terça-feira, 2 de abril de 2013

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: conheça 6 propostas de cientistas

 

 


Um artigo publicado na "Nature" por um grupo de dez pesquisadores, de várias partes do mundo, sugere seis propostas de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que deverão sem implementados a partir de 2015, conforme acordo firmado na Rio+20. A intenção dos novos indicadores é melhorar a qualidade de vida da humanidade até 2030.




Depois dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cujo prazo-limite para cumprimento das metas termina em 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) deverão ser criados, conforme acordo firmado em junho de 2012, durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), realizada no Rio de Janeiro.
Um artigo publicado na quarta-feira, 20 de março, pela revista Nature apresenta uma proposta com seis ODS que deveriam ser cumpridos por todos os países para melhorar, até 2030, a qualidade de vida da humanidade, preservar os recursos naturais e assegurar uma economia de baixo carbono (com menos impacto ambiental). A pesquisa foi elaborada por um grupo de dez pesquisadores de várias partes do mundo.
A discussão para a criação dos ODS terá início em setembro de 2013, durante a Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York, nos Estados Unidos. Um grupo de trabalho com 30 membros, incluindo a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, vai preparar um relatório apresentando uma prévia dos objetivos.
Conheça os seis Objetivos de Desenvolvimento Sustentável sugeridos pelos cientistas:
1 – Vida próspera e formas de assegurar a subsistência humana. 
Fim da pobreza e melhora do bem-estar por meio do acesso à educação, emprego, saúde e informação. Redução da desigualdade social enquanto se trabalha em direção ao consumo e produção sustentáveis.
Segundo os pesquisadores, deveriam ser instituídas regras dentro da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a manutenção do ar limpo, assegurar as taxas limites de emissões de ozônio e de componentes químicos ou materiais tóxicos. Além disso, deveriam ser criadas práticas para extração de minerais e metais com foco na reciclagem destes materiais.
2 – Segurança alimentar sustentável. Fim da fome e alcance a longo prazo da segurança na produção de alimentos, com distribuição e consumo sustentáveis.
Para os estudiosos, deve-se prorrogar a meta de combate à fome criada nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, adicionando limites para o uso do nitrogênio e do fósforo na agricultura (evitando que sejam enviados para a atmosfera e para o oceano). Além disso, deve-se aumentar a eficiência no setor em 20% até 2020.
3 – Segurança sustentável da água. Acesso universal à água potável e saneamento básico; garantia de eficiência maior na gestão dos recursos hidrominerais.
Os cientistas afirmam que é preciso limitar a retirada de água das bacias hidrográficas em não mais que 80% do fluxo médio anual dos rios.
4 – Energia limpa universal. Aumentar o acesso universal à energia limpa, minimizando a poluição e o impacto à saúde, além de reduzir o impacto do aquecimento global.
Este objetivo contribui com acordos já feitos entre países que integram as Nações Unidas, que contemplam a implantação de energia sustentável para todos, igualdade de gêneros e acesso à saúde. Além disso, assegura em 50% a chance da temperatura global não subir mais que 2º C nos próximos anos e reduziria entre 3% e 5% ao ano a emissão de gases-estufa até 2030 (totalizando uma queda de até 80% até 2050).
5 – Ecossistemas produtivos e saudáveis. Assegurar os serviços ecossistêmicos e da biodiversidade com uma melhor gestão, restauro e conservação do meio ambiente.
A proposta reforça o cumprimento das Metas de Aichi, dentro da Convenção da ONU para a Biodiversidade, que fixa a redução do ritmo de perda dos ecossistemas e prevê a manutenção de, pelo menos, 70% das espécies presentes em qualquer ambiente.
6 – Governança para sociedades sustentáveis. Transformar e adaptar instituições e políticas públicas para aplicar as outras cinco metas já apresentadas.
Com este objetivo, seriam eliminados até 2020 subsídios que dão suporte à exploração do petróleo, à agricultura insustentável e à sobrepesca.

