sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

governo bahiano sanciona lei sobre economia solidária

A lei que cria a Política Estadual da Economia Solidária e o Conselho Estadual de Economia Solidária já é realidade na Bahia. A proposição foi publicada no Diário Oficial de quarta-feira (14), após sanção do governador em exercício, Otto Alencar. Aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa, a lei, cuja proposta inicial foi elaborada pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), faz da Bahia o nono estado do país a contar com essa legislação específica.

Segundo o advogado Igor Loureiro, especialista em direito cooperativo e associativo, a iniciativa consolida uma política pública que vem sendo realizada no estado com foco na economia solidária. “Essa lei concretiza as recentes ações do Estado em favor da economia solidária, dando a possibilidade de emancipação a um público que está majoritariamente na atividade informal e é alvo de políticas assistencialistas, além de criar um ambiente de diálogo permanente entre a sociedade civil organizada e o governo”.

Todo o processo de construção e tramitação do projeto de lei, desde a justificativa de cada emenda até a colaboração nas audiências públicas, contou com a participação ativa dos técnicos da Superintendência de Economia Solidária (Sesol), vinculada à Setre. Também participaram da discussão integrantes do Fórum Baiano de Economia Solidária e assessores parlamentares, entre outros parceiros.

Para o superintendente de Economia Solidária da Setre, Milton Barbosa, a sanção contribuirá com o desenvolvimento econômico e social da Bahia. “Teremos melhores condições para ampliar e consolidar o comércio justo e a presença dos empreendimentos populares e solidários na economia. A Lei da Economia Solidária criará também um marco legal mais adequado para o atendimento dos milhares de empreendimentos previstos para o programa Vida Melhor”.

A economia solidária é formada por iniciativas coletivas diversas, a exemplo de cooperativas de reciclagem, redes de produção, comercialização e consumo, cooperativas ligadas à agricultura familiar, cooperativas de prestação de serviços, instituições financeiras voltadas ao fortalecimento de empreendimentos populares solidários, entre outras.

Na Bahia existem mais de 1,6 mil iniciativas dessa natureza. De acordo com o Sistema de Informações em Economia Solidária (Sies), em 2010, o Brasil possuía mais de 26 mil empreendimentos econômicos solidários. No entanto, apenas os estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Acre e, agora, Bahia possuem legislação específica sobre o assunto.

cnbb da região norte firma compromisso com economia solidária

Durantea reunião de avaliação e planejamento do ano de 2012 do Regional Norte 2 daConferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), realizada nos dias 28 e 29, aspastorais e organismo presentes se comprometeram na arrecadação de assinaturaspela aprovação do Projeto de Lei pela Política Nacional de Economia Solidária.

Estavampresentes na reunião a Pastoral da Criança, Pastoral Afrodescendentes, CáritasNorte 2, Pastoral da DST/Aids, Conselho Indigenista Missionário (CIMI),Instituto Pastoral de Regional (IPAR), Pastoral Social, Comissão Pastoral daTerra (CPT), Comissão de Justiça e Paz (CJP), Catequese, Pastoral Familiar,Pastoral do Menor, Pastoral da Comunicação (Pascom), Pastoral da Juventude,Pastoral do Idoso, Cebi, Comire, CEBs e secretariado do Regional Norte 2 daCNBB.

Oprojeto de Lei pela Política Nacional de Economia Solidária é uma iniciativapopular, o projeto visa criar o Sistema Nacional de Economia Solidária e oFundo Nacional de Economia Solidária e tem como objetivos estabelecer asdefinições, princípios, diretrizes, objetivos e composição da Política Nacionalde Economia Solidária e do Sistema Nacional de Economia Solidária, além deestabelecer o Fundo Nacional de Economia Solidária, por meio dos quais o poderpúblico, com a participação da sociedade civil organizada, formulará eimplementará políticas, planos, programas e ações com vistas a promover aeconomia solidária e assegurar o direito ao trabalho associado.

Experiênciade Banco Comunitário é apresentada em reunião a representante do Governo doEstado do Pará.

“Sãoos pequenos projetos que somam resultados, vamos trabalhar para promover eincentivar a inclusão social” foi assim que o diretor da Secretaria Especial deEstado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção do Estado do Pará,Airton Lisboa Fernades, informou a respeito das ações voltadas a EconomiaSolidária que serão apoiadas pelo governo do Pará, pauta da reunião realizadahoje (30) em Mosqueiro, na sede do Banco Comunitário Tupinambá.

Alémda Secretaria Especial do Estado do Pará, estavam presentes na reunião osrepresentantes do Fórum Paraense de Economia Solidária, Instituto CapitalSocial, Cáritas Brasileira Regional Norte 2 / CNBB e Banco Tupinambá.

Deacordo com Gesina Aráujo, coordenadora do Fórum Paraense, os representantes dasentidades apresentaram as estratégias da Economia Solidária e o BancoComunitário Tupinambá ao diretor da Secretaria Especial do Estado do Pará. OBanco Tupinambá, localizado na Baia do Sol, é umas das experiênciasdesenvolvidas pela Ecosol no Estado.

Osbancos comunitários são serviços financeiros solidários promovidos em rede deforma associativa e comunitária, direcionados para a geração de trabalho erenda.

Nesseprimeiro momento a Secretaria Especial de Desenvolvimento do Estado do Pará sedispôs a conhecer outras experiências da Economia Solidária como forma demanter um diálogo para futuras ações voltadas ao desenvolvimento sustentável.Além disso, será incentivado o Fundo Nacional de Economia Solidária.

Ementrevista, Airton Lisboa informa que o Governo do Estado do Pará ampara eapóia ações que invistam no desenvolvimento sustentável para obtenção deresultados sólidos. Segundo ele, a Secretaria Especial do Estado deDesenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção dará o apoio por meio de açõesarticuladas com outras entidades do governo.

3ªFeira de Economia Solidária de Paragominas

A 3ªfeira de Economia Solidária e Popular encerrou suas atividades no dia 27.Durante os três dias de programação, que começou dia 25, a Rede Capim e oInstituto Popular Amazônico (IPA), com o apoio da Cáritas Norte 2 – CNBBorganizaram o evento com o intuito de promover o debate sobre a EconomiaSolidária e tornar concreta as ações de que outra economia já acontece.

Foramconvidados para participar do evento Risolina Santos e Nubia Ribeiro,representantes da Secretária de Trabalho, Emprego e Renda (SETER) e Rose Santosdo Centro de Referência de Assistência Social (CREA).

No segundo dia do evento, 26, foram apresentados os painéis em torno do debate da economia solidária como alternativa de desenvolvimento sustentável, solidário eterritorial. O primeiro painel “Análise de conjuntura” foi exposto por LindomarSilva, secretário da Cáritas Regional Norte 2. No segundo painel, “PanoramaNacional sobre a Economia Solidária”, foi apresentado por Ademar Bertucci,assessor da Cáritas Brasileira, e abordando a temática sobre a “Agriculturafamiliar e cultura (Políticas públicas e desafio e perspectivas da economiasolidária)” Waldir Rodrigues, articulador estadual da Secretaria deDesenvolvimento Territorial (SDT) do Ministério de Desenvolvimento Agrário(MDA

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CAIXA ECONOMICA E ESTADO DO PARANA ASSINAM CONVÊNIO PARA OFERTAR CRÉDITO

O governador Beto Richa assinou nesta quarta-feira, no Palácio das Araucárias, um convênio com a Caixa Econômica Federal para a oferta de microcrédito a pequenos empreendedores paranaenses formais e informais. A medida permitirá operações de crédito com valores entre 300 e 15 mil reais, para capital de giro, investimento fixo e investimento misto. A previsão é que o serviço esteja disponível no início do próximo ano. O programa vai beneficiar microempresários que atuam individualmente ou desenvolvam atividades coletivas, com faturamento anual de até 120 mil reais. As taxas de juros serão de 0,64% ao mês, a mais barata do mercado, e os prazos para pagamento variam de quatro meses a 24 meses, sem carência. Os recursos são ilimitados e virão da linha Crescer, do Programa Nacional de Microcrédito. De acordo com o governador, o acesso ao crédito e a capacitação profissional são os melhores caminhos para que as pessoas realizem o sonho do negócio próprio. Beto ainda ressaltou que a parceria com a Caixa Econômica Federal tem trazido desenvolvimento social e econômico para o Paraná.// SONORA BETO RICHA.// Os interessados devem procurar as Agências do Trabalhador espalhadas pelo Estado para acessar a linha de crédito. O diretor regional da Caixa, Arielson Bittencourt, destacou o bom entendimento com o Governo do Paraná e disse que o Crescer foi lançado em agosto e se encaixa no modelo da economia solidária.// SONORA ARIELSON BITTENCOURT.// O secretário do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, disse que a expectativa inicial é atender oito mil empreendedores paranaenses. Para ele, o ponto forte da iniciativa é o crédito ilimitado.// SONORA LUIZ CLAUDIO ROMANELLI.// A Caixa, na condição de agente financeiro, será responsável pela contratação do microcrédito e como banco depositário. Inicialmente serão atendidos os municípios que tenham Agência do Trabalhador e da Caixa. Na segunda etapa, estará disponível em toda rede de Agências do Trabalhador, presente em 220 municípios, com uma cobertura de 93% da população do Paraná. O convênio será executado por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, que ficará responsável pela assessoria aos empreendedores na formalização das operações de crédito. (Repórter: Amanda Laynes)

PAPA BENTO É FAVOR DA ECONOMIA SOLIDÁRIA

O Papa alertou hoje, no Vaticano, para a necessidade da “economia e dos mercados não se desligarem nunca do campo da solidariedade”, durante um encontro com entidades italianas ligadas o cooperativismo financeiro.

Segundo um comunicado publicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, Bento XVI dirigiu-se aos dirigentes da Confederação das Cooperativas Italianas e da Federação Italiana das Caixas de Depósitos de Crédito Cooperativo pedindo-lhes “empenho e profissionalismo” para garantir esse objetivo.

Recordou depois a importância que as organizações de tipo cooperativo têm tido para a implementação de uma experiência de unidade que supera diferenças económicas e conflitos sociais.

“É precisamente na conjugação harmoniosa da dimensão individual e da dimensão comunitária que está o centro de toda a experiência cooperativa”, sublinhou o Papa, recuperando os valores defendidos há 120 anos pela encíclica “Rerum Novarum”, escrita por João XXIII.

Uma obra que é “expressão concreta da complementaridade e subsidiariedade que a Doutrina Social da Igreja tem promovido desde sempre entre a pessoa e o Estado, articulando de modo equilibrado a tutela dos direitos do indivíduo e a promoção do bem comum”, salientou.

Bento XVI considerou essencial reavivar “com novo vigor” estas premissas, “numa época de grandes transformações, de persistente precariedade económica e de dificuldades no mundo do trabalho”.

microcrédito gaucho

O Programa Gaúcho de Microcrédito, por meio da Lei nº 13.839, aprovada no no dia 05 de dezembro, passa a integrar a Política Estadual de Fomento à Economia da Cooperação. Segundo avaliação do secretário da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa, Maurício Dziedricki, o microcrédito, devido a sua importância junto aos micro e pequenos empreendedores formais e informais sem acesso ao sistema de crédito convencional, conquistou o status de programa de Estado e não apenas de Governo. Criado por lei, o microcrédito gaúcho vai perpassar o tempo em seu funcionamento, independente de quem estiver no Governo, destacou.

A Política Estadual de Fomento à Economia da Cooperação, instituída pelo Governo do Estado, tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico das cadeias produtivas, das regiões e das economias locais. Além de apoiar os empreendimentos produtivos, promover a solidariedade, a cooperação, o associativismo e a formação de redes como meio de fortalecimento da atividade econômica. Dentro deste propósito, estão inseridos nesta política governamental três projetos da Sesampe: o Programa Gaúcho de Microcrédito, o Programa de Redes de Cooperação e o Programa de Economia Popular Solidária.

O Microcrédito, que vai beneficiar o microempreendedor popular, a economia popular e solidária, os integrantes da agricultura familiar e a microempresa, tem como finalidade fomentar e consolidar a Rede de Microcrédito do Rio Grande do Sul. O Redes de Cooperação tem como meta fortalecer as microempresas e empresas de pequeno porte em vários segmentos da economia, por meio da união associativa, disponibilizando instrumentos para a formação, a consolidação, a expansão e a gestão de redes de empresas.

