Sandra Gigante representou a prefeita Eunice Mistilides Silva – Nice que estava em São Paulo.

O encontro teve apoio estrutural da Prefeitura de Jales, Câmara Municipal e do Governo do Estado de São Paulo. O apoio empresarial dói da Só Lixeiras, Pantaton, Gestore Consultoria, Worktech, Agnaldo Campos, Auto Peças CJ, Castelão das Tintas e Choperia Planeta Chopp.

Alagoas: Jovens rurais surpreendem em concurso de cordel

 
 
O desafio era descrever a importância da juventude do campo e da atuação do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (EMATER/AL) para o crescimento da agricultura em Alagoas, em versos bem característicos da cultura nordestina o cordel. A atividade promovida pela EMATER/AL e pela Cooperativa Pindorama surpreendeu até os professores. A qualidade dos materiais que foram apresentados nesta quinta-feira (31), no estande da EMATER/AL na Expoagro 2013, emocionou a todos.

Para incentivar a produção dos jovens, a EMATER/AL premiou com livros e uma medalha simbólica os três melhores trabalhos. A seleção foi feita pelos instrutores e facilitadores que já desenvolvem um trabalho de promoção do cooperativismo na comunidade. Os alunos Larissa Cruz, Lenildo da Silva e Genisson Bispo conseguiram sintetizar seus pontos de vistas e expectativas para o futuro no campo.

Durante a ação cultural a diretora presidente da EMATER/AL, Inês Pacheco, ressaltou a capacidade de desenvolvimento que o campo tem e a expectativa na transformação que os jovens podem empreender no meio rural. “Os materiais são excelentes, fico emocionada em ver que a EMATER/AL pode provocar uma reflexão tão importante que é a identidade cultural desses jovens. Estamos iniciando um trabalho que vai além da Assistência Técnica, porque vemos nesses jovens um potencial transformador”, declarou a presidente da EMATER/AL.

Para Larissa Cruz, aluna do ensino regular na Comunidade de Pindorama e uma das vencedoras do concurso, a atividade além de divertida abriu portas para o conhecimento. “Conhecemos a Bienal do Livro, a Exposição Agropecuária e um pouco do trabalho da EMATER/AL, foram muitas informações, gostei muito. Escrever o cordel foi fácil, o tema tem tudo a ver com a nossa vida”, afirmou a estudante.

Na oportunidade a foi assinado ainda um termo de cooperação entre EMATER/AL e Cooperativa Pindorama para prestação de assistência técnica e desenvolvimento de projetos, entre eles um voltado para juventude. O presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, destacou que o maior desafio da Pindorama hoje é planejar o futuro da unidade produtiva. A cooperativa desenvolve projetos sociais voltados para o empreendedorismo no campo.

“Esses jovens não viram a EMATER/AL no auge de suas ações e os pais deles viveram o trabalho que era desenvolvido, essa memória é importantíssima para planejarmos um futuro ainda mais qualificado. A retomada da EMATER/AL com esse perfil transformador vai ajudarmos a preparar essa juventude para ocupar seus espaços com qualidade”, frisou Klécio Santos. A premiação contou ainda com a apresentação musical de flauta doce dos jovens do projeto ‘O Amanhã de Pindorama’ e com o violeiro e também escritor de cordel, Elias Procópio. Os vinte cordéis produzidos na Oficina – O Protagonismo da Juventude Rural e a Literatura de Cordel - promovida pela EMATER/AL e Cooperativa Pindorama serão compilados e publicados.

Organização alemã de comércio justo compra cacau de São Tomé e Príncipe


 


A GEPA, a maior organização de comércio justo da Alemanha e da Europa, vai aumentar, nos próximos anos, a quantidade de cacau a adquirir em São Tomé e Príncipe, informou a agência pan-africana Panapress.
A agência adiantou estarem neste momento em São Tomé agrónomos alemães a trabalharem na obtenção da certificação biológica para a Cooperativa de Exportação de Cacau de Qualidade (CECAQ 11), da zona central de São Tomé e Príncipe.
Segundo a fonte, o volume anual de negócios entre a GEPA e a CECAQ 11, que trabalham em parceria há já três anos, está avaliado em cerca de 400 mil euros.
A CECAQ 11 congrega cerca de 600 agricultores, enquanto a GEPA tem ligações com cerca de 190 cooperativas espalhadas por África, América Latina e Ásia.
Para este ano, a CECAQ prevê vender à GEPA cerca de 200 toneladas de cacau seco, de acordo com Stephan Beck, engenheiro agrónomo da GEPA que coordena a pesquisa sobre as técnicas de produção da CECAQ 11 com vista à obtenção da certificação.
A GEPA, igualmente descrita hoje como a maior organização de comércio alternativo da Europa, controla cinco centros regionais de comércio justo na Alemanha e abastece cerca de 800 lojas no mundo, milhares de grupos de acção e redes de supermercados e retalhistas, cantinas, associações de estudantes e centros de conferências, entre outros.
Da sua versão original em alemão, a abreviatura GEPA corresponde a “Gesellschaft zur Förderung der Partnerschaft mit der Dritten Welt mbH”, ou “Sociedade para a Promoção de Parceria com o Terceiro Mundo”, na tradução literal.

MT: Projeto que cria política de fomento a economia solidária será analisado pela Câmara de Lucas

 
 
Será analisado pela Câmara Municipal de Lucas do Rio Verde na sessão ordinária desta segunda-feira, projeto que cria a Política Municipal de Fomento à Economia Popular Solidária e o Conselho Municipal de Economia Solidária. O projeto é de autoria da vereadora do PT, Cleusa De Marco.

De acordo com a vereadora, a Economia Popular Solidária vem ganhando destaque no Brasil e no mundo como possibilidade de afirmar um novo modelo de desenvolvimento econômico, que tem como princípio básico a cooperação entre trabalhadores associados em empreendimentos econômicos, através de práticas autogestionárias. Segundo ela, este modelo, além de propiciar o desenvolvimento sustentável dos territórios produtivos onde se insere, pode ser também uma potente fórmula de inclusão produtiva de camadas sociais menos favorecidas, através de processos emancipatórios, inclusive como “porta de saída” para os inclusos no Programa Bolsa Família. 

De Marco ressalta que este Projeto reflete o anseio de centenas de trabalhadores de Lucas do Rio Verde que buscam se organizar, mas que ainda não puderam ter o apoio e reconhecimento de políticas públicas municipais, pela ausência de Lei específica. “Inclusive, estes empreendimentos coletivos existentes no nosso município já organizam-se em torno de associações e em grupos informais”, justifica. 

