sexta-feira, 15 de agosto de 2014

MP destaca a idoneidade das cooperativas lácteas

 

Fraudes teriam ocorrido antes da entrega do leite às indústrias
O promotor de Justiça Alcindo Bastos, do Ministério Público gaúcho, disse, na sexta-feira, que a fraude envolvendo adição de água e álcool ao leite cru entregue para as cooperativas Piá e Santa Clara provavelmente ocorreu em etapas que antecedem os procedimentos industriais, podendo ter resultado da ação de transportadores ou produtores.
A afirmação foi concedida após o encontro com representantes das duas empresas, que reuniram-se com Bastos na Promotoria de Justiça do MP para prestar esclarecimentos iniciais sobre o fato. Tanto a Piá quanto a Santa Clara alegaram que realizar uma grande variedade de análises, chegando a mais de 100 mil testes mensais, e negaram a existência de álcool no leite.
Bastos fez questão de lembrar que as cooperativas são sérias e que estão há tantas décadas no mercado, porque conquistaram a credibilidade dos consumidores. No entanto, o promotor disse confiar nos resultados repassados pelo Ministério da Agricultura. “São empresas idôneas, se houve alguma falha, foi no controle de qualidade.”
As cooperativas se comprometeram em apresentar documentos relativos às análises e rotas. Outro material solicitado pelo promotor são análises que mostrem situações em que as empresas identificaram irregularidades no leite e descartaram o produto. O MP e as cooperativas voltam a se reunir em 20 dias para entrega do material solicitado.
Essa documentação deve subsidiar a investigação do MP, que tenta identificar as brechas que ainda permitem a ocorrência de fraudes. A situação das duas cooperativas, explica Jerônimo Friedrich, engenheiro químico do Ministério Público, mostra o nível de sofisticação das adulterações. O álcool etílico tem o objetivo de mascarar a adição de água no leite cru. Isso porque o exame de crioscopia do leite, que demonstra o ponto de congelamento, pode apontar quantidade superior de água se o congelamento ocorrer em menor prazo do que o estimado. O álcool retarda esse prazo de congelamento.
Por outro lado, a adição de água diminuiria a contagem de proteínas do leite, o que também poderia ser identificado pelas análises. O que justifica o fato de que o percentual de proteína não tenha ficado abaixo do estabelecido é o uso de leite com alto teor de proteína, ao qual a água é adicionada em limites cuidadosamente calculados para que não denunciem a redução de proteína. “Isso demonstra aprimoramento de quem tem cuidado em analisar o leite antes de adulterar”, comenta Friedrich.
Embora os postos de resfriamento da Piá e da Santa Clara onde foram encontrados traços de álcool no leite sejam próximos e as análises tenham sido feitas no mesmo dia, os produtores, transportadores e a rota não são os mesmos, esclareceu o promotor. Bastos reiterou por mais de uma vez que as duas cooperativas são sérias e responsáveis. As tratativas com as empresas devem culminar com o firmamento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), visando a recrudescer ainda mais os parâmetros de qualidade.
Bastos reforçou que a situação da Piá requer uma análise ainda mais criteriosa, porque a cooperativa já havia assinado um TAC com o Ministério Público no início do ano. Se a falha de agora tiver ocorrido em decorrência do descumprimento de algum dos pontos firmados, a empresa pode sofrer penalizações. 
O presidente da Piá, Gilberto Kny, discorda da identificação de álcool no leite e destacou que o momento é o de tranquilizar o consumidor, pois não há nenhum lote com irregularidade no mercado. O diretor administrativo-financeiro da Santa Clara, Alexandre Guerra, disse que saiu tranquilo do encontro, ressaltando que os laboratórios da empresa são equipados para assegurar os padrões de qualidade exigidos.

Rio Grande do Sul adota programa de boas práticas na cadeia leiteira

Discutida ao longo do último ano, a conscientização de agentes da cadeia leiteira do Estado quanto à importância da qualidade da produção ganhou mais um aliado: o Programa Alimentos Seguros (PAS) Leite, lançado oficialmente na noite de sexta-feira, dia 8, dentro da programação do 41º Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet), realizado em Gramado.

As sucessivas identificações de fraudes, divulgadas desde maio do ano passado, não só reforçam a importância da iniciativa como determinaram, também, uma formatação específica de treinamento do programa – que já foi realizado em outros estados antes de chegar ao Rio Grande do Sul. No caso gaúcho, a qualificação terá um foco maior no elo que ficou marcado como o mais suscetível às irregularidades na cadeia produtiva, os transportadores.

Realizado a partir de parceria entre Senai, Sebrae e Ministério da Agricultura, o PAS-Leite deve começar a ser aplicado no mês que vem, explica a médica veterinária e fiscal federal agropecuária Ana Lucia Stepan, que atuou nas primeiras operações leite compensado e agora tem seu trabalho voltado para ações de desenvolvimento promovidas pela superintendência estadual do Ministério da Agricultura.

Ana Lucia explica que o PAS é um programa de boas práticas agropecuárias, cujos primeiros projetos-pilotos foram adotados em 2010. “Nos reunimos com o Sebrae e o Senai e concluímos que estava na hora de implantar aqui”, reiterando que o programa tem poucas mudanças nas práticas locais.

A primeira e mais importante delas é relacionada ao número de transportadores que devem participar do treinamento. A estimativa é de que o Rio Grande do Sul possua de 1,5 mil a 2 mil transportadores – entre esses há os que são contratados por indústrias e cooperativas e os que agem como intermediários, captando leite junto aos produtores e revendendo-os depois. Assim, o PAS-Leite prevê disponibilizar treinamento para 1,5 mil transportadores.

Na segunda etapa, os produtores passam pela qualificação, mais abrangente. Serão sete meses de um treinamento com características de consultoria, já que os produtores rurais passarão pela obtenção de conhecimento, seguido de um período de 21 dias para que adaptem as mudanças necessárias e só então recebem novamente os técnicos para avaliar a aplicação dos conceitos iniciais e iniciar novas etapas da qualificação. Tanto os transportadores quanto os produtores rurais receberão certificados ao final do treinamento. Uma fase final do projeto prevê o desenvolvimento de treinadores que irão disseminar as técnicas e conhecimentos trabalhados.

Negócios: programa qualifica cooperativas da Bahia


 
O Programa Produto Solidário - um dos projetos de responsabilidade social tocados pela Ceconsud (proprietária das marcas G.Barbosa e Perini) - comemora a marca de 936 capacitações feitas na Bahia, desde o seu lançamento, em 2008. Na ação, o G.Barbosa identifica cooperativas com potencial para serem fornecedoras do supermercado e, a partir de então, oferece treinamentos e qualificações para estas organizações poderem colocar seus produtos à venda nas góndolas  da empresa. Até o momento, o programa alcançou cinco cooperativas, três na Bahia e duas em Sergipe. 