A implementação do programa terá o auxílio de entidades técnicas ou instituições de ensino públicas ou privadas. A Economia Popular e Solidária irá fomentar, fortalecer e apoiar os Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), por intermédio da promoção de políticas públicas de autogestão, de forma direta ou em parcerias.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

CRIADA AS COOPESCA E COOPEIXE NO OESTE DO PARANÁ

A Federação de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado do Paraná - FEDERAÇÃO UNICAFES PR realizou nos dias 07 e 13 de dezembro, na região oeste do Paraná, assembleias de constituição de cooperativas de peixe, com foco na organização da produção e comercialização de pescados.

No dia 07, na Sede da Colônia de Pescadores, em São Miguel do Iguaçu, foi fundada a Cooperativa de Pescadores, Aquicultores e Piscicultores da Costa Oeste - COOPEIXE. Com aproximadamente 50 cooperados, a cooperativa une trabalhadores das cidades da região, incluindo Foz do Iguaçu que, juntos, terão mais força para captar recursos.

Constituição da Coopeixe, em São Miguel do Iguaçu

Com sua diretoria eleita e empossada, sob a presidência de Adilson Borges, a Coopeixe abrange duas associações, de Itaipulândia e Santa Terezinha de Itaipu, e duas colônias de pescadores de São Miguel. “Com a orientação da Unicafes estão sendo formadas as cooperativas, pois segundo o MPA, só podem ser destinadas verbas e financiamentos via cooperativas”, disse o vice-presidente da Coopeixe, Carlos Enuir de Mello.

No dia 13, os pescadores de Santa Helena e da região, assim como os criadores de peixes em tanques, se reuniram para escolher a diretoria e constituir a Cooperativa de Pescadores Artesanais, Aquicultores e Agricultores Familiares de Santa Helena – COOPESCA.

O presidente Lírio Hoffmann, juntamente com outras 11 pessoas que compõe a diretoria, destaca a composição e os trâmites a serem adotados a partir de agora. “Com estas iniciativas, melhorias devem ser levadas aos profissionais de toda a região através da comercialização do peixe e também haverá maneiras de conseguirmos recursos provenientes de esferas estadual e nacional”, disse Hoffmann.

Os encontros contaram com a presença de diversas lideranças locais, regionais e estaduais, entre elas o Coordenador do Cooperativismo na Área da Pesca e da Aquicultura da Unicafes PR, Alexandre Haveroth, o superintende federal do Ministério da Pesca e Aquicultura do Paraná, José Wigineski, além de representantes do Dep. Estadual Elton Welter, Banco do Brasil, Itaipu Binacional, pescadores e agricultores familiares.

SEBRAE E PREFEITURA DO RIO ASSINAM CONVENIO PARA DESENVOLVER COMERCIO NA AREA PORTUARIA

A Prefeitura do Rio de Janeiro e o Sebrae/RJ formalizaram , um convênio para estimular o desenvolvimento de pequenos empreendedores na região do Porto Maravilha.

A iniciativa tem por objetivo promover o crescimento dos negócios nos bairros da Saúde, Gamboa, Santo Cristo e parte do Centro, por meio de qualificação, acesso a novos mercados, inovação e tecnologia, entre outras soluções. Vale ressaltar que o projeto é parte do Porto Maravilha Cidadão, braço social da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), empresa municipal responsável pela reurbanização da área de cinco milhões de m². A cerimônia reuniu o prefeito Eduardo Paes, o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, e o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, entre outras autoridades.



A primeira ação do convênio, uma rodada de negócios, será realizada em 8 de fevereiro de 2012, quando empreendedores locais terão a oportunidade de fechar contratos de fornecimento com grandes investidores da região. O encontro deve reunir cerca de 20 empresas.



Em seu discurso, o prefeito do Rio afirmou que a parceria com o Sebrae/RJ possibilitará que empreendedores de outras cidades tenham interesse em investir na cidade:



- Não tenho dúvidas de que isso dará um impulso fantástico à região portuária da cidade. Quando tomamos iniciativas como essa, estamos unindo forças para que os negócios que ali estejam se desenvolvam. Estamos consolidando um dos principais papéis da cidade, que é o incentivo ao empreendedorismo.



O presidente do Sebrae/RJ, Luiz Barretto, destacou o projeto Porto Maravilha como ponto de partida para a parceria assinada nesta quarta-feira:



- O Porto será um dos projetos mais marcantes para o Rio e será lembrado por muitos e muitos anos, por seu legado de mudança urbana e de empreendedorismo. E é por isso que estamos aqui: para conhecer aquele território e traçar um estudo estratégio para identificar seu mapa de oportunidades - disse Barretto, completando que o Rio de Janeiro vive um momento "maravilhoso":



- Muitas coisas estão acontecendo na cidade e outras estão por vir, como a Copa de 2014 e as Olímpiadas de 2016. O Sebrae quer participar disso, desenvolvendo o empreendedorismo em sua região portuária e ajudando a expandir os negócios de quem já está por lá. Vamos estudar de que maneira podemos incluir os atuais moradores e potenciais empreendedores, para que sejam capacitados a desenvolver seus negócios. Faremos um esforço enorme nessa direção - concluiu o presidente do Sebrae.



Também presente ao evento, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp), Jorge Arraes, destacou os aspectos sociais do projeto Porto Maravilha:



- O Porto Maravilha, além de suas obras de infraestrutura urbana, tem uma preocupação social muito grande. Afinal, como o objetivo principal do projeto é resgatar a região, isso também inclui o resgate de quem ali mora, dando uma melhor condição de vida para essa pessoa. A ideia é que façamos uma qualificação e preparação desse pessoal para as melhorias que virão pela frente. Esse, com certeza, é o legado maior do projeto - disse Arraes.



O Diretor Superintendente do Sebrae/RJ, Cezar Vasquez, acrescentou que a ideia de se estabelecer uma parceria com o Município partiu do Sebrae:



- Ficamos encantados com o projeto Porto Maravilha. Trata-se de uma iniciativa que criará uma nova realidade para aquela região, e novos caminhos para o empreendedorismo local. Por esse motivo, entramos em contato com a prefeitura para discutirmos a melhor maneira de qualificar os empreendedores locais e de atrair novos empresários para a cidade. Eu diria que estamos diante de uma iniciativa inovadora - falou Cezar Vasquez.



Primeiramente, será realizado um estudo para identificar o cenário atual e as oportunidades de negócio para micro e pequenos empreendimentos a partir das obras do Porto Maravilha. Esse mapeamento, que será feito pelo Sebrae/RJ, se estenderá às oportunidades criadas após as intervenções. O levantamento também vai apontar a quantidade de negócios formais e informais, a rede local de fornecedores, suas expectativas, quem são seus principais clientes e como se financiam, entre outros aspectos. A partir do resultado do estudo, que deve ser divulgado no segundo trimestre de 2012, será elaborado um cronograma de estímulo a novos negócios.

Entre as iniciativas, estão previstos programas de capacitação e consultorias, mutirões de formalização e disseminação de informações a pequenos empreendedores locais sobre oportunidades de negócios no território. Nesse planejamento também há ações para ampliar o acesso a novos mercados (como rodadas de negócios, feiras, missões e economia solidária), para incentivar e garantir o acesso a inovação e tecnologia, inclusão digital, intermediação de mão de obra e acesso a crédito.


Porto Maravilha

Projeto de requalificação que prevê o reencontro da Região Portuária com a cidade. Com as mudanças planejadas para o município, a degradação presenciada pelos cariocas por décadas na área será revertida em histórica onda de reformas urbanas promovidas pela Prefeitura do Rio. A proposta foi concebida para a recuperação da infraestrutura urbana, dos transportes, do meio ambiente e dos patrimônios histórico e cultural. No centro da revitalização está a melhoria das condições habitacionais e a atração de novos moradores em uma área de 5 milhões de metros quadrados (m²).

A chegada de grandes empresas, a implementação de uma série de incentivos fiscais, além de novo padrão de qualidade de vida, vai estimular o crescimento da população e da economia. Projeções indicam salto dos atuais 30 mil para 100 mil habitantes nos próximos 10 anos na região que engloba na íntegra ou em partes os bairros do Centro, Santo Cristo, Gamboa, Saúde, Caju, Cidade Nova e São Cristóvão.

A intenção é fazer a cidade retornar ao próprio eixo, com um conjunto de edificações residenciais, comerciais, empresariais e culturais sob inovadora concepção urbanística com respeito aos princípios de sustentabilidade e preservação dos patrimônios histórico e cultural.


Porto Maravilha Cidadão:

A legislação que criou a Operação Urbana Porto Maravilha institui que, no processo de requalificação urbana, o projeto deve promover o desenvolvimento econômico e social da população que vive na região. Com essa finalidade, foi criado o programa Porto Maravilha Cidadão, que prevê ações para geração de emprego e renda, construção de habitações de interesse social, unidades educacionais e de saúde.

O programa trabalha em parceria com empresas e instituições dos bairros que passam pela reurbanização para oferecer qualificação profissional, empreendedorismo, apoio ao desenvolvimento comunitário e incentivo à inovação tecnológica para sustentabilidade, integração e inclusão social.



Braço institucional da Prefeitura do Rio, é responsável pelo projeto Porto Maravilha, Operação Urbana Consorciada orçada em R$ 8 bilhões, totalmente custeada por Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) e terrenos públicos, sem ônus aos cofres municipais. Trata-se da maior Parceria Público-Privada (PPP) do país.

cooperativismo social em Campinas

Localizada no bairro Cambuí, na cidade de Campinas, a loja Armazém das Oficinas oferece vasta gama de produtos oriundos da Economia Solidária e do Cooperativismo Social, que envolve 450 empreendedores. O local atua há mais de 15 anos promovendo a inclusão social. Vale lembrar, que com a chegada das festas de fim de ano a loja terá trabalho dobrado e a venda de artigos promete ser intensa.


O Armazém das Oficinas foi criado com o objetivo de ser a marca dos produtos artesanais e serviços das oficinas do NOT (Núcleo de Oficinas e Trabalho), programa fruto da parceria entre a Associação Cornélia Vlieg e o Serviço de Saúde Doutor Cândido Ferreira, criado para atender a necessidade de trabalho da população de baixa renda que apresenta quadros de doença mental, vulnerabilidade e não tem oportunidade de inserção no mercado de trabalho.


Quem visita a loja encontra parte de papelaria, iluminação, linha cozinha, espelhos e quadros, caixas, cabideiros, velas e castiçais, linha escritório, linha jardim, ladrilho hidráulico, vitrais artísticos, móveis, decorações e presentes, entre outros artigos. O Armazém das Oficinas está localizado na rua Coronel Quirino, 172, Cambuí. Para mais informações acesse o site www.armazemoficinas.com.br ou ligue para (19) 3251-9677

joao pessoa investe economia solidaria

O Programa Municipal de Apoio aos Pequenos Negócios (Empreender-JP) já emprestou desde abril de 2005, quando foi criado, R$ 27.982.631,79, na liberação de 13.840 cheques. Na gestão do prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, que começou em abril do ano passado, já foram efetuados financiamentos no valor R$ 14.787.513,94, o que corresponde a 52,85% do total já emprestado nos seis anos e meio do programa de microcrédito. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira (30) pelo prefeito na entrega de 286 cheques no valor total de R$ 667,5 mil.

"Nós conseguimos nos superar. O Empreender-JP é uma das políticas públicas mais permanentes da história da nossa cidade. O programa atende a diversas camadas da população e não é à toa que é copiado por diversas prefeituras do Brasil. Para torná-lo mais versátil, vamos criando linhas de crédito porque o dinheiro público tem uma função social”, destacou Luciano Agra.

Na solenidade realizada no auditório do Centro Administrativo Municipal (CAM) foi assinado o decreto que cria a linha de crédito do Empreender Solidário, e o Termo de Referência da proposta de apoio financeiro da linha de Tecnologia da Informação (TI).

O secretário de Trabalho, Produção e Renda, Raimundo Nunes, destacou a importância do Empreender-JP na economia local. "Todos nós fazemos a economia girar em João Pessoa e por meio deste programa os empreendedores têm mais capacidade de crescer. O que eu recomendo é que todos cumpram fielmente seu plano de negócios para serem bem sucedidos e que paguem em dia o financiamento, para poderem ter mais crédito disponível na renovação do empréstimo”, disse o secretário.

