O empreendedorismo social é a nova proposta de atuação do
Instituto Parque Social, inaugurado no Parque da Cidade, ontem, pelo
prefeito ACM Neto e pela presidente do instituto, Rosário Magalhães,
para substituir o antigo Mais Social. O programa vai investir,
inicialmente, em três projetos: Comunidade Empreende, Núcleo de
Atendimento Comunitário (NAC) e os Núcleos de Estímulo ao
Empreendedorismo.
“O Parque Social pretende atuar na cidade de Salvador como um
mecanismo de estímulo ao empreendedorismo social e à participação
cidadã. Ser um agente facilitador de transformação da realidade local,
valorizando o ser humano e a participação cidadã”, explicou a presidente
do instituto, Rosário Magalhães.
A participação nos projetos deve ser efetivada pelo site
www.parquesocial.org.br ou pelo telefone 2105-2600. O Parque vai
funcionar de segunda a sexta, das 8h às 17h. O prefeito ACM Neto
explicou que, além de capacitar, o Parque Social vai identificar as
características de cada comunidade e explorá-las.
“A gente quer fazer um trabalho social diferente, que vai envolver
as comunidades, empoderar as comunidades e estimular o
empreendedorismo, através de um conjunto de ações nós vamos estimular e
identificar as vocações de cada comunidade”, informou.
O presidente da Rede Bahia, Antonio Carlos Júnior, destacou as
qualidades do programa. “É um projeto inovador. Ao invés de fazer um
assistencialismo tradicional, ele busca parcerias de órgãos públicos e
privados para buscar desenvolver a condição, para fazer com que as
pessoas ascendam na sua condição social e profissional”, ressaltou.
O cantor Saulo foi escolhido como embaixador. “Estou muito feliz
com o convite e podem me usar. Me usem para o que for preciso”, disse.
Durante o lançamento, ACM Neto anunciou que o edital de licitação para
reforma do Parque da Cidade será lançado em dezembro.
A obra está orçada em R$ 8 milhões. Destes, R$ 5 milhões serão
investidos pela Petrobras, em contrapartida pela obra do terminal de
regaseificação, na Baía de Todos os Santos. O restante dos recursos será
do poder municipal.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irão investir R$
15 milhões no fortalecimento da produção rural de base familiar. Esse é o
objetivo do segundo edital de chamada pública relativo ao Acordo de
Atuação Conjunta entre as instituições, lançado nesta sexta-feira (29),
durante o II Chamado da Floresta.
Podem se candidatar aos recursos não reembolsáveis às associações
ou cooperativas de produtores que operacionalizam o Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA) ou o Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE), ou ainda da Política de Garantia de Preço Mínimo dos
Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). Terão prioridade os
agricultores familiares que cultivam com base no sistema de produção
agroecológico ou orgânico, mulheres, jovens e povos e comunidades
tradicionais - formados em sua maioria por quilombolas e indígenas.
O edital prevê duas faixas de apoio, uma de R$ 70 mil destinada
apenas a produtores familiares de base agroecológicas e às associações e
cooperativas formadas exclusivamente por mulheres, e outra de R$ 50
mil, voltada para os demais interessados.
Nesta segunda chamada, os recursos estão veiculados à quantidade
de beneficiários que o projeto irá atender. O edital prevê um teto de R$
2 mil por beneficiário para os projetos de R$ 50 mil e R$ 2,8 mil para
os projetos de R$ 70 mil. "Assim se uma organização, que não faz parte
do público prioritário apresentar uma proposta que beneficie 10 pessoas,
poderá receber no máximo R$ 20 mil, ampliando a abrangência da ação",
ressalta a superintendente de Suporte à Agricultura Familiar da Conab,
Kelma Cruz.
Os recursos devem ser aplicados para solucionar gargalos
operacionais das organizações produtivas, permitindo expandir suas
atividades, aprimorar as condições de trabalho no meio rural e
proporcionar ampliação da renda dos produtores. Mas os avanços
conquistados a partir do apoio não se restringem ao meio rural. Com a
melhora na infraestutura, as organizações poderão oferecer uma melhor
qualidade dos alimentos destinados ao PAA e ao PNAE, além de fortalecer a
PGPM-Bio, favorecendo, indiretamente, a população em situação de
insegurança alimentar.