Na Bahia, foram qualificados 466 cooperados da Cooptan (Cooperativa de Produtores Rurais de Tancredo Neves), 196 da Coopal (C. de Produtores de Palmito do Baixo Sul) e 274 da Cooprap (C. das Produtoras e Produtores Rurais da APA do Pratagi). A qualificação tem duração de até dois anos e inclui melhorias físicas nas sedes das cooperativas e capacitação para a gestão dos lucros obtidos e o aumento da renda dos cooperados.

Cooperados registram aumento de renda

Vice-presidente do Instituto G.Barbosa, Fábio Sento Sé explica que o objetivo final do projeto é o de eliminar atravessadores, melhorando a renda dos cooperados. “Nossos projetos já transformaram a vida de comunidades inteiras. Pequenas atitudes são fundamentais para a nossa sociedade”, diz. O Ceconsud (dona do G.Barbosa) aponta que, após a qualificação, a Cooptan já faturou R$ 435.420; a Coopalm, R$ 29.848,40; e a Cooprap R$ 9.660. Números que significam aumento da renda individual de cada cooperado que - ainda segundo a Cenconsud - cresceu de R$ 845 para R$ 1.939 na Cooptan; de R$ 834,10 para R$ 1.049 na Coopalm; e de R$ 500 para R$ 1.100 na Cooprap.

Cooperativismo é responsável por 11% do PIB de SC e reúne 1,6 milhão de famílias


 

 
 
Coopercampos, de Campos Novos, no Oeste catarinense, ficou entre as mil maiores cooperativas do Brasil em vendas líquidas, em 2013 Foto: Copercampos / Divulgação
Cooperar é colaborar com outras pessoas para alcançar resultados comuns. A frase estampada no site da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) é mais do que um conceito. É o que move 254 organizações catarinenses, que reúnem 1,6 milhão de famílias associadas e mantêm 49.149 empregos diretos, faturam mais de R$ 20 bilhões por ano e representam 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.
Os números conferem a Santa Catarina a posição de Estado brasileiro com maior taxa de envolvimento populacional direto com o cooperativismo. Estruturado no campo e na cidade, o sistema catarinense continua em ascensão e crescerá 15% neste ano, garante o presidente da Ocesc, Marcos Antônio Zordan. Com 1,6 milhão de pessoas envolvidas, o Estado é o terceiro colocado em número de cooperados. O primeiro é São Paulo com 3,4 milhões e, o segundo, o Rio Grande do Sul, com 1,9 milhões.
A gerente geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Tânia Zanella, afirma que o modelo catarinense é referência para o cooperativismo nacional. Primeiro porque o sistema consegue uma aproximação maior da comunidade em geral do que em qualquer outra região do país. Tânia explica que a agricultura familiar é um dos fatores que tornam a cooperação uma necessidade.
– Um pequeno agricultor dificilmente conseguiria que seu produto chegasse à Itália se não tivesse a força da cooperativa Aurora, por exemplo.
O trabalho em conjunto que dá resultados tem origem na própria formação do Estado. As primeiras experiências de cooperativismo em Santa Catarina ocorreram no meio rural, na década de 1940. Imigrantes europeus – principalmente alemães e italianos – viram na cooperação uma maneira de criar riqueza compartilhada. Essa influência foi decisiva para o crescimento do setor no Estado. Houve período de dificuldades: muitas organizações encerraram as atividades em 1964 por não atingirem os objetivos estabelecidos pela legislação do país. Sobreviveram as que tinham condições de desenvolvimento e prestação de serviços aos cooperados.
– Os resultados positivos do sistema cooperativista são percebidos no mundo todo. Acredito que a difusão da ideia aos jovens vai fomentar a ideia de uma sociedade cada vez mais justa do ponto de vista social e econômico – prevê Luiz Carlos Chiocca, presidente da Copercampos.
Diversificado e com capilaridade, o cooperativismo catarinense cresce mais do que a economia nacional. Em 2013, a receita bruta atingiu R$ 20,1 bilhões, com incremento de 14,82%. Foi o quinto ano consecutivo de crescimento, mesmo após a crise internacional de 2008. E tudo indica que continuará crescendo.
O quadro social teve uma expansão de 11,67%, alcançando mais de 1,6 milhão de pessoas. No campo e na cidade, o trabalho cooperado mostra a força e dá sinais de que continuará crescendo.
Ramos que movimentam a economia
As cooperativas dos ramos agropecuário, saúde, crédito, consumo, infraestrutura e transporte registraram o movimento econômico mais expressivo em 2013. As 54 organizações agropecuárias representam 65% do movimento econômico de todo o sistema catarinense. No conjunto, essas cooperativas mantêm um quadro social de 67.517 pessoas e um quadro funcional de 31.659 empregados. O faturamento anual do ramo agropecuário totalizou R$ 13,2 bilhões.
O ramo de saúde, com 30 cooperativas e 10.753 associados, faturou R$ 2 bilhões e 359 milhões. O ramo de crédito, formado por 67 cooperativas que reúnem 989.763 cooperados, teve movimento de cerca de R$ 2 bilhões.
O ramo de transporte, formado por 24 cooperativas, teve R$ 1,3 bilhões de movimento, beneficiando 16.739 cooperados. No ramo de infraestrutura atuam 33 cooperativas de eletrificação rural com 295.339 associados. Em 2013, esse grupo faturou R$ 449,2 milhões.
As 12 sociedades cooperativas que atuam no ramo de consumo com 230.999 associados faturaram R$ 720,9 milhões no ano passado.
Os ramos de trabalho, produção, habitacional, mineral, especial e educacional, mesmo com menor expressão econômica, são instrumentos para a promoção de renda às pessoas físicas, que organizadas na forma de cooperativas prestam serviços especializados aos mais diversos segmentos da sociedade. São 34 cooperativas formadas por 12.113 cooperados que, em 2013, geraram R$ 39,9 milhões em receitas.
O presidente da Ocesc, Marcos Zordan, conta que o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC) investiu, em 2013, R$ 12,7 milhões em ações de formação profissional, que beneficiaram 111.079 pessoas e ações de promoção social, que atenderam outras 21.307 pessoas. Os principais programas mantidos pelo Sescoop/SC foram Cooperjovem, Mulheres Cooperativistas, Ações diretas, Jovemcoop, Jovem Aprendiz, Auxílio Educação, Ações delegadas e Programa de Desenvolvimento da Gestão de Cooperativas (PDGC).

Conheça os sete princípios que norteiam o cooperativismo:
1) Adesão voluntária e livre – as cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas.

2) Gestão democrática – são organizações democráticas, controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulação das políticas e na tomada de decisões.

3) Participação econômica dos membros – as contribuições são igualitárias para o capital das cooperativas. Cada membro exerce controle sobre a organização de maneira democrática. Normalmente, parte desse capital é propriedade comum da cooperativa. Os excedentes (lucros) da organização são destinados ao desenvolvimento da cooperativa; benefícios aos membros proporcionais à contribuição de cada um e apoio a outras atividades aprovadas por todos.

4) Autonomia e independência – as cooperativas são organizações autônomas. Se firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem a autonomia e o controle democrático pelos seus membros.

