sábado, 3 de agosto de 2013

Estado do Pará tem melhor projeto de empreendedorismo social do Brasil

 

 


SÃO PAULO - O prêmio de melhor projeto foi para os alunos do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), que aprimorou um achocolatado feito de forma caseira por mulheres do nordeste do Estado. Com apoio de empresas como Unilever, Walmart, Nufarm, Cargill e Cosan, a Enactus Brasil realizou nesta quinta-feira (4), a final do Campeonato Nacional, que ofereceu aos estudantes a oportunidade de apresentar trabalhos a uma banca de mais de 60 líderes empresariais.
Capacitando moradoras das comunidades ribeirinhas Bom Jardim e Tracuateua, em Barcarena, o projeto do Cesupa desenvolveu uma tecnologia de produção que aperfeiçoou o achocolatado para mercados mais exigentes. Como resultado, mais de 70 pessoas foram beneficiadas por meio de um produto orgânico, livre de lactose e focado em mercados dispostos a pagar valores maiores.
O resultado do projeto, liderado pela estudante Juliana Marques, foi o empoderamento das mulheres dessas comunidades, gerando um aumento de 2500% no preço de venda do produto, além do Prêmio Samuel Benchimol e Banco da Amazônia na categoria “Empreendedorismo Consciente”, contribuindo com 30 mil reais. E, claro, o prêmio do Campeonato Nacional Enactus Brasil 2013.

Escolas de cooperativas e de instituições filantrópicas podem ser incluídas no Prouni


 

 

Está pronto para ser votado pelo Plenário do Senado projeto que assegura o benefício de bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (Prouni) para estudantes que tenham cursado o ensino médio em cooperativas educacionais.
De autoria da ex-senadora Marisa Serrano, o PLS  250/2009 foi relatado pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), que considerou a proposta meritória já que as escolas mantidas por cooperativas não têm apoio estatal e não possuem fins lucrativos. Para o relator, o projeto incentiva o cooperativismo e, ao mesmo tempo, mantém a vertente social do Prouni.
A matéria foi aprovada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) com uma emenda, do ex-senador Demóstenes Torres, que inclui as instituições educacionais filantrópicas e as escolas conveniadas com o poder público no rol das escolas que têm estudantes legitimados a concorrer a bolsas do Prouni.
Inicialmente, o projeto poderia seguir da comissão direto para a Câmara dos Deputados, mas foi apresentado recurso para que seja apreciado pelo Plenário do Senado. A matéria não recebeu mais emendas e pode ser incluída na Ordem do Dia a qualquer momento.

Sicoob SC/RS participa de Workshop do Sebrae


 
Dirigentes e funcionários do Sicoob Central SC/RS participaram nos dias 25 e 26 de julho, na nova sede do Sebrae, no Parque Tecnológico Alfa, bairro João Paulo, em Florianópolis, do 2º Workshop Catarinense de Boas Práticas em Cooperativas de Crédito para MPE – Micro e Pequenas Empresas. A presidente do Sicoob Transcredi, de Concórdia, Ana Balsan, falou sobre a trajetória de sucesso da cooperativa.


O objetivo do workshop foi o de apresentar o projeto que o Sebrae/SC – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – vem organizando em conjunto com o Sicoob, Cecred e Sicredi, para disseminar as boas práticas no cooperativismo de crédito.


O projeto possui várias ações, como visitas técnicas às cooperativas, continuidade do Fórum Permanente Estadual e um Fórum Catarinense de Melhores Práticas em Cooperativismo de Crédito para MPEs, seminários regionais de crédito, balcão financeiro, treinamento e consultorias.


Do sistema Sicoob, também apresentaram boas práticas as cooperativas Sicoob Crediriodoce e Sicoob Saromcredi, de Minas Gerais, e Sicoob Toledo e Central do Paraná.


O presidente do Sicoob Central SC/RS, Rui Schneider da Silva, que também representou a Organização das Cooperativas de Santa Catarina (Ocesc), destacou as conquistas e os desafios das cooperativas, que “precisam avançar, investir continuamente em novas tecnologias, aprimorara a gestão, mas sem perder a essência e os princípios que norteiam as suas atividades”.


O Brasil possui atualmente 1.312 cooperativas de crédito com 6 milhões de associados, 56.178 funcionários, 4.825 pontos de atendimento e dois bancos (Bancoob e Bansicredi). Quando analisados em conjunto, as cooperativas de crédito possuem a segunda maior rede de atendimento do país.


Segundo Carlos Armando Carreirão, analista Técnico do Sebrae/SC, em Santa Catarina, 40% dos postos bancários são de cooperativas de crédito – “o maior índice do país”. Destacou também que das 40 cooperativas singulares envolvidas no projeto de Boas Práticas em Cooperativas de Crédito para Micro e Pequenas Empresas, 24 são do sistema Sicoob. Para ele, “as parcerias entre Sebrae e cooperativas de crédito são um novo caminho que pode dar um novo impulso às cooperativas e proporcionar diminuição de custos e crédito mais barato para investimentos por parte das micro e pequenas empresas”.