Requisitos
Podem participar do acordo as cooperativas ou associações de
produtores rurais de base familiar constituídas há mais de dois anos. Os
interessados devem apresentar o Documento de Aptidão ao PRONAF (DAP) ou
a Relação de Indígenas Beneficiários (RIB) ou também a Relação de
Extrativistas Beneficiários (REB).
É necessário também comprovar realização de, no mínimo, uma
operação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) ou do Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) ou, ainda, da Política de
Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade
(PGPM-Bio). O projeto deve apresentar no mínimo 10 beneficiários.
Os interessados terão tempo para organizar a documentação
necessária. As inscrições estarão disponíveis a partir de fevereiro do
próximo ano. O resultado final da seleção será publicado no Diário
Oficial da União (D.O.U), e disponibilizado nos portais da Conab
(www.conab.gov.br) e do BNDES (www.bndes.gov.br).
Apoio formalizado
Durante o II Chamado da Floresta, a Conab e o BNDES formalizarão,
também, instrumento de colaboração financeira com duas associações
contempladas pelo 1º edital. As 172 famílias da Cooperativa Mista de
Desenvolvimento Sustentável de Jutaí, no Amazonas, receberão R$ 49 mil,
não reembolsáveis, para aquisição de equipamentos para melhorar as
condições de beneficiamento e armazenamento e a logística na entrega da
produção dos cooperados. A Associação dos Trabalhadores Extrativistas
das Comunidades de Curuçá e Furo do Maracá, de Amapá receberá R$ 46,8
mil para aquisição de equipamentos, beneficiando 50 famílias.
O primeiro edital de chamada pública do acordo destinou R$ 5
milhões para agricultura familiar e recebeu a inscrição de 1.633
projetos de todo o país.
Há indícios de um mercado exportador maior do que indicam
as estatísticas. É o que acredita Katia Cristina Magalhães, analista de
comércio exterior do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae-DF).
“Muitas remessas, de tão pequenas, podem não ter sido
consideradas. E cooperativas atendem vários artesãos sob uma só razão
social, que pode acabar considerada um micro. Para ficar nos exemplos de
comércio legal. É preciso desmitificar que exportar é apenas para
grandes empresas.”
Vender para fora, porém, exige preparo dos empresários. O
conhecimento do mercado alvo deve atender a critérios que vão além do
óbvio, como demonstram casos locais. Medidas de biquínis precisaram ser
ajustados aos seios e quadris de estrangeiras; cachaças mudaram de
composição para atender ao volume alcoólico determinado por autoridades
de saúde; imagens ofensivas a outras culturas foram substituídas. Em
qualquer caso, o material da embalagem a ser enviada precisa ser
pesquisado.
“Por isso, pesquisar o mercado é o primeiro passo”, orienta
Magalhães. Para ela, o empresário deve, ainda, analisar no plano de
negócio se exportar vale a pena. “Pode não compensar no primeiro
momento. Ele precisa saber se consegue, se possui capacidade de produção
para atender à demanda de fora.” Reunir-se a outros empreendedores, em
consórcios e cooperativas, é um meio de somar recursos. “Ele deve
garantir que vai atender aos pedidos. Do contrário, prejudica a imagem
dele e do país.”
Bandeira brasileira
Artesãs da Cia do Lacre perseveram, há cinco anos, no ínfimo grupo
de pequenos exportadores locais. Mineira de Manhuaçu e radicada em
Dallas, no Texas, Walleska Tepping é a maior cliente estrangeira da
cooperativa, respondendo pela quase totalidade das vendas ao exterior.
Bolsas e vestidos manufaturados pelas 33 cooperadas ganham as
prateleiras da americana Ecochicc, loja de Walleska, especializada em
produtos de materiais orgânicos ou recicláveis, onde os preços chegam a
650 dólares.
Outro cliente da cooperativa, a Escama Studio - sediada na
Califórnia - mantém no site perfil de cada uma das artesãs. “As bolsas
levam nosso nome e nossa história. De lá, as peças são revendidas também
para outros países”, conta Maria de Jesus Santana, presidente da Cia do
Lacre, que reaproveita fechos de latinhas. Itália e Alemanha também já
receberam produtos da organização, que hoje reúne trabalhadoras de
Taguatinga, Sobradinho, Recanto das Emas e Plano Piloto, além do Riacho
Fundo.