Ao apresentar o projeto, a vereadora aponta que o perfil sócio econômico da população luverdense apresenta em torno de 70% das famílias com renda per capita de meio salário mínimo. Segundo ela, em torno de quatro mil estão cadastradas no bolsa família como beneficiárias, ou no cadastro de espera do benefício.
Cleusa lembra ainda que o governo Federal criou a Secretaria Nacional da Economia Solidária para incentivar ações no campo da Economia Solidária e do Comércio Justo e incentiva sua regulamentação nos municípios, para que possam acessar recursos financeiros através de projetos, programas e ações.

ONG curitibana é finalista no maior prêmio de empreendedorismo social da América Latina

 

A ONG curitibana ASID (Ação Social para Igualdade das Diferenças) está na final do 5 Prêmio Empreendedor Social de Futuro, o maior da América Latina na categoria. A entidade foi escolhida pelo júri especializado entre 227 inscritos em todo o País e é a única finalista representando o Paraná. O vencedor será agora escolhido pelo público, em votação online até o dia 20 de novembro no site www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial.
Só de chegar à final, os profissionais da ASID já ganharam capacitações e networking. Se vencerem, terão como prêmios MBAs, especializações no Brasil e no exterior, cursos de gestão, treinamentos personalizados, assessoria jurídica e auditoria financeira e relatórios de avaliação. “Conquistar esse prêmio vai nos permitir ampliar nossos conhecimentos e nos atualizar quanto a práticas e técnicas de gestão, aprimorando o nosso trabalho e aumentando o leque de possibilidades de soluções das dificuldades nas escolas filantrópicas de educação especial, visando obter resultados ainda melhores”, avalia Luiz Hamilton Ribas, diretor de Marketing e Voluntariado da ASID.
Para a escolha dos finalistas, o júri adotou critérios como perfil, inovação, sustentabilidade e impacto social. Os vencedores serão divulgados em evento no Masp (Museu de Arte de São Paulo, em 21 de novembro. O prêmio é uma iniciativa da Folha e da Fundação Schwab, correalizadora do Fórum Econômico Mundial.

Sobre a ASID
Fundada em 2010, a ASID (Ação Social para Igualdade das Diferenças) é uma organização sem fins lucrativos que trabalha para melhorar a qualidade de ensino e a gestão nas escolas de educação especial gratuitas, resultando na abertura de vagas no sistema. Já são 20 as instituições beneficiadas em Curitiba.
O trabalho é totalmente gratuito para as escolas e começa com aplicação do IDEE (Índice de Desenvolvimento da Educação Especial), que possibilita o diagnóstico de cada escola a partir de 39 indicadores em oito frentes de impacto direto na gestão das instituições de ensino: finanças, marketing, captação de recursos, recursos humanos, infraestrutura, jurídico, liderança e impacto social. A metodologia foi desenvolvida pela própria ONG e dá o diagnóstico da escola. A partir de então, a ASID traça os projetos a serem desenvolvidos. Os principais são:
Mão na Massa: obras realizadas nas escolas a partir de voluntariado. Participam trabalhadores e empresários das empresas parcerias, estudantes e familiares, além da comunidade do entorno das escolas, em um verdadeiro trabalho social transformador.
Capacita: cursos ministrados por profissionais das empresas parceiras que são especialistas em áreas estratégicas para as escolas, como finanças, administração e marketing, por exemplo. Os gestores das escolas são capacitados para que possam melhorar a gestão das instituições.
Líder Especial: projeto inédito em que as escolas de educação especial se transformam em verdadeiros laboratórios para os profissionais das empresas parceiras possam desenvolver suas competências de liderança, ao mesmo tempo em que contribuem com as instituições de ensino ao aplicarem seu trabalho.
Assessoria Administrativa: a ASID tem atuação direta nas áreas da gestão escolar que necessitem de melhorias, entre elas jurídico, financeiro, recursos humanos, marketing, liderança e captação de recursos.
Cada projeto conta com um ou mais investidores sociais, grandes empresas que entram com recursos e voluntários para a realização das ações. O dinheiro vem também de campanhas como a Especial, da qual participam atualmente 36 dos melhores estabelecimentos gastronômicos de Curitiba. Parte da venda de determinados itens dos cardápios é revertida para as ações nas escolas de educação especial. No caso de buffet por quilo, os restaurantes participam com valores mensais.

Dez líderes estão na final do empreendedor social 2013

 

Realizado no Brasil pela Fundação Schwab, em parceria exclusiva com a Folha de S.Paulo, o Empreendedor Social acontece em 61 países onde a fundação suíça. Sua proposta é valorizar líderes sociais que atuam há pelo menos três anos, de maneira inovadora, sustentável e com impacto na sociedade e em políticas públicas.
O Empreendedor Social de Futuro, promovido exclusivamente pela Folha de S.Paulo, obedece aos mesmos padrões de avaliação, mas reconhece e promove líderes sociais em atividade há menos tempo: no mínimo, um ano e, no máximo, três anos. Trata-se de uma fase em que os empreendedores, normalmente, precisam de mais visibilidade para atingir ou consolidar a sustentabilidade de sua iniciativa e multiplicar seu impacto. Os finalistas da 5ª edição são: Alessandra Orofino/Miguel Lago (Meu Rio); Alexandre Amorim/Diego Moreira/Luiz Ribas (Asid) e Tony Marlon (Escola de Notícias).
Os vencedores serão anunciados no dia 21 de novembro (quinta-feira), às 19 horas, no Masp (Museu de Arte de São Paulo), na capital paulista, em cerimônia para convidados, com transmissão ao vivo pelo site da Folha de S.Paulo e pelo UOL, com acessibilidade para deficientes auditivos e visuais. Na ocasião, haverá exposição de fotografias dos projetos finalistas e, antes do anúncio dos vencedores, a plateia assistirá a documentários curtos sobre o trabalho de cada líder e sua organização social.
Voto popular
O internauta pode votar na categoria Escolha do Leitor, na qual seleciona seu projeto preferido a partir de vídeos de 60 segundos gravados pelos dez finalistas e disponíveis no site folha.com/empreendedorsocial. O vencedor será conhecido apenas na cerimônia de entrega dos prêmios, minutos depois de encerrada a votação dentro do próprio Masp.
Em parceria com o Instituto Humanitare, neste ano, haverá ainda a Menção Honrosa ao projeto mais alinhado à temática e aos objetivos do Ano Internacional de Cooperação pela Água da ONU. A seleção ocorreu entre 68 finalistas dos prêmios Empreendedor Social e Empreendedor de Futuro, de 2005 a 2013. Caberá a um júri especializado a escolha do ganhador. Estão na final os trabalhos de: Luiz Moura (Núcleo de Ensino e Pesquisa Aplicada), Berenice Kikuchi (Associação de Anemia Falciforme), Luis Fernando Guedes Pinto (Imaflora), Fábio Bibancos (Turma do Bem), Suzana Pádua (IPE), Rodrigo Castro (Associação Caatinga) e José Dias (Centro de Educação Popular e Formação Social).
Julgamento rigoroso
A comissão julgadora de 2013 é formada por: Alicia Bárcena, bióloga, mestre em administração pública, secretária-executiva da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) das Nações Unidas; Andre Degenszajn, mestre em relações internacionais, secretário-geral do Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas); Carlos Jereissati Filho, administrador, CEO da Iguatemi Empresa de Shopping Centers e Young Global Leader do Fórum Econômico Mundial; Cláudio Bruzzi Boechat, engenheiro, professor e pesquisador do Núcleo Petrobras de Sustentabilidade da FDC (Fundação Dom Cabral); Gisela Solymos, doutora em psiquiatria e psicologia médica, diretora-geral do Cren (Centro de Educação e Recuperação Nutricional), eleita Empreendedora Social 2011; Kenneth Turner, bacharel em finanças e políticas públicas e MBA em negócios, gerente-sênior para a América Latina e África da Fundação Schwab; Maria Cristina Frias, jornalista, MBA em finanças, colunista da Folha de S.Paulo; Regina Casé, atriz e apresentadora de TV, trabalha para a valorização cultural de favelas e periferias