Prestigiaram o 2º Workshop Catarinense de Boas Práticas em Cooperativas de Crédito para Micro e Pequenas Empresas o assessor sênior da Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações de Crédito (Diorf) do Banco Central do Brasil, Lúcio Cesar de Faria, e também o diretor Técnico do Sebrae nacional, Carlos Alberto dos Santos. Também falaram no Workshop o analista Técnico do Sebrae/SC, Carlos Armando Carreirão e o presidente da Associação Brasileira de Software, Gerson Schmitt, que falou sobre o Balcão Financeiro para Micro e Pequenas Empresas.

Cooperativas de transporte do Paraná se preparam para obter certificações de qualidade


 
Profissionais de cooperativas paranaenses do ramo transporte iniciaram, na manhã desta quarta-feira (31/07), a etapa final de um curso de reciclagem que visa prepara-los para a implantação do Programa Gestão da Qualidade, cujo objetivo é a obtenção de certificações de qualidade, como o ISO 9000, ISO 14000 e SASSMAQ (Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade). É um trabalho iniciado há dois anos por iniciativa do próprio ramo e que conta com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR).


Em prática - Representantes de cinco cooperativas (Rodocoop, Coopercaf, Cooperleste, Cotrelena e Coptrans) estão participando da reciclagem que acontece na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. Eles estão sendo orientados pelos consultores do Senai, Tais Katzwinkel e Marcos Pupo Thiesen. A capacitação, que prossegue até sexta-feira (02/08), foi aberta pelo coordenador de Desenvolvimento Cooperativo do Sescoop/PR, João Gogola Neto. “Este é o terceiro e último módulo desse curso. A partir daí, o objetivo é colocar efetivamente em prática o programa de Gestão da Qualidade”, afirmou. Ainda de acordo com ele, a meta até dezembro de 2013 é chegar a pelo menos mais duas cooperativas aptas às certificações de qualidade e as demais em 2014.


Diferencial - Atualmente há no Estado duas cooperativas do ramo transporte certificadas com o ISO 9000 e uma com o SASSMAQ. Segundo Gogola, a obtenção das certificações é importante por propiciar um diferencial ao setor, que poderá negociar preços melhores para o frete. No Paraná, o ramo transporte é composto por 26 cooperativas registradas no Sistema Ocepar, das quais 24 atuam com transporte de cargas, uma com transporte náutico e uma com transporte de passageiros. O segmento contempla 1.900 cooperados, 210 funcionários e cresceu 12% em 2012, chegando a R$ 237,6 milhões em movimentação econômica.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Escolas estaduais terão aulas sobre consumo consciente

 

 


 

Os mais de quatro milhões de alunos da rede estadual de ensino vão aprender na sala de aula noções de consumo consciente. O governador Geraldo Alckmin assinou nesta segunda-feira, 29, convênio do projeto Saber Consumir, uma parceria entre as secretarias da Educação, Justiça e Defesa da Cidadania e o Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).


"A escola é importante no sentido de educar para o consumo. Para as pessoas terem saúde, para poder ter educação, convivência em sociedade e se autodisciplinarem”, disse Alckmin durante seu discurso.

As cinco mil escolas estaduais terão educadores capacitados por técnicos do Procon-SP. Para isso, as 91 diretorias regionais de ensino receberão um kit com 10 vídeos interativos sobre os mais variados temas, como vida financeira, alimentos, saúde e segurança, além do Código de Defesa do Consumidor.

O governador lembrou que geralmente o consumidor é a parte mais frágil na relação comercial, pois não tem o mesmo nível de informação de produtos e serviços que o fornecedor.

“Vai ser uma grande contribuição para os professores, funcionários e especialmente para os alunos, esse trabalho conjunto, além de levar os direitos, isto é positivo até para os fornecedores”, finalizou Alckmin.

A importância do consumo consciente

 

 