Encontrado e conquistado o cliente, restam questões além do
alcance do empreendedor. “Temos um problema sério com a alfandega, com
carga parada por 15 dias. Já perdemos clientes por causa desses
atrasos”, relata Maria. Apesar da volta ao mundo dada pelas peças, a
cooperativa já foi visitada, segundo ela, por uma brasiliense que exibia
peça da Cia do Lacre adquirida no exterior. “É muita ironia”, alfineta a
artesã Angela Bezerra, que gostaria de ver o artesanato mais valorizado
também no Brasil.
Institucionalizadas a partir da década de 1970, quando
entrou em vigor a lei que define a Política Nacional de Cooperativismo,
as unidades que reúnem profissionais do circo, dança, música e teatro
querem o fim da cobrança do Programa de Integração Social (PIS) e da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre as
atividades culturais oferecidas por grupos e artistas cooperados.
Nos últimos dois meses, representantes de algumas entidades têm
percorrido gabinetes do Congresso Nacional em busca de apoio político.
Segundo eles, a isenção de 3,75% de PIS/Cofins cobrados sobre os
serviços pode estimular o cooperativismo entre a classe artística,
contribuindo para reduzir a informalidade no setor. Liderado pela
Federação Nacional das Cooperativas de Cultura (Fencult), o movimento
reúne duas das maiores cooperativas artísticas brasileiras, a Paulista
de Teatro e a de Música de São Paulo, e vem sendo fortalecido por
entidades de outras unidades da Federação, como a Bahia, o Distrito
Federal e Goiás.
“Esta é uma questão de vida ou morte para as cooperativas
culturais, já que seus sócios são trabalhadores autônomos muito mais
sensíveis à cobrança desse tributo. Como os ganhos financeiros dos
profissionais cooperados vêm justamente daquilo que entra na
cooperativa, o Estado, a rigor, está cobrando também o PIS/Cofins dessas
pessoas físicas, que pagam seus impostos”, disse o integrante da
Cooperativa Paulista de Teatro Paulo Celestino.
Criada em 1979, a cooperativa, a maior da América Latina, reúne
cerca de 3,2 mil associados de aproximadamente 800 grupos teatrais,
entre eles integrantes de importantes companhias como o Grupo XIX de
Teatro, Os Satyros e a Companhia do Latão. Em 2012, faturou em torno de
R$ 26 milhões. Juntos, seus associados pagaram em torno de R$ 900 mil de
PIS/Cofins. A Cooperativa de Música de São Paulo existe há dez anos e
conta com 1.675 associados, entre eles Arrigo Barnabé e Toninho
Ferragutti.
“A Constituição brasileira [no Artigo 174] diz que o Estado deve
apoiar e estimular a associação dos trabalhadores em cooperativas,
inclusive tributariamente. Mesmo assim, hoje, é mais caro fazer parte de
uma cooperativa do que pegar uma nota fiscal de um conhecido que tenha
empresa”, acrescentou Celestino, defendendo que as cooperativas, além de
proporcionar melhores condições para que os artistas produzam e
divulguem seus trabalhos, garantem maior peso à classe artística, pois
incluem socialmente os trabalhadores que, historicamente, costumam atuar
individual e informalmente. “Estamos falando de uma parcela relevante e
de excelência da produção artística do país”.
Segundo os representantes do movimento, a atual carga tributária
tem motivado muitos profissionais a trocar a produção organizada em
cooperativas por opções mais atraentes do ponto de vista tributário. A
desassociação se intensificou nos últimos anos, com a obrigatoriedade da
emissão da Nota Fiscal Eletrônica. Antes, enquanto as entidades
questionavam a legitimidade de impostos municipais como o Imposto Sobre
Serviços (ISS), muitos cooperados simplesmente deixavam de recolher o
imposto.
"Temos sentido que os cooperados até podem continuar associados,
mas, na hora de vender seu trabalho, muitos pedem a nota fiscal do
amigo, voltando, de certa forma, à informalidade. Na melhor das
hipóteses, ele abre uma empresa e volta a atuar isoladamente”, disse
Celestino, garantindo que sua companhia, o Grupo XIX de Teatro, apesar
de 12 anos de existência, não teria condições de manter a estrutura
jurídica e administrativa de que seus integrantes desfrutam como
cooperados, e nem o mesmo peso político. “Há várias cooperativas
artísticas pelo país que, hoje, não passam de um CNPJ e mesmo as maiores
estão queimando gordura, sendo uma questão de tempo para acabar se nada
for feito”.