De acordo com ele, dos 13.840 financiamentos, em torno de três mil são de renovação, como é o caso da aposentada Maria Elizabeth da Silva. "Este já é o meu terceiro empréstimo na linha Especial 50+ e eu agradeço muito à Prefeitura de João Pessoa, porque com estes financiamentos eu montei uma barraquinha de lanches para ganhar o meu pão”, disse ela.

O vendedor de artigos evangélicos, Francisco Rufino, também já teve seu terceiro empréstimo aprovado. Inscrito na linha Capital de Giro, ele já sabe exatamente como investir os recursos da melhor maneira possível. "Meu objetivo é continuar crescendo”, frisou ele. Já a vendedora de sobremesas, Janaína Neves, tirou o primeiro empréstimo para comprar mais materiais. "Quero aproveitar o aumento de vendas no Natal, então, preciso estar preparada”, destacou ela.

Tecnologia da Informação – O prefeito anunciou a abertura de edital para receber projetos na linha de TI, que estará disponível durante o mês de dezembro, com recursos iniciais de R$ 2 milhões. Segundo Luciano Agra, a PMJP já realiza uma política de capacitação nesta área, com as Estações Digitais e as aulas de informática nas escolas.

"Nossa juventude tem um grande potencial de se desenvolver em tecnologia da informação. Nós pretendemos criar uma incubadora de projetos para desenvolver sistemas e vamos financiar estas ideias porque estamos de olho no futuro”, frisou Agra.

A Associação dos Usuários em Empresas de Tecnologia da Informação vai ser parceira da PMJP na seleção dos projetos. "Vamos selecionar os melhores projetos, de forma a beneficiar as ideias mais inovadoras”, disse o presidente da entidade, Laércio Alexandrino.

Outra linha de crédito para o próximo ano é a de Turismo. Segundo o prefeito, o foco será nos taxistas. "Queremos que estes profissionais possam investir em seus veículos, colocando itens como ar condicionado, aparelho de GPS e televisão, para garantir mais conforto ao passageiro, ao turista que visitar João Pessoa”.

Linhas de crédito - A linha Empreender Solidário, que atende grupos minoritários em situação de risco social e econômico, teve a sua primeira liberação de cheques no valor de R$ 20 mil, para 46 pessoas. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Social (Lau Siqueira), a linha de crédito no Empreender-JP foi criada a partir da demanda dos 26 grupos de economia solidária da secretária. "Estas pessoas não tinham acesso a crédito e o secretário Raimundo Nunes apoiou nossa ideia”, falou.

A empreendedora Maria Aparecida Silva recebeu um cheque no valor de R$ 2.300 das mãos do prefeito. Ela é uma das dez integrantes do grupo Unidas por um Fio, que produz artigos têxteis para cozinha e banheiro, além de peças em crochê, customização em itens de vestuário. "Nós nos reunimos no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Cristo duas vezes por semana para produzir as peças e vamos comprar mercadoria com este financiamento”, afirmou ela.

Luciano Agra também destacou a linha Consignação Social, criada em julho deste ano, e que já liberou 2.791 cheques nos valores de R$ 5,906 milhões. "Nós percebemos que os servidores municipais estavam muito endividados com empréstimos nos bancos, que cobram juros muito altos, então, decidimos criar esta linha para facilitar a situação deles”.

domingo, 18 de dezembro de 2011

ACRE LUTA PELO ECONOMIA SOLIDARIA

Pequenos empreendimentos ou novos prestadores de serviços. Padarias, salões de beleza, mecânicos de motores. Seja qual for a escolha, o importante é a transformação econômica e social promovida através do trabalho. É essa revolução que o governo do Estado está fazendo na vida de famílias de baixa renda, através da Secretaria de Pequenos Negócios. Para ampliar e fortalecer esse trabalho, o governador Tião Viana assinou dois termos de cooperação - um com o Banco do Brasil e outro com o Serviço Nacional da Indústria (Senai).

“Os pequenos negócios estão revolucionando a economia. As pessoas acham que é preciso ter emprego no governo, passar num concurso, e não é necessário depender disso. Uma roçadeira que foi entregue para um pai de família no Caladinho, por exemplo, possibilita que ele ganhe R$ 80 por dia. Uma mãe de família que fez o curso de cabeleireira espera tirar R$ 2 mil na época de Natal. É esse tipo de parceria de que o Acre precisa para melhorar a vida do povo”, disse o governador Tião Viana.
Governo assina dois termos de cooperação, um com o Banco do Brasil, e outro com o Serviço Nacional da Indústria, Senai (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Governo assina dois termos de cooperação, um com o Banco do Brasil, e outro com o Serviço Nacional da Indústria, Senai (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Governo assina dois termos de cooperação - um com o Banco do Brasil e outro com o Senai (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A Fundação Banco do Brasil repassou ao governo do Estado R$ 100 mil para a estruturação da central de referência e apoio ao beneficiamento, confecção e venda de artesanato de produtos da floresta amazônica. A prefeitura de Rio Branco será parceira na gestão dos pequenos negócios e empreendimentos de economia solidária.

Para o secretário José Reis, da Secretaria de Pequenos Negócios, o governo está levando bem mais que educação profissional e equipamentos de trabalho. “Isso significa dignidade para as famílias, para as mães, que podem alimentar os filhos com o fruto do trabalho, aos pais que têm condições de sustentar suas casas. As pessoas pedem muito pouco. E o nosso compromisso é estender a mão, oferecer um rumo a seguir”, disse.

Com o Senai, através de Federação das Indústrias do Acre (Fieac), o convênio de cooperação vai permitir a formação profissional em Santa Rosa, Jordão e Marechal Thaumaturgo, com os cursos de mecânico de manutenção de embarcações fluviais, panificação e confeitaria, e auxiliar de pedreiro. Em Rio Branco, Bujari, Porto Acre, Acrelândia, Capixaba, Plácido de Castro e Porto Walter serão ofertados os cursos de mecânico de motocicleta, todos com carga horária de 80 horas.

“Nosso compromisso é estreitar relações com o governo. Nós começamos pelo mais difícil, que são os municípios isolados, porque entendemos que precisamos levar iniciação profissional ao maior número de acreanos que conseguirmos alcançar. Fazer curso em Rio Branco, onde temos uma estrutura, é fácil. Por isso aceitamos o desafio de levar esse conhecimento também aos municípios isolados”, disse César Dotto, do Senai.

O presidente da Federação das Indústrias, Carlos Sasai, afirmou que estão sendo criadas estratégias para levar a educação profissional aos municípios. “A estrada aberta até Cruzeiro do Sul nos incentiva muito, e por isso estamos adquirindo duas unidades móveis para atender o público”, declarou.

DOURADOS CRIA CONSELHO DE ECONOMIA SOLIDARIA

A Câmara de Vereadores de Dourados aprovou 19 projetos presentes na pauta de votação da sessão ordinária desta segunda-feira (21). Desses, três são de autoria do executivo municipal e 16 de iniciativa dos vereadores.


Em única discussão e votação, os vereadores mantiveram o veto do integral do Executivo ao projeto de lei, de autoria do vereador Elias Ishy (PT), que dispõe sobre a denominação de rua em Dourados.

Já em discussão e redação final, foi aprovado os projetos de lei, de autoria da vereadora Délia Razuk (PMDB), que denominam ‘Erisvaldo Mendonça dos Santos’ o posto de saúde do Jardim Guaicurus e ‘Dr.Afrânio Martins’ a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Terra Roxa.

A Câmara também apreciou o projeto, de autoria do vereador Elias Ishy, que altera a lei nº 3056/2008, que institui a Semana da Cultura Paraguaia em Dourados. Foi aprovado ainda o projeto, de autoria do vereador Idenor Machado (DEM), que dispõe sobre a Declaração de Utilidade Pública Municipal a Associação de Mulheres Rurais Força Feminina, além do projeto de lei do vereador Walter Hora (PPS), que denomina Maria Aprigia Vieira a rua Projetada 2RNH, no bairro Estrela Yvatê.

Em primeira votação, os vereadores aprovaram o projeto, de autoria do Poder Executivo, que altera a redação dos artigos 107 e 185 da LOM (Lei Orgânica do Município). Também foi aprovado o projeto de lei, de autoria do Poder Executivo, que altera e cria dispositivo na Lei 1.067/1979, que dispõe sobre o Código de Postura do município.

Ainda em primeira votação, a Câmara aprovou o projeto, da vereadora Délia Razuk, que altera o artigo 33 da Lei de Ocupação do Uso do Solo. Também foi aprovado o projeto de lei, de autoria do vereador Elias Ishy, que cria o Conselho Municipal de Economia Solidária, o Fundo Municipal de Economia Solidária e Institui o Selo de Economia Solidária de Dourados.

Por unanimidade, a Casa aprovou ainda o projeto de lei, de autoria do vereador Walter Hora (PPS), que dispõe sobre a vinculação de incentivos municipais à obrigatoriedade de contratação de jovens no quadro de funcionários para empresas beneficiadas. Também foi aprovado o projeto, de autoria do vereador Idenor Machado, que denomina Amilcar Barcelos da Silva a Agrovila Formosa, no distrito de Vila Formosa.

A Câmara aprovou o projeto de lei, de autoria do vereador Cido Medeiros (DEM), que institui o último sábado do mês de abril, como o Dia Municipal do Desbravador em Dourados, além do projeto, do vereador Gino Ferreira (DEM), que institui o Dia Municipal do Artesão.

Encerrando os projetos em primeira votação, o Legislativo apreciou também o projeto de lei do vereador Dirceu Longhi (PT), que institui na Rede Municipal de Ensino o Programa Municipal de Alimentação Escolar diferenciada para alunos diabéticos.

Em segunda discussão e votação, a Câmara aprovou o projeto, de autoria da vereadora Délia Razuk, que considera de Utilidade Pública o “Instituto Weimar Torres”.

Fechando a pauta da sessão, os vereadores aprovaram os projetos, de autoria do vereador Gino Ferreira, que concede título de cidadão douradense ao senador Waldemir Moka (PMDB), ao empresário Wilson Piacentini e a Jozimar Alves de Alencar.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

2012 ANO INTERNACIONAL DE COOPERATIVISMO

ONU lança o Ano Internacional das Cooperativas 2012 Em sua 66ª Assembleia Geral realizada ontem (31), em Nova York, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou oficialmente o Ano Internacional das Cooperativas 2012. O tema das comemorações será “Cooperativas Constroem um Mundo Melhor: contribuições para um desenvolvimento sustentável”. Representantes cooperativistas de diversos países, entre eles o Brasil, participaram da solenidade, realizada numa das sedes da organização, em Nova York. A cerimônia foi seguida de debates sobre a importância das cooperativas no desenvolvimento, especialmente nos aspectos da segurança alimentar, financeira e de sustentabilidade econômica e ambiental. O presidente da assembleia da ONU, Nassir Abdulaziz al‑Nasser, abriu os trabalhos falando da capacidade das cooperativas de desenvolver as nações enfatizando as pessoas.


“As pessoas precisam estar no centro da agenda do desenvolvimento econômico e social”, ressaltou al-Nasser. Pauline Green, presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), afirmou que as “cooperativas lembram que viabilidade econômica e responsabilidade social podem coexistir”. “As cooperativas contribuem diretamente para incrementar um padrão de vida a uma parcela importante da população mundial”, frisou Pauline informando uma série de dados estatísticos do cooperativismo mundial, como o que mostra que cerca de 1 bilhão de pessoas vivem do cooperativismo. Para ilustrar o tamanho e a força do setor, Pauline ainda citou que uma lista de 300 grandes cooperativas (“300 List”) operam em mercados globais competitivos em 25 países e movimentam cerca de US$ 1,6 trilhão.