Quando o assunto é consumo consciente, o que você pensa? Sustentabilidade ou comprar com limites? Produtos orgânicos ou reciclagem? Apesar do assunto não ser discutido com muita frequência, é de extrema importância para todas nós. Acredite, o Brasil e o mundo precisa mais deste tipo de consumidores.
Faça uma rápida reflexão. Quando você vai ao shopping, fica perdida em meio as ofertas e ao desejo de comprar algo, muitas vezes sem necessidade. Quem nunca entrou numa loja para procurar algo para comprar? Ou então quando vai ao supermercado para comprar só um produto, acaba saindo com uma cesta com mais de 10 itens. Já passou por alguma situação semelhante? Pois então repense e mude de atitude. Saiba como:
Consumidora consciente
A ideia de sustentabilidade atinge grande parte da população, porém ainda falta entendimento e divulgação por parte das empresas. É importante que nós, como compradoras, nos preocupemos com a origem daquele produto e também com o seu valor e impacto na sociedade. Pense nas garrafas PET, por exemplo!
Então de que adianta comprar aquele móvel baratinho, sem saber a origem da madeira? É de reflorestamento? Qual é a durabilidade média do produto? Nem sempre o preço mais barato é vantajoso. Afinal você já deve ter ouvido aquele ditado: o barato sai caro. Comprar produtos sustentáveis é um investimento de longo prazo na capacidade da sociedade de continuar a produzir móveis de madeira, por exemplo.
São pequenas mudanças
Mesmo que fizer pouco, já é um passo para a sociedade e o meio ambiente. Ensine seus filhos a reciclar o lixo, economize água e energia e incentive o uso marcas sustentáveis. No Brasil, há pouca reciclagem – um terço do lixo que produzimos.
O caminho mais curto (e inteligente) é parar de fazer lixo. Precisa fazer comida em excesso para a família? Pense numa maneira para evitar desperdício e diminuir o lixo que vocês produzem. Acredite, isso é possível e faz um bem tremendo para a natureza. Alguns supermercados já contam até com programas de reciclagem de lixo na boca do caixa: você deixa as embalagens que não precisa direto com a caixa e eles se encarregam da reciclagem. Bacana, né?
Moderação nas compras
A ansiedade em ter tudo da moda, mesmo com o armário abarrotado de roupas é um sinal claro de perda de controle. Você precisa mesmo disso? Pense com calma, reflita na questão e mude! Doe e se desfaça do que não usa. Quando for comprar, faça um planejamento prévio e tente pagar tudo a vista. Isso não diminui seu poder de compra, mas sim o de conseguir barganhar um desconto.
Comprar sustentável não é só escolher produtos orgânicos e certificados. É também ter uma postura sustentável consigo mesma, para não esgotar os seus recursos (dindin!) com produtos que não vão te trazer a mesma satisfação no longo prazo e que só geram desperdício.
Se sentir muita dificuldade na mudança, é hora de lembrar dos seus valores. Resgate a sua essência e tudo que traz felicidade para a sua vida. Se as compras ocuparem um espaço, procure a motivação que está escondendo de si mesma. Tente resolver sozinha e, caso seja necessário, procure ajuda especializada. Procure viver com menos coisas e, mesmo assim, ser feliz.

Estudo revela impressões de executivos sobre consumo consciente


 

 

Um levantamento realizado pela DOM Strategy Partners, entre fevereiro e maio de 2013, mostrou as opiniões dos executivos acerca do consumo consciente.
Para a realização do estudo “Sustentabilidade Corporativa”, a empresa utilizou o seguinte mote: "O consumidor brasileiro está mais consciente? Se sim, como se relacionar com ele, transmitindo conceitos ligados à Sustentabilidade?".
A pesquisa ouviu Diretores, Gerentes de Comunicação, Marketing, Cliente, Comercial e Sustentabilidade de mais de 300 varejistas e indústrias, entre os 500 “Tops” com atuação no Brasil, influentes em cinco grupos de setores econômicos. A metodologia incluiu entrevistas diretas, questionários online e media-tracking.
Cinco primeiros do ranking
Perguntados se “Percebem que o consumidor está mais consciente”, 84% dos representantes dos Bancos responderam que “Sim”. Em segundo lugar aparece a Indústria Farmacêutica (83%), seguida pelas Universidades (79%), Super/Hipermercados (78%) e Companhias Aéreas (77%).
Quanto ao “Critério/Atributo que aponta como impulsionador principal da mudança/evolução do consumidor”, o resultado foi: Competição com concorrentes (Bancos), Influência de especialistas ou outros consumidores - redes e comunidades (Indústria Farmacêutica e Universidades), Preço/Condições Comerciais (Super/Hipermercados e Companhias Aéreas).
A “Principal bandeira de Sustentabilidade adotada para o público consumidor” é: Crédito Consciente (Bancos), Cuidado com a vida/ inovação da medicina (Indústria Farmacêutica), Empregabilidade /evolução individual (Universidades), Consumo Consciente/Comparação (Super/Hipermercados), Operação Sustentável (Companhias Aéreas).
“É interessante conhecer a visão de quem está dentro das empresas desenvolvendo e aplicando as políticas de relacionamento com o consumidor para, em um segundo momento, verificarmos se os resultados vão ao encontro da percepção do público. Falar de consumo consciente ainda é um desafio para as marcas, portanto, quanto mais pudermos compreender esse tema, mais elementos iremos transmitir para que a comunicação com os clientes seja mais efetiva, afirma Roberto Meir.
Outros resultados
A pesquisa “Sustentabilidade Corporativa” também questionou cada executivo se a empresa “Mudou a forma de comunicar (Propaganda e Marketing)”. O destaque ficou com Bancos (91%), Alimentos e Bebidas (84%) e Super/Hipermercados (81%).
Outra questão foi se “Mudou a forma de servir/atender”. Mais uma vez a maior parte das respostas “Sim” veio dos Bancos (88%), Super/Hipermercados (79%) e Hotelaria (78%).
E o “Peso estimado ‘Real’ da Sustentabilidade na hora da compra”? De novo surgem os Bancos no topo (52%), seguidos da Indústria da Beleza e Cosméticos (45%), Indústria da Moda e Têxtil (43%) e Seguros e Previdência (43%).
O estudo foi realizado pela DOM Strategy Partners a pedido da Revista Consumidor Moderno.

Edital seleciona projetos de desenvolvimento sustentável

 
Propostas selecionadas receberão até R$ 150 mil em recursos

O Sebrae lançou processo seletivo de patrocínio de projetos que estimulem a competitividade, o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios e a difusão do conhecimento, com ênfase no empreendedorismo. Interessados podem se inscrever até o dia 29 de agosto pelo Portal Sebrae, no endereço eletrônico  www.sebrae.com.br.

