terça-feira, 2 de abril de 2013

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: conheça 6 propostas de cientistas

 

 


Um artigo publicado na "Nature" por um grupo de dez pesquisadores, de várias partes do mundo, sugere seis propostas de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que deverão sem implementados a partir de 2015, conforme acordo firmado na Rio+20. A intenção dos novos indicadores é melhorar a qualidade de vida da humanidade até 2030.




Depois dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cujo prazo-limite para cumprimento das metas termina em 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) deverão ser criados, conforme acordo firmado em junho de 2012, durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), realizada no Rio de Janeiro.
Um artigo publicado na quarta-feira, 20 de março, pela revista Nature apresenta uma proposta com seis ODS que deveriam ser cumpridos por todos os países para melhorar, até 2030, a qualidade de vida da humanidade, preservar os recursos naturais e assegurar uma economia de baixo carbono (com menos impacto ambiental). A pesquisa foi elaborada por um grupo de dez pesquisadores de várias partes do mundo.
A discussão para a criação dos ODS terá início em setembro de 2013, durante a Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York, nos Estados Unidos. Um grupo de trabalho com 30 membros, incluindo a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, vai preparar um relatório apresentando uma prévia dos objetivos.
Conheça os seis Objetivos de Desenvolvimento Sustentável sugeridos pelos cientistas:
1 – Vida próspera e formas de assegurar a subsistência humana. 
Fim da pobreza e melhora do bem-estar por meio do acesso à educação, emprego, saúde e informação. Redução da desigualdade social enquanto se trabalha em direção ao consumo e produção sustentáveis.
Segundo os pesquisadores, deveriam ser instituídas regras dentro da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a manutenção do ar limpo, assegurar as taxas limites de emissões de ozônio e de componentes químicos ou materiais tóxicos. Além disso, deveriam ser criadas práticas para extração de minerais e metais com foco na reciclagem destes materiais.
2 – Segurança alimentar sustentável. Fim da fome e alcance a longo prazo da segurança na produção de alimentos, com distribuição e consumo sustentáveis.
Para os estudiosos, deve-se prorrogar a meta de combate à fome criada nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, adicionando limites para o uso do nitrogênio e do fósforo na agricultura (evitando que sejam enviados para a atmosfera e para o oceano). Além disso, deve-se aumentar a eficiência no setor em 20% até 2020.
3 – Segurança sustentável da água. Acesso universal à água potável e saneamento básico; garantia de eficiência maior na gestão dos recursos hidrominerais.
Os cientistas afirmam que é preciso limitar a retirada de água das bacias hidrográficas em não mais que 80% do fluxo médio anual dos rios.
4 – Energia limpa universal. Aumentar o acesso universal à energia limpa, minimizando a poluição e o impacto à saúde, além de reduzir o impacto do aquecimento global.
Este objetivo contribui com acordos já feitos entre países que integram as Nações Unidas, que contemplam a implantação de energia sustentável para todos, igualdade de gêneros e acesso à saúde. Além disso, assegura em 50% a chance da temperatura global não subir mais que 2º C nos próximos anos e reduziria entre 3% e 5% ao ano a emissão de gases-estufa até 2030 (totalizando uma queda de até 80% até 2050).
5 – Ecossistemas produtivos e saudáveis. Assegurar os serviços ecossistêmicos e da biodiversidade com uma melhor gestão, restauro e conservação do meio ambiente.
A proposta reforça o cumprimento das Metas de Aichi, dentro da Convenção da ONU para a Biodiversidade, que fixa a redução do ritmo de perda dos ecossistemas e prevê a manutenção de, pelo menos, 70% das espécies presentes em qualquer ambiente.
6 – Governança para sociedades sustentáveis. Transformar e adaptar instituições e políticas públicas para aplicar as outras cinco metas já apresentadas.
Com este objetivo, seriam eliminados até 2020 subsídios que dão suporte à exploração do petróleo, à agricultura insustentável e à sobrepesca.

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