A comitiva brasileira no evento foi formada pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, Ronaldo Scucato (presidente da Ocemg), Américo Utumi (conselheiro da ACI) e o senador Waldemir Moka (PMDB/MS), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Para Freitas, a temática escolhida reforça o compromisso das cooperativas com o desenvolvimento social. “Esse é um momento de extrema importância para o movimento cooperativista mundial. A iniciativa da ONU é um reconhecimento internacional do papel que tem o cooperativismo na geração de trabalho e renda com inclusão social. Com isso, teremos a oportunidade de disseminar os benefícios das práticas cooperativistas

COOPERATIVAS SE UNEM PARA ABAIXAR FRETE

custos no transporte O secretário Estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, esteve em Cascavel, na manhã desta terça-feira (25/10), assinando acordo com a Cotriguaçu-Cooperativa Central Regional Iguaçu Ltda, através do seu presidente, Dilvo Grolli, e a Ferroeste - Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. em presença do diretor presidente Mauricio Querino Theodoro. Diretores das demais cooperativas da região, autoridades locais e a imprensa acompanharam a assinatura do documento.


Acordo - Pelo acordo assinado, o Estado destinou à Cotriguaçu, em forma de sessão de uso, uma área de 11,5 hectares (115 mil m2) de terra, dentro do parque da Ferroeste em Cascavel, às margens da BR 277, onde será implantado um projeto para viabilizar as cooperativas da região, com melhoria da logística e redução nos custos do transporte.


Primeira etapa - Na primeira etapa será construída uma câmara fria para o envio de carnes ao Porto de Paranaguá. Essa obra deve começar em meados de novembro e ser concluída em, no máximo 18 meses. “Na sequência, daremos início a outros projetos para o envio de óleo, grãos, farelo e outros produtos das cooperativas destinados à exportação”, afirmou Dilvo Grolli.


Investimentos - O projeto vai demandar de R$ 50 milhões em investimentos na primeira etapa, sendo 40 milhões para a construção de câmaras frias, com capacidade para 10 mil toneladas de carnes. Os outros 10 milhões serão investidos em estrutura de apoio, como escritórios, recepção, pátio para estacionamento e desvio ferroviário, além da compra de 60 vagões. As locomotivas serão fornecidas pela própria Ferroeste, através do convênio assinado. De acordo com o secretário, o Oeste é uma das regiões produtores mais importantes para o Estado, e quem ganha com um projeto como esse é a população e os agricultores da região. “O investimento é das cooperativas que acreditam na Ferroeste, que estava em condições precárias, mas que agora está sendo restabelecida”, disse Richa Filho.


Redução de custos - “Se o Brasil, que produz 163 milhões de toneladas de grãos, transferisse todo transporte rodoviário para o ferroviário, o país teria uma redução de custos de U$ 6 milhões com o transporte de grãos e U$ 1,5 milhões com transporte de carnes”, explicou Dilvo Grolli. Somente pelo novo projeto de logística, as cooperativas afiliadas à Cotriguaçu (Copacol, Coopavel, C-Vale e Lar) irão reduzir seus custos de U$ 1,7 para U$ 1,2 mil dólares por container de 25 toneladas.

COOPERATIVAS SE UNEM PARA ABAIXAR FRETE

custos no transporte O secretário Estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, esteve em Cascavel, na manhã desta terça-feira (25/10), assinando acordo com a Cotriguaçu-Cooperativa Central Regional Iguaçu Ltda, através do seu presidente, Dilvo Grolli, e a Ferroeste - Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. em presença do diretor presidente Mauricio Querino Theodoro. Diretores das demais cooperativas da região, autoridades locais e a imprensa acompanharam a assinatura do documento.


Acordo - Pelo acordo assinado, o Estado destinou à Cotriguaçu, em forma de sessão de uso, uma área de 11,5 hectares (115 mil m2) de terra, dentro do parque da Ferroeste em Cascavel, às margens da BR 277, onde será implantado um projeto para viabilizar as cooperativas da região, com melhoria da logística e redução nos custos do transporte.


Primeira etapa - Na primeira etapa será construída uma câmara fria para o envio de carnes ao Porto de Paranaguá. Essa obra deve começar em meados de novembro e ser concluída em, no máximo 18 meses. “Na sequência, daremos início a outros projetos para o envio de óleo, grãos, farelo e outros produtos das cooperativas destinados à exportação”, afirmou Dilvo Grolli.


Investimentos - O projeto vai demandar de R$ 50 milhões em investimentos na primeira etapa, sendo 40 milhões para a construção de câmaras frias, com capacidade para 10 mil toneladas de carnes. Os outros 10 milhões serão investidos em estrutura de apoio, como escritórios, recepção, pátio para estacionamento e desvio ferroviário, além da compra de 60 vagões. As locomotivas serão fornecidas pela própria Ferroeste, através do convênio assinado. De acordo com o secretário, o Oeste é uma das regiões produtores mais importantes para o Estado, e quem ganha com um projeto como esse é a população e os agricultores da região. “O investimento é das cooperativas que acreditam na Ferroeste, que estava em condições precárias, mas que agora está sendo restabelecida”, disse Richa Filho.


Redução de custos - “Se o Brasil, que produz 163 milhões de toneladas de grãos, transferisse todo transporte rodoviário para o ferroviário, o país teria uma redução de custos de U$ 6 milhões com o transporte de grãos e U$ 1,5 milhões com transporte de carnes”, explicou Dilvo Grolli. Somente pelo novo projeto de logística, as cooperativas afiliadas à Cotriguaçu (Copacol, Coopavel, C-Vale e Lar) irão reduzir seus custos de U$ 1,7 para U$ 1,2 mil dólares por container de 25 toneladas.

COOPERATIVAS MINEIRAS AUMENTAM A SUA PARTICIPACAO NO PIB LOCAL

De acordo com os dados registrados na publicação "Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro", em 2010, a participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) mineiro foi de 7,8%, representando uma movimentação anual de R$ 22 bilhões. O crescimento foi de 19% em relação a 2009, quando a participação das cooperativas no PIB mineiro correspondia a 6,4% do total.


Já o PIB per capita do cooperativismo mineiro, que é valor médio dividido por habitante do Estado, somou R$ 21.077,58, enquanto a média PIB per capita de Minas foi de R$ 13.900,75. Os ramos Agropecuário,Crédito, Saúde e Transporte responderam, juntos, por 98,5% da movimentação econômica das cooperativas de Minas Gerais.


Para o presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo Scucato, os números demonstram que o cooperativismo está no caminho certo do desenvolvimento. "Os dados contidos na publicação confirmam o processo de crescimento contínuo que nossas cooperativas estão conseguindo manter. Mesmo após o cenário de crise econômica mundial, o setor se manteve forte", avalia.


Em 2010, o cooperativismo mineiro investiu R$ 1.164,5 milhões na sociedade por meio do recolhimento de tributos e contribuições diretas voltadas para o meio ambiente, comunidade, cultura e lazer. O incremento nessa área foi de 13% em relação a 2009.


No âmbito das exportações, houve recuperação do crescimento liderado pelo café, com aumento de 62,9% no volume e de 43,9% nas receitas. O café foi o principal produto exportado pelas cooperativas mineiras em 2010.


O material ainda apresenta um ranking com as maiores cooperativas de Minas Gerais, contendo critérios relacionados ao número de associados e de empregados, receitas e ativos totais, patrimônio líquido, capital social, riqueza média gerada por associado, salário médio, entre outros. Essa estrutura está disposta em categorias compiladas nos 13 ramos existentes do cooperativismo.

COOPERATIVAS DE CREDITO MOVIMENTAM MILHOES

No Paraná, o cooperativismo de crédito também comemora o seu Dia Internacional contabilizando avanços expressivos. As 63 cooperativas de crédito filiadas ao Sistema Ocepar fecharam o primeiro semestre de 2011 com mais de meio milhão de cooperados. Em seis meses, mais de 40 mil pessoas associaram-se a uma instituição cooperativa. De acordo com dados da Gerência de Autogestão, as cooperativas de crédito estão presentes em mais de 300 municípios paranaenses - avançando para abranger, nos próximos anos, a totalidade dos 399 municípios do estado. “A cooperativa está próxima de seu cooperado, o que faz com que haja interação e conhecimento aprofundado sobre a realidade e demandas dos associados”, afirma o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. “Em mais de 70 municípios do Paraná, a cooperativa de crédito é a única instituição financeira existente. São distritos e cidades pequenas aonde os bancos não chegam, mas o cooperativismo está presente, com serviços e produtos de qualidade”, enfatiza.


Acesso ao crédito - Segundo Koslovski, por conhecer a realidade de seus cooperados, a cooperativa pode oferecer crédito de forma simplificada e adequada às necessidades de cada associado. “Custos menores em operações de crédito, credibilidade e segurança explicam o crescimento do setor. E há a questão fundamental, que é o fato do cooperado ser dono da cooperativa, participando dos resultados e tendo voz ativa nas decisões da instituição. A cada dia, mais pessoas estão percebendo os diferenciais do cooperativismo, deixando de ser meros correntistas em bancos, para tornarem-se donos em uma cooperativa de crédito”, afirma.


Indicadores em alta – A forte adesão ao cooperativismo de crédito é acompanhada por expressivos indicadores econômicos. No Paraná, as cooperativas do ramo fecharam os primeiros seis meses de 2011 administrando ativos próximos a R$ 9,1 bilhões, crescimento de 36% em comparação ao mesmo período no ano passado. No primeiro semestre, as operações de crédito foram superiores a R$ 4,1 bilhões, um aumento de 46%. Alta também verificada no montante de depósitos nas cooperativas, que ultrapassou os R$ 4,5 bilhões, elevação de 60% ante o primeiro semestre de 2010. Segundo o gerente de Desenvolvimento e Autogestão do Sistema Ocepar, Gerson Lauermann, os números indicam que os cooperados estão mais capitalizados, face também ao momento positivo da economia brasileira. “O crescimento econômico traz mais pessoas para as classes emergentes e amplia a necessidade de crédito para pequenas e microempresas. As cooperativas estão prontas a atender com eficiência à crescente demanda desses setores, da mesma forma como sempre atenderam às necessidades de crédito do segmento agropecuário”, analisa.


Revista Paraná Cooperativo - Os resultados alcançados pelo cooperativismo de crédito no Paraná e os diferenciais oferecidos aos cooperados foram tema da matéria especial publicada na edição de agosto da revista Paraná Cooperativo, produzida pela assessoria de Comunicação do Sistema Ocepar. A reportagem traz ainda um perfil dos sistemas presentes no Estado (Sicredi, Sicoob, Unicred e Federalcred) e também das cooperativas singulares independentes, além da experiência de cooperados que conseguiram implementar seus projetos de vida

COOPERATIVISMO EM MANAUS

O cooperativismo tem se consolidado em Manaus como uma forte alternativa de organização de vários segmentos econômicos, beneficiando direta e indiretamente aproximadamente 35 mil famílias na cidade. São 145 cooperativas no Estado, das quais 89 estão na capital, distribuídas nos ramos: Agropecuário, Crédito, Transporte, Trabalho, Consumo, Saúde, Educacional, Habitacional, Produção, Turismo e Lazer.


Assim como Manaus que a cada ano vem se consolidado como centro financeiro, corporativo e econômico, e se destacando como uma das principais capitais do Brasil, o cooperativismo também está evoluindo e contribuindo para o equilíbrio de recursos e oportunidades na capital.


A primeira cooperativa de Manaus registrada no Sindicato e Organização das Cooperativas do Brasil no Estado do Amazonas (OCB/AM) foi a Cooperativa Agrícola Mista Efigênio Sales Ltda. (Cames), com registro do ano de 1973. De lá pra cá, o cooperativismo evoluiu e através do Serviço Nacional no Estado do Amazonas (Sescoop/AM), o Sistema OCB-Sescoop/AM desenvolve ações de formação profissional, promoção social e monitoramento, difundindo a doutrina e a filosofia cooperativista, como forma de desenvolvimento integral das pessoas.


“Em 2011, 6 mil pessoas já foram atendidas em ações do Sistema Cooperativista”, declarou Petrucio Magalhães Júnior, presidente do Sistema OCB-Sescoop/AM, em apresentação realizada durante o Encontro Anual do Cooperativismo Amazonense. Segundo ele, com o apoio de instituições parceiras o cooperativismo vem investindo na sustentabilidade das sociedades cooperativistas, e isso tem favorecido os resultados dessas organizações.


“O cooperativismo promove a cidadania econômica ao permitir que as pessoas possam prover a si próprias dos mecanismos de produção e distribuição da riqueza. Dessa forma, acreditamos numa Manaus mais desenvolvida e justa para todos que aqui se estabelecem”, conclui Petrucio Júnior.