As propostas selecionadas receberão em 2014 recursos no valor de até R$ 150 mil cada. É permitida a inscrição de apenas um projeto por empresa, que deverá ser realizado entre 1° de fevereiro e 31 de dezembro de 2014. Este é o quarto ano em que o Sebrae realiza chamada pública de patrocínio. Em 2012, 48 projetos foram selecionados entre 400 inscritos para serem patrocinados em 2013.

Os projetos devem ter sintonia com a missão do Sebrae de promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios e fomentar o empreendedorismo para fortalecer a economia nacional. A entidade apoia e desenvolve projetos que disseminam informação, produzem e difundem conhecimento, criam oportunidades para os segmentos produtivos de pequeno porte e contribuem para tornar os pequenos negócios mais bem preparados para atuar no mundo globalizado.

Para melhor compreensão da atuação do Sebrae, recomenda-se a leitura da Política de Patrocínio e da Instrução Normativa 40/06, disponíveis no Portal Sebrae, antes do início do cadastramento do projeto. Os termos do edital e o formulário on line de solicitação de patrocínio também estão no site.

Conferência em Nova Frigurgo discute desenvolvimento sustentável


 


Terminou nesta terça-feira, em Nova Frigurgo, a 1ª Conferência Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidária, que teve como objetivo discutir desenvolvimento rural sustentável da cidade da região serrana Fluminense.
A Conferência, promovida pela prefeitura local através da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural, e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, reuniu autoridades, representantes de comunidades, agricultores familiares e produtores rurais do município.
A abertura oficial da conferência contou com a presença do prefeito Rogério Cabral, do superintendente federal de Agricultura no Estado do Rio de Janeiro, Bernardo Ariston, dos vereadores Alcir Fonseca e Francisco de Barros, e do subsecretário municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Isaías Martins.
Em discurso, Rogério Cabral salientou que o município se destaca no estado do Rio de Janeiro na produção de flores de corte, couve-flor e morango, mas que a agricultura familiar de Nova Friburgo, como um todo, é motivo de orgulho.
O prefeito aproveitou, ainda, para ressaltar a importância da agricultura para o município e parabenizou a organização do associativismo entre os produtores rurais de Nova Friburgo. Ao todo, a cidade conta com 33 associações de produtores, instituídas conforme o segmento de produção.
Dando início aos trabalhos da conferência, os participantes foram divididos em grupos para tratar de quatro eixos gerais: “Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental do Brasil Rural e Fortalecimento da Agricultura Familiar em Agroecologia”, “Reforma Agrária e Democratização do Acesso a Terra”, “Abordagem Territorial como Estratégia de Desenvolvimento Rural e Promoção da Qualidade de Vida” e “Gestão e Participação Social”. Além dos eixos gerais, foram abordados os eixos transversais “Autonomia das Mulheres Rurais”, “Autonomia e Emancipação da Juventude Rural” e “Promoção do Etnodesenvolvimento”.
Após a apresentação dos relatórios propostos pelos grupos de trabalho e a aprovação do documento final da Conferência, foi feita a escolha dos delegados para participarem da Conferência Intermunicipal Serrana, a ser realizada no próximo dia 6, na CEFFA Rei Alberto I, em Salinas.
Também participaram da 1ª Conferência Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidária: José Carlos Siqueira (secretário municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural), Renato Linhares de Assis (chefe do Núcleo de Pesquisa da EMBRAPA-NF), Afonso Henrique de Albuquerque Junior (chefe do escritório local da EMATER-RIO) e Dalva Brust (presidente da Associação Rural Legal).

Reciclagem de mateiral eletrônico em Santa Catarina

 

 

 


 A iniciativa é uma parceria entre o CDI-SC e a Prefeitura de Florianópolis, por meio das Secretarias Municipais da Fazenda e de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável.
Todo o material recebido será encaminhado para recuperação ou reciclagem pelo programa do CDI-SC. Podem ser doados equipamentos como computadores, impressoras, monitores, teclados, mouses, roteadores, celulares e componentes eletrônicos como placas, cabos e modems, entre outros. As doações podem ser entregues nas unidades do Pró-Cidadão e projeto CIAC do Centro, Canasvieiras, Continente, Rio Tavares, Ingleses e Lagoa da Conceição. 
Periodicamente, os equipamentos recolhidos serão enviados para o Centro de Reciclagem Tecnológica (CERTEC), que ficará responsável por dar o destino correto para todos os materiais. Equipamentos ainda com possibilidade de uso serão recuperados para serem encaminhados para projetos de Inclusão Digital em comunidades menos favorecidas ligadas ao CDI-SC.  Os materiais que não poderão ser recuperados passarão por um processo de separação dos componentes e serão comercializados visando a sustentabilidade do projeto e o destino ambientalmente correto.
Além de captar e tratar todo o resíduo eletrônico, o CDI-SC também qualifica pessoas de comunidades com baixa renda com formação básica em informática, cidadania e aptidão em instalação, manutenção e montagem de computadores, entre outros. O projeto prevê a realização de cursos de Formação Inicial e Continuada, específicos para desmontagem e separação do resíduo eletrônico em partes recicláveis.
SERVIÇO
O que doar: computador (CPU), notebook, impressora, teclado, mouse, modem, monitor, roteador, cabo, celular.
Não será recebido: aparelho de som, geladeira, fogão, microondas, máquina de lavar roupa/louça, secadora, ferro elétrico, ventilador, aparelho de ar-condicionado.