Governo investe R$ 3 milhões em redes de pesquisa sustentável


 

 

 

O governo do Estado vai investir cerca de R$ 3 milhões para o desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação, com foco na sustentabilidade. O recurso está previsto em quatro editais de redes de pesquisa, destinados às demandas e soluções dos entraves das cadeias produtivas do açaí, cacau, software e fitoterápicos, lançados nesta terça-feira (2) pela Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa.
O lançamento dos faz parte das ações previstas no Programa Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentável e que integram o Plano Plurianual 2012/ 2015 do governo do Estado. A parceria entre a Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) atua diretamente no programa, com o estabelecimento de redes de pesquisas cooperativas, inter e intrainstitucionais, que vão proporcionar o desenvolvimento de meios propícios à consolidação dessas cadeias produtivas, definidas como estratégicas.
O apoio à criação das quatro redes de pesquisas terá um investimento global de R$ 2,9 milhões e parte dos seguintes editais: 1/ 2013 - Rede de Pesquisa em Plantas Medicinais e Fitoterápicos; 2/ 2013 - Rede de Pesquisa em Fruticultura Tropical: Açaí; 3/ 2013 - Rede de Pesquisa em Software; e 4/ 2013 - Rede de Pesquisa em Fruticultura Tropical: Cacau.
O incentivo do Governo do Pará à formação e operação de redes deve-se a duas características marcantes: a otimização de recursos e a rapidez na criação e disseminação do conhecimento, por meio da união e coparticipação de competências e responsabilidades, fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico de áreas estratégicas do conhecimento, especialmente aquelas prioritárias para setores porvindouros.
Cada rede, além da consolidação das cadeias produtivas, dará ganhos específicos às áreas. As Redes de Pesquisa em Plantas Medicinais e Fitoterápicos e Pesquisa de Software proporcionarão a criação de polos específicos aos campos. Já as Redes em Fruticultura tropical do Açaí e do Cacau contribuirão na criação do Programa de Fruticultura Tropical, elevando o padrão da produção e da segurança sanitária para o consumo, promovendo melhor competitividade de mercado.

Cooperativas de mulheres ganham espaço em festival de Salvador


 
 
Os 40 empreendimentos solidários de Salvador e Região Metropolitana estarão à mostra no II Festival Florescer de Economia Solidária que acontece nos dias 06 e 07 de abril, no Jardim dos Namorados, com entrada gratuita. 

Mulheres de comunidades populares, através de suas cooperativas, comercializarão seus produtos, entre eles alimentos, costura, estética e artesanato, em meio a muita arte e expressões culturais. O evento, que começa 16h, é organizado pela ONG Avante – Educação e Mobilização Social em pareceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), a Superintendência de Economia Solidária (SESOL) e o Centro Público de Economia Solidária (CESOL). 

O II Festival Florescer é uma iniciativa que promove a Economia Solidária, um sistema de produção, distribuição e consumo que favorece a construção de um ambiente colaborativo e sustentável no qual o lucro é distribuído de forma mais equitativa entre as etapas do processo econômico. Entre os empreendimentos, destacam-se as iniciativas voltadas para beleza e estética, área onde essas mulheres enxergaram um potencial de desenvolvimento. Um exemplo é a Coopcharm, que investiu em maquiagem, cabelo, manicure e pedicure e darão uma mostra do seu trabalho, produzindo as modelos para um desfile que ocorrerá durante o evento. A Coopercid – Cooperativa Costurando Ideias apresentará as criações de moda, que vestirão as modelos no desfile.

O Festival visa fortalecer cooperativas do Calabar, Engenho Velho da Federação e Roça da Sabina que se desenvolvem e tem assessoria do projeto Florescer. “Eu estava desempregada, achei a cooperativa uma opção. Eu e as colegas trocamos experiências e aprendemos muita coisa umas com as outras”, diz Angelina Santos, que integra a cooperativa Costurando Ideias.

“A principal intenção tanto dos gestores públicos quanto das ONGs atuantes em projetos de fomento a empreendimentos de economia solidária é que eles possam ser autogeridos pelos cooperativistas após o período de realização dos projetos”, comenta Fabianne Brazileiro, coordenadora da Linha de Projeto Formação para o Trabalho, da ONG Avante.  A partir de então os cooperativistas são capacitados para gerenciar suas atividades e tirar sustento da sua própria produção gerando um fluxo de comércio sustentável onde o consumidor também sai ganhando.

Cooperativas solidárias - Grande parcela da população brasileira e baiana ainda tem dificuldade em conseguir trabalho. O que muitos desconhecem é a possibilidade de outras alternativas, como o trabalho em cooperativas de economia solidária.   