Presa há 1 mês na Rússia, brasileira pede consumo consciente de petróleo

 

 
A ativista brasileira do Greenpeace Ana Paula Maciel, 31 anos, detida há quase dois meses na Rússia acusada de vandalismo, divulgou nesta sexta-feira uma carta na qual pede que a população reflita sobre o consumo desenfreado de petróleo. “Quantos produtos derivados de petróleo você usou nesse último mês?”, questiona a ativista na carta.

“Creio que não estariam indo procurar petróleo no Ártico se não houvesse quem o utilizasse. Se fôssemos mais preocupados em ser do que ter, usaríamos menos petróleo, a natureza estaria sob menores riscos, os protestos pacíficos não seriam necessários, eu não estaria presa injustamente”, diz a brasileira.

A Rússia acusou nesta sexta-feira formalmente de vandalismo 30 tripulantes do navio Arctic Sunrise, do Greenpeace, detidos após um protesto numa plataforma de petróleo no Ártico, mas ainda não retirou as acusações de pirataria. A organização informou também que o grupo foi transferido de Murmansk para São Petersburgo.

Segundo o Greenpeace, os ativistas presos, em contato direto apenas com advogados e diplomatas, têm tido poucas chances de se comunicar com o mundo externo. Quando isso acontece, as comunicações com a família têm sido priorizadas.

Na carta, datada de 23 de outubro, Ana Paula também pede que as pessoas “salvem o Ártico”. “Consumam menos para serem mais, usem sacolas reutilizáveis, apaguem as luzes ao não usá-las, procurem produtos com menos embalagem, usem mais as pernas e menos os carros. Você não é o seu telefone celular, ele não diz nada sobre suas virtudes, você não precisa do último modelo. Separe o lixo, recicle, conserte o que quebrar em vez de comprar outro, informe-se”, escreveu.

Ela também agradeceu ao governo brasileiro pelos esforços que tem feito por sua liberdade. “Clara Solon, da embaixada do Brasil na Rússia é quase uma segunda mãe para mim. Tem sido impecável em suas visitas, presença na corte, apoio psicológico e tudo o que está a seu alcance”, disse.

Veja a carta de Ana Paula na íntegra:

Queridos leitores,

Me chamo Ana Paula e sou um dos 30 ativistas presos aqui na Rússia. Hoje faz um mês que nos retiraram de nosso amado navio Arctic Sunrise e, depois de dois dias em uma cadeia, três em outra, agora estou sentada em minha cela na penitenciária para onde nos trouxeram dia 29 de setembro. Tudo isso depois de um protesto pacífico onde queríamos chamar a atenção do mundo sobre os perigos de danos ambientais ao perfurar em busca de petróleo no Ártico.

Um mês que nossas vidas pararam, aqui sozinhos, tive tempo pra parar e pensar e lhes pergunto, caros leitores: quantos produtos derivados de petróleo você usou nesses último mês? Derivados de petróleo são usados para fabricar muitas coisas e, sendo “coisas” consumíveis, sofrem sob o efeito “procura e demanda” que as pessoas ávidas pelo consumo compram, utilizam e descartam com uma rapidez sem precedentes nos dias de hoje.

Nosso planeta, o que chamamos de casa, o único que conhecemos com vida, está em crise e precisamos fazer algo individualmente, todos os dias. Creio que não estariam indo procurar petróleo no Ártico se não houvesse quem o utilizasse. Se fôssemos mais preocupados em ser do que ter, usaríamos menos petróleo, a natureza estaria sob menores riscos, os protestos pacíficos não seriam necessários, eu não estaria presa injustamente...

Nem tenho palavras para agradecer a todas as pessoas que se importam e que clamam por nossa liberdade. Gostaria de agradecer especialmente o apoio do governo e do povo brasileiro que têm se mostrado incansáveis em seu suporte pela minha liberdade. Clara Solon, da embaixada do Brasil na Rússia é quase uma segunda mãe para mim. Tem sido impecável em suas visitas, presença na corte, apoio psicológico e tudo o que está a seu alcance.

Gostaria de fazer um apelo ao mundo e aos que se importam: Salvem o Ártico! Consumam menos para serem mais, usem sacolas reutilizáveis, apaguem as luzes ao não usá-las, procurem produtos com menos embalagem, usem mais as pernas e menos os carros. Você não é o seu telefone celular, ele não diz nada sobre suas virtudes, você não precisa do último modelo. Separe o lixo, recicle, conserte o que quebrar em vez de comprar outro, informe-se. Existem tantas mil pequenas ações que podem ser feitas todos os dias para salvar o Ártico, a Amazônia, os recifes de corais e todo o resto. Basta escolhermos bem o que comprar. Nós todos e cada um de nós somos responsáveis pela mudança!

Promete que vai tentar. E eu vou saber que esse mês presa não foi em vão.

Com amor, Ana.