Programa Cataforte destina R$ 200 milhões para a reciclagem


 
 
O governo federal anunciou R$ 200 milhões em créditos para empreendimentos de catadores de materiais recicláveis. A ação faz parte da terceira etapa do Programa Cataforte, lançada na última quarta-feira (31), que tem ênfase em negócios sustentáveis em redes solidárias. Durante o evento, foi lançado edital para selecionar redes de cooperativas de todo o país para acessar recursos do programa.
Serão realizadas ações de assistência técnica, capacitação de catadores e lideranças, apoio à elaboração de planos de negócios, ampliação e nivelamento da infraestrutura das cooperativas. O projeto prevê ainda possibilidades de acesso a produtos bancários, como capital de giro, a serem disponibilizados pelo Banco do Brasil.
Durante a cerimônia, também foi assinada portaria que institui o Comitê Estratégico do Cataforte, que é formado por representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, Ministério do Trabalho, Ministério do Meio Ambiente, Fundação Banco do Brasil, Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobras e Banco do Brasil.
O Programa Cataforte começou em 2009 com o objetivo de estimular a organização de grupos de catadores com base nos princípios da economia solidária. A primeira etapa incluiu, prioritariamente, a capacitação dos catadores para estruturarem unidades de coleta e atuarem em rede.
Em 2010, iniciou a segunda fase, com a meta de fortalecer a infraestrutura logística das cooperativas, com a aquisição de 140 caminhões para 35 redes de cooperativas e associações de catadores, bem como com a realização de capacitações e prestação de assistência técnica para elaboração de planos de logística.
Nesta terceira etapa, o Cataforte agregou mais parceiros, possibilitando ações integradas, aumento dos recursos e maior eficácia para estruturar redes solidárias de empreendimentos de catadores de materiais recicláveis, impulsionando a inclusão socioprodutiva e a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Especialistas vão discutir, em Manaus, os rumos da ‘economia verde’

 

 
O ‘desenvolvimento versos ambiente’ ou ‘economia verde’ está cada vez mais presente na agenda da sociedade 
 
Manaus se prepara para receber, em setembro, especialistas de renome nacional e internacional para uma grande discussão sobre ‘Economia verde, desenvolvimento e mudanças econômicas globais’. O assunto é o tema central do 20º Congresso Brasileiro de Economia (CBE), que acontece na capital amazonense no período de 4 a 7 de setembro.
 
“Realizado desde 1975, o congresso é o maior evento da categoria no país e está vindo para Manaus pela primeira vez, trazendo como proposta uma grande discussão sobre um dos principais temas da atualidade”, comenta o coordenador do CBE e conselheiro federal de economia, Erivaldo Lopes.
 
Já o coordenador científico do evento, professor doutor José Alberto Machado, complementa reforçando que o tema central “demonstra a preocupação e o compromisso dos economistas com a busca de soluções que possam proporcionar desenvolvimento econômico aliado à preservação do meio ambiente e ao aprimoramento da qualidade de vida para toda a população”.
 
“Além das discussões no âmbito científico, teremos exemplos concretos de profissionais que efetivamente atuam no campo proposto e trarão ao Brasil e a Manaus suas experiências, por exemplo, em relação às variáveis que compõem o cálculo econômico que mede a sustentabilidade”, enfatiza Machado.
 
Os interessados em participar do congresso podem se inscrever pelo site do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon/AM) ou diretamente na página do evento http://cbe2013.org.br/. Para economistas com registro profissional, a inscrição custa R$ 320, estudantes com carteira do Corecon pagam R$ 144 e estudantes de economia sem a carteira pagam R$ 160. Profissionais e estudantes de outras áreas pagam, respectivamente, R$ 400 e R$ 200.
 
Debate
Debatido há mais de 40 anos sob as mais diversas formas, o tema ‘desenvolvimento versos ambiente’ ou ‘economia verde’ está cada vez mais presente na agenda da sociedade contemporânea, sobretudo nesses tempos de grandes mudanças no cenário econômico mundial.
 
Enquanto novos blocos regionais se consolidam, outros perdem fôlego ou são sufocados pela velocidade das transformações tecnológicas que criam cada vez mais novas demandas, tornando obsoletas o que antes eram grandes cadeias produtivas.
 
 “Trata-se de um cenário em convulsão e o foco do congresso é exatamente examinar essas questões, propondo alternativas para o mundo continuar gerando riqueza sem deixar de incluir no cálculo econômico as preocupações ambientais e sociais, portanto conservando e não apenas preservado o meio ambiente”, argumenta Alberto Machado.