Desde 2007, a Bahia possui uma Superintendência de Economia Solidária (SESOL) vinculada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) que promove ações e projetos de incentivo à formação de empreendimentos solidários. Estes projetos visam principalmente a inclusão social e a geração de trabalho e renda.

Economia Solidária inicia trabalhos de implantação em Três Lagoas


 
 
A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Assuntos de Governo, iniciou os trabalhos, apresentação e estudo das diretrizes para implantar no Município o Programa de Economia Solidária, em convênio com o Governo Federal e Governo Estadual, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Assistência Social.

As reuniões de trabalho começaram na tarde de quinta-feira (21) e manhã desta sexta-feira (22), na Secretaria de Assuntos de Governo, para implantar em Três Lagoas o Projeto de Governo de Mato Grosso do Sul de Inclusão e Organização Social dos Catadores de Materiais Recicláveis, previsto no Programa de Economia Solidária do Governo da União.

De início, as reuniões são coordenadas pelo professor Eronildo Barbosa e contam com a participação de representantes das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Assistência Social, Saúde Pública e Assuntos de Governo.

O primeiro passo é localizar e identificar todas as pessoas que vivem da coleta de materiais recicláveis, “para posterior criação de uma Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Três Lagoas, independente, mas com o apoio da Prefeitura”, informou Eronildo.

“Três Lagoas é uma cidade privilegiada, pelas múltiplas oportunidades de emprego e geração de renda, que surgem a cada dia. Por isso, acreditamos ser pequeno o número de pessoas que irão participar e a tendência é que esse número caia gradativamente”, prevê o professor.

Por outro lado, por ser também uma Cidade rica na produção industrial e no consumo, por meio do comércio, “as pessoas que trabalham como catadores de materiais recicláveis têm oportunidade de melhorar sua qualidade de vida, bastando organizá-las e orientá-las no conhecimento do mercado, legislação e geração de renda”, resumiu Eronildo.

Ele antecipou que a execução do Projeto de Inclusão e Organização Social dos Catadores, além da ativa participação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que prevê também a execução da Coleta Seletiva de Lixo, tem como importante parceiro o trabalho da Assistência Social, “para identificar e orientar as pessoas que trabalham com materiais recicláveis”, completou.

PE: Novo sistema de transporte do estado prevê cooperativas nas linhas intermunicipais

 
O presidente da Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI), Amaro João da Silva, afirmou, na última quarta-feira (27/03) que o novo sistema previsto para operar em 2014 terá a atuação de cooperativas no transporte intermunicipal. Essas serão contratadas por meio de processo licitatório, diferente do que acontece hoje com cessões e concessões de linhas. A informação foi divulgada durante o 1º Encontro das Cooperativas Pernambucanas do Ramo Transporte, momento da posse dos membros da Federação das Cooperativas de Transportes de Pernambuco (Fecootranspe).

Amaro João, que está à frente da EPTI desde 2012, falou da importância do novo sistema para atender às demandas do Estado: “Nos últimos 10 anos, Pernambuco se sobressaiu no crescimento e encontra-se com percentual acima da média nacional. O sistema atual de transporte está defasado e precisa se atualizar para acompanhar o seu crescimento”, afirmou. 

Para desenvolver a ideia, foram pesquisados sistemas de transporte de outros estados, a exemplo dos de Minas Gerais e Ceará, e, a partir daí, realizaram-se os estudos e o primeiro diagnóstico da situação do transporte no Estado, etapa que foi concluída em dezembro do ano passado. Em maio deste ano, iniciam os trabalhos para ouvir entidades, órgãos e a sociedade em geral acerca do transporte por meio de audiências públicas. 

No novo sistema, as regiões de desenvolvimento de Pernambuco serão consideradas, assim como as cidades-pólo e as necessárias linhas alimentadoras “Pela viabilidade econômica apontada, a interligação entre municípios e de municípios para pólos precisa ser feita por veículos menores, por cooperativas. A mensagem do governo do Estado é que vamos precisar das cooperativas neste novo sistema de transporte”, afirmou Amaro João.

Durante o Encontro, o presidente também falou sobre a Federação do Ramo Transporte “A criação da federação já aponta a necessidade de organização em nível de estado”, e complementou: “A cooperativa é a saída inclusive para a crise econômica que vivemos no Brasil”. Para o presidente da Fecootranspe, Alex Sandro Silva, este é o momento de as cooperativas se prepararem para atender as novas demandas. “Só quem estiver pronto para investir no transporte de qualidade ficará no sistema”, afirmou.