Dia do Consumo Consciente

 
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Em uma época em que 16% da população mundial é responsável por 78% do total do consumo no planeta, e que a humanidade já consome 50% mais recursos do que a Terra consegue regenerar, o Dia do Consumo Consciente, celebrado na terça-feira, 15 de outubro, procura alertar a todos sobre a importância de uma transição para uma sociedade ambientalmente mais equilibrada e socialmente mais justa.
A data foi criada pelo Ministério do Meio Ambiente brasileiro em 2009, com o objetivo de despertar a consciência da população para os problemas sociais, econômicos, ambientais e políticos causados pelos padrões de produção e consumo excessivos e insustentáveis. Todavia, diversos eventos realizados nos anos anteriores foram fundamentais para esse processo.
No âmbito internacional, em 2008, a Consumers International (CI) promoveu uma mobilização mundial na mesma data para marcar a importância da educação para o consumo sustentável. O movimento Global Consumer Action Day contou com a adesão de mais de 40 instituições membros da CI e outros grupos de consumidores em 33 países.
Ainda no distante ano de 1995, a definição de “consumo sustentável” já recebia uma redação oficial pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS/ONU)
No mesmo ano, o Brasil instituiu o Comitê Gestor Nacional de Produção e Consumo Sustentável, articulando vários ministérios e parceiros tanto do setor privado quanto da sociedade civil, com a finalidade de elaborar o Plano de Ação para a Produção e Consumo Sustentável.
Pra lá de Marrakesh
Um ano antes, em 2007, o Brasil aderiu ao Processo de Marrakesh (iniciado em 2003 no Marrocos), documento que estabelece uma série de iniciativas que estimula que cada país membro das Nações Unidas desenvolva seu plano de ação, para promover o alcance de padrões sustentáveis de consumo e produção, alinhados com as necessidades de desenvolvimento social e econômico, para ser compartilhado com os demais países, em nível regional e mundial.

 
Em 2002, a Rio+10 (Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável) já traçava no Plano de Johanesburgo um conjunto de programas com duração dez anos para apoiar e fortalecer iniciativas regionais e nacionais para promoção de mudanças nos padrões de consumo e produção sustentável.
Definições
Ainda no distante ano de 1995, a definição de “consumo sustentável” já recebia uma redação oficial pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS/ONU), depois de o debate ter sido iniciado durante a Agenda 21 (Eco-92):
“Consumo sustentável é o uso de serviços e produtos que respondem às necessidades básicas de toda população e trazem a melhoria na qualidade de vida, ao mesmo tempo em que reduzem o uso dos recursos naturais e de materiais tóxicos, a produção de lixo e as emissões de poluição em todo ciclo de vida, sem comprometer as necessidades das futuras gerações.” 
Exercido de forma concreta, voluntária e cotidiana, o consumo consciente considera as variáveis de mercado, como preço, qualidade, impacto ambiental do consumo e responsabilidade empresarial. Mas, diferentemente do consumo responsável, nasce atrelado à coletividade, no exercício de uma nova e possível cidadania, ressalta o Instituto Akatu.

Piquenique celebra "Dia do Consumo Consciente" e incentiva a prática em todo país

 

Muito mais que um simples pedaço de pano estendido no chão com comidinhas gostosas, um piquenique é um momento de compartilhamento – seja gastronômico e social. Neste sábado, na Praça Victor Civita, acontece o “Piquenique pela Sustentabilidade” a partir das 9h, onde os participantes levam seus lanches, aproveitando um dia divertido e diferente.

Para colaborar na organização do Piquenique Sustentável, e, ao mesmo tempo, incentivar que este tipo de atividade coletiva, o instituto Akatu publicou em seu portal um guia com uma série de dicas para que a população monte um piquenique da forma mais sustentável possível.
Além disso, os participantes podem compartilhar suas experiências e enviar histórias e fotos de seus piqueniques aos canais de comunicação da entidade no Facebook,

Paraíba sedia Fórum Internacional de Desenvolvimento Rural Sustentável

 

 “Ruralidade, diversidade e políticas diferenciadas” é o tema do VIII Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial, que será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro no Garden Hotel, em Campina Grande.

Participarão atores sociais e representantes das organizações territoriais, gestores públicos, movimentos sociais, acadêmicos e entidades de fomento do Brasil e de outros países latino-americanos e europeus.

Realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IIICA), o fórum traz em evidência “O Projeto Repensando o conceito de ruralidade no Brasil: implicações para as políticas públicas”, promovendo um debate estruturado sobre os resultados do Projeto, em especial a proposta de tipologias dos espaços rurais brasileiros considerados nos diversos biomas com vistas à construção de políticas públicas diferenciadas.


As inscrições para o fórum já estão sendo realizadas pelo portal permanente do Fórum de Desenvolvimento Rural Sustentável: http://iicaforumdrs.org.br/iica2011/noticias/lernoticia/858


“Esse é um momento ímpar para a Paraíba, um esforço imenso do Governo do Estado ao trazer um evento internacional para discutir política territorial com todos os autores envolvidos. Precisamos convocar a sociedade, as organizações e as entidades para essa grande construção que só fortalece e contribui para o desenvolvimento nos nossos territórios”, comentou o secretário Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca Marenilson Batista.


No primeiro dia (25/11), a partir das 18h, acontece a abertura oficial com a presença de diversas autoridades e a Palestra Magna "A concepção de ruralidade no Brasil contemporâneo: os desafios para as políticas públicas" com a embaixadora do México no Brasil, Beatriz Paredes, além do lançamento dos volumes 21 e 23 da Série DRS.


O segundo dia de apresentações será dividido em dois temas centrais. Na manhã do dia 26/11, o painel 1 faz uma introdução ao tema "Por que promover um debate estruturado sobre espaços urbanos e rurais, suas tipologias e políticas?". À tarde, o painel 2 é uma apresentação e discussão do Projeto “Repensando o conceito de ruralidade no Brasil: implicações para as políticas públicas”.


No último dia (27/11), o VIII Fórum será dedicado inteiramente a um Ciclo de Debates com a participação de todos os presentes. O enfoque da discussão é "uma nova concepção de ruralidade e políticas públicas”.


O VIII Fórum de Desenvolvimento Rural Sustentável também é realizado pelo Governo do Estado de Pernambuco, Governo do Estado do Ceará e Governo Federal (MDA), com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae e Universidade Federal de Campina Grande.