SELADA PARCERIA ENTRE BATAVO E CASTROLANDA

A assinatura de um termo de intercooperação entre as cooperativas Batavo e Castrolanda marcou o Encontro de Núcleos Cooperativos realizado, na manhã desta segunda-feira (31/10), no Memorial da Imigração Holandesa, em Castro, região dos Campos Gerais. Nos próximos 10 anos, as duas cooperativas vão operar de forma conjunta na área de leite, visando aproveitar as melhores oportunidades oferecidas pelo mercado, evitando concorrência entre as mesmas e busca do crescimento sustentável para seus produtos industrializados, além do fortalecimento de suas respectivas marcas. “É uma iniciativa de grande valia para ganhar força perante à competitividade do mercado”, disse o presidente da Castrolanda, Frans Borg. Para o presidente da Batavo, Renato Greidanus, a parceria é a primeira de outras iniciativas das cooperativas. “Nos tornamos parceiros e não concorrentes de forma inteligente. Assim, mostramos que podemos ser parceiros e este é o exemplo prático. Depois deste, podemos ter outros projetos em parceria. Já estamos pensando nisso, sempre com o objetivo de fortalecer o nosso cooperativismo”, disse Greidanus. “Este é um grande exemplo de intercooperação. O caminho é esse”, ressaltou o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.


Participantes - Em Castro, o Encontro de Núcleos registrou a presença de 94 participantes, entre presidentes, dirigentes, líderes, cooperados, funcionários das cooperativas do Centro-Sul do Estado, e convidados. Também foi prestigiado pelo deputado estadual Marcelo Rangel. O presidente da Castrolanda, cooperativa anfitriã, Frans Borg, abriu oficialmente o Encontro salientando a importância do evento. “Para nós, é um prazer recebê-los num evento desta importância, em que nos reunimos para dialogar sobre os planos, projetos e o futuro das nossas cooperativas”, disse.


Plano de ação - O foco das discussões e apontamentos ao longo da manhã foi o plano de ação do cooperativismo paranaense para 2012. Segundo o presidente da Ocepar, a capacitação dos profissionais e a autogestão são os principais desafios dos cooperativistas. “Como melhorar a gestão, de que forma? Essas são as nossas preocupações para um futuro próximo. As cooperativas são as grandes empresas do Estado. São mais de 10 cooperativas no Paraná com faturamento superior a R$ 1 bilhão, ou seja, são milhares de pessoas que dependem as ações do cooperativismo”, salientou. Outra preocupação levantada por Koslovski foi a infraestrutura do Paraná. “Se nós não melhorarmos a nossa infraestrutura, teremos produtores que vão ficar com produto nas máquinas. Nós estamos muito preocupados com as questões ligadas desde o porto, rodovias, ferrovias, aeroportos, enfim, toda a logística para o escoamento da nossa safra”. O Código Florestal e as ações da Ocepar também foram discutidos no evento. “Construir juntos, esta é a tônica da nossa reunião”, frisou o presidente da Ocepar.


Encontros – Este foi o quarto e último Encontro de Núcleos Cooperativos promovido nos últimos dias pelo Sistema Ocepar. Na semana passada, os eventos aconteceram em Palotina, Maringá e São João, somando 290 pessoas.

COOPERATIVAS DE TAXIS E PREPARADA PRA RECEBER TURISTAS NOS GRANDES EVENTOS

Com o objetivo de preparar as cooperativas de táxi para o público que virá assistir aos eventos esportivos que o Brasil sediará em 2014 e 2016, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP) estruturou um programa de formação dirigido a taxistas cooperados e atendentes das centrais das cooperativas.


O programa está estruturado em três módulos – atendimento ao cliente, uso de tablets e GPS, e idiomas – e é ministrado em três etapas distintas. O primeiro módulo, com carga horária de oito horas, contou com cerca de 80 funcionários de cooperativas que receberam o treinamento “Serviço de Atendimento ao Cliente em Central de Táxi”.


O segundo módulo - “Uso de tablets e GPS” – já está acontecendo e teve as duas primeiras turmas nos dias 22 e 29 de outubro. As próximas turmas, com 30 vagas cada, acontecem nos dias 5, 19 e 26 de novembro. O módulo é dirigido ao motorista cooperado que deverá trazer seu próprio aparelho. Com duração de oito horas e aulas sempre aos sábados, o curso tem por objetivo capacitar o cooperado para o uso básico de tablets ou celulares que usem a plataforma Android. A proposta do curso é oferecer uma visão geral sobre navegação nos aparelhos, conectividade, ferramentas e aplicativos e funções específicas para a comunicação com a central.


Segundo Jamille Nassar, da área de Formação Profissional do Sescoop/SP, o terceiro módulo, que compreende aulas de inglês e espanhol, será realizado no primeiro quadrimestre de 2012. “São cursos rápidos direcionados à comunicação do atendente e do motorista com o cliente. Para cada idioma são destinadas 16 horas/aula”, explica. “Nosso objetivo é preparar as cooperativas e os cooperados para atender aos turistas com qualidade”, conclui Alexandre Ambrogi, Gerente de Formação Profissional do Sescoop/SP.

COOPERATIVA DE COSTUREIRAS CONQUISTA A RENNER

A cooperativa de costura, que pertencia a Incubadora de Cooperativas de Embu das Artes, conquista sua independência e clientes como a Renner.


Em agradecimento ao apoio e parceria com o Governo da Cidade de Embu das Artes, as profissionais da Cooperativa de Costura realizaram na sexta-feira, 14/10, um café da manhã para o prefeito Chico Brito. Elas também comemoraram a conquista de um novo espaço, mais amplo e confortável para atender aos pedidos que, segundo a presidente da cooperativa, Luzia da Conceição, vêm crescendo a cada mês. “Não estamos mais precisando buscar clientes, porque eles vêm até nós”, disse emocionada.


O motivo de tanta alegria também se deve à parceria fechada com a Renner, que conta com uma ampla rede de lojas de departamentos de vestuário. Segundo o site da empresa, é a segunda maior do Brasil. Além de fornecer para clientes de Embu das Artes e região. “Vocês não estão com essa parceria com a Renner por acaso, é porque são empreendedoras”, enfatizou Chico Brito em sua fala.


Essa história começa em 2001 quando Chico Brito, então secretário de Cidadania, propôs a criação de uma Incubadora de Cooperativas populares, um projeto inédito no país. A idéia surgiu após conhecer incubadoras de cooperativas formadas em outras cidades e perceber que nenhuma delas era voltada à prática popular, como a costura. A iniciativa contou com o apoio e recursos vindo do Fundo Social do município, presidido, na época, pela atual vereadora Ná.


A partir daí, Chico Brito fez um levantamento das pessoas cadastradas na Secretaria de Cidadania para identificar as atividades que elas teriam condições de desenvolver. Uma delas foi a costura. Ele então realizou a primeira reunião para a criação da Incubadora de Cooperativas, que contou com a participação de quatro pessoas, dois homens e duas mulheres. Em seguida, buscou-se a parceria com o Sebrae que teve como desafio elaborar cursos de cooperativismo a partir dessa proposta do município de atender trabalhadores que queriam ter o próprio negócio.


Em 2002, foi inaugurada a Incubadora de Cooperativas Populares de Embu das Artes. “Nosso desejo era que acontecesse o que aconteceu com a cooperativa de vocês, caminhasse com as próprias pernas”, enfatizou Chico Brito. Ele falou ainda que quer que a cooperativa de costura “continue sendo parceira da prefeitura”.


“Nosso trabalho desde 2001, é dar oportunidade e abrir novos espaços. Hoje vocês estão graduadas, são independentes”, destacou a vereadora Ná .


A diretora financeira, Ana Lucia Gonçalves, falou emocionada sobre o quanto é gratificante trabalhar em uma empresa que também é dela: “É muito bom sair de casa e ir para minha empresa”. Ela disse ainda que, em todos esses anos, aprendeu muito e cresceu profissionalmente: “Através da cooperativa, aprendi muita coisa, como a mexer em computadores, porque a prefeitura está dando toda a assessoria para nós”.


“Para mim é muito emocionante esse momento porque é a primeira cooperativa que teve sua independência, conquistando clientes como a Renner”, disse Selma Fernandes, secretária de Assistência Social. O prefeito, na ocasião, também agradeceu a “oportunidade de darmos nossa contribuição para propor políticas públicas eficientes”.


Atualmente, a cooperativa de costura conta com 15 pessoas. Chico Brito, para finalizar, deixou um recado para os novos membros: “quem chegou agora não desanime porque não tenho dúvida que vocês vão crescer ainda mais e que esse espaço ficará pequeno

COOPERATIVAS DE TRANSPORTE FAZ REINVIDICACAO JUNTO ANTT

O sistema cooperativista está mobilizado para alterar alguns pontos da Resolução 3.658/11, que dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas, e poderiam prejudicar o setor. A principal reivindicação é que o registro das operações no sistema de pagamento eletrônico seja feito unicamente via cooperativa, e que não exista a obrigatoriedade para os associados. Para reforçar a necessidade de mudança, representantes do cooperativismo se reuniram com integrantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), nesta quinta-feira (27/10), na sede do órgão, em Brasília (DF). Pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), participaram o representante nacional do ramo, José Carneiro, e o analista de Ramos e Mercados Gustavo Beduschi.


Segundo Beduschi, as propostas do cooperativismo já foram aprovadas pela área jurídica da agência e atualmente estão com a gerência que irá viabilizar a operacionalização. “Estamos defendendo uma condição de igualdade entre os atores do segmento de transporte de carga. Esperamos resolver a questão o quanto antes, afinal a fiscalização começará efetivamente no dia 20 de janeiro de 2012”, explica o analista da OCB.


As sugestões do segmento foram encaminhadas à ANTT via ofício no último dia 15 de setembro. No documento, as cooperativas também ressaltavam que seu objetivo é acessar o mercado em busca de contratos com clientes para viabilizar trabalho aos seus associados.

BRIDE FAZ PRIMEIRO FINCIAMENTO COM COOPERATIVA

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) firmou nesta quinta-feira, dia 27 de outubro, em Campo Grande, seu primeiro contrato de financiamento com uma cooperativa agroindustrial do Estado do Mato Grosso do Sul. O documento que formalizou a parceria foi assinado no gabinete do governador sul-matogrossense, André Puccinelli, pelos representantes do BRDE e da Cooperativa Mista de Várzea Alegre (Camva).


A cooperativa contratou junto ao BRDE R$ 4,1 milhões para construir uma fábrica de ração. A unidade será instalada mais próxima dos produtores e vai diminuir os riscos e os custos com transporte. Atualmente, a ração é fabricada em instalações que estão localizadas numa área residencial de Campo Grande, no bairro Doutor Albuquerque. O produto feito nas instalações da Camva é de uso exclusivo de seus 25 cooperados, que produzem anualmente cerca de 20 milhões de dúzias de ovos de galinha. A nova fábrica, moderna e automatizada, produzirá 30 mil toneladas de ração por ano.


Localizada no município de Terenos, na Colônia Japonesa Jamic, a Camva atua na produção e comercialização de ovos, atendendo os principais varejistas do Mato Grosso do Sul. Os dirigentes da cooperativa comemoraram a liberação do financiamento. “Somente com o apoio do governo do Estado, que viabilizou a vinda do BRDE, foi possível realizarmos este financiamento para expandir nossa produção. Se continuarmos neste ritmo de expansão chegaremos a ser habilitados para exportamos nosso produto, graças ao asfalto que o governo estadual fez no local para movimentarmos nossa produção”, disse o diretor-presidente da Camva, Antonio Kikuo Kurose.


Para o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos do BRDE, Nivaldo Assis Pagliari, a parceria entre o banco e o governo sul-matogrossense é fundamental para o desenvolvimento do Estado. “Que esta semente seja multiplicada e possamos viabilizar outros projetos para crescimento do Mato Grosso do Sul. Este é o primeiro negócio a ser realizado com cooperativas e as portas estão abertas para novos negócios e expansão da empresa”, afirmou Pagliari.


