segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

BOM NATAL PRA TODOS E FELIZ ANO NOVO

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

PROGRAMA EMPREENDEDOR RURAL TEM 10 ANOS NO PARANÁ

EMPREENDEDOR RURAL – O programa Empreendedor Rural está completando 10 anos e formou 18,5 mil produtores rurais. Só em 2012 foram instituídas 84 turmas, com a formação de 1.049 pessoas. O conteúdo estimula as habilidades e competências empreendedoras para atuação em atividades econômicas, políticas e sociais sustentáveis. “É um programa importante para a capacitação profissional e o desenvolvimento de aptidões de produtores rurais, que assim garantem aumento da sua produtividade e mais riquezas ao Paraná”, disse o governador Beto Richa.

Além da premiação de oito projetos vencedores do programa – dos quais dois apresentados pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) –, o encontro contou com três palestras de especialistas da área. Segundo o presidente da Faep, Ágide Meneguette, o programa ajuda o trabalhador rural na melhoria da administração da sua propriedade, a partir de aulas teóricas e práticas e da elaboração de um projeto. “O Empreendedor Rural ajuda o homem do campo a melhorar a gestão da propriedade, por meio do planejamento e do conhecimento”, afirmou.

O presidente da Fetaep, Ademir Muller, disse que o curso aproveita e potencializa a capacidade do produtor rural, fornecendo a ele novas ferramentas para o empreendedorismo.

Participaram do evento a ministra chefe da Casa Civil, senadora Gleisi Hoffmann; a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Katia Abreu; o presidente do conselho do Sebrae Paraná, Jeferson Nogarolli; o diretor geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek; os deputados federais Eduardo Sciarra, Osmar Serraglio e Reinhold Stephanes; os deputados estaduais Douglas Fabrício, Elton Welter, Fernando Scanavaca, Rose Litro e Teruo Kato, e dirigentes e representantes de entidades do setor.

BRASIL TEM UM EMPREENDORISMO FEMININO FORTE

O Brasil tem uma das maiores taxas de empreendedorismo feminino no comparativo com os 54 países que integram o GEM (Global Entrepreneurship Monitor). Os dados foram divulgados pela Ernst & Young Terco, nesta quinta-feira (29) data em que lançou no Brasil o programa Winning Women, que apoia o empreendedorismo feminino.


Os dados são de um estudo recente “High achievers: recognizing the power of women to spur business and economic growth”, que aborda o impacto da presença feminina em todos os segmentos dos negócios na sociedade. Segundo o estudo, um fator que contribui para o empreendedorismo feminino no Brasil é a flexibilidade de jornada e a possiblidade de ficar mais tempo com os filhos.
O estudo registra também que o número de CEOs do sexo feminino nas empresas, segundo a Fortune 500, dobrou na última década, mas em 2012, será ainda 3,6% do total. O estudo mostra ainda que apenas 11,1% dos administradores de empresas são mulheres nas economias industrializadas. Nos mercados de rápido crescimento, o número cai para 7,2%.
Programa Winning Women
O programa, visa criar uma rede influente de mulheres notáveis? e partilhar suas histórias no Brasil e no exterior. Além disso, ainda está nos planos conectar as empreendedoras com outras organizações e indivíduos relevantes que possam apoiar suas empresas, organizações ou comunidades na jornada para o crescimento. O programa irá reconhecer as primeiras mulheres empreendedoras em agosto de 2013.
Para participar do programa é necessário que a empresa seja de origem brasileira, de preferência em áreas fora de São Paulo e Rio de Janeiro, de médio porte e que sejam de setores nos quais as mulheres tenham mais dificuldades para estabelecer novos negócios e expandir.
As 15 empreendedoras selecionadas pelo programa serão avaliadas por um conselho formado por líderes empresariais, incluindo participantes, jurados das edições anteriores do Programa Empreendedor do Ano e sócias da Ernst & Young Terco.
Nos Estados Unidos, o Winning Women já está na 5ª edição. Outros países também promovem: Indonésia (3ª edição) e Reino Unido e África do Sul (primeira vez).