Trabalhadora do campo tem papel essencial para desenvolvimento sustentável, diz ONU

 

 
  O Dia Internacional da Mulher Rural desta terça-feira (15) é lembrado pela ONU Mulheres, entidade que promove a igualdade de gênero e a autonomia feminina, pelo fato de as trabalhadoras do campo têm papel essencial para transformações econômicas, ambientais e sociais exigidas para o desenvolvimento que se pretende sustentável.
É primordial que o grupo tenha autonomia, não apenas para seu próprio bem-estar, o das famílias e da comunidades, mas também pela produtividade econômica geral.
A ONU Mulheres participa e apoia leis, políticas e programas que afetem a vida das mulheres rurais, consideradas fundamentais na produção de alimentos e por representarem boa parte da mão-de-obra agrícola no mundo.
Apesar de todo esse valor, elas ainda encontram muitos desafios no campo. Entre os principais estão a falta de acesso ao crédito, aos cuidados de saúde e também à educação. Os fatores são agravados pelas crises globais econômica e alimentar, além das mudanças climáticas.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) calcula que se as mulheres agricultoras tivessem o mesmo tipo de acesso que os homens, a produção nos países em desenvolvimento aumentaria 4% e ainda seria possível reduzir em 17% o número de desnutridos (150 milhões).
Para ajudar à mulher rural no combate à pobreza, em 2012, a ONU Mulheres aliou-se ao Programa Mundial de Alimentação (PMA), à FAO e ao Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida).
As entidades lançaram um programa para dar maior autonomia ao grupo através da integração econômica e de iniciativas de segurança alimentar.
O objetivo é dar força à mulher rural para que possa lutar pelos seus direitos à terra, liderança, oportunidades e escolhas. Ao mesmo tempo, o programa apoia sua participação na criação de leis, políticas e programas específicos para o grupo.

Desenvolvimento sustentável é destaque em documento da aliança PSB/Rede

 





Desenvolvimento sustentável é o tema de maior destaque de um documento que vai basear o programa comum do PSB e da Rede, segundo reportagem do jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira. O tema tem quase o triplo de texto destinado às outras duas áreas do documento, no qual se discutem também conquistas econômicas e sociais e a relação política do governo com o Congresso. O programa começou a ser elaborado hoje, no 1º Encontro Programático do PSB e do Rede Sustentabilidade, em São Paulo, que reúne lideranças políticas, sociais, acadêmicas e empresariais.

Segundo um dos trechos do documento, longe de significar apenas um sinônimo de proteção ambiental, como muitos ainda pensam, (desenvolvimento sustentável) é uma concepção de múltiplas dimensões integradas de caráter econômico, social, cultural, ético?. Ainda segundo o documento, o tema requer a integração das políticas públicas que rejeita a naturalização das injustiças e das desigualdades sociais e inclui a educação como desenvolvimento sustentável.

Na área relacionada à política econômica, há promessa de manter e promover avanços em áreas como saúde, educação e gestão pública, e críticas à gestão da economia do governo de Dilma Rousseff, como o trecho que diz que prevalece, no país, um modelo econômico de respostas superficiais a pressões, que privilegia alguns setores em detrimento da aplicaçãosistempatica e pnejadade de recursos em áreas essenciais ao desenvolvimento do país e ao bem-estar da sociedade. 

Conselho planeja seminário de capacitação em Economia Solidária em Alagoas

 


 
Conselho planeja seminário de capacitação em Economia Solidária
O planejamento do 1º Seminário de Capacitação dos Conselheiros Municipais de Economia Solidária de Maceió. Esse será o tema da próxima reunião do Conselho Municipal de Economia Solidária. A reunião acontece na próxima quinta-feira (7), a partir das 9h, na Escola Municipal de Gestão Pública (Emgesp), no Centro.
O seminário, marcado para os próximos dias 2 e 3 de dezembro, no auditório do Serviço Social do Comércio (Sesc) Poço, terá, como público-alvo, gestores e técnicos dos governos municipal e estadual que atuam, diretamente, com a Economia Solidária e a geração de trabalho e renda; conselheiros municipais de Economia Solidaria de Maceió; empreendimentos solidários; e representantes de entidades e parceiros.
“O objetivo do seminário é capacitar os conselheiros do município de economia solidaria de Maceió e demais participantes sobre a importância da política de Economia Solidaria no âmbito da geração de trabalho e renda”, explica a diretora de Economia Solidária da Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes), Michelli Larissa Fernandes
O Conselho
Órgão de caráter deliberativo e normativo, o Conselho Municipal de Economia Solidária foi criado com a sanção da lei municipal 5.839, de 2009. Entre suas atribuições, estão aprovar a Política Municipal de Economia Solidária; convocar a Conferência Municipal de Economia Solidária, bem como encaminhar as deliberações da conferência aos órgãos competentes; acompanhar, avaliar e fiscalizar a gestão dos recursos pára o setor, bem como os ganhos sociais; entre outras.
A atual composição do Conselho foi empossada no último dia 4 de abril pelo prefeito Rui Palmeira. O órgão colegiado é formado por representantes dos empreendimentos de Economia Solidária, entidades de assessoria e de representantes do poder público, cada qual com 4 representantes titulares e 4 suplentes.
Entre as secretarias municipais com assento no órgão colegiado, estão: Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária; Assistência Social (Semas); Promoção do Turismo (Semptur); e Finanças (SMF). Os empreendimentos eleitos para integrar o colegiado como titulares foram: Associação dos Artesãos do Mercado Público de Jaraguá (ASAMJ), Tesoura Mágica, Grupo Somando Talentos e Cooperativa dos Catadores Vila Emater 2 (COOPVILA). Já as entidades de assessoria com assento no Conselho são: Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Pescadoras de Alagoas (MMTRP-AL); Cáritas Arquidiocesana de Maceió; IADEC – Banco Cidadão; e CEASB.
Atualmente, a presidente do Conselho é a secretária municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária, Solange Jurema. Ela foi eleita e assumiu a Presidência do órgão no último dia 11 de abril, quando aconteceu a primeira reunião após a posse do Conselho.
Economia Solidária
De acordo com a lei municipal 5.839/2009, Economia Solidária constitui-se “de iniciativas que visam à organização, à cooperação, a gestão democrática, à solidariedade, a distribuição equitativa das riquezas produzidas coletivamente, à autogestão, ao desenvolvimento local integrado e sustentável, ao respeito ao equilíbrio dos ecossistemas, à valorização do ser humano e do trabalho e ao estabelecimento de relações igualitárias entre homens e mulheres na geração de produtos e serviços”.
A mesma lei aponta que é prioridade da Economia Solidária a formação de redes que integrem grupos de consumidores, produtores e prestadores de serviços para a prática do mercado sol

Conselho de Economia Solidária toma posse em Rio Claro

 



 
 


A solenidade de posse do recém-criado Conselho Municipal de Economia Solidária de Rio Claro (Comes) será realizada nesta quinta-feira (17) às 15 horas, no paço municipal. A entidade tem como objetivo intensificar a participação e o controle social nos projetos relativos à Economia Solidária, e sugerir medidas que contribuam para a execução dessas iniciativas e para o alcance dos resultados.