Prefeitura de São Carlos entrega primeiro carrinho elétrico para cooperativa de catadores


 
 
Na manhã da última terça-feira (26), a Prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia entregou ao município o primeiro veículo elétrico para coleta seletiva de lixo. Trata-se do primeiro carrinho elétrico a ser utilizado na região de São Carlos para este fim.

Esse sistema de coleta já é utilizado em outras cidades do país, como Curitiba, e agora São Carlos pretende se tornar referência para as cidades da região.

O Prefeito Paulo Altomani comentou que é muito bom poder trazer tal tecnologia para a cidade. “É impensável que uma cidade como São Carlos tenha gente arrastando saco de lixo pela rua, agora teremos um sistema compatível com o desenvolvimento tecnológico da cidade, dando mais dignidade para quem trabalha”, disse.

O secretário de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, José Galizia Tundisi, afirmou que deseja ampliar o serviço de coleta seletiva. “Vamos espalhar os carrinhos pela cidade através das cooperativas para que a coleta seja feita em todo o município, nos bairros mais distantes. Com isso iremos estimular a criação de novas cooperativas”, comentou.

A catadora Natália Vicente contou um pouco das dificuldades que esses trabalhadores vivem no dia a dia e acredita que o veículo virá para somar, para beneficiar a cooperativa.

Júlio César Pereira de Souza, secretário de Planejamento e Gestão, garantiu que o projeto é bem mais amplo. “Além dos carrinhos e do treinamento, serão implantadas cooperativas em pontos estratégicos, com refeitório e toda infraestrutura para valorizar esses trabalhadores”, disse.

Kleber Luchesi, da Coordenadoria de Meio Ambiente, esclareceu que o veículo já começa a ser utilizado nos próximos dias e mais 9 unidades já estão em produção. A Prefeitura pretende colocar 40 carrinhos à disposição dos catadores ainda este ano.

Além do prefeito, da primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Alice Altomani, e do secretariado municipal, estiveram presentes no evento o presidente da Câmara Municipal, Marquinho Amaral, os vereadores Maurício Ortega, Lucão Fernandes, Paraná, Sérgio Rocha, Ronaldo Lopes, Rodson Magno, Paulo Taú, Laíde Simões, Cidinha do Oncológico e o representante do vereador Walcinyr Bragatto, Manoel Virgínio.

Unimed do Brasil e Cade firmam acordo e encerram antigos processos


 
Desde 2009, a Unimed do Brasil busca viabilizar junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma solução conciliatória para as demandas envolvendo cooperativas do Sistema Unimed que tramitam naquela autarquia. Um acordo firmado, na sede do Cade, em Brasília, no dia 21 de março encerrou, com sucesso, essa negociação.

“Foi uma vitória da Unimed do Brasil, um grande ganho para todo o Sistema Unimed e possibilitou o encerramento de processos que tramitavam há anos”, afirmou o presidente da Unimed Cerrado e assessor Político-Institucional da diretoria da Confederação, José Abel Ximenes, que participou da solenidade de assinatura do acordo junto com o presidente Eudes de Freitas Aquino e o assessor Jurídico da Unimed do Brasil, José Cláudio Ribeiro Oliveira.

A assinatura de cerca de cem Unimeds nos acordos (Termo de Cessação de Compromisso/TCC e Termo de Acordo Judicial/TAJ) encerra os processos e, junto com eles, o desgaste financeiro e institucional que já dura, em muitos casos, cerca de 20 anos. Os termos foram elaborados pela Confederação juntamente com a Procuradoria-Geral do Cade e assessorias jurídicas das Unimeds com demandas na autarquia. Se pagas individualmente - fora do acordo assinado -, as multas superariam R$ 50 milhões, considerando atualização somente até novembro de 2012. Com o acordo construído pela Unimed do Brasil, a somatória dos valores a ser pagos pelas Unimeds não chega a 30% deste total.