MINISTRA DE PORTUGAL APOSTA NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

"A construção de mais uma âncora de desenvolvimento sustentável no nosso  território é um momento relevante e marcante. Cria conhecimento, emprego  e dinamismo económico numa área que é a da conservação da natureza e da  educação ambiental, com o objetivo de ser atração do turismo nacional e  internacional", destacou a ministra, após a inauguração do espaço na Lezíria  Grande de Vila Franca de Xira, em plena Reserva Natural do Estuário do Tejo.
Dos dois milhões e trezento e cinquenta mil euros investidos no projeto,  a BRISA comparticipou em cerca de um milhão e trezentos mil euros e perto  de um milhão foi proveniente de fundos comunitários, tendo a promotora do  espaço, a Companhia das Lezírias, contribuído com cerca de 63 mil euros.
"Olhando para a Companhia das Lezírias, espero que ela se possa abrir  aos portugueses, nomeadamente nesta região  1/8Lisboa e Vale do Tejo 3/8, onde  habitam três milhões de pessoas, e que o EVOA possa ser um espaço de convívio  com a natureza, de trazer as pessoas ao mundo rural para que possam usufruir  e ajudar a preservar e a tornar vivo este território", frisou Assunção Cristas.
Na sua intervenção, o presidente da Companhia das Lezírias, destacou  o facto de o EVOA ser o "mais completo espaço de visitação de aves em Portugal".  António Saraiva espera que o projeto sirva para que, daqui a 10 anos, os  jovens olhem para o Tejo "com outros olhos".
Para o presidente da BRISA, Vasco Melo, o Espaço de Visitação e Observação  de Aves, tem um enorme potencial de valorização do património ambiental  e da biodiversidade em Portugal, mas também um enorme potencial como catalisador  de atividade económica e turística da região.
Os responsáveis pelo EVOA esperam que o espaço venha a receber, por  ano, entre 35 a 50 mil visitantes. O projeto criou quatro postos de trabalho  a tempo inteiro e um número indeterminado de postos de trabalho a tempo  parcial, correspondente aos monitores que vão dar apoio aos visitantes.
O EVOA, projeto desenvolvido em parceria com diversas entidades, públicas  e privadas, visa criar condições para atrair e fomentar a permanência de  diferentes espécies de aves, tendo em conta que o estuário acolhe mais de  200 espécies, com concentrações superiores a 120.000 aves, algumas raras.
O espaço criado permitirá a observação privilegiada de aves pelo público  em geral e, sobretudo, por comunidades de observadores de aves ("birdwatchers")  e por investigadores, potenciando o desenvolvimento de estudos científicos.
Por outro lado, o EVOA, situado na confluência dos rios Sorraia e Tejo,  tem componentes lúdicas e pedagógicas viradas essencialmente para as escolas  e as famílias.
O preço a pagar é de cinco euros para as escolas e de 12 euros para  os adultos.
O projeto permitiu criar três lagoas artificiais com cerca de 70 hectares,  dotadas de dissimuladores para observação de aves e vários percursos sinalizados  e de um Centro de Interpretação com uma exposição permanente e outra temporária,  bem como jogos e filmes sobre a temática das aves.

Brasileiros levam projetos de desenvolvimento sustentável a Moçambique


- Alunos do curso de mestrado em práticas em desenvolvimento sustentável da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) partem nesta quarta-feira (6) para a Região Norte de Moçambique, onde passarão duas semanas pondo em prática o que aprenderam na pós-graduação.

Eles integram a primeira turma do curso no Brasil. O curso foi criado no ano passado dentro da Associação Internacional de Mestrados em Práticas em Desenvolvimento Sustentável (GlobalMDP), que conta com 22 instituições em todo o mundo.

O coordenador do curso na UFRRJ, professor Rodrigo Medeiros, disse que a ideia da formação específica surgiu em 2008, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu especialistas para debater a questão e chegou à conclusão de que faltavam no mundo profissionais capacitados para lidar com os desafios do desenvolvimento sustentável.

Segundo Medeiros, a Comissão Internacional Sobre o Ensino para a Prática do Desenvolvimento Sustentável, da ONU, concluiu em 2008 que boa parte dos problemas de hoje, como pobreza extrema, miséria, endemias, deficiências na área de saúde e desigualdade de gêneros, é causada pela falta de profissionais com formação integrada, capazes de propor soluções ou gerenciar projetos inovadores e mais eficientes para resolver os problemas de desenvolvimento – “toda uma agenda de desenvolvimento que avançou muito pouco nos últimos 50 anos em todo o mundo.”

Medeiros lembrou que, por recomendação da comissão, no ano seguinte, foi criado o GlobalMDP, para repensar o processo de formação de profissionais com vocação para o desenvolvimento sustentável. A mobilização foi coordenada pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, com financiamento da Fundação McArthur.

O programa do curso é o mesmo em toda a rede e recebe profissionais das mais diversas formações, já que o problema de desenvolvimento não envolve apenas um ramo do conhecimento, disse o professor. “A motivação principal [do profissional] é trabalhar e estar a serviço da agenda de desenvolvimento. E aí o próprio programa vai trabalhar os conteúdos das áreas temáticas.”

Quando o aluno entra, explicou Medeiros, recebe formação nas áreas de ciências humanas e ambientais, de engenharia, de saúde e de instrumentos e ferramentas para gestão. “O objetivo é permitir que