5) Educação, formação e informação – promovem a educação e a formação dos participantes para que possam contribuir para o desenvolvimento da cooperativa. Elas também informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.

6) Intercooperação – para dar força ao movimento, as cooperativas precisam trabalhar juntas na mesma região, país e internacionalmente.

7) Interesse pela comunidade – trabalham para o desenvolvimento sustentável das suas comunidades.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Natura convida clientes a mudarem a maneira de consumir por meio do movimento #sounovasescolhas

 
 

Empresa promove ação com prêmios que reforçam os valores de consumo consciente da marca SOU e estreia campanha esta semana.
Natura, multinacional brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, lança o movimento #sounovasescolhas. A ação tem o objetivo de reforçar os valores sustentáveis de SOU e mudar a maneira de consumir das pessoas convidando os clientes da marca a participarem de movimento,no qual é possível ganhar um vale-brinde de produtos SOU, uma experiência ou ter acesso a vídeos exclusivos de especialistas.

Além da ação, a Natura lança a nova campanha de SOU, com uma série de três filmes curtos (15”), elaborados pela agência Peralta. As peças  transmitem os benefícios dos produtos e ainda destacam, de maneira lúdica e moderna, a nova forma de consumir, com menos acúmulo e mais prazer. Os comerciais trazem questionamentos e denominações como “prazeirificar”, “destrambolhar” e “descoisar”, por exemplo, sempre acompanhadas de cenas em stop motion que traduzem a ideia. “A linguagem de SOU pede síntese. A ideia é sempre deixar de lado os excessos e ficar com o essencial, na forma e no conteúdo, fazendo as pessoas pensarem sobre um novo estilo de consumo, com leveza e humor", afirma Denise Gallo, diretora de Criação da Peralta. O plano de mídia prevê exibição nacional em canais de TV aberta e por assinatura.

#sounovasescolhas
A Aktuellmix é responsável pela promoção, que buscou refletir a essência para criar o movimento. Para participar, é necessário adquirir um produto da marca SOU. O consumidor deve cadastrar o código que se encontra atrás da embalagem no site www.sounovasescolhas.com.br e, na mesma, já fica sabendo qual é o prêmio que recebeu. Todos que participam são contemplados de alguma maneira.

O cliente que ganhar o vale-brinde poderá presentear um amigo com um kit SOU para que ele também passe a promover o consumo consciente. O kit de produtos contém um sabonete líquido SOU cremosidade, um hidratante para pele seca e uma carta de agradecimento pela participação na promoção. A carta é impressa nas sobras das embalagens dos produtos da marca.

Já para os que receberem uma experiência, a Natura faz o convite a uma forma mais sustentável de consumo. Ao invés de dar DVDs, a empresa proporcionará assinaturas do serviço Netmovies por um ano; no lugar de mais uma bolsa no armário, o premiado ganha créditos de R$ 300,00 para a locação de bolsas; entre outras ações que visam promover a troca e o aproveitamento consciente.

“A ação vem para reforçar os valores da marca SOU mostrando que é possível conciliar o prazer individual com a vida do planeta”, explica Raquel Santos, gerente de Marketing da Natura. “SOU nasceu da oportunidade e do desejo da Natura de oferecer produtos com menor impacto ambiental evoluindo o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável”, completa.

Na promoção, ainda é possível ter acesso a vídeos inspiradores de especialistas que estão revolucionando o consumo com suas ideias inovadoras em moda, decoração, fotografia, entre outras áreas.

Acordo entre MPF e exportadores pode estimular consumo consciente de carne

 

 
A carne brasileira tem, a partir de hoje (24), um importante reforço para aumentar sua aceitação no mercado internacional. Por meio de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), estão sendo criados sistemas e práticas que tornarão mais difícil a comercialização de carne proveniente de áreas de desmatamento da Amazônia ou que tenham sido produzidas em meio a irregularidades ambientais e sociais como invasão de terras públicas e trabalho escravo.
“Empresas do exterior já haviam sinalizado que deixariam de adquirir os produtos brasileiros [provenientes de áreas desmatadas]. Este acordo é um marco para a entidade (MPF), para o setor e para o país”, disse o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, durante a assinatura do acordo. De acordo com a Abiec, as exportações de carne totalizaram US$ 6,6 bilhões em 2013 – valor que este ano deve chegar a R$ 8 bilhões.
A Abiec tem 29 entidades associadas que respondem por 95% das exportações de carne e por 73% do abate sob inspeção federal. “Tivemos [nas discussões para formatação do acordo] oportunidade de desenvolver o conceito e a visão comercial de que é possível fazer tudo sem ultrapassar os limites, tanto do governo como do setor empresarial. E vamos estimular o setor a se agregar visando à participação de todos na cadeia, facilitando [cada vez mais] a regularização dos produtores”, acrescentou.
Segundo Camardelli, a Abiec se compromete a criar centros de atendimento e informações para ajudar produtores a se regularizar e aderir aos pontos previstos no acordo. Para tanto, montará escritórios em municípios estratégicos onde sejam identificadas dificuldades para se inserirem nesse processo. “Isso será feito com a contribuição dos sindicatos e de ONGs [organizações não governamentais]”, disse ele.
desmatamento
       
O mercado interno também terá reflexos positivos, uma vez que, com o acordo, pretende-se regularizar as condições de varejo, já que os frigoríficos também estarão atentos à origem das carnes comercializadas.
Para o procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, coordenador do grupo de trabalho Amazônia Legal, é possível que, em um futuro próximo, se crie um selo para certificar as carnes provenientes de produtores que aderiram a essa prática sustentável de pecuária, e que foram produzidas sem desmatamento e sem trabalho escravo.
“A pecuária mais sustentável do Brasil está na Amazônia, segundo ONGs consultadas. Há cinco anos, falávamos que desmatamento zero era uma utopia. Hoje já estamos próximos disso. Em 2009, o país registrava 12 mil quilômetros quadrados de desmatamento por ano (km²/ano). No ao passado, o número caiu mais da metade, chegando a 5 mil km²/ano”, disse o procurador.

Programa de incentivo à reciclagem poderá ser instituído em Santo Ângelo

 

 

Buscando incentivar a prática da reciclagem, assim como colaborar com a geração de renda de comunidades carentes, o Presidente da Câmara de Vereadores de Santo Ângelo, Vinícius Makvitz (PMDB), protocolou projeto de lei que dispõe sobre a confecção de vassouras ecológicas.


Conforme ressaltou Makvitz, a iniciativa vai contar com o apoio do Executivo Municipal que, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e da Secretaria de Assistência Social, já acenou positivamente para a implantação do projeto. “A ideia é desenvolver e produzir produtos ecologicamente e socialmente corretos, diminuindo assim os impactos ambientais e fortalecendo a inclusão social e a parceria com cooperativas do município”, frisou o edil.

Da mesma forma, o projeto poderá contar com o apoio da empresa Vompar. Durante reunião com o gerente local, Carlos Ely Junior, o Chefe do Legislativo apresentou a proposta, buscando assim uma maior contribuição para a efetivação do programa. Em síntese, o projeto visa incentivar a reciclagem através da confecção de vassouras com garrafas PET, as quais poderão ser utilizadas pelo poder público e por empresas privadas interessadas em participar do programa.