Mesmo antes de assumir a presidência da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino, enquanto presidente da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp), iniciou as tratativas junto ao Cade para a celebração de acordo envolvendo, naquela oportunidade, as cooperativas do Estado de São Paulo. No dia 27 de setembro de 2012, Eudes de Freitas Aquino apresentou ao Plenário do Cade (Presidência, Procuradoria e Conselheiros) a configuração do Sistema Unimed e as peculiaridades do cooperativismo de trabalho médico, e também solicitou aos membros daquele Conselho que fosse encontrada solução viável para os vários processos em tramitação na instituição.

Esta reunião simbolizou o estreitamento do canal de comunicação entre os presidentes das instituições e as tratativas começaram a tomar outro formato, rumo à efetiva solução da demandas. O resultado foi a elaboração dos termos recém-assinados.

O presidente do Cade, Vinícius Marques de Carvalho, ressaltou o comprometimento do presidente da Unimed do Brasil para o sucesso do acordo. “O encontro que mantivemos em setembro e toda a colaboração posterior foram fundamentais para a efetivação, com sucesso, de todo esse procedimento”, disse.

Eudes de Freitas Aquino observou que a negociação com o Cade durou vários anos e, nesse período, Unimed e Conselho construíram relacionamento respeitoso e profissional. Afinal, o objetivo de chegar a bom termo era comum. “Considero que a apresentação feita ao órgão sobre os princípios do cooperativismo e do trabalho do Sistema Unimed foi decisiva para o desfecho já que mostrou ao Cadê que a Unimed é diferente dos demais agentes da saúde privada", assinalou o presidente.

Cest-Tur inaugura sede, garagem e começa a operar no PIM


 
 
“Hoje é o dia, em que eu e todos os cooperados, realizamos um grande sonho, e talves, este seja o maior sonho de nossas vidas”. Com essa declaração o presidente da Cest-Tur, (Cooperativa Especial de Serviços de Transporte e Turismo), Josival do Carmo Silva, fez a abertura neste sábado às 19h da festa de inauguração da sede própria e garagem da cooperativa, situada na avenida Margarita, 1424, bairro Cidade de Deus.

Josivaldo agredeceu a presença de todos os convidados, representantes da empresa Sodecia da Amazônia, cooperados e da participação do Sistema OCB/Sescoop-AM na pessoa do presidente e do superintendente, Petrucio Magalhães Júnior e Adriano Trentin Fassini em todo o processo de constituíção da cooperativa, capacitação de seus cooperados e no financiamento dos veículos.

Na oportunidade o presidente anunciou a chegada de oito dos dezesete veículos novos, tipo micrônibus com capacidade para transportar 32 passageiros, adquirido pela cooperativa para iniciar o serviço de transporte especial para mais de quinhentos funcionários da empresa Sodecia da Amazônia limitada, que fabrica e fornece peças de motocicletas para a Moto Honda no PIM (Parque Industrial de Manaus).

“Esse é um dia especial para nós cooperados, pois conseguimos com união e perseverânça, superar todos os obstáculos nas horas mais dificeis, que muitas vezes, quase nos fizeram esmurecer. Hoje posso declarar que somos vencedores, pois, depois de quase dois anos de luta, vamos começar a trabalhar”, disse o presidente.

O gerente de capacitação, Ailton Ribeiro, representou o Sistema OCB/Sescoop-AM e declarou que o Cest-Tur é um exemplo de verdadeira cooperativa. Segundo ele, a diretoria procurou organizar toda a documentação dentro do que determina a legislação em vigor, inclusive com licença ambiental para poder funcionar, respeitando o meio ambiente.

“Eu me sinto orgulhoso de ter participado do processo de constituíção dessa cooperativa, pois tive a oportunidade de conhecer pessoas interessadas em realizar o cooperativismo de fato e direito. Esse grupo lutou muito para começar a trabalhar com toda documentação legal, para não ter problemas no futuro”, declarou o gerente.

O proprietário da empresa Moriá Contábil, Magno Reis, foi convidado a fazer uso da palavra e afirmou está muito feliz em fazer parte da equipe de constituíção da Cest-Tur. Magno falou sobre a importância do sistema contábil no cooperativismo e alertou a todos para as ações legais e as penalidades determinadas em lei.