Além dos anteriormente citados, estiveram presentes na assinatura do contrato de financiamento, o superintendente do BRDE no Paraná, Carlos Areton Azzolin Olson; o gerente do escritório do BRDE em Mato Grosso do Sul, Hélio de Paula e Silva; o diretor-administrativo da Camva, Reinaldo Issao Kurokawa; o diretor-operacional da cooperativa, Pauo Yoshikiyo Okishima; os conselheiros fiscais Sérgio Hashimoto e Paulo Makoto Kurashige; o presidente da Associação da Colônia Jamic, Eiji Kanezaki; os cooperados Shigueo Suzuki, Kikumi Yamasaki e Edvaldo Mendes Pereira; o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul (OCB-MS), Celso Ramos Régis; e o presidente do Sicredi de Campo Grande, Walter Rodrigues.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

COOPERATIVAS DO PARA FORNECERAM ALIMENTOS PARA MERENDA ESCOLAR

O governo do Estado efetivou na sexta-feira (21) uma importante ação de impulso ao desenvolvimento regional, ao mesmo passo em que apresentou novidades ao cardápio da alimentação escolar já a partir deste mês. Como parte da programação do lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/ 2012, o secretário de Estado de Educação, Cláudio Ribeiro, assinou contrato com sete associações e cooperativas representantes da agricultura familiar de várias regiões parenses.


O ato protocolar, testemunhado pelo governador Simão Jatene e pelo ministro de Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, garante que as escolas da área metropolitana de Belém sejam beneficiadas pela alimentação escolar com 30% dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ,que serão destinados à aquisição de produtos da agricultura familiar ou de empreendedores rurais. O percentual é determinação da Lei n° 11.947/ 2009. Serão investidos R$ 20 milhões para os exercícios 2011-2012.


Simão Jatene ressaltou que a compra dos produtos agrícolas vai chegar às gestões municipais e movimentar a economia local. “Essa compra já vem sendo feita pelas escolas e agora vai chegar às prefeituras. A merenda será adquirida dessa produção e é importante para economia e geração de renda”, destacou o governador.


Produção - A partir de agora, frutas como banana e tangerina, e também sucos de maracujá e goiaba, além de folhas como couve e ingredientes como pimentinha verde e cheiro verde passam a integrar o cardápio das escolas localizadas na Região Metropolitana de Belém. Mostras desses produtos estão em exposição no estande da Seduc durante o Frutal. “Conseguimos obter um bom resultado em pouco tempo, mas o mais importante é que estamos transformando o programa de alimentação escolar, que é um programa de desenvolvimento regional”, defendeu Cláudio Ribeiro.


Exemplo da dinâmica proporcionada pela aquisição dos produtos da agricultura familiar vem de Capitão Poço, no nordeste do Pará, de onde Amaury Ramalho, 25 anos, que cultiva tangerina e laranja, agora é fornecedor do Estado e integra a Associação Ourém Feliz. Serão mais de 155 toneladas de tangerina semanalmente, cultivadas por cerca de 100 famílias. “É uma iniciativa inédita, mostrando o interesse com a agricultura familiar, o que movimenta o município. Uma proposta inédita de interesse econômico e geração de renda”, disse o associado.


Produtor em São Caetano de Odivelas, o representante da Associação de Produtores da Atung e Localidades Vizinhas (Apalv), Mário Peixoto, não escondia a satisfação. “Agora estamos mais unidos por esta oportunidade do governo do Estado de trabalhar e participar do Pnae. Em pouco tempo o governo conseguiu implantar isso. Temos cliente com dinheiro na mão, disposto a comprar e pagar. Estamos satisfeitos”, avaliou. As associações e cooperativas que fazem parte do contrato são as de São Caetano de Odivelas, Vigia, Capitão Poço, Tomé-Açu, Bujarú, Tucuruí, Breu Branco, Goianésia e Curuçá.


Para o secretário especial de Promoção Social Nilson Pinto, a aquisição de ingredientes para a merenda escolar oriundos da agricultura familiar ajuda a diminuir a pobreza e a desigualdade social. “Esse programa faz com que o Estado possa distribuir mais o dinheiro usado para compra da merenda escolar. Com isso, estamos acrescentando uma renda média para cada família de algo em torno de R$ 10 mil”, avalia.

TALVEZ O MOVIMENTO COOPERATIVISTA SAIA CANDITADO AO NOBEL

É possível o movimento cooperativo sair como candidato ao Prêmio Nobel da Paz em 2012, quando se comemora o Ano Internacional das Cooperativas? O Conselho Canadense de Cooperação e Mutualidade (CCCM) sugeriu esta ideia e solicitou à Aliança Cooperativa Internacional, representando o mundo cooperativo, que o cooperativismo fosse indicado como candidato ao Prêmio Nobel da Paz, após uma resolução apresentada na Assembleia Geral, em junho de 2011.


A resolução salienta que os fatores econômicos e sociais criam um ambiente propício à paz, que as cooperativas desempenham um papel importante no desenvolvimento social e econômico das comunidades em todo o mundo, e que as cooperativas promovem a democracia. Segundo o site do Prêmio Nobel da Paz, instituições e associações são elegíveis para receber o prêmio, bem como indivíduos. Em setembro, o Comitê Nobel esteve procurando indicações para "nomeadores qualificados", como políticos, acadêmicos e profissionais laureados pelo Nobel em edições anteriores. As candidaturas devem ser apresentadas até fevereiro 2012 e o vencedor será escolhido em outubro do ano que vem.

PLP 271/ 2005 regula cooperativismo

O PLP 271/2005, que regula o ato cooperativo, está tramitando na Comissão de Finanças e Tributação terá como relator o deputado federal André Vargas (PT-PR). O projeto de lei complementar passou recentemente pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, onde foi aprovado por unanimidade.




Na justificativa do projeto o PLP 275/2001 visa “estabelecer incentivos concretos ao fortalecimento do cooperativismo, que propicia geração de empregos, ganho na valorização dos pequenos negócios, com grandes benefícios para a sociedade brasileira”. Em outro trecho consta: “O ato cooperativo, com a aprovação do projeto, estaria a salvo, por exemplo, da incidência do imposto de renda, do imposto sobre produtos industrializados, das contribuições sociais PIS/Pasep, Cofins e sobre o lucro líquido, do imposto sobre operações financeiras e outros tributos que venham a recair sobre ele”.




Sobre o projeto de lei complementar




O PLP 271/2005 tem como objetivo regular adequadamente o tratamento tributário ao ato cooperativo no âmbito federal. O autor do PLP foi o deputado federal licenciado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).




O PLP foi apresentado em 2005 na Câmara Federal e desde então está tramitando pelo congresso. O projeto passará ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania para depois entrar na pauta da Câmara para aprovação.

FUNDO SOCIAL DE ASSIS RECEBE LEITE DAS COOPERATIVAS

Foram entregues na manhã do último dia 5, na sala de reuniões do Departamento de Planejamento, da Prefeitura Municipal de Assis, 888 unidades de litros de leite para o Fundo Social de Solidariedade de Assis.


A entrega é proveniente de uma ação desenvolvida na cidade em parceria com as cooperativas Crediassis, Credicana, Credimota, Unimed Assis e Unidonto, realizada no dia 24 de setembro, no Teatro Municipal “Enzo Ticinelli”. Na ocasião, foi apresentado o espetáculo “Reprise”, da Companhia Teatral LaMínima, ação integrante do cronograma do Programa Mosaico Teatral, do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP), com entrada beneficente, sendo cada ingresso trocado por dois litros de leite, revertidos ao Fundo Social.


Na oportunidade, a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade de Assis, Gracita Spera, agradeceu a parceria dizendo que ações como esta ajudam entidades e famílias cadastradas no município. Spera agradeceu todos os envolvidos pela realização: Leonardo César Ferreira (Diretor Crediassis), Aref Sabeh (Pres. Crediassis), Magali Gobbi e Ilze Spitzer (Promotoras Culturais da Credicana), Waldyr Max Junior (Presidente Credicana), Marcos Almeida e Marcelo Delantônio (Promotores Culturais Credimota), Dr. Marcos Valério (Uniodonto Assis) e Marcelo Takagi (Presidente Uniodonto Marilia), Renata Câmara e Luciana Batista (Marketing Unimed Assis).


“Os leites arrecadados serão destinados para a Casa das Meninas, a Casa das Crianças e o Banco do Alimento, que atende os cadastrados das Unidades CRAS I, CRAS II, CRAS III e Fundo Social”, citou Gracita Spera. “Também quero agradecer em especial ao Sr. Aref Sabeh, presidente da Crediassis, que não mede esforços para buscar parceiros e ajudar-nos em todas as ações, projetos e campanhas realizadas na cidade pelo Fundo Social de Solidariedade de Assis. O nosso trabalho tem sido também realizado com o grande auxílio da iniciativa privada e, agora com empresas modernas e arrojadas, esperamos ainda mais firmamos parcerias importantes. Temos entre os nossos parceiros o Grupo Mello e Drogarias Catedral que abraçaram há mais de cinco anos nosso Projeto com os Idosos”, finalizou.

UNIODONTO UMA COOPERATIVA DIFERENTE

No Encontro de Núcleos Cooperativos, realizado na manhã de terça-feira (25/10), em Maringá e que teve como cooperativa anfitriã a Uniodonto de Maringá, o presidente da entidade, Eduardo Junqueira, fez questão de destacar as diversas parcerias firmadas com algumas cooperativas na região. “A intercooperação vem acontecendo na região de fato, especialmente com aproximação da Uniodonto com cooperativas dos ramos agropecuário e crédito, como o Sicredi e Sicoob”, destacou. Junqueira agradeceu o importante apoio que vem recebendo da Ocepar nas ações desenvolvidas pela cooperativa, fundada em 1996 e conta com 85 cooperados na região.


Paraná – Eduardo Junqueira também preside a Uniodonto Paraná, que reúne quatro singulares que atendem cerca de 350 mil usuários em todo o Estado. Para ele, o caminho para tornar as cooperativas mais fortes é a profissionalização da gestão, que pode ser alcançada por meio da capacitação. Eduardo pretende estimular as cooperativas a usufruírem mais dos treinamentos oferecidos pelo Sescoop/PR. “Eu mesmo conclui um MBA de gestão empresarial, promovido pelo Sescoop/PR em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, entre os anos de 2008 e 2009. Queremos que mais profissionais da Uniodonto tenham acesso a esses benefícios que estão disponíveis, mas ainda estão sendo pouco utilizados, muitas vezes por falta de conhecimento”, disse.


Núcleos – Encontros iguais a este de Maringá também acontecerão ainda em São João, na sexta-feira, dia 28/10 e Castro, dia 31/10, segunda-feira. O primeiro encontro foi realizado na segunda-feira, 24/10, em Palotina.

DUAS COOPERATIVAS DO PARA EXPLORAM CASSETERITA

recuperação do preço do estanho no mercado internacional, acompanhando a tendência de alta das commodities minerais observada nos últimos tempos, está fazendo ressurgir com força no Pará o garimpo de cassiterita, como é mais conhecido o minério de estanho. Em São Félix do Xingu, berço daquele que foi, na primeira metade da década de 1980, um dos maiores garimpos de cassiterita do Brasil, a garimpagem, retomada no primeiro semestre deste ano, já ocupa hoje perto de 1.500 pessoas, incluídas aquelas que desenvolvem atividades de apoio. O estanho tem como principal aplicação industrial a produção de soldas para a indústria eletroeletrônica.

O garimpo está localizado na mesma área onde foi explorada, há quase três décadas, a antiga mina de cassiterita, na hoje vila de São Raimundo, um próspero distrito de São Félix do Xingu localizado a cerca de 28 km de distância da sede do município. A comunidade local, que já havia se acostumado à rotina da atividade agropastoril, voltou a experimentar a febre do garimpo entre abril e maio deste ano, quando começaram a chegar ali as primeiras levas de garimpeiros procedentes de Ariquemes, berço histórico da exploração garimpeira de cassiterita no Brasil.

Acionada na época pela Prefeitura Municipal de São Félix do Xingu, preocupada com os impactos sociais e ambientais que se prenunciavam com a retomada da atividade garimpeira, a Superintendência do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) no Pará deslocou para aquele município, em julho deste ano, uma primeira equipe técnica. À frente do grupo, o superintendente João Bosco Pereira Braga implantou ali, em caráter pioneiro, um projeto que já vinha sendo maturado pela administração central do DNPM em Brasília. O projeto está hoje se ampliando no Pará e deverá futuramente ser estendido a todo o país.