“Esse tipo de vassoura já é utilizado em muitos municípios para a varrição de ruas e também por condomínios. Estima-se que a durabilidade do utensílio seja três vezes maior que a vassoura tradicional. Além disso, essa é uma maneira de colaborar com a renda de inúmeras famílias da nossa cidade”, destacou. Na Câmara de Vereadores, o projeto de lei passa pela análise das comissões parlamentares. Após a emissão de parecer das mesmas, o material deverá ser discutido e votado em plenário.

Mais de 37 mil pneus são recolhidos para reciclagem em Aracaju

 

Garantir a correta destinação de resíduos sólidos como pneus é uma ação essencial para redução dos índices de infestação de dengue. Graças à parceria entre a Saúde de Aracaju, a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e a Associação Nacional de Indústria de Pneumáticos (Anip), o Município conta com um serviço de coleta dos pneus que são encaminhados para a reciclagem. Para se ter ideia da eficácia da ação, de janeiro a julho de 2014 já foram recolhidos 37.034 pneus. O número corresponde a um aumento de 4,6% em relação ao mesmo período no ano de 2013, quando foram recolhidos 35.388 pneus.
A coordenadora do Programa de Controle da Dengue de Aracaju, Taíse Cavalcante, destaca que a coleta contribui para redução significativa de criadouros do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da doença. "Um único pneu acumulando água limpa e parada, abandonado nas ruas, em terrenos baldios ou em parques, não causa só problemas ambientais como representa riscos à saúde pública. O pneu oferece condições ideais de temperatura e sombra para que o Aedes aegypti deposite dezenas de ovos que em poucos dias se transformam em larvas e depois em mosquitos adultos", explica.
Taíse Cavalcante observa que, com a manutenção da coleta dos pneus, é cada vez mais raro os agentes de endemias encontrarem criadouros do mosquito nos locais de onde são recolhidos os pneus.
O serviço faz coleta em pontos estratégicos da capital, como borracharias, revendedoras de pneus e ferros-velhos. Eles são levados para um Ecoponto mantido pela Anip no bairro Santa Maria. Lá os pneus ficam armazenados da forma correta até serem enviados para a reciclagem.

Fim dos lixões abre caminho para investimento em reciclagem

 

 

 
No último dia 2 de agosto acabou o prazo estabelecido pela Lei 12.305 para estados e municípios acabarem com seus lixões e criarem sistemas de tratamento de resíduos sólidos. A medida legal foi aprovada em agosto de 2010 e deu quatro anos para governos estaduais e prefeituras se adaptarem às novas exigências, mas neste período muita gente não fez a lição de casa.
Um levantamento da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP) mostra que, dos 5565 municípios brasileiros, quase 2700 pouco fizeram a respeito. A boa notícia é que a falta de iniciativa das administrações públicas abre um novo universo para quem quer investir no mercado de tratamento de resíduos sólidos.

As novas exigências ambientais criadas pela Lei 12.305 estão levando muitas empresas e entidades públicas e privadas a se preocuparem com a chamada logística reversa, que é o transporte de produtos – ou de seus resíduos,  desde o ponto de consumo até o de origem, ou até sua deposição em um local seguro. Como nem todas as empresas e instituições têm uma estrutura própria para recolher esse material, pequenas empresas podem oferecer esse tipo de serviço, explica Jéssica Ferrari, analista do Centro de Sustentabilidade do Sebrae.
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“O resíduo precisa retornar para as indústrias, e muitas empresas estão entrando neste mercado, fazendo a recaptação. Como cerca de 73% dos pequenos negócios do Brasil estão no interior, eles têm uma grande capilaridade para a recuperação destes resíduos, muito mais do que as grandes empresas”, afirma Jéssica.
Recolher e refazer
A atuação na área de logística reversa pode se dar de diversas formas, desde empresas que aproveitam a matéria-prima descartada para a confecção de novos produtos até negócios especializados na coleta e tratamento de resíduos gerados por terceiros. Jéssica cita dois casos de sucesso de empresas que apostaram nesse setor, cada uma com um tipo de atuação.
A primeira é a gráfica RS de Paula, que produz cartões de PVC em uma fábrica no interior de São Paulo. A empresa começou a coletar cartões descartados e reciclar o plástico para produzir brindes corporativos como uma fonte extra de faturamento. A iniciativa deu tão certo que hoje a fabricação de produtos reciclados rende mais que os serviços gráficos. A segunda é a Centro Oeste Ambiental, que atua em Rondonópolis (MT), e está crescendo bastante no ramo de coleta de resíduos hospitalares.
Para aproveitar as oportunidades abertas pela nova lei de resíduos sólidos, no entanto, o empreendedor tem que se informar bem sobre as exigências do setor. “Antes de investir nesta área, é preciso conhecer bem a legislação de resíduos sólidos, o mercado em que vai atuar, e saber como obter os fornecedores para sua matéria-prima e para quem vai revender os produtos, processados ou não”, diz Jéssica, acrescentando que, no caso de resíduos perigosos, também é importante estar preparado para cumprir uma série de exigências de transporte e armazenagem.

Cornélio Procópio começa campanha para tornar mais eficiente coleta seletiva

 


A Sanepar e a Prefeitura de Cornélio Procópio lançaram nesta quarta-feira (13) uma campanha educativa para tornar mais eficiente a coleta seletiva de resíduos sólidos na cidade. A campanha deverá sensibilizar a comunidade para que a população faça o descarte dos resíduos de forma adequada. A meta é melhorar a qualidade do material que chega à cooperativa de catadores e prolongar a vida útil do aterro sanitário.

Mais de 2.500 alunos da rede municipal de ensino devem assistir ao espetáculo “Heróis da Reciclagem” nesta etapa da campanha, que vai até 22 de agosto. A peça de teatro de fantoches mostra a importância da separação dos resíduos e o impacto na saúde e no meio ambiente quando o descarte ocorre de forma indiscriminada. A primeira apresentação ocorreu logo após a cerimônia de lançamento da campanha, reunindo cerca de 120 alunos na Escola Municipal Deputado Nilson Ribas.

A secretária de Educação do município, Leandra De Rosis, destacou a importância do aprendizado sobre a separação dos materiais recicláveis para a geração de renda para os catadores e a preservação ambiental. Ela convocou as crianças para que levem adiante a mensagem sobre o destino correto dos resíduos. “O teatro tem uma linguagem simples e acessível para que esta preocupação chegue à comunidade pelas crianças. Elas certamente irão cobrar dos pais para que tenham hábitos adequados e não desperdicem”, afirma.