A peregrinação pelo Congresso tem surtido efeito e alguns
parlamentares já manifestaram simpatia pelo assunto. Há duas semanas, o
deputado Vicente Cândido (PT-SP) protocolou emenda à Medida Provisória
nº 627. Proposta pelo governo federal, a MP que altera a atual
legislação tributária está tramitando na Câmara dos Deputados. A emenda
isenta os cooperados relacionados a atividades culturais como a música, o
cinema, as letras, artes cênicas e artes plásticas do PIS/Pasep e
Cofins. Além disso, representantes do movimento conversaram, esta
semana, com a ministra da Cultura, Marta Suplicy.
O Indicador de Registro de
Inadimplentes do consumidor, medido pela Boa Vista Serviços,
administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), ficou
em 3,5% no terceiro trimestre deste ano, ante o mesmo período de 2012.
Ainda que o índice tenha aumentado em relação ao comparativo entre 2012 e
2011, quando estava em -1,7%, a alta está longe de alcançar o índice de
inadimplência registrado entre julho e setembro de 2011 e de 2010, de
25,1%.
Segundo
o diretor de Marketing, Inovação e Sustentabilidade, Fernando Cosenza,
existem sinais claros de estabilidade na inadimplência. “Essa tendência é
o resultado do endurecimento dos critérios de concessão de crédito, que
aconteceu após o pico de inadimplência em 2011.”
Nos
últimos meses, o que também tem ajudado a manter o índice foram os
primeiros sinais da inflação e a interrupção da melhora contínua na
renda brasileira e no mercado de trabalho. “As famílias sentiram no
bolso e estão mais cautelosas, sobretudo, com o crédito.”
Consumo mais consciente
Cosenza
também acredita que, além destes fatores, os consumidores estão mais
conscientes em relação ao uso desenfreado do crédito, que resulta na
inadimplência. “Percebemos que mais pessoas utilizam o crédito, mas ele
não compromete mais a renda do trabalhador.”
Isso
pode ser constatado no Indicador de Demanda por Crédito do Consumidor,
também medido pela Boa Vista, que apresentou 1,6% no 3º trimestre de
2013, ante o mesmo período de 2012. Entre 2012 e 2011, este índice
estava em 5,6% e, em 2010, 9,7%. “Não é uma cautela de uma crise, mas os
consumidores estão mais atentos ao endividamento.”
O
brasileiro também está mais confiante em relação ao pagamento das
dívidas. No trimestre encerrado em setembro, 100% dos inadimplentes
afirmaram que podem quitar as dívidas atuais e vencidas. “É a primeira
vez que isso acontece. O consumidor está mais maduro em relação ao uso
do crédito e a próxima safra de concessões de crédito tende a um
equilíbrio maior, o que deve ajudar a manter a inadimplência.”
Compras de fim de ano
Ainda
de acordo com Cosenza, as compras de fim de ano devem apresentar um
leve aumento, mas os brasileiros utilizarão menos o crédito. “O
movimento será um pouco melhor no comércio que em 2012”, concluiu o
executivo.
A cada dia, o custo das obras sustentáveis cai com a adoção de novas tecnologias e de materiais mais em conta
A
exemplo de outros setores da economia, a construção civil começa a
mudar parâmetros para ofertar no mercado as chamadas construções
sustentáveis ou verdes, cada vez mais procuradas por consumidores
conscientes de que é preciso evitar o desperdício de recursos naturais
que estão cada dia mais escassos e que, assim, representam uma ameaça às
futuras gerações.
A energia eólica, considerada uma das mais
limpas e produzida com força dos ventos, é uma das ferramentas usadas
pelos empreendimentos verdes que se multiplicam pelo País
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), no
âmbito da Agenda 21 para a Construção Sustentável em Países em
Desenvolvimento, a construção sustentável é definida como "um processo
holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os
ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem
a dignidade humana e encorajem a equidade econômica".
No
contexto do desenvolvimento sustentável, o conceito transcende a
sustentabilidade ambiental, para abraçar a sustentabilidade econômica e
social, que enfatiza a adição de valor à qualidade de vida dos
indivíduos e das comunidades.
Os desafios para o setor da
construção são diversos, porém, em síntese, consistem na redução e
otimização do consumo de materiais e energia, na redução dos resíduos
gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade
do ambiente construído.