“Pra mim é de fundamental importância quando os cooperativista tomam a decisão de trabalhar com suas cooperativas legalizadas, dentro da lei, isso mostra o tamanho da responsabilidade que o sistema dispõe para o crescimento do setror”, finalizou Magno

2014 será o Ano Internacional da Agricultura Familiar


 
 
Nesta semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2014 será o Ano Internacional da Agricultura Familiar. O objetivo, segundo instituição internacional, é sensibilizar governos e sociedades sobre a importância e a contribuição da agricultura familiar para a segurança alimentar e a produção de alimentos. A agricultura familiar foi eleita tema do ano pelos 193 países membros ONU, durante Assembleia Geral realizada em dezembro do ano passado. A declaração inédita para o setor é resultado do reconhecimento do papel fundamental que esse sistema agropecuário sustentável desempenha para o alcance da segurança alimentar no planeta.

“Com esta decisão, a ONU reconhece a importância estratégica da agricultura familiar para a inclusão produtiva e para a segurança alimentar em todo o mundo – num momento em que este organismo vem manifestando sua preocupação para com o crescimento populacional, a alta dos preços dos alimentos e o problema da fome em vários países”, analisa o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.  
A declaração é considerada uma vitória das 350 organizações de 60 países ligadas à agricultura familiar que apoiaram uma campanha iniciada em fevereiro de 2008 em favor dessa decisão, na qual o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) teve papel importante.
  Vargas salienta que a agricultura familiar – a qual no Brasil produz 70% dos alimentos consumidos pela população -, já é prioridade da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e que a própria eleição do brasileiro José Graziano para a direção geral da organização foi um dos sintomas dessa nova atitude. “Graziano coordenou a elaboração e foi o responsável pela implantação do programa brasileiro Fome Zero, que assegurou a alimentação regular de milhares de brasileiros que estavam em situação de fome.
  Em artigo recente publicado em jornal de grande circulação, o diretor-geral recém empossado da FAO, José Graziano, afirmou que “a agricultura familiar, considerada por muitos um passivo, na verdade é um ativo estratégico dessa travessia. Ela aglutina a carência e o potencial de milhares de comunidades em que se concentram os segmentos mais frágeis da população. Qualquer ganho na brecha de produtividade aí ampliará substancialmente a disponibilidade de comida na mesa dos mais pobres e de toda a sociedade, reduzindo a dependência em relação a alimentos importados e protegendo a economia da volatilidade das cotações internacionais”.
  Na avaliação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, trata-se de uma declaração importante porque fortalece o modelo da agricultura familiar, tão expressivo dentro do cooperativismo brasileiro. “A exemplo do que ocorreu em 2012, quando os olhos de todo o planeta se voltaram especificamente para as cooperativas – em razão da declaração do Ano Internacional das Cooperativas – esperamos que em 2014 possamos conquistar mais avanços ainda no que diz respeito ao fortalecimento destas instituições tão preciosas para o desenvolvimento da economia nacional e mundial”, disse Freitas.
  Números - De acordo com dados de 2007 do Banco Mundial, “atualmente há três milhões de pessoas que vivem em zonas rurais cuja maioria se dedica à agricultura ou à pecuária familiar e tem essa produção como principal meio de subsistência, porém têm acesso limitado à terra e a outros recursos financeiros e tecnológicos necessários para fazer da agricultura familiar uma empresa viável”.
  O documento final da Conferência Mundial de Agricultura Familiar, realizada em outubro do ano passado, intitulado “Alimentar o mundo, cuidar do planeta”, dá conta de que atualmente há 1,5 milhão de agricultores familiares trabalhando em 404 milhões de unidades rurais de menos de dois hectares; 410 milhões cultivando em colheitas ocultas nos bosques e savanas; entre 100 e 200 milhões dedicados ao pastoreio; 100 milhões de pescadores artesanais; 370 milhões pertencem a comunidades indígenas.
  Além de mais 800 milhões de pessoas que cultivam hortas urbanas. No Brasil, segundo o Censo Agropecuário de 2006, entre 1996 e 2006, havia 13,7 milhões de pessoas ocupadas na agricultura familiar.