Diagnóstico realizado pela Sanepar identificou o descarte de resíduos perigosos, como lâmpadas fluorescentes, baterias e pilhas, além de lixo comum, misturados ao que poderia ser reciclado. Segundo o gerente de Resíduos Sólidos da empresa, Domingos Budel, os principais prejudicados nessa situação são os catadores da associação. Ele afirma que também há falhas no acondicionamento dos materiais. Parte da população ainda não está atenta ao cronograma de coleta e deixa nas calçadas os sacos fora do dia marcado para a coleta específica. Os sacos são alvo de cachorros ou deteriorados pela ação do tempo. “Além de prejudicar a limpeza da cidade, existe uma implicação de saúde pública e de poluição ambiental envolvendo a questão”, diz.

A CAMPANHA – Os espetáculos dos Heróis da Reciclagem serão apresentados nas escolas Padre Antonio Lock, Gino Azzolini, Professor Anibal Campi, Professora Eunice Gatti Gomes, Acyr Ivo Carazzai e Alice Correa Diniz para os alunos destas unidades e aos que estudam nas escolas próximas. Durante a primeira etapa da campanha serão nove apresentações entre os dias 13 e 22 de agosto.

Os Heróis da Reciclagem são quatro personagens que representam os principais tipos de resíduos sólidos recicláveis: garrafa, sacola plástica, papel e lata de alumínio. Um quinto personagem é o monstro do desperdício, que representa todas as atitudes erradas na separação do lixo e no consumo exagerado. O teatro convida as crianças a integrarem a turma dos Heróis e ajudar a divulgar os hábitos adequados dos 3Rs - Reduzir, Reutilizar e Reciclar - que se traduzem em consumir apenas o necessário, reduzindo o volume de resíduos gerados, reaproveitar de diferentes maneiras as embalagens e outros objetos e separar, acondicionar e destinar adequadamente os materiais que devem contribuir para a geração de renda dos catadores.

MULTIPLICADORES – Ana Júlia de Oliveira Cavelagna, 7 anos, aluna do 2.º ano do Ensino Fundamental, adorou o momento em que os Heróis da Reciclagem destroem o Mostro do Desperdício. Ela diz que na sua casa todos já sabem qual o destino correto para o lixo. A família faz a separação adequada e utiliza recipientes distintos para cada material. Ela resume dizendo que “tá tudo certinho”.

“A gente não desperdiça comida”, resume Otávio Augusto Spagolla Miller, 6 anos, aluno do 1.º ano. João Vitor Mendes Nagi, 5 anos, colega de sala de Otávio também entendeu a mensagem do teatro. “Eu gostei da garrafa (de vidro). Já sabia que não pode deixar lixo na rua”, afirma.

Além das crianças, a campanha prevê a formação de multiplicadores com agentes de endemias e agentes da saúde, além de supervisores das escolas municipais e da Universidade Estadual do Norte do Paraná. Eles irão atuar junto à comunidade. O curso terá módulos teóricos e visitas técnicas ao aterro sanitário e à associação dos catadores. As primeiras turmas do curso terão início em setembro.

A Sanepar opera o aterro sanitário e é responsável pela coleta seletiva de Cornélio Procópio desde novembro de 2012.

Curitiba busca vantagens para impulsionar economia criativa

 

 
Uma excelente posição nos rankings nacionais de desenvolvimento municipal, um forte parque de instituições de ensino regular e profissional, baixas taxas de desemprego e um polo de atração de talentos. É com essa “cesta” de indicadores e uma série de medidas para potencializá-los que a Prefeitura de Curitiba pretende trabalhar nos próximos anos para ajudar a fazer da cidade uma referência no desenvolvimento da inovação e da chamada economia criativa – segmento que engloba a produção e distribuição de bens e serviços que usam a criatividade e o capital intelectual como principais insumos.
O conjunto de indicadores que evidencia a vocação de Curitiba para a economia criativa vem sendo apresentado pela Agência Curitiba de Desenvolvimento a empresas interessadas em investir na cidade e a entidades de vários ramos empresariais. “Queremos mostrar que estamos bem, mas podemos avançar muito com investimentos em áreas promissoras e afinadas com a potencialidade e as necessidades de cada região da cidade”, afirma a presidente da Agência Curitiba, Gina Paladino.
Um dos primeiros passos dados pela Agência nesse trabalho foi a elaboração do Perfil Econômico das Regionais de Curitiba – levantamento que faz um raio-x de cada uma das nove regionais e aponta os negócios mais promissores por região. Curitiba também ganhou este ano, em abril, sua Lei Geral da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que estabelece tratamento diferenciado para o segmento: menos burocracia, mais agilidade no registro e abertura de firma, isenção de taxas e preferência nas compras públicas.
Espaço Empreendedor
Paralelamente, a Agência trabalha na implantação de espaços físicos destinados a receber empreendedores em busca de informações, orientação e capacitação. Duas unidades do Espaço Empreendedor já estão em funcionamento: uma na Rua da Cidadania da Fazendinha (que atende também o Portão) e outra na Rua da Cidadania do Pinheirinho.
A economia criativa está no centro de todo esse trabalho. “Estamos fazendo do apoio ao empreendedorismo uma política pública, e os negócios relacionados à economia criativa têm grande potencial para impulsionar o desenvolvimento de pequenos negócios”, afirma Gina Paladino.
Segundo dados de 2011 do Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Curitiba tem 22 mil profissionais nesse segmento – que envolve, entre outros, negócios como jogos de computador, arquitetura, propaganda, moda, design, audiovisual. No Índice de Criatividade, a cidade aparece no 12° lugar. “Precisamos aproveitar melhor os recursos e competências locais e reposicionar Curitiba no patamar das principais cidades inovadoras e criativas”, diz a presidente da Agência Curitiba.
Há muita coisa a favor de Curitiba nesse sentido. No período de 2005 a 2010, a cidade foi a segunda entre as com maior saldo positivo na atração de talentos – atrás apenas de Brasília –, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento define como “talentos” pessoas com alta escolaridade (no mínimo superior completo). No período da pesquisa, Curitiba alcançou saldo positivo de  12.512 talentos (diferença entre os que chegaram à cidade e os que saíram).
Entre as vantagens da cidade está o grande número de instituições de ensino. São, por exemplo, 208 estabelecimentos de ensino médio, 58 instituições de ensino médio profissional e 66 instituições de ensino superior (incluindo cinco universidades e quatro centros universitários). A média de anos de estudo na capital é próxima de 10 anos, elevada em termos de Brasil, embora ainda abaixo dos 12 anos preconizados como mínimo necessário para garantir elevada produtividade econômica de um território. Curitiba também tem a segunda maior taxa de alfabetização entre as capitais (97,87%, contra 97,91% de Florianópolis) e é a capital com o melhor índice Ideb nos anos iniciais de ensino.
“O reflexo disso é um mercado de trabalho com qualidade e salários altos, impulsionando Curitiba para segmentos econômicos de alto valor agregado”, afirma Gina.
PIB maior
A tudo isso soma-se a localização estratégica no Mercosul, com acesso privilegiado aos modais rodoviário, aéreo e marítimo; um mercado formado por 280 milhões de consumidores e um PIB de US$ 3,2 trilhões – que representa PIB per capita de R$ 32,9 mil por ano, superior ao do Paraná e ao do Brasil.
Para Gina Paladino, o estímulo à economia criativa e negócios inovadores é o caminho mais promissor para fazer crescer de forma sustentável o PIB de Curitiba, cada vez mais concentrado no setor de serviços. A participação desse setor no PIB da capital cresceu de 76,95% no ano 2000 para 80,48% em 2011, ao mesmo tempo em que a participação da indústria caía de 23% para 19,48%. “Os chamados negócios criativos estão no topo do valor agregado do segmento de serviços e por isso são hoje considerados os maiores diferenciais competitivos das metrópoles globais”, afirma.
O esforço da atual administração de Curitiba é para se alinhar a essa tendência, atendendo cada vez melhor as bases essenciais dos negócios criativos: qualidade de vida, boa infraestrutura urbana de comunicação de voz e dados  e um ambiente acolhedor para os empreendedores. “São pontos que ganharam lugar estratégico no plano de desenvolvimento da gestão municipal”, afirma Gina.