Para tanto, recomenda-se: alteração dos
conceitos da arquitetura convencional na direção de projetos flexíveis
com possibilidade de readequação para futuras mudanças de uso e
atendimento de novas necessidades, reduzindo as demolições; busca de
soluções que potencializem o uso racional de energia ou de energias
renováveis; gestão ecológica da água; redução do uso de materiais com
alto impacto ambiental, além da redução dos resíduos da construção com
modulação de componentes para diminuir perdas e especificações que
permitam a reutilização de materiais.
Liderança São
Paulo exerce a liderança no País nesse segmento. O Estado é o campeão
em empreendimentos verdes, de acordo com levantamento do Conselho de
Construção Sustentável do Brasil (GBC-Brasil), que representa
oficialmente a certificação Leadership in Energy and Environmental
Design (Leed) - considerada o principal selo de construção sustentável
do País.
Atualmente, o Estado paulista possui 80 edificações
atestadas pelo selo Leed, além de outros 428 empreendimentos que já
entraram com pedido de certificação. O Rio de Janeiro aparece em segundo
lugar no ranking dos Estados com mais construções sustentáveis - são 12
edificações certificadas e 137 pedidos -, seguido por Paraná, Distrito
Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Juntos, estes seis
Estados foram os principais responsáveis pela nova marca atingida pelo
Brasil, conforme levantamento de junho: 100 empreendimentos certificados
pelo selo Leed. Entre eles estão bancos, hospitais, escolas,
laboratórios de saúde, supermercados e prédios comerciais, o que atesta a
diversidade de setores que, cada vez mais, valorizam a construção
sustentável no País.
"Outra prova disso é que o centésimo
empreendimento Leed no Brasil é um centro de manutenção de uma garagem
de ônibus rodoviários. Trata-se de um fato inédito", ressalta Marcos
Casado, diretor técnico do GBC-Brasil. O empreendimento fica no
município de Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo.
Para
Casado, um dos principais responsáveis pelo aumento da procura por
certificação sustentável no Brasil - entre 2012 e 2013, o número de
pedidos de certificação no País cresceu mais de 40% - foi a queda nos
custos para "esverdear" as edificações. "Com o investimento de empresas
em tecnologias e produtos verdes, conseguimos baixar consideravelmente
os custos de investimentos em empreendimentos sustentáveis. Hoje, o
custo varia entre 1% e 7% do valor da obra", explica o especialista.
Atualmente,
o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking das nações com maior número de
construções com certificação Leed, atrás de Estados Unidos, China e
Emirados Árabes.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está lançando uma
campanha nacional para Consumo Consciente de planos de saúde. O objetivo
é alertar os consumidores sobre os principais pontos a serem levados em
consideração antes de assinar o contrato e, eventualmente, cometer
equívocos.
A campanha aborda questões como: tipo de plano, individual ou
familiar, coletivo empresarial ou por adesão; atendimento pretendido:
consultas, exames e internações; se precisa de quarto particular ou
enfermaria; e rede credenciada próxima ao domicílio e local de trabalho
ou, então, se o consumidor precisa de uma rede nacional ou apenas
estadual ou municipal.
Todas essas possibilidades, combinadas às faixas de idade das
pessoas que farão parte do plano, impactarão no valor da mensalidade. A
campanha enfoca a necessidade de se definir quais itens são fundamentais
para o consumidor e de se avaliar se o valor final do plano pode ser
incorporado à renda mensal.
Serão distribuídos cartazes e folhetos nos Núcleos da ANS, em
hospitais, órgãos de defesa do consumidor, Ministério Público e
Defensoria Pública. Além do material impresso, foi produzido um vídeo de
orientação com dicas rápidas, publicado no YouTube. Confira: Consumo
Consciente
A ANS também disponibiliza em seu portal diversas ferramentas para
auxiliar o consumidor nessa tarefa, de escolha do plano de saúde
Apesar de ter o nome manchado no Brasil, a Black Friday
ainda tem oferecido alguns bons descontos para quem procura eletrônicos e
jogos. Alguns deles podem realmente compelir seus usuários a consumir
de forma irracional e comprar o que não preciso.
Para isso, desde
1990 é celebrado o Buy Nothing Day, que acontece anualmente no sábado
seguinte à Black Friday. Criada por ativistas britânicos, a data não é
um boicote ao comércio, mas um alerta para o consumo consciente.