O conselho foi implantado a partir de ação da prefeitura, por intermédio da diretoria de Desenvolvimento Social, vinculada à Secretaria Municipal de Ação Social, em atenção à Lei 4036 de 08 de março de 2010.

A eleição para o biênio agosto de 2013 a agosto de 2015 foi realizada no último mês de agosto no Centro Público de Economia Solidária. Para a eleição foram convocados representantes titulares e suplentes dos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) e de entidades civis atuantes diretamente no desenvolvimento das cadeias produtivas dos EES.
Da sociedade civil serão nomeados os representantes eleitos das seguintes entidades:

Associação Comunitária e de Amigos Beija Flor – Carmelita Lemes Brescansin (titular) e Brasilina Gomes de Brito (suplente); Udam – Luiz Gustavo Bonilha Piccoli (titular) e Érica Cristina Belomi (suplente); Federação Paulista de Mountain Bike – Clayton Palomares (titular) e Cristiane Gobesso (suplente); Instituto Consulado da Mulher – Elen Cristina Correia de Camargo (tirular) e Daniella Marchese (suplente); Iben (Instituto Brasileiro para Educação e Negócios) – Valdemar Benedito (titular) e Marcelo Carlos Dias (suplente); e Senac – Patricia Radirge Bronzelli Naitzki (titular) e Rodrigo Buzin Siqueira do Amaral (suplente).

Dos empreendimentos da Economia Solidária de Rio Claro serão nomeados representantes das seguintes entidades:
Cadeia produtiva de artesanato – Lucimara de Fatima Gomes da Silva (titular) e Sonia Pauletto (suplente); cadeia produtiva de biojoias – Marlene Maciel Barbuio (titular) e Gicelia Maria da Silva (suplente); cadeia produtiva de alimentação – Fernanda Magali Cardoso (titular) e Vânia Cristina de Almeida (suplente); cadeia produtiva de cultura – Emilly Cavalcanti da Silva Dias (titular) e Laura Rodrigues Alves (suplente); cadeia produtiva de agricultura familiar – José Alves Roso (titular) e Alvino Pereira Alves (suplente); e cadeia produtiva de resíduos sólidos – Inair Francisca da Rocha Marcelino (titular) e Maria Aparecida de Oliveira (suplente).

Da área governamental serão nomeados representantes das seguintes entidades:

Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente – Denize Aparecida Rabelo (titular) e Fabiana Alvarenga Filipe (suplente); Secretaria Municipal de Educação – Heloísa Rodrigues da Silva (titular) e Marineide Aparecida Carrara Martins (suplente); Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Silvicultura – Maria Elena De Mori (titular) e Marly Righi (suplente); Secretaria Municipal de Cultura – Renê Diogo Mainardi (titular) e Tatiana Pereira da Silva (suplente); Universidade Estadual Paulista – Auro Mendes (titular) e Ana Teresa Caceres Cortez (suplente); e Secretaria Municipal de Ação Social – Marta Adriana Barbosa Ceccato (titular) e Elizabeth Tavares Musico (suplente)

31 Empreendimentos Econômicos Solidários participaram da Festa das Nações

 



 
 


Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) vinculados ao Programa Municipal de Economia Solidária saíram satisfeitos e animados da 39ª Festa das Nações, realizada na antiga Estação Ferroviária de Rio Claro no período de 17 a 20 de outubro. Além de participarem da festa, puderam divulgar e comercializar seus produtos a preço justo, agradando os visitantes e garantindo a renda familiar.

O EES Café com Leite pertence à cadeia de alimentação e comercializou comidas típicas da China, esgotando seus pratos todos os dias. Outros 30 EES formam a cadeia de artesanato e comercializaram objetos diversificados e atuais, dentre eles produtos sustentáveis, como pufe de pneu, enfeites com janelas e biojóias, confeccionadas em grande parte com sementes coletadas no município.

Também os objetos decorativos agradaram os visitantes, que puderam renovar os ambientes de seus lares com bonecas de EVA, tapetes, potes, panos de prato, biscuit, artigos pintados a mão, filtro dos sonhos e almofadas, além de incrementar o visual com novos modelos de boinas e bolsas. Com a proximidade do Natal, muitas pessoas não resistiram às novidades e aproveitaram para antecipar a compra de lembranças para amigos e parentes.

Vânia Cristina de Almeida proprietária do ESS “Café com Leite” recebe apoio do Programa de Economia Solidária há dois anos. Ela faz parte do conselho gestor e comercializa seus produtos em um dos quiosques da Praça do Artesão, em frente ao Shopping. Vânia conta que está muito feliz em participar da Festa das Nações: “foi uma boa oportunidade para divulgar nosso trabalho e gerar renda. Foi importante também para mostrar o avanço da Economia Solidária em Rio Claro e fortalecer esta nova forma de economia”.

Marlene Barbuio trabalha com biojóias e diz que foi muito bom participar desta festa: “Além da parte tradicional de alimentação, os EES trouxeram muitas novidades e opções para a população na área de artesanato. Por outro lado, o grupo Jóias da Terra pode apresentar o trabalho sustentável que tem feito com a coleta e utilização das sementes locais, sempre preservando o meio-ambiente, o que despertou a atenção da população”.

A coordenadora do Programa Municipal de Economia Solidária (Ecosol) Flávia Codazzi, explica que a participação dos EES é de extrema importância, pois valoriza o trabalho dos empreendimentos do município, tanto na cadeia de artesanato quanto na de alimentação. “Em especial, porque é uma festa promovida pelo município e a divulgação e comercialização é superpositiva dentro de festas tradicionais. Essa participação garante a expansão e o crescimento da Economia Solidária no município", opinou Flávia.

Segundo a coordenadora, os EES estão em constante atividade: “Esta semana quatro empreendimentos participarão da Feira no Supermercado Enxuto da Av. Rio Claro, oferecendo oficina de artesanato à população, que pode participar sem qualquer tipo de despesa, pois também o material já está incluso. A oficina acontece nesta quinta-feira, 24, às 15 horas, com vagas para 15 pessoas que podem se inscrever no local.