Evento discute possibilidades de negócio geradas pela indústria do lixo

   
   

 

 

     
     
    O setor de lixo movimenta cerca de 20 bilhões de reais no país e alimenta uma cadeia econômica que deve crescer ainda mais com a exigência legal para a destinação ambientalmente adequada de detritos. Os desafios e possibilidades para este mercado estarão em debate no 4º Fórum de Resíduos Sólidos, evento que a VIEX promoverá nos dias 13 e 14 de agosto, em São Paulo. Executivos de indústrias, empresários, além de representantes de governos municipais e estaduais, analisarão as possibilidades e os desafios enfrentados pelos investidores.
    "As possibilidades de negócio se tornam cada vez mais evidentes. A cidade de São Paulo, por exemplo, gera cerca de 12 mil toneladas de lixo por dia e as opções de destinação dos resíduos se fortalecem. O mercado ganha peso com a entrada e expansão dos investidores", afirma o diretor da VIEX Americas, Davi Faria. "Notamos uma movimentação com os desdobramentos do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Bancos criaram fundos específicos para esse setor, novos empresários emergem no mercado e os hábitos da cadeia passam por um processo de reavaliação. O fórum tem como missão debater os rumos dessa indústria e apontar as diretrizes para os próximos anos".
    O painel de abertura do evento traçará um panorama do setor e abordará as políticas públicas e incentivos fiscais, além de analisar as possibilidades para a economia verde e parcerias com entidades do terceiro setor. O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, será um dos oradores, ao lado de especialistas do Instituto Lixo Zero Brasil, Instituto Pólis, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), ABETRE e ABRELPE.
    A logística reversa é outro tema de destaque do fórum. Representantes das principais associações dos setores envolvidos - ABINEE, ABIVIDRO, ABILUMI e inPEV - e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior discutirão os arranjos dos acordos setoriais de logística reversa, e um caso de sucesso será apresentado pelo Sindirrefino com a experiência pós-consumo dos óleos lubrificantes. Já no painel gestão de resíduos nos municípios, ABRELPE, Envac Brasil, Ministério Público do Estado de São Paulo e MHM Advogados analisarão as possibilidades para reutilização e comercialização de resíduos e apresentarão soluções adotadas em diversas regiões.
    O encontro terá ainda painéis sobre regulação dos serviços e o segundo dia será dedicado a discutir as possibilidades da produção de energia a partir de resíduos. O fórum será conduzido por executivos da Secretaria de Energia - SP, Empresa de Pesquisa Energética, Itaipu, Solví Valorização Energética, EMAE, BNDES, ANEEL e Cetesb, entre outros.
    O 4° Fórum de Resíduos Sólidos é um evento promovido pela VIEX Americas. A programação completa pode ser acessada no site www.vxa.com.br ou solicitada pelo telefone 11 5051-6535 ou pelo e-mail info@vxa.com.br.

    200 mil pessoas visitaram a Feira Mundial de Economia Solidária

     
     
     
    De acordo com dados atualizados pelo Projeto Esperança/Cooesperança, promotor dos eventos, 27 países estiveram representados na Feira
    Terminou na noite deste domingo, 14, o 2º Fórum Social, 2ª Feira Mundial de Economia Solidária e 20ª Feicoop. Os eventos realizados no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, em Santa Maria-RS, tiveram início na quinta-feira, 11, e receberam cerca de 200 mil visitantes – segundo dados Briga Militar.
     De acordo com dados atualizados pelo Projeto Esperança/Cooesperança, promotor dos eventos, 27 países estiveram representados na Feira: África do Sul, Alemanha, Argentina, Brasil, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Cuba, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, Equador, França, Filipinas, Hungria, Itália, Marrocos, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, Portugal, República Tcheca, Senegal, Suíça e Uruguai.

    Todos os estados brasileiros enviaram representantes, num total de 530 municípios. Mais de mil empreendimentos de Economia Solidária estiveram presentes, oferecendo mais de 10 mil variedades de produtos e serviços.

    Na cerimônia de encerramento, realizada na Praça de Alimentação, os realizadores da e os expositores da Feira foram homenageados. Destaque para os representantes dos estados do Piauí e Rio de Janeiro, e de Argentina, Uruguai, México e Chile, que estavam presentes na solenidade final.

    O presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, também compareceu e falou sobre o apoio que os pais receberam durante a Feira. "Temos 242 vítimas do consumismo e da ganância. Vocês conversaram com os familiares, vocês têm ideia do que nós temos enfrentado. Esta luta não é apenas dos pais, é de vocês também, para deixarmos algo para as novas gerações", argumentou Ferreira.

    A irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, reafirmou o apoio à AVTSM e também destacou os dois anos de preparação ao Fórum. "Desde 2011, estamos planejando estes eventos. Agora, o Fórum deixa Santa Maria e parte para outro país. Já a Feicoop volta a ser realizada na cidade no ano que vem, entre os dias 18 e 20 de julho", projeta a irmã.

    Em 2014, a religiosa prometeu que serão realizados encontros de formação para os empreendimentos em horários alternativos à Feira. O objetivo é sempre promover mais conhecimento sobre Economia Solidária.

    Ao final da cerimônia, foi lida a Carta da 20ª Feicoop. O arcebispo de Santa Maria, Dom Hélio Adelar Rubert, deu a benção da boa viagem, selando o final dos eventos de Economia Solidária.