Para
isso, é preciso se planejar para aproveitar, sim, os descontos, mas de
forma inteligente. A Akatu, organização que defende o consumo
consciente, dá dicas para isso. Confira:
1- Planeje suas comprasNão
seja impulsivo nas compras. A impulsividade é inimiga do consumo
consciente. Planeje antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor.
2- Avalie os impactos de seu consumoLeve em consideração o meio ambiente e a sociedade em suas escolhas de consumo.
3- Consuma apenas o necessárioReflita sobre suas reais necessidades e procure viver com menos.
4- Reutilize produtos e embalagensNão compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar.
5- Separe seu lixoRecicle e contribua para a economia de recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos.
6- Use crédito conscientementePense bem se o que você vai comprar a crédito não pode esperar e esteja certo de que poderá pagar as prestações.
7- Conheça e valorize as práticas de responsabilidade social das empresasEm
suas escolhas de consumo, não olhe apenas preço e qualidade. Valorize
as empresas em função de sua responsabilidade para com os funcionários, a
sociedade e o meio ambiente.
8- Não compre produtos piratas ou contrabandeadosCompre
sempre do comércio legalizado e, dessa forma, contribua para gerar
empregos estáveis e para combater o crime organizado e a violência.
9- Contribua para a melhoria de produtos e serviçosAdote uma postura ativa. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas sobre seus produtos/serviços
10- Divulgue o consumo conscienteSeja
um militante da causa: sensibilize outros consumidores e dissemine
informações, valores e práticas do consumo consciente. Monte grupos para
mobilizar seus familiares, amigos e pessoas mais próximas.
11- Cobre dos políticosExija de partidos, candidatos e governantes propostas e ações que viabilizem e aprofundem a prática do consumo consciente.
12- Reflita sobre seus valoresAvalie constantemente os princípios que guiam suas escolhas e seus hábitos de consumo.
Os países da América Latina e do Caribe alcançaram significativo crescimento econômico nos últimos anos, conseguiram reduzir suas taxas de desemprego e de pobreza e melhoraram a distribuição de renda.
Mas
o progresso trouxe desafios: apesar da formação de diversas
megalópoles, os países da região registram desigualdades sociais,
vulnerabilidades a desastres naturais, têm poucas empresas
líderes mundialmente, possuem sistemas de educação deficientes e contam
com um número reduzido de pesquisadores. O Brasil, por exemplo, tem 1,2
pesquisadores para cada mil habitantes e um déficit de 20 mil
engenheiros a cada ano.
Ainda que sejam produtores de commodities, esses países têm baixa participação na produção
de produtos em nível mundial. Além disso, apesar de ricos em recursos
naturais, apresentam pouca diversificação na matriz energética.
Esses
são alguns desafios a serem enfrentados por meio de uma grande
cooperação internacional, prevista na Declaração da América Latina e do
Caribe, documento elaborado a partir de uma série de reuniões realizadas
desde 2009 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI),
pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), pela Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em parceria com as
principais instituições científicas e tecnológicas brasileiras e
governos da América Latina e do Caribe, e que será apresentado no 6º
Fórum Mundial de Ciência (FMC), evento que reúne cerca de 700 cientistas
de todo o mundo no Rio de Janeiro, entre os dias 24 e 27 de novembro.
Entre
as propostas do documento estão a criação de laboratórios avançados
para uso compartilhado pelos países da região, o fomento ao uso racional
dos recursos naturais e das fontes renováveis de energia, o
fortalecimento do ensino da ciência em todos os níveis, a promoção da
igualdade de gênero – visando ao aumento da participação das mulheres na
ciência – e o desenvolvimento de pesquisas científicas avançadas.
“Ciência
para o Desenvolvimento Sustentável Global” é o tema que conduzirá os
debates do Fórum Mundial da Ciência, que pela primeira vez será
realizado fora de seu país sede, a Hungria.
“A realização do Fórum
no Brasil representa um marco histórico, porque, ao mesmo tempo em que
reafirma a posição do país no cenário internacional, destaca a posição
da comunidade científica da região. O tema escolhido tem a ver com o
ponto de vista que o Brasil tem difundido mundialmente: o da
sustentabilidade com inclusão social”, afirmou o presidente da ABC,
Jacob Palis.