No Brasil - A agricultura familiar é hoje responsável por 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros. De acordo com o Censo Agropecuário de 2006 – o mais recente feito no país -, são fornecidos pela agricultura familiar os principais alimentos consumidos pela população brasileira: 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38,0% do café, 34% do arroz, 58% do leite, possuíam 59% do plantel de suínos, 50% do plantel de aves, 30% dos bovinos, e produziam 21% do trigo.
  No Censo Agropecuário de 2006 foram identificados 4,3 milhões de estabelecimentos de agricultores familiares, o que representa 84,4% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. Este segmento produtivo responde por 10% do Produto Interno Bruto (PIB), 38% do Valor Bruto da Produção Agropecuária e 74,4% da ocupação de pessoal no meio rural (12,3 milhões de pessoas).
  Pela lei brasileira (11.326/2006) que trata da agricultura familiar, o agricultor familiar está definido como aquele que pratica atividades ou empreendimentos no meio rural, em área de até quatro módulos fiscais, utilizando predominantemente mão-de-obra da própria família em suas atividades econômicas. A lei abrange também silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores.

Clinton: 'O futuro pertence aos que praticam a cooperação'


 
 
“Em qualquer tempo e em qualquer país, a política é território dos que praticam a divisão, mas o futuro pertence aos que praticam a cooperação”, afirmou o ex-presidente norte americano, Bill Clinton, em entrevista à revista Veja, publicada nesta semana. Clinton prega que a cooperação vai triunfar sobre as rivalidades políticas, econômicas e étnicas na solução dos problemas globais e enfatizou: “o futuro pertence aos que praticam a cooperação!” 

A declaração foi vista com bastante entusiasmo pelo sistema cooperativista brasileiro. “As colocações do ex-presidente Bill Clinton confirmam que o caminho para a prosperidade está no trabalho conjunto e na intercooperação, ideais que nós, do movimento cooperativista, defendemos e praticamos no nosso dia-a-dia. Não há realmente como pensar em um futuro de menos desigualdades sem falar de cooperação. Cooperar é justamente buscar a igualdade de espaço e de oportunidades”, repercutiu o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Projeto Economia Verde e Solidária vai investir R$ 20 milhões em cooperativas




As 40 cooperativas de reciclagem de resíduos sólidos e/ou industriais têm até o dia 2 de maio para se inscrever no programa Economia Verde e Solidária, que investirá recursos não-reembolsáveis de R$ 20 milhões no fomento de empreendimentos coletivos para geração de trabalho e renda. O aporte será feito em 50% pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e os outros 50% pela SDS (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável), por meio do Sebrae/SC (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina).
O edital foi lançado pelo governador Raimundo Colombo e pelo diretor do BNDES, Guilherme Lacerda, nesta segunda-feira, dia 18, em Florianópolis. Serão selecionados 40 empreendimentos no Estado pelas secretarias do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) e da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST), beneficiando 600 empregados diretos e aproximadamente 2.400 pessoas indiretamente.
O diretor do BNDES, Guilherme Lacerda, disse que "a ação efetiva vai viabilizar projetos inclusivos, de desenvolvimento de cooperativas, de associações voltadas para aprimorar o trabalho de reciclagem de resíduos, de geração de emprego e renda, além de favorecer grupos que estão se organizando e que têm uma importância muito grande para a sociedade e nem sempre têm o apoio devido".
O governador Raimundo Colombo ressaltou a importância da ajuda financeira aos diversos grupos de inclusão produtiva. "Há um sentimento de procura de justiça muito grande no aproveitamento do reciclado, na criação da oportunidade e da independência das pessoas que trabalham para isso". Disse também que "O governo vai aportar até R$ 300 mil para cada uma dessas entidades, para que elas possam comprar equipamentos, fortalecer a visão comercial e capital de giro".
O secretário do Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Paulo Bornhausen, destacou que não se trata de financiamento, já que o beneficiado não precisará devolver o recurso. Porém será exigido que a proponente participe de todas as ações, atividades desenvolvidas no âmbito do plano de trabalho pactuado entre as partes. Vão ser realizados eventos regionais em 18 municípios para divulgação e esclarecimento. A inscrição dos projetos segue até 2 de maio. Os empreendimentos serão classificados nas fases de habilitação jurídica e técnica e receberão visitas antes da divulgação dos aprovados.  
Agricultura familiar
Nesta segunda-feira, o diretor do BNDES também participou da reunião ao lado do governador com representantes dos assentamentos e de cooperativas de agricultura familiar de Santa Catarina. "Estamos discutindo a participação do BNDES com recursos não-reembolsáveis para o fortalecimento das cooperativas que produzem produtos da agroindústria, laticínios e conservas da qualidade Terra Viva e distribuem para diversos pontos de venda".