O Programa Municipal de Economia Solidária é desenvolvido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Ação Social, em parceria com a Unesp. Tem se destacado tanto regional quanto internacionalmente por investir nas pessoas, despertando motivação e visão para um comércio justo e solidário que garanta a sustentabilidade das famílias e a preservação do meio-ambiente.

Portugal deve apostar na "economia verde" à saída do resgate


 


“Temos, nesta área, condições para gerar resultados económicos e emprego no curto prazo”, asseverou Moreira da Silva
O ministro do Ambiente defendeu, em Bruxelas, que a “economia verde” deve ser uma das prioridades de Portugal, numa altura em que se aproxima a saída do programa de assistência, pois esta é também uma área de crescimento económico rápido.
“Num momento em que Portugal se aproxima do final do memorando de entendimento, é necessário, a par da responsabilidade orçamental, que continuará a ter de estar connosco durante muitos anos, encontrar um novo modelo de desenvolvimento com reformas estruturais e com investimentos seletivos, apostando em áreas estratégicas”, sendo “uma dessas áreas o crescimento verde”, sustentou hoje Jorge Moreira da Silva.
O ministro, que falava à margem de uma cimeira do chamado 'Grupo do Crescimento Verde' – que integra 13 Estados-membros da União Europeia -, salientou que “Portugal, que neste momento procura identificar opções que vão para lá de um resgate, um novo modelo de desenvolvimento que vá para lá do memorando de entendimento, facilmente conclui que a economia verde integra uma grande potencialidade, não apenas para a proteção ambiental, mas também para a criação de emprego e para um crescimento sustentável”, e não apenas no médio e longo prazo.
Além do mais, sublinhou, atendendo a que “o país precisa de apresentar setores onde pode crescer não só no futuro, como também no curto prazo”, a economia amiga do Ambiente “é uma área de crescimento que se situa em 4% ao ano”, disse, acrescentando ser difícil encontrar “muitas áreas que possam crescer em termos económicos com um nível como este”.
“Temos, nesta área, condições para gerar resultados económicos e emprego no curto prazo”, asseverou.
Moreira da Silva salientou que Portugal “tem recursos naturais muito significativos”: “Temos vento, água, sol, biodiversidade, mar, floresta” e ainda infraestruturas que já estão concluídas, um “grande investimento” feito na investigação e desenvolvimento nas universidades, e empresas inovadoras.
Por isso, disse, é sua intenção que em Portugal também possa ser lançado “um conjunto de iniciativas para tirar partido do crescimento verde”, razão pela qual já está em diálogo com o sistema científico, com universidades, com organismos públicos, com fundações, organizações não-governamentais e empresa, “precisamente para aplicar também em Portugal um plano de ação para o crescimento verde”, beneficiando do facto de haver novas regras para o quadro comunitário 2014/2020, onde se fixa como imperativo alocar 20% dos fundos comunitários a um modelo de desenvolvimento mais limpo.
Ao nível da UE, Jorge Moreira da Silva defendeu que, num momento em que há mais dados que apontam para as consequências das alterações climáticas, mas também para a “imprescindibilidade de olhar para esta área como uma área de competitividade, crescimento e emprego, se justifica lançar esta plataforma que cria as bases para uma politica mais integrada de clima e energia e que aponta para metas mais ambiciosas em 2030”, a serem fixadas desde já.
“A Europa está neste momento perante a necessidade de tomar uma de duas decisões: ou utilizar a crise económica, que afeta muitos países europeus, como uma desculpa para adiar decisões relativas a alterações climáticas; ou olhar precisamente para esta área como uma razão adicional para afirmar a sua liderança e o seu compromisso”, declarou.
O grupo da economia verde integra 13 países – Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha, Holanda, Portugal, Bélgica, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Eslovénia e Estónia – que, numa altura em que a Comissão Europeia se prepara para apresentar as opções para o novo pacote de Energia e Alterações Climáticas 2030, defendem uma agenda ambiciosa em termos de política ambiental, também do ponto de vista económico

Governo aprova Plano de Acção para a Economia Verde

 
 
 
O governo moçambicano, reunido em sessão de Conselho de Ministros, aprovou, terça-feira, em Maputo, o Plano de Acção para a Economia Verde (PAEV) para o período de transição 2013/2014. O governo define a economia verde como sendo aquela que resulta na melhoria do bem-estar humano e igualdade social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica.
Para a implementação deste plano de acção, o governo defende uma economia menos poluente, ou seja menos intensiva em carbono, eficiente em recursos naturais e socialmente inclusiva.
Falando em conferência de imprensa minutos após o término da sessão, a vice-ministra da Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), Ana Chichava, explicou que o referido plano faz uma abordagem sobre o uso racional e sustentável dos recursos naturais, através da integração de três pilares de desenvolvimento sustentável, nomeadamente económico, social e ambiental.
“Isso significa que não podemos fazer nenhum empreendimento sem analisarmos qual vai ser o ganho económico, qual vai ser o impacto social e qual vai ser o impacto ambiental”, disse Ana Chichava.
O Plano também contempla a equiparação dos três capitais, nomeadamente o físico, humano e natural. O capital físico inclui uma infraestrutura sustentável e resistente, enquanto o capital natural refere-se ao uso eficiente dos recursos naturais que, actualmente, constitui o maior desafio do governo moçambicano. O capital humano refere-se a resiliência e capacidade de adaptação dos moçambicanos.
“Estamos a falar da habitação, estamos a falar do emprego, planeamento físico, empoderamento da mulher entre outros”, disse a governante. Por isso, segundo Chichava, “quando falamos do desenvolvimento sustentável estamos a dizer produzir hoje, colher, comer mas sem nos esquecermos das próximas gerações. Assim como nós encontramos a floresta, encontramos o céu, encontramos a água, também temos que garantir que as próximas gerações encontrem esta riqueza”. Na mesma sessão, o governo aprovou um decreto que cria o Parque Nacional de Mágoè, na província central de Tete.
“O parque tem como objectivos principais reforçar o programa Txuma Tchato na conservação dos ecossistemas existentes naquela área reduzir a pressão do uso dos recursos naturais, dado que estes recursos são finitos”, explicou o porta-voz do governo, Alberto Nkutumula.
Txuma Tchato é um programa que envolve as comunidades locais em parceria com o Estado e o sector privado na gestão dos recursos faunísticos naquela região. Prosseguindo, o porta-voz explicou que o parque também vai reduzir o conflito homem-animal e a caça furtiva.
“Existe naquela região a palanca vermelha que ocorre apenas naquela região do país e é preciso preservá-la de forma a evitar a sua extinção. Há também outros animais de grande porte e de médio porte, há elefantes, hipopótamos, leões e outros felinos. Há também outro tipo de espécies que servem de alimentação para a população”, disse Nkutumula, que também desempenha as funções de vice-ministro da justiça. Cobrindo uma área de 355.852 hectares, o Parque está localizado entre os distritos de Mágoè e Cabora Bassa.
Actualmente, assiste se a casos frequentes de queimadas descontroladas que se traduz numa redução acentuada da biodiversidade. Sobre o impacto social do Parque, Nkutumula disse que existem 3.700 habitantes, membros de uma comunidade nómada.
“Para estas pessoas que já la estão a residir será criada uma coutada, que será explorada pelo sector privado em parceria com a população”, disse para de seguida explicar que a mesma visa garantir que as pessoas tenham recursos financeiros e deixem de depender da caça para o seu sustento.
Na mesma sessão o governo também apreciou o processo de revisão da Lei do Mecenato, informação sobre o ambiente de negócios e o relacionamento com a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), informação sobre o centro de pesquisa em aquacultura e o relatório sobre a situação da pessoa com deficiência na Função Pública.