    A Feira teve o patrocínio de Sebrae, BNDES, Petrobrás, Sesampe do Governo Estadual e Senaes do Governo Federal.
     

    Marcha Mundial das Mulheres faz encontro no Brasil

     


    Entre os dias 25 e 31 de agosto desse 2013, o Brasil sediará pela primeira vez um Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). O Encontro vai reunir ativistas feministas dos cinco continentes e de 18 estados brasileiros. São esperadas 1.600 mulheres para participar durante todos os dias do Encontro, que acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo. A programação conta com uma série de debates, oficinas e palestras que têm como objetivo discutir quais os desafios e as propostas das mulheres frente às atuais ofensivas conservadoras. No final do encontro, no dia 31 de agosto, a MMM realizará uma grande mobilização de rua, convocando todas as mulheres.
    Além das delegadas da Marcha de cerca de 50 países, o Encontro terá a presença de um grande número de militantes da MMM do Brasil e da América Latina, “em um espaço de intercâmbio de práticas políticas e experiências de construção de alternativas, de formação e aprofundamento das nossas reflexões sobre temas constitutivos da nossa agenda política”, diz o chamado. Encontros regionais, em vários estados do Brasil, estão organizando as militantes da Marcha para a participação no encontro internacional. Em São Paulo, a preparação aconteceu no Sindicato dos Jornalistas, no sábado, 27 de julho. A formação para as mulheres começa com um caderno de textos, oferecido a todas as interessadas, iniciando os debates e a participação.
    “Feminismo em marcha para mudar o mundo”
    O mote do Encontro “Feminismo em marcha para mudar o mundo” reflete a maneira da Marcha Mundial de Mulheres construir sua atuação, que a diferencia de outros feminismos. “A origem da MMM está vinculada à necessidade de construir um amplo processo de luta, a partir dos setores populares, em resposta à ofensiva capitalista a partir da globalização neoliberal e do reforço do machismo”.
    A necessidade da transformação estrutural da sociedade é vista como fundamental para superar o machismo, o racismo e a lesbofobia e, para isso, as lutas devem ser juntas. Lourdes Simões, coordenadora da MMM na região de Campinas, explicou como “o capitalismo aprofunda a divisão entre o público e o privado, tornando invisível o trabalho das mulheres” e falou da necessidade de “repensar o feminismo na atual conjuntura”. A hierarquização da sexualidade, com as relações impostas pelo capitalismo, o colonialismo como base do racismo, a mercantilização da vida e do corpo das mulheres, também foram temas abordados por Lourdes, como é chamada, princípios teóricos importantes para as militantes. “É a reafirmação do projeto feminista e socialista, da Marcha e seu feminismo militante e anticapitalista”.
    “O sistema se reorganiza e se reestrutura para manter o acúmulo de riquezas nas mãos de poucos”, disse Célia Aldridge, do comitê internacional. “para manter a exploração das mulheres, o controle privado da natureza, a apropriação da nossa força de trabalho e dos nossos corpos”. Relembrando a história da MMM, desde 1998 em Quebec, no Canadá, Célia falou dos encontros que juntam delegadas de todos os continentes como fundamentais para construir o movimento mundial. “O texto elaborado pelo comitê internacional tenta captar e dar conta de conceitos do mundo todo e que são bastante diversos”.
    Ações Internacionais
    Um “movimento incontornável”, como diz a coordenadora do Secretariado Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, Miriam Nobre. E um movimento internacional, isso é muito importante. A coordenadora da Marcaha em São Paulo, Sonia Coelho, recuperou a história das ações internacionais que a Marcha realiza de 5 em 5 anos, desde 2000. A maioria das presentes participou da última ação em 2010 que, no Brasil, levou cerca de 2 mil mulheres a caminharem por dez dias, de Campinas a São Paulo, com muito debate, conversa e atividades artísticas nas paradas. Essa última ação internacional terminou na África, no Congo, assim como a de 2005, que foi concluída em Burkina Faso. A definição da próxima ação internacional, em 2015, começará a ser debatida neste encontro. Também será iniciada a transição do secretariado internacional da Marcha, que está no Brasil desde 2006.
    O mundo não é uma mercadoria, a mulher também não
    Frente à globalização neoliberal, uma visão feminista da crise do capitalismo, que envolve as dimensões econômica, política, cultural, social e inclui a dimensão privada. “O controle do mercado sobre nossa vida se expressa sob vários ângulos”, falou Tica Moreno, da Marcha de SP, “no trabalho, na comunicação, na alimentação cada vez mais mediada pelo supermercado, no controle do corpo quando vemos naturalizado o uso de medicamentos comportamentais. Desde que acordamos até a hora de dormir vemos o poder do mercado em nossas vidas”. Tica apresentou os temas do segundo texto do caderno, conteúdo também debatido quando da participação da Marcha na Cúpula dos Povos na Rio + 20, em 2012. O enfrentamento da mercantilização dos povos, da natureza e das mulheres é o eixo em questão. Tica lembrou das mobilizações das mulheres na luta contra a Alca, “quando os EUA queriam legitimar a América Latina como seu quinta”. A jovem militante falou ainda de como o capitalismo responde na crise da economia nos países centrais. “O capital reorganiza as empresas para manterem seus lucros por meio da expansão ainda maior sobre os territórios; a financeirização do capital vem extrapolar tudo o que havíamos pensado!” Tica falou de como o capitalismo e o patriarcado movem-se juntos. “A lógica de exploração da natureza é a mesma lógica do controle do nosso tempo e dos nossos corpos, as dimensões dos cuidados da vida e da natureza são fundamentais para a construção de uma nova sociedade”.
    Várias atividades na programação
    Na programação, estão previstas atividades de intercâmbio e formação política e cultural, como os debates “Histórico do movimento feminista na América Latina”, com a participação de Sandra Morán (Guatemala), Nalu Faria (Brasil), Sonia Alvarez (EUA); “Acumulação por despossessão - ofensiva do capital sobre trabalho, corpo e territórios”, com Helena Hirata (França), Ariel Salleh (Austrália), Malalai Joya (Afeganistão); e “A construção de alternativas feministas”, com Basma Khalfaoui (Tunisia) e Gina Gonzalez (Cuba). Além dos debates teóricos, serão utilizadas outras linguagens, como a realização de uma exposição sobre o histórico da Marcha e do feminismo pelo mundo.
    Serão realizadas ainda uma Mostra de Economia Solidária e Feminista, que pretende não apenas dar visibilidade às mulheres como atrizes da economia, mas também contribuir com a criação de alternativas concretas frente ao atual modelo econômico. A programação conta ainda com shows, oficinas e atividades culturais, como uma exposição fotográfica que pretende resgatar a história da Marcha Mundial das Mulheres. A exposição será realizada na Galeria Olido, no Centro, com entrada aberta ao público. No dia 31, está prevista uma Assembleia para compartilhar análises e decisões. O evento se encerra com uma grande mobilização, que espera reunir 10 mil mulheres nas ruas de São Paulo.
    As interessadas em participar do Encontro devem procurar os comitês organizados da Marcha Mundial das Mulheres em cada estado ou entrar em contato através do e-mail sof@sof.org.br ; em São Paulo, o telefone é o (11) 3819-3876. O site da marcha é o http://www.sof.org.br .