A previsão é do geólogo Paulo Brandão, que representa a Diretoria de Gestão de Títulos Minerários do DNPM no projeto Coordenação de Ordenamento Mineral (Cordem). “Este é um projeto piloto que vai ser levado às demais superintendências do DNPM em todo o Brasil”, disse ele na quinta-feira, ao participar, em Belém, da entrega dos dois primeiros títulos de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) em São Félix do Xingu. A beneficiada foi a Cooperativa dos Garimpeiros de Ariquemes, entidade que congrega, principalmente, os trabalhadores responsáveis pela retomada da exploração mineral no município.

Outras duas cooperativas – a Coomix e a Coogata – já estão organizadas e deverão em breve receber também os seus títulos de lavra. Conforme esclareceu o superintendente João Bosco Braga, o DNPM optou por estimular o associativismo e o cooperativismo no ordenamento da atividade. “É muito mais fácil você dialogar e encaminhar a solução de problemas com uma entidade do que se entender individualmente com centenas ou milhares de trabalhadores”, enfatizou.

João Bosco informou que o garimpo de Vila São Raimundo está em áreas tituladas no século passado em nome de três grandes mineradoras – Vale (na época, a estatal Companhia Vale do Rio Doce), a Metalmig, de São Paulo, e a Mineração Planície Amazônica, uma subsidiária da Paranapanema. Ele disse que o preço do estanho, como de toda commodity mineral, costuma oscilar bastante. Na década de 1980, por exemplo, uma brusca queda de preço, da ordem de 70%, provocou a paralisação das atividades no Pará. Atualmente, a cassiterita está cotada a US$ 15,4 mil a tonelada e o estanho em torno de US$ 22 mil.

Desafio é legalizar a pequena mineração

Tendo como principais parceiros as prefeituras e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), o DNPM pretende levar o projeto Coordenação de Ordenamento Mineral (Cordem/Pará) a 47 municípios paraenses. O primeiro foi São Félix do Xingu; o segundo, o polo oleiro-cerâmico de São Miguel do Guamá e Irituia. “A grande mineração está resolvida no Pará. O nosso desafio será ordenar e legalizar a pequena mineração”, afirmou o superintendente João Bosco Braga.

O superintendente do DNPM observou que a cadeia mineral, mantida pelas indústrias extrativa e de transformação, responde hoje por 45 mil empregos. Só o polo oleiro-cerâmico de São Miguel do Guamá e Irituia, segundo ele, garante ocupação e renda para cerca de 30 mil pessoas, enquanto os garimpos remanescentes do Tapajós empregam hoje em torno de 40 mil trabalhadores. “Eu não ponho em dúvida a enorme importância da grande mineração para a economia brasileira nem estou discutindo a qualidade do emprego. O que eu quero mostrar é que a pequena mineração precisa também ser valorizada”, acrescentou.

João Bosco Braga disse que o Cordem será desenvolvido no Pará tendo em mira três grandes alvos. O primeiro, as regiões de garimpos – de ouro, cassiterita e gemas. O segundo, os minerais empregados em larga escala na construção civil, especialmente areia, brita e seixo, mapeados e dispersos por três grandes por três grandes áreas – a região metropolitana, o polo Santarém e o polo Marabá/Carajás. Como terceiro alvo o DNPM aponta os polos oleiro-cerâmicos, que no Pará são dois, hoje claramente identificados: o de São Miguel/Irituia e o de Santarém.

Também dispersa é a distribuição de garimpos, conforme destacou João Lobo Braga. Os de ouro estão localizados principalmente nos vales do Tapajós e do Gurupi – abrangendo os municípios de Viseu, Cachoeira e Nova Esperança do Piriá, além de pequenas ocorrências esparsas e sazonais na região de Rio Maria e Redenção. De acordo com o DNPM, são três as áreas garimpeiras que até hoje produzem gemas no Pará – a de ametista em Marabá, a de opala e diamantes em São Geraldo do Araguaia e a de diamantes do rio Cupari, em Itaituba.

João Bosco Braga destacou que o garimpo de ametista do alto Bonito, entre Marabá e Paruapebas, ainda em operação, foi talvez o maior produtor do Brasil. Se não em volume, certamente no tocante à pureza e à qualidade. “A ametista do Pau d’Arco (como ela era conhecida na época e que nada tem a ver com o atual município do mesmo nome) era a melhor do Brasil”, enfatizou.

Empreender-PB e OCB-PB formalizam parceria em Bananeiras

O secretário executivo do Empreender Paraíba, Tárcio Pessoa, e o presidente do Sistema OCB/Sescoop-PB, André Pacelli, assinaram um termo de cooperação técnica no último sábado (15). O acordo, que visa à constituição orientada das cooperativas que buscam o Programa, foi assinado em Bananeiras, durante o Encontro das Cooperativas da Região do Brejo Paraibano (Enbrepa), promovido pelo Sistema OCB/Sescoop-PB – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Paraíba e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo na Paraíba.

Para Tárcio Pessoa, o termo de cooperação representa um divisor de águas para a Paraíba, que poderá se tornar destaque nacional no âmbito do cooperativismo. "Com esta parceria, nós vamos juntar a base técnica da OCB-PB com a capacidade de investimento do Empreender Paraíba”, afirmou o secretário executivo.

Segundo Pacelli, a OCB-PB, que é a entidade de classe das cooperativas, vai orientar a constituição das entidades que pretendem financiar projetos com o Empreender, conforme a Lei do Cooperativismo (Lei 5.764/71 (Lei do Cooperativismo). Ele explica que isso contribuirá para a profissionalização das cooperativas e promoverá o fortalecimento das atividades desenvolvidas pelo Programa.

As primeiras cooperativas e associações que tiveram projetos aprovados pelo Empreender PB estão finalizando o contrato de incubação dos negócios e, nos próximos dias, já poderão receber recursos do Programa, segundo Tárcio Pessoa. O Empreender PB prevê, para 2012, a realização de 20 operações coletivas. "Também está em estudo a transformação do Empreender Paraíba em uma agência de fomento semelhante ao que o BNDES representa hoje em âmbito nacional”, destacou.

Participaram do Enbrepa o titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), Marenilson Batista; o secretário executivo da Agricultura Familiar, Alexandre Araújo; o secretário executivo da Sedap, Rômulo Araújo Montenegro; a prefeita municipal de Bananeiras, Marta Ramalho; o deputado estadual Hervázio Bezerra; o presidente da Faepa, Mário Borba; e representantes do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste.

Produtos agropecuários – O Brejo paraibano tem potencial para se tornar um polo de desenvolvimento de produtos agropecuários, como leite, queijo, ovos e mel. A afirmação é do economista Paulo Galvão, que realizou a conferência "Perspectivas econômicas da região do Brejo paraibano”, durante o Enbrepa.

Galvão, que é professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), lembrou que a região, além de ter condições climáticas favoráveis, conta com duas universidades que podem contribuir com pesquisas para o melhoramento do processo produtivo. "A região tem apresentado um crescimento no setor turístico, o que significa um crescimento da população flutuante dos municípios. É preciso melhorar o abastecimento para atender a essa necessidade de consumo”, explicou.

A vocação ambiental e tecnológica do Brejo também foi destacada pelo secretário Alexandre Araújo. "Em Bananeiras, temos curso técnico, bacharelado e mestrado na área de Agroindústria. É preciso gastar nossas energias para buscar sustentabilidade político-institucional, unindo governos e arranjos institucionais, para que melhoremos o processo de produção, o processamento e a distribuição dos produtos e, consequentemente, os indicadores sócio-econômicos da região”, destacou.

SICREDI EM CATANDUVA

A nova unidade da cooperativa de crédito Sicredi Noroeste Paulista, inaugurada na manhã de ontem no Centro de Catanduva, estima movimentação de R$ 42 milhões em seus primeiros meses de funcionamento. O valor será proveniente dos seus atuais quatro mil associados e vão fomentar a economia local.


A afirmação é de José Paulo Rodrigues, presidente do Sicredi, que aposta no modelo de cooperativas para apresentar à população uma alternativa ao atual sistema bancário. “Toda essa movimentação será investida e fomentará a economia de Catanduva, sem nenhum tipo de intermediário, como ocorre com o atual sistema bancário do país”, assegurou.


As novas instalações da agência em Catanduva vão garantir maior segurança aos clientes e usuários da cooperativa. Através das cooperativas de crédito do Sicredi, pessoas físicas ou jurídicas podem ter acesso a produtos financeiros como conta corrente, cartão de crédito, investimentos, seguros, além de facilidades como caixas eletrônicos e serviços pela internet. “Vamos oferecer todas as operações que os bancos convencionais oferecem, com a diferença que a movimentação financeira será aplicada em Catanduva”. A agência funcionará na Rua Alagoas, 104.


Fundada em São José do Rio Preto por um grupo de médicos, a cooperativa Sicredi, que possui aproximadamente quatro mil associados, é hoje uma cooperativa de livre admissão, ou seja, todas as pessoas e empresas da comunidade podem se tornar associadas.


O presidente da Central Sicredi, Manfred Alfonso Dasenbrock, explicou ainda que a estabilização do Real tem sido o fator responsável pelo crescimento das cooperativas de crédito.


“A estabilização da moeda torna o mercado altamente concentrado e competitivo. Mesmo com a mudança no Banco Central, que hoje é comandado por Alexandre Tombini, o foco foi mantido. Hoje, as cooperativas são as alternativas de concorrência ao atual sistema bancário no país”, explica.


O gerente do Sicredi em Catanduva, Ezequiel Marques da Silva, argumentou que 2012 será o ano do cooperativismo no Brasil. “Segundo a ONU, o cooperativismo será fundamental para o crescimento do país no próximo ano. É com base nisso que apostamos no crescimento da região de Catanduva”, disse, durante seu discurso.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

PARANA INCENTIVA QUE PRODUTORES CUIDEM DO MEIO AMBIENTE

secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, assumiu o compromisso de aderir ao Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do Governo Federal, e incentivar agricultores e pecuaristas a adotar práticas sustentáveis. O Seminário de Sensibilização e Difusão do Plano reuniu cerca de 130 pessoas, nesta quinta-feira (27), em Curitiba, e teve a participação do secretário nacional de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Erikson Camargo Chandoha.

No Paraná, será reforçado o trabalho de recuperação de pastagens e de disseminação de práticas de desenvolvimento sustentável na lavoura, pecuária e floresta. O Plano ABC pretende capacitar 900 mil técnicos e produtores em todo o País para a prática da Agricultura Verde. Chandoha conta com a parceria dos estados para implementação das técnicas de conservação e de desenvolvimento sustentável do programa. Ele disse não ter dúvidas que o programa ABC encontrará terreno fértil no Paraná, pela capacidade dos seus técnicos das instituições públicas e privadas.

Chandoha está consciente que, no início, pode haver resistência dos produtores. “Não é simples convencer o agricultor ou o pecuarista que o que ele fazia não é mais recomendável”, afirmou o secretário nacional. Para tentar romper com padrões, serão promovidos cursos e abertas linhas de financiamento para recuperação de áreas degradadas e construir sistemas sustentáveis de produção.

IMPACTO – As emendas para o dimensionamento do impacto de cada ação no balanço de carbono dos programas estão sendo escritas pelos técnicos da Embrapa e serão divulgadas dentro de poucos dias. Chandoha disse que a Agricultura Verde e a sustentabilidade da agropecuária brasileira deverão ter ampla repercussão internacional, a partir da conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável Rio + 20, que será realizada em junho do ano que vem, no Rio de Janeiro.

“O ABC vai ser a grande oportunidade para o País demonstrar o que se pratica de agricultura sustentável e como se promove a recuperação de áreas degradadas”, disse Chandoha. Segundo ele, o Brasil está consciente que desmatou muito e precisa recuperar as áreas perdidas.

As instituições da iniciativa privada anunciaram total colaboração com o poder público para implementação das medidas. A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) se dispôs a qualificar os técnicos do Banco do Brasil para análises financeiras dos projetos, conforme anunciou o superintendente da entidade Nelson Costa.

O Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) se comprometeu em financiar 50% dos cursos de qualificação para os técnicos e 100% dos cursos de qualificação dos produtores. O anúncio foi feito pelo superintendente da entidade Ronei Volpi, que também é um dos 13 integrantes do Fórum do Desenvolvimento do Agronegócio, instituído pelo governador Beto Richa.

FINANCIAMENTO – O superintendente do Banco do Brasil no Paraná, Paulo Roberto Meinerz, informou que o banco tem R$ 122 milhões para serem aplicados no programa ABC no Paraná, durante a safra 2011/12. Para o Brasil, o banco tem disponíveis R$ 850 milhões, no mesmo período. As taxas são atrativas, de 5,5% de juros ao ano e prazo de pagamento de até 15 anos dependendo da finalidade.

Pelo ABC, o banco vai financiar investimentos para recuperação de áreas e pastagens degradadas; sistemas orgânicos de produção; sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta; florestas comerciais; recomposição de áreas de preservação permanente ou de reserva legal; viveiros florestais e florestas de dendê.

domingo, 25 de setembro de 2011

pequena hidroeletrica de Rondonia tem plano de desenvolvimento sustentavel

Uma nova realidade econômica se vislumbra para os municípios de Monte Negro e Cacaulândia com a instalação da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Santa Cruz – tida como um novo marco no desenvolvimento sustentável da região, por sua inserção no mercado mundial de carbono, por gerar energia de baixo impacto ambiental -; impulsionar a economia com a expansão de energia em 17 megawatts; geração de aproximadamente 400 postos de trabalho de forma direta e indireta; aumento da arrecadação; fortalecimento da piscicultura e, ao ecoturismo e lazer na exploração de áreas de camping, marina e revitalização da praia fluvial de Monte Negro.

A obra, em fase de instalação deve ser concluída até janeiro de 2015 sob a responsabilidade do grupo Mega Energia. Nessa fase inicial, está sendo instalado o canteiro de obras, mas até o final do ano se pretende concluir a escavação em solo e rocha para construção da PCH.
A PCH Santa Cruz faz parte dos investimentos feitos pela Mega Energia na região da grande Ariquemes, onde estão sendo instaladas outras duas usinas – Jamari e Canaã – e que vem sendo apresentadas em reuniões públicas à população dos municípios envolvidos pela Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

Em Monte Negro, o empreendimento já tem um projeto pronto de revitalização da prainha – com nova repaginação e infra-estrutura para receber a população e turistas – e deu início a uma parceria com a Prefeitura para implantar o programa Banco de Dados, que consiste no cadastro e seleção de pessoas para trabalhar na construção da PCH Santa Cruz, uma forma de valorizar a mão de obra qualificada local. Esse Banco de Dados funcionará na Secretaria Municipal de Ação Social de Monte Negro.

A expansão de energia em Monte Negro e região da grande Ariquemes, para garantir auto-suficiência energética no presente e a gerações futuras, começou em 2002 com o estudo de inventário, aprovado em 2005 pelos órgãos competentes, mesmo ano da elaboração e aprovação do projeto básico. No ano passado, foram aprovadas as licenças ambientais de instalação do empreendimento e também incluído no leilão de energia do Governo Federal. Nesse ano, as licenças ambientais de instalação foram renovadas.

A PCH Santa Cruz terá também como diferencial de sustentabilidade a escada de peixe – tecnologia que permite a transposição de peixes - um programa efetivo de proteção da fauna e flora, e integração socioeconômica da população afetada pelo empreendimento.

BARRA MANSA DISTRIBUI MUDAS DE ARVORES

A prefeitura de Barra Mansa, através da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável promoveu uma série de atividades hoje (21), na praça da Matriz de São Sebastião, localizada no Centro, onde houve distribuição de 200 mudas de árvores nativas e frutíferas, além de uma exposição de fotos do Rio Paraíba do Sul, apresentação do projeto de reciclagem de pneus, atividades recreativas e apresentação da Banda São Sebastião, entre outras.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Marco Chiesse, o evento visa mobilizar e conscientizar a população.

- O objetivo maior é mobilizar as pessoas no sentido de preservação ambiental e aproveitamos para apresentar o trabalho de reciclagem do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) com a Cooperativa de Catadores na reciclagem de pneus e outros trabalhos. Através de uma parceria com a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer, para promover uma recreação para as crianças e com a Secretaria de Saúde no Combate à Dengue - disse o secretário, acrescentando que para levar as mudas, os interessados tiveram que preencher um cadastro e informar o local em que pretendiam plantar a árvore, para que não houvesse perda das mudas.

A dona de Casa Mirene Vidal, 47, se disse feliz com a iniciativa e aproveitou a oportunidade para escolher uma muda para levar para casa.

- Eu e meu marido temos uma chácara onde plantamos diversos tipos de árvores e sempre que encontramos uma muda de espécie diferente, gostamos de levar. Achei essa comemoração muito boa. É a primeira vez que vejo um evento desse tipo - comentou.

A estudante Daiana Aparecida Marques, 22, também aprovou a ideia. Para ela, eventos como esse deveriam ser realizados com maior frequência.

- Tenho um terreno onde quero plantar várias espécies de árvores frutíferas. Achei legal a ideia deles de distribuir as mudas aqui. Acho necessário conscientizar as pessoas sobre a importância de se plantar árvores. Acho que ações assim deveriam ser feitas mais vezes - falou.

GOVERNO DO PARA PDE APOIO PARA PROGRAMA MUNICIPIOS VERDES

O governador Simão Jatene conseguiu do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apoio para um dos mais importantes programas de desenvolvimento sustentável já lançado nos últimos anos: o Programa Municípios Verdes, do governo do Pará.



Simão Jatene se reuniu em Brasília, na última segunda-feira (19), com Élvio Gaspar, diretor da Área de Crédito e Inclusão Social do BNDES. No encontro, o governador apresentou o Programa Municípios Verdes, que prevê a recomposição de espaços, desmatamento zero e produção com sustentabilidade, evitando a degradação de áreas verdes da Amazônia paraense, ao mesmo tempo em que dá aos habitantes da região alternativas de geração de renda.



Paragominas, no sudeste paraense, já é um município exemplo de sucesso do programa, saindo de um cenário de degradação para outro, de desenvolvimento sustentável com crescimento econômico, sendo destaque positivo na imprensa mundial. O município foi o primeiro a alcançar os requisitos para passar à lista daqueles que têm desmatamento monitorado e sob controle. Outros 94 municípios paraenses, segundo o governador, já aderiram ao Programa Municípios Verdes, assinando termo de compromisso.



A ocupação da Amazônia é uma história de erros, ressaltou Jatene. Por isso, é preciso rediscutir esse projeto de ocupação, bem como atuais e futuros projetos para a região. Segundo ele, o país não sabe usar a Amazônia e suas riquezas há muito tempo, porque tenta impor programas “de cima para baixo”, sem ouvir os habitantes da região. “Precisamos fazer o caminho inverso, dando mais poder aos amazônidas para decidirem seus destinos”, disse Jatene.



Premiação - Para o governador, em vez de repreensão, é preciso trabalhar com a premiação, incentivando os municípios que apresentem boas práticas no desenvolvimento sustentável e preservação da floresta, principalmente quanto à emissão de carbono. Atividades que gerem baixa emissão de carbono devem receber apoio, disse Jatene, e “há muitos municípios desenvolvendo projetos nesse sentido”.



Na reunião, Simão Jatene ouviu que o BNDES quer ser parceiro do programa, aguardando apenas o envio de detalhes do projeto para que, dentro de um mês, possa dar uma resposta ao governo do Pará sobre a possibilidade de liberar recursos ao Programa Municípios Verdes, via Fundo Amazônia, que promove projetos para a prevenção, o combate ao desmatamento e conservação e uso sustentável das florestas no bioma amazônico.



Algumas etapas, segundo o governador, são necessárias para o fortalecimento e o sucesso do programa. Para ele, é preciso promover o reflorestamento e a regularização fundiária; apoiar a conclusão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Licenciamento Ambiental Rural (LAR); reduzir o desmatamento e a degradação ambiental; regularizar passivos ambientais, recuperando Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e áreas degradadas em Reserva Legal; apoiar a gestão de resíduos sólidos; promover ações de educação ambiental e fortalecer órgãos municipais, principalmente no setor logístico, entre outros benefícios.



Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o Programa Municípios Verdes foi um dos responsáveis pela redução de 40% no desmatamento no Pará, verificada no período de agosto de 2010 a julho deste ano. Somente no último mês, a redução no Estado superou os 50%, em comparação a julho do ano anterior.



O número é o maior registrado na Amazônia Legal durante o mês. “O que nós temos observado é que esses números são resultados positivos, tanto do Programa Municípios Verdes, do governo estadual, quanto do Carne Legal, do Ministério Público. Se os municípios do Pará realmente aderirem ao ‘Municípios Verdes’, com a fiscalização efetiva das áreas, a tendência é diminuir ainda mais”, avaliou Sanae Hayashi, pesquisadoraT

GOVERNO DO PARA REUNE PARCEIROS CONTRA O DESMATAMENTO

Na busca pelo desmatamento zero e para alcançar uma atividade produtiva sustentável, além da adesão do maior número de municípios paraenses para o Programa Municípios Verdes, o governo estadual juntou no mesmo evento os dirigentes dos institutos de pesquisa, universidades e de toda a área tecnológica local para a apresentação do programa, lançado oficialmente em março.

A intenção do poder público é aglutinar o conhecimento com tecnologia da região em parceria do Estado com os municípios, setor produtivo e sociedade civil organizada. O modelo a ser seguido é o do município de Paragominas, no nordeste paraense, que ostentou durante décadas altos índices de desmatamento e em três anos de reação já conseguiu este ano o título pioneiro no Pará de município verde, conseguindo reduzir em 86% o desmatamento, a partir de programa liderado pelo prefeito Adnam Demacki, em parceria com institutos de pesquisa, produtores e sociedade civil.

A apresentação do programa foi feita pela secretária de Estado de Meio Ambiente, Teresa Cativo, e pelo secretário especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, Sidney Rosa, aos reitores das universidades federais do Pará e aos diretores dos institutos de pesquisas federais, além do Ministério Público Federal, em reunião na Universidade Federal do Pará (UFPA).

SUSTENTABILIDADE

“Vivemos a era do conhecimento. Sustentabilidade só terá sucesso com a participação do Estado”, afirmou o reitor da UFPA, Carlos Maneschy. Ele abriu a reunião, ressaltando que o Pará continua no regime de exploração de matéria-prima de suas riquezas, assim como no século passado, só mudaram os produtos.

O reitor enfatizou que permanece o mesmo modelo de exploração, de concentração de riqueza, onde 20% da população local continuam abaixo da linha de pobreza. “Isto é insustentável socialmente”. Para Maneschy, é preciso um Estado forte, empresariado pujante e de outro lado institutos de pesquisa e universidades com possibilidade de mudar esse panorama, envolvendo também a sociedade civil organizada.

A secretária de Meio Ambiente reiterou as palavras do reitor da UFPA, ressaltando que não existe desenvolvimento sustentável convivendo com altos índices de pobreza. Teresa Cativo mostrou que 23% da área territorial do Pará já sofreram alteração, mas que é preciso reagir para continuar crescendo, mas com sustentabilidade. “O Estado tem que produzir preservando”.

Uma das medidas anunciadas para assegurar o sucesso do Programa Municípios Verdes será a implantação do Sistema de Gestão Ambiental e do Instituto de Águas e Mudanças Climáticas, que junto com os municípios, possibilitará uma gestão integrada da política ambiental. Os dois projetos estão em fase de elaboração para serem enviados ao Legislativo para aprovação da matéria.

ITENS DO PROGRAMA

- O governo será responsável pela implantação do Programa Municípios Verdes, mas os municípios serão corresponsáveis por seu desenvolvimento sustentável;

- Será uma gestão ambiental compartilhada entre governo federal, estadual e municípios;

- Os municípios que aderirem ao programa terão que liderar um movimento junto ao setor produtivo e desenvolver atividades de preservação ambiental, recuperação de áreas degradadas, melhoria da qualidade de vida da população, qualificação de mão de obra e geração de emprego e renda, entre outras medidas;

- Quase 100 municípios já assinaram a adesão ao programa;

- Programa trabalhará ainda em parceria com ONGs, escolas, institutos de pesquisa e outras entidades da sociedade civil.