Conflito contra projeto de 'economia verde' faz primeira vítima no Acre


 

 
 
Conflito contra projeto de 'economia verde' faz primeira vítima no Acre
Filho de camponês que luta contra projeto de redução de emissões de CO2 é assassinado na região de Manuel Urbano de Rio Branco
Uma situação, que se agrava a cada dia, chegou a um ponto dramático no início desta semana. Um adolescente de 15 anos, nascido e criado numa comunidade do Acre, foi assassinado enquanto seu pai participava de uma audiência em Rio Branco, na sede da Federação dos Trabalhadores em Agricultura, para tornar pública sua objeção ao projeto de redução de emissões de CO2. Com isso, o conflito que ali se estabeleceu já possui sua primeira vítima. 

Nos últimos dois anos, projetos privados para venda de créditos de carbono foram criados no Acre com respaldo do governo estadual. Esses contratos internacionais de compra e venda de carbono são realizados para que empresas dos Estados Unidos e Europa possam continuar poluindo sem maiores restrições, "preservando" áreas de floresta na América Latina, África e Ásia, causando a criminalização das populações tradicionais que vivem nessas regiões e dificultando seu acesso à terra.

    Um desses projetos, denominados de REDD (redução de emissões - de CO2 - por desmatamento e degradação) foi implantado em uma área com mais de 30 mil hectares, às margens do rio Purus, distante algumas horas de barco da cidade mais próxima, Manoel Urbano localizada a 300km de Rio Branco, capital do Acre. A venda dos créditos de carbono no exterior é realizada por uma empresa norte-americana.
     

    O projeto em questão é reconhecido internacionalmente, pelas ONGs que promovem o mercado de carbono, por seus alegados méritos sociais e ambientais, recebendo certificação de qualidade "padrão ouro". Trata-se, contudo, de uma farsa bem arquitetada para esconder os impactos nocivos desse empreendimento para a comunidade de posseiros que vivem na área e não aceita o projeto. Seus direitos não estão sendo respeitados e o acesso à justiça não está sendo garantido pelas instituições responsáveis.

    Os projetos que estão sendo implantados em outras áreas do Acre e da Amazônia possuem o mesmo potencial de criação ou agravamento de conflitos fundiários. Como afirma Osmarino Amâncio, liderança histórica do movimento dos seringueiros, os projetos de REDD "despertam velhos problemas fundiários vividos na Amazônia, mas ganham uma dimensão nova com essa tal de 'economia verde' e REDD". O mais grave, segundo Osmarino, é que estes projetos "impõem uma série de proibições aos moradores", impedindo que eles possam "fazer seus roçados, tirar madeira para construir suas casas, oferecendo em troca uma miséria, que é o dinheiro que eles dizem que os moradores vão ganhar com o projeto, ou então bolsas de tudo que é tipo, que não garantem a sobrevivência dos trabalhadores". E tudo isso, segundo Osmarino, conta com o apoio dos órgãos públicos, "responsáveis por criminalizar nossas práticas tradicionais e impor o medo nas comunidades, dizendo pra elas que não têm outra saída".

    Por isso, fazemos um alerta a todos os movimentos combativos: os projetos ligados à "economia verde" são uma grande e perigosa ameaça para as populações locais. A "financeirização da natureza" e o pagamento por "serviços ambientais" são apenas mais uma face da expansão destrutiva do capital sobre a região amazônica, varrendo de seu caminho todas as vidas que possam atrapalhar essa necessidade lógica do sistema. É hora de sermos solidários com a família do menino Márcio e com a comunidade de posseiros do interior de Manoel Urbano que luta pra seguir na terra na qual sempre viveu em paz.

    Encontro global sobre «economia verde» será nos Emirados Árabes Unidos

    HOJE às 08:07
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    O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, anunciou a realização da primeira conferência mundial sobre a Parceria para a Acção sobre Economia Verde nos Emirados Árabes Unidos.

    Para sediar o evento da iniciativa, com a sigla Page, a agência refere que o país disponibilizou-se a agregar centenas de representantes governamentais e políticos de alto nível. A reunião decorre de 4 a 5 de Março de 2014.
    No âmbito do apoio, deve também ser financiada a participação de até 100 delegados de países de baixos rendimentos. O objectivo da economia verde é reduzir os impactos ambientais negativos e a escassez ecológica causados pelo desenvolvimento. A conferência é vista como uma oportunidade para rever o progresso na implementação do tipo de actividades no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza após a Cimeira Rio +20.
    O evento também deve discutir as possibilidades do contributo da economia verde para a agenda de desenvolvimento pós -2015, além do que o Pnuma chama «uma nova arquitectura global para a sustentabilidade». Os benefícios sociais para uma transição inclusiva para economias verdes também serão o foco do encontro, que pretende que a mudança seja mais ecológica e eficiente em termos de recursos.
    A parceria Page foi lançada no início deste ano, com o objectivo de garantir o apoio e a formação na implementação de políticas de economia verde e melhores práticas.
    A iniciativa auxilia aos Estados participantes na criação de requisitos necessários, pondo à disposição investimentos e políticas: para o estabelecimento de uma nova geração de recursos.
    Entre eles estão as tecnologias limpas, a infra-estrutura eficiente dos recursos, os ecossistemas em bom funcionamento, a mão-de-obra ecológica qualificada e a boa governação.