“A ideia desta edição do evento é mostrar o que a
ciência tem feito nesse sentido. É preciso corrigir assimetrias, uma vez
que é difícil progredir de forma sustentável deixando um grande número
de pessoas de fora desse progresso. Sem a erradicação da pobreza, não
alcançaremos o desenvolvimento sustentável”, disse.
O Fórum
discutirá temas como a integridade científica e ética na ciência, a
educação em ciência e engenharia, o papel da ciência para a inovação, a
desigualdade como barreira para a sustentabilidade global, a ciência
para os recursos naturais, o desafio médico para a terceira idade, a
biodiversidade da Amazônia, a ciência dos oceanos, entre outros.
A
FAPESP será representada no evento por Eduardo Moacyr Krieger,
vice-presidente da Fundação e professor emérito da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
O papel da educação superior,
em especial o da Engenharia, para alcançar as metas de sustentabilidade
global foi uma das tônicas das discussões no segundo dia do 6º Fórum
Mundial de Ciências (FMC), que terminou na quarta-feira (27/11) no Rio
de Janeiro.
“O mundo está produzindo mais doutores do que nunca. Boa parte dos países, tanto os desenvolvidos como
os em desenvolvimento, estimula os sistemas de pós-graduação porque
enxerga a mão de obra mais qualificada como uma chave para o crescimento
econômico”, afirmou o engenheiro sul-africano Daya Reddy, presidente da
Academia de Ciências da África do Sul e professor da Universidade da
Cidade do Cabo, que participou da sessão plenária sobre “Ciência e
Educação em Engenharia”.
A questão, segundo Reddy, é que em alguns países, incluindo Estados Unidos e Japão, os graduados enfrentam um setor industrial incapaz de absorvê-los. A oferta ultrapassa a demanda.
Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, na sigla em inglês) mostram que os EUA formam 20 mil doutores por ano, com crescimento anual de 2,5%.
No
Japão, nos anos de 1990, o governo estabeleceu uma política para
triplicar o número de PhDs, visando tornar a ciência japonesa mais
competitiva com a do Ocidente. O governo conseguiu alcançar sua meta. “O
problema agora é para onde mandar os pós-graduados, já que não há lugar
para eles nem na Academia nem nas empresas”, afirmou Reddy.
Na
China, o número de doutores alcançou a cifra de 50 mil ao ano – um
crescimento anual de 40% –, número que ultrapassa o de todos os outros
países. A mão de obra é largamente absorvida, resultado do boom na economia chinesa. “Para eles, é relativamente mais fácil encontrar trabalho em seu país", disse Reddy.
Em
outros países em desenvolvimento a situação é diferente. Em 2004, a
Índia produziu cerca de 5.900 doutores em ciência, tecnologia e
engenharia, número que aumentou para 9 mil ao ano, em um crescimento
anual de 8,5%. “O número ainda se encontra abaixo da demanda da
indústria e o país precisa de mais doutores para corresponder ao
crescimento de sua economia e de sua população, que já chegou a 1,23
bilhão”, avaliou o pesquisador. A meta agora é fazer 20 mil PhDs até
2020.
Na África do Sul, de acordo com Reddy, o Plano Nacional de
Desenvolvimento estabelece uma meta de 100 PhDs por mil habitantes até
2030, o equivalente a 5 mil por ano. Atualmente, o país forma 30
doutores por cada mil habitantes, ou seja, mil por ano. “Temos uma
população de cerca de 50 milhões de habitantes, então o número é bem
razoável”, avaliou o pesquisador sul-africano.
O Brasil forma mais
de 10 mil doutores por ano (equivalente a um crescimento anual de 11%).
Desse número, 53% são doutores em ciências e engenharias e 47% em
outras áreas, como humanas.
O país, no entanto, tem ainda menos de
dois doutores por mil habitantes. As mulheres brasileiras passaram a
ser maioria entre os doutores titulados no país a partir de 2004, com
51% do total, porcentagem que vem se mantendo desde então.
“Para
um país cuja pós-graduação tem apenas 50 anos, o número não deixa de ser
um progresso, embora ainda careçamos de 20 mil engenheiros a cada ano”,
destacou Jacob Palis, presidente da Academia Brasileira de Ciências.