    AM discute primeira Lei de Economia Solidária

     

     

    Em uma aposta para garantir o desenvolvimento social de forma digna, a Secretaria de Estado do Trabalho (Setrab) apoia os empreendimentos econômicos solidários como alternativa de geração de emprego e renda. Com vislumbre em um cenário promissor a partir do fortalecimento desta atividade, o município de Barreirinha recebe hoje, 25, o 1º Seminário Municipal de Economia Solidária.
    A Secretária Estadual do Trabalho, Francinete Lima, pontua que o foco do evento é aprovar a Lei Municipal de Economia Solidária, a primeira do Amazonas. O sub-secretário Estadual do Trabalho, Joaquim Frazão, representou a Setrab no seminário, no qual os representantes dos órgãos e a sociedade civil devem aprovar a legislação para encaminhar a Câmara Municipal de Barreirinha.
    O projeto de lei estabelece a criação da Política, assim como do Conselho e do Fundo Municipal. Conforme a minuta, a atuação da nova política será determinada para “multiplicar os espaços de comercialização; incentivar a organização dos empreendimentos em redes de produção, distribuição e consumo, e outras formas de cooperação; fortalecer a logística para o armazenamento e distribuição; promover o apoio a processos de educação e comunicação permanente com vistas ao estímulo ao consumo responsável e solidário; e ampliar o poder de compra de bens e serviços da economia solidária pelo Município”.
    Membro do Fórum Municipal de Economia Solidária, João Prestes explica que os empreendimentos econômicos solidários se sustentam sem a necessidade de patrão ou até mesmo de empregado, por meio de associações, cooperativas e empresas autogestionárias. “É o trabalhador que toma as decisões e procura ter o domínio da cadeia de produção em seu benefício”, acrescenta.
    Política Macro
    É possível desenvolver vários tipos de atividades no ambiente da economia solidária – que se consolida como uma política macro –, dentre os quais turismo e artesanato, de acordo com João Prestes. Ao todo, o Estado conta com um mapeamento de 364 empreendimentos nos vários segmentos.
    O membro do Fórum comenta que em Manaus existem muitos empreendimentos do porte, assim como três bancos comunitários na ativa que não avançam porque a prefeitura não tem autorização para repassar recursos públicos, já que não existe legislação. Os bancos foram elaborados para gerar crédito aos empreendimentos econômicos solidários.
    João Prestes afirma que houve tentativa de formular a Primeira Lei de Economia Solidária em Manaus na gestão anterior, mas o projeto não seguiu adiante na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
    Já em Barreirinha a proposta anda a passos largos. O município conta com 15 empreendimentos econômicos solidários, voltados para transporte, agricultura orgânica, reciclagem e artesanato. A partir da implementação da Lei, será possível fortalecer e estimular a organização, participação social e a política da economia solidária. Além disso, será o start para ideia a outras cidades amazonenses.

     
     

    Conselho de Economia Popular e Solidária é criado em Curitiba