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

ONU prepara 17 metas para desenvolvimento sustentável até 2030


 


 
O texto-base dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem substituir os Objetivos do Milênio em 2015, ficou pronto no sábado, em reunião na sede da ONU, em Nova York. São 17 metas que vão desde a erradicação da pobreza e a adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo até reduzir significativamente a poluição dos oceanos em 2025. A ideia é que sirvam de referência para a cooperação internacional nas próximas décadas.
A meta 1, por exemplo, fala na erradicação da pobreza em todos os lugares - evidentemente, ninguém se opôs a uma formulação tão vaga e abrangente. A novidade é o detalhamento que se segue - implementar, até 2030, sistemas nacionais de proteção social - e o tom ambiental e social - reduzir a vulnerabilidade dos mais pobres aos eventos climáticos extremos.
A meta 8 fala da promoção do crescimento sustentável - o detalhamento diz que é preciso garantir que os 48 países mais pobres do mundo cresçam ao menos 7% ao ano e que em 2030 todos tenham "trabalho decente".
O documento foi produzido por um grupo de trabalho criado na Rio+20, a conferência de desenvolvimento da ONU de 2012. Do grupo participaram negociadores de 70 países, mas todos poderiam dar sua visão das prioridades do desenvolvimento até 2030.
Há diferenças com os Objetivos do Milênio, as metas de desenvolvimento feitas para durar da virada do milênio a 2015. Os ODM são oito, foram criados pelo secretariado da ONU e eram voltados aos países em desenvolvimento. Falam, por exemplo, em reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos ou reduzir pela metade a proporção da população com renda inferior a US$ 1,00 por dia e a proporção da população que passa fome.
"Os Objetivos do Milênio foram uma referência para várias políticas bem sucedidas na área social. A partir deles começou a se pensar desenvolvimento e redução da pobreza", diz um negociador brasileiro. "Os ODS pressupõem um novo salto no desenvolvimento, agregam as dimensões econômica, social e ambiental. Incorporam a sustentabilidade", prossegue. "São metas para o mundo todo, e não apenas um dever de casa para os países pobres."
No texto fechado agora, as metas de 1 a 5 já existiam nos Objetivos do Milênio. O bloco vem sendo chamado como "tarefa incompleta". Engloba erradicação da pobreza; acabar com a fome, garantir a segurança alimentar e promover a agricultura sustentável; garantir saúde, educação e igualdade de gêneros. A meta 6 é a da água - e diz, por exemplo, que por volta de 2030 é preciso ter conseguido implementar sistemas de gestão integrada dos recursos hídricos, "incluindo a cooperação transfronteiriça, quando apropriado."
O item 7, da energia, fala em dobrar a taxa de melhora da eficiência energética. Menciona, vagamente, ter mais cooperação para "tecnologias mais modernas e limpas de combustíveis fósseis". Há metas para combater a mudança do clima, proteger a biodiversidade marinha e terrestre. O objetivo 16 fala em promover sociedades inclusivas e pacíficas, reduzindo o tráfico ilegal de armas.
Os pontos de maior conflito e que ficaram mais genéricos são os de sempre - financiamento para os países mais pobres e transferência de tecnologia. O texto será entregue à Assembleia Geral da ONU em setembro. A expectativa é que abra-se então um processo de negociação e que os novos objetivos sejam definidos até 2015.
Os ODS são o coração de um processo maior de negociação, a chamada Agenda Pós-2015, e que inclui o debate de como financiar o desenvolvimento mundial no futuro. Há a percepção, entre os países ricos, que o dinheiro público não é suficiente para o tamanho dessa agenda. Querem incluir outros parceiros, como as economias emergentes e o setor priva

Reunião da Rio+20 em Bogotá analisará desenvolvimento sustentável

 

 
Os diálogos de acompanhamento da cúpula da ONU Rio+20, que serão celebrados na próxima semana, em Bogotá, estarão concentrados no desenvolvimento de cidades, meios de transporte e modelos de turismo sustentáveis, informaram os organizadores em nota de imprensa.
Mais de 4.000 pessoas são aguardadas no encontro, que se estenderá de domingo (10) a terça-feira (12) e ao qual assistirão dezenas de especialistas internacionais e mais de 150 delegados de governos.
Organizados após a cúpula Rio+20, celebrada em junho de 2012, no Rio de Janeiro, 20 anos depois da histórica Cúpula da Terra, em 1992, os diálogos buscam dar seguimento aos acordos fechados nesta reunião mundial, organizada pelas Nações Unidas.
Os prefeitos de Quito (Equador), Mauricio Rodas; de Santa Mônica (Califórnia, EUA), Sara Castro; e de Sucre (Bolívia), Moisés Torres, estão entre os convidados que "compartilharão a experiência de suas cidades em matéria de sustentabilidade".
Além disso, assistirão o próprio prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o coordenador residente da ONU na Colômbia, Fabrizio Hochschild.
A capital colombiana, como anfitriã, apresentará seus "projetos em transporte sustentável, tais como o piloto de táxis elétricos, a frota de ônibus híbridos (...), sistemas de metrô pesado, trem leve e teleférico, que funcionarão com alimentação elétrica", entre outros.
"Bogotá foi escolhida pelas Nações Unidas por seu compromisso com a sustentabilidade, através de seu Plano de Desenvolvimento Distrital: Bogotá Humana 2012-2016, no qual são contempladas políticas públicas para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, modernização do transporte público através de novos modais e tecnologias limpas, além de planos e projetos para fomentar o turismo sustentável", explicou Petro.

Seminário debate economia solidária e desenvolvimento sustentável para as comunidades indígenas -RR


 
 
O Conselho Indígena de Roraima (CIR) realiza de 29 de julho até o dia 31 o seminário sobre Economia Solidária e Desenvolvimento Sustentável, reunindo lideranças indígenas de diversas regiões do estado, técnicos agrícolas indígenas e gestores públicos. A atividade será realizada na Casa de Cura, localizada na BR174 (próximo ao Distrito Industrial), em Boa Vista/RR.

Promover uma discussão e reflexão das lideranças indígenas sobre políticas públicas e as alternativas de economia solidária, fortalecendo a união, o aumento na produção e comercialização de produtos, a segurança alimentar e a geração de renda nas comunidades indígenas, esse é o foco do seminário.