Se
ter mais e mais doutores é visto pelos países como o segredo para
impulsionar suas economias, para os pesquisadores reunidos no 6º FMC o
desafio é alcançar o desenvolvimento de forma sustentável e inclusiva,
em um mundo que apresenta problemas como superpopulação, pobreza,
urbanização acelerada, mudanças climáticas, crescente demanda por
energia, comida e água e vulnerabilidade da população a doenças
infecciosas e a desastres naturais, conforme afirmou o engenheiro Tariq
Durrani, vice-presidente da Royal Society de Edinburgh, também
palestrante do Fórum Mundial da Ciência.
Para celebrar e enfeitar as festas de Natal e Ano Novo, o Programa de Economia
Solidária lançou várias opções de produtos natalinos, que estão à venda
no Centro Público de Economia Solidária, na avenida Rio de Janeiro,
1.278, esquina com a avenida JK.
Os produtos são artesanais. O consumidor vai
encontrar guirlandas de natal, bonecos de papai Noel, guardanapos
decorativos, toalhas para mesa, panetone, velas decorativas, porta
garrafas, bolachas natalinas e licores. Os preços dos produtos variam de
R$10,00 a R$100,00. A loja fica aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
O Programa Economia Solidária é conduzido pela Prefeitura
de Londrina que, através da Secretaria de Assistência Social, dá apoio
técnico, assessoria e capacitação à produção e comercialização de uma
enorme gama de produtos. Durante o ano todo 63 grupos atuam na geração
A secretária municipal de Assistência Social, Telcia
Lamônica de Oliveira, lembrou que a ação serve de incentivo a
comercialização dos produtos feitos pelos participantes dos empreendimentos e ajuda a promover o consumo consciente, valorizando um modo de produção coletivo e solidário.
"O Economia Solidária existe há anos e percebemos que
cada vez mais pessoas se interessam pelo programa, porque ele estimula
uma forma diferente de produzir e comercializar os produtos visando
sempre a produção e o crescimento coletivo e solidário. Melhoramos o
programa disponibilizando mais locais de venda e produção", disse
Telcia.
A empreendedora Eliane França Peixoto explicou que o programa tem a ajudado a organizar e administrar seu negócio
com mais profissionalismo, além de incentivar a participação em cursos e
capacitações. "Os profissionais da Prefeitura me ensinaram a
administrar as contas, a separar o que é lucro, custos e investimentos e
sempre estimulam a gente a participar de capacitação. Já participei do
"Mulheres Empreendedoras" e me especializei em panificação. Estou cada
vez melhor, buscando qualidade também no atendimento ao público. O
programa tem me ajudado a aumentar as vendas, melhorar meu negócio e não
penso em sair dele", ressaltou.
A gerente de inclusão produtiva, Nelma Liberato, lembrou
que o Programa de Economia Solidária, ajuda na complementação da renda e
valoriza os trabalhadores. "Nessa época do ano, os empreendimentos se
voltam às festividades do Natal.
Em Jaraguá, Economia Solidária de Maceió expõe para turistas de cruzeiro
Os empreendimentos econômicos
solidários de artesãos Somando Talentos, Mulheres de Talento, Vencendo
por Fé e Associação dos Artesãos do Mercado Público de Jaraguá (Asanj),
todos de Maceió, tiveram a oportunidade de expor e vender seus produtos
para turistas do cruzeiro MSC Poesia, destino Recife-Salvador, atracado
no Porto de Maceió. O navio chegou à capital alagoana às 8h desta
segunda-feira (18). Para recepcionar os visitantes, foi construído um
box no Estacionamento de Jaraguá.
No local, os artesãos dos
empreendimentos de Economia Solidária – que recebem assistência da
Diretoria de Economia Solidária da Secretaria Municipal do Trabalho,
Abastecimento e Economia Solidária – oferecem vários artigos como
roupas, toalhas e porta-água, todos a preços populares para chamar ainda
mais a atenção dos visitantes. No espaço, a atenção maior é voltada
para o filé.
JpegDona Josefa Maria, que
integra há dois anos o grupo Asanj, está divulgando seu trabalho no
local. “É uma satisfação poder estar aqui, mostrando nosso trabalho,
porque as pessoas de fora dão muito valor ao artesanato alagoano. Além
de ganhar dinheiro com as vendas, nós ganhamos reconhecimento”, disse a
artesã.
Artigos infantis e de
decoração também podem ser encontrados no local. O box também conta com
um espaço da Secretaria Municipal de Promoção do Turismo (Semptur) em
que os visitantes têm acesso a informações de Maceió.