Para a ocasião, foram convidadas as instituições públicas Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA), Companhia Nacional de Abastecimento(CONAB), Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento(SEAPA), Universidade Federal de Roraima(UFRR), Instituto Federal de Roraima(IFRR) e Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia(INPA) . Além da presença das organizações indígenas, estudantes indígenas do curso de Gestão Territorial Indígena (GTA), Centro Indígena de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol (CIFCRSS) e os centros de produção Tamanduá e Jacamim.

De acordo com a programação, amanhã, às 9h, com a presença dos gestores públicos, o evento inicia o debate abordando a temática sobre “políticas públicas de economia solidária”, a partir de três pontos específicos: Programas de Agricultura Familiar (PRONAF), Aquisição de Alimentos (PAA), Alimentação Escolar (PNAE) e Ensino Técnico (PRONATEC). À tarde, o evento segue com a temática sobre “participação indígena nas políticas públicas de economia solidária”. Para essa temática, o evento conta a presença das organizações indígenas Associação dos Povos Indígenas da Terra Indígena São Marcos (APITSM), Associação dos Povos Indígenas de Roraima (APIRR), Conselho do Povo Indígena Ingaricó(COPING) e Centro Indígena de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol(CIFCRSS).

No dia seguinte, 30, os participantes discutem o tema “alternativas de desenvolvimento sustentável – Associações e Cooperativas Indígenas, Produção Tradicional, Agroecologia, Formação e Inserção Profissional de Técnicos Indígenas”. A abordagem será feita com a participação de técnicos da Funai, Instituto Insikiran(UFRR), Instituo Federal de Roraima(IFRR) e Instituo Nacional de Pesquisa da Amazônia(INPA). O dia segue, à tarde, com o tema sobre “participação indígena nos programas de desenvolvimento sustentável”, nesse tema, a presença de estudantes indígenas do curso de Gestão Territorial Indígena (GTI/UFRR), do Centro Indígena de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol(CIFRSS) e dos centros de produção Tamanduá e Jacamim.

O último dia, 31, estará reservado para a discussão em grupo, elaboração, planejamento e estratégias a serem implementadas de acordo com o tema abordado.

O seminário é uma atividade do projeto de Desenvolvimento Sustentável dos Povos Indígenas de Roraima, executado pelo CIR desde o mês de abril, com o objetivo de discutir diretamente com as lideranças indígenas as demandas de produção existente nas comunidades, bem como os meios alternativos de comercialização e valorização dos produtos.

Apesar da discussão sobre economia solidária e desenvolvimento sustentável ser recente, principalmente, pós demarcação e homologação de terras indígenas, mas as experiências sobre o assunto entre os povos indígenas de Roraima vem de décadas, através da implantação do Projeto de Gado e das Cantinas Comunitária nas comunidades indígenas com o apoio da Diocese de Roraima e diversos parceiros.

A partir do ano 1996 teve início à estruturação do Centro Indígena de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol, localizada na comunidade indígena Barro, região do Surumu, Terra Indígena Raposa Serra do Sol, com a missão de promover a formação de jovens indígenas nas áreas de agropecuária e gestão ambiental, o desenvolvimento de atividade produtivas sustentáveis nas comunidades, e a ampliação das parcerias com entidades indigenistas e órgãos de apoio ao desenvolvimento sustentável.

Essa iniciativa está na proposta do Conselho Indígena de Roraima de estruturar os Centros Regionais de Produção Indígena, previsto no planejamento estratégico no triênio, 2013 a 2105, que busca seguir os princípios da economia solidária e do desenvolvimento sustentável, de forma que fortaleça as práticas tradicionais de produção e as especificidades da cultura indígena.

A atividade promovida pelo CIR, conta com o apoio das entidades parceiras da organização Secours Catholique Caritas France, Embaixada da Noruega e das instituições Fundação Nacional do Índio (Funai) e Universidade Federal de Roraima(UFRR).

Economia solidária: artesãos levam exposição a shopping


 

 

Os artesãos maceioenses que fazem parte do projeto Economia Solidária, da Secretaria do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária de Maceió (Semtabes), já podem se organizar para mais uma exposição no Shopping Parque Maceió. A conquista foi fruto de uma reunião entre a secretária Solange Jurema, a diretora de Economia Solidária da Semtabes, Michelli Larissa Nascimento, e o superintendente do shopping, Wilton Oliveira, realizada nessa segunda-feira (14).
De acordo com Michelli, o objetivo é fechar esta mesma parceria com outros shoppings e lugares de circulação de turistas para divulgar a produção do artesanato local e apoiar os artesãos no momento final do ciclo, que é a comercialização de seus produtos.
“Esta exposição no Shopping Parque Maceió já aconteceu outras vezes no ano passado e deu um bom resultado, então começamos por este shopping que, nesta primeira reunião, já fechou a parceria cedendo o espaço para exposição. Agora vamos nos articular com outros shoppings, aeroporto e rodoviária para fortalecer ainda mais a economia solidária em Maceió”, explicou a diretora. O período da exposição também já foi fechado. Os artesão ficarão de setembro deste ano até fevereiro de 2015, gratuitamente, expondo seus produtos no local.
“Já tive experiências muito boas com ações que valorizam o artesanato local e esta é mais uma oportunidade de dar visibilidade a isso. Os expositores, por sua vez, poderão criar peças voltadas para as datas especiais e ainda articular apresentações culturais para movimentar o local e atingir seu objetivo que é vender bem e divulgar seu trabalho”, destacou Wilton Oliveira, superintendente do Parque Shopping Maceió.
Entre as peças produzidas na Economia Solidária estão roupas, acessórios e produtos de cama, mesa e banho, em filé ou outros bordados, pinturas e luminárias. Serão beneficiados empreendimentos de Economia Solidária de Maceió dos mercados públicos do Artesanato e de Jaraguá, do Pontal da Barra e do Litoral Norte.
Para a secretária Solange Jurema, a ideia é valorizar a produção genuinamente artesanal e fomentar a Economia Solidária de Maceió. “O próximo passo é articular o apoio da Secretaria do Turismo e da Fundação de Ação Cultural para fortalecer, ainda mais, esta ação. Nossa intenção é fechar sempre novas parcerias para darmos a visibilidade ao trabalho dos artesãos da Economia Solidária”, disse.
Na última exposição, os artesãos garantiram 50% de aumento nas vendas e comercializaram 60% dos produtos expostos

UNISOL participa da 4° Academia sobre a Economia Social e Solidária, da Organização Internacional do Trabalho (OIT)


 
Entre os dias 28 de julho e 01 de agosto aconteceu, no campus da Faculdade de Campinas (FACAMP) em Campinas, São Paulo, o Encontro “Academia sobre a Economia Social e Solidária”. A quarta edição do evento teve a presença de Arildo Mota Lopes, presidente da UNISOL (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários), e contou com mais de 70 participantes de vários países do mundo.

Na ocasião estiveram representantes de diversas instituições: da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES), do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil (MTE), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social do Brasil (BNDES), do Instituto de Investigação das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD), da Confederação Sindical das Américas (CSA), entre vários outros.

Arildo Mota integrou a oficina “Manutenção e criação de emprego mediante cooperativas de trabalhadores: casos do Brasil, Argentina e Québec (Canadá)”, ao lado de Aloraldo Nascimento, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Nathalie Guy, da Confederação dos Sindicatos Nacionais do Canadá (CSN), Claude Dorion, do Développement Solidaire International (DSI) e Hugo Villar, da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), tendo como moderador Pierre Laliberté, economista do escritório de atividades para os trabalhadores da OIT.

Reunidos em função do objetivo de promover um desenvolvimento inclusivo e sustentável, durante cinco dias, o público pode acompanhar palestras, visitas de estudos, mesa-redonda, painel e oficinas com especialistas e decisores políticos nacionais e internacionais das áreas de Economia Solidária, Trabalho, Sustentabilidade, Relações Internacionais, Relações Sindicais, entre outras. Os encontros da “Academia” apresentam ferramentas teóricas e práticas para viabilizar os empreendimentos de Economia Solidária nos cinco continentes.

Durante o ano de 2014, a “Academia” tem focado em destacar o valor gerado pelas Organizações de Economia Social e Solidária (OESS) em relação à inclusão e sustentabilidade, assim como o seu impacto na agenda de desenvolvimento pós-2015. O desafio da OIT é ampliar o conhecimento popular sobre o conceito de Economia Social e Solidária (ESS) e de que forma ele contribui para o estágio atual e futuro das relações econômicas e ambientais.

Os participantes tiveram uma melhor compreensão, por meio das variadas exposições de ideias e casos práticos, das situações onde a ESS tem sucesso na criação e preservação de empregos, na proteção social, no arcabouço político e legal, no diálogo social, nos chamados ‘empregos verdes’, na economia informal e no desenvolvimento econômico local. E ainda, de estratégias e ferramentas sociais e solidárias de todo o mundo, principalmente aquelas que foram resultados da Cooperação Sul-Sul e Triangular (produzida por um país e seus parceiros bilaterais, num terceiro país).

Os participantes de diversos continentes proporcionaram para a Academia reflexões sobre a Economia Social e Solidária, a partir de visões e experiências distintas, reforçando o surgimento de uma outra economia que está se consolidando como alternativa à tradicional, pautada no capitalismo financeiro e no profundo desequilíbrio entre as classes sociais, gerando exclusão social e consequentemente, pobreza.

Durante o período do evento, a Academia visitou três Empreendimentos Sociais filiados a UNISOL : Metalcoop, uma fábrica recuperada de componentes metalúrgicos em Salto (SP); Reciclamp, uma Central de Vendas Solidárias de produtos reciclados e a Associação Cornelia Vlieg, do segmento de Cooperativismo Social, ambas em Campinas (SP).

As atividades da ‘Academia’ são viabilizadas pelo Escritório da OIT para as Atividades dos Trabalhadores (ACTRAV) e pelo Centro Internacional de Formação (CIF-OIT), além de contar com uma sólida rede de parceiros.

A Economia Social Solidária (ESS)

Promotora de valores e princípios alinhados com as necessidades individuais e coletivas, a ESS tem crescido em todo o mundo porque se baseia em colaboração e autossuficiência, através de empresas e organizações, equilibrando justiça social e desempenho econômico.

Instituto reconhece investimentos na economia verde

No relatório é feita uma avaliação inicial de um esquema de Estado pioneiro e inclusivo de pagamentos aos pequenos produtores pela provisão de serviços ambientais baseados na floresta: o programa ProExtrativismo, desenvolvimento pelo Instituto Estadual de Florestas(IEf).
Economia verde
O conceito "Economia Verde" emergiu após o colapso do mercado financeiro global em 2008, quando os países do G20 começaram a introduzir "pacotes de estímulos verdes" para impulsionar o crescimento através do investimento verde.
O Governo do Amapá aderiu à ideia de economia verde como forma de ajustar incentivos econômicos para alcançar o desenvolvimento sustentável. O senador João Capiberibe foi o primeiro governador a anunciar e implementar políticas de desenvolvimento sustentável em nível estadual na Amazônia brasileira, através do PDSA (Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá), de 1992. Esse programa viria influenciar outros programas de desenvolvimento sustentável em nível estadual na Região Amazônica.
Quase vinte anos depois, o Governo do Amapá retomou os investimentos nessa frente, agora criando o que poderia ser descrito como a quarta política de desenvolvimento sustentável estadual na Amazônia brasileira, e a primeira formulada após o conceito de economia verde entrar no debate político em 2008.
A política de economia verde do Amapá tem como objetivo atrair os tipos e volumes de investimento que irão desencadear uma melhor utilização dos ativos e conhecimentos ambientais, juntos formando um novo 'motor' verde de crescimento econômico no Estado.
O artigo publicado pelo IIED reflete sobre os progressos iniciais e próximos passos possíveis para ações setoriais e intersetoriais no contexto do Estado do Amapá.
Para o IIED, é fundamental dar espaço aos países em desenvolvimento e às partes menos poderosas para que se possa trocar informação e opiniões de maneira crível, bem como para adaptar a economia verde às pessoas e às empresas locais. O Instituto Internacional realizou diálogos entre múltiplas partes para elaboração das vias de economia verde, reuniões com representantes do governador do Amapá , estudos técnicos sobre as oportunidades e barreiras para a economia verde no Amapá.
ProExtrativismo
O ProExtrativismo é uma das principais frentes de trabalho na implementação dessa economia verde e é exposto na publicação como exemplo de fomento da agricultura familiar e do desenvolvimento sustentável.
Consiste no incentivo das cadeias produtivas do açaí, castanha-do-brasil, madeira e cipó-titica com iniciativas de apoio ao manejo e comercialização desses produtos, originários da sociobiodiversidade amapaense. Desde 2012, ano de lançamento do programa, cerca de mil famílias já foram cadastradas para receber os benefícios.
Outras ações
Em março de 2012, o IIED e o Governo do Amapá organizaram o seminário "Base para uma economia verde no Estado do Amapá". Antes do evento, o Instituto produziu um análise do contexto político e econômico do Estado. Todo esse material está disponível no documento publicado.
Autores
A publicação do IIED é assinada por Ana Euler, pesquisadora e diretora- presidente do IEF; Virgílio Viana, que é presidente executivo da Fundação Amazonas Sustentável e pesquisador colaborador do IIED; Cecilia Viana, consultora e doutoranda do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília; Maryanne Grieg-Gran, pesquisadora principal de economia do IIED; e Steve Bass, líder do Grupo de Mercados Sustentáveis do IIED.
IIED
O International Institute for Environment and Development é uma das organizações de pesquisa de política mais influente do mundo que trabalham na interface entre desenvolvimento e meio ambiente.
O documento "Economia Verde no Estado do Amapá, Brasil - Avanços e perspectivas" está disponível para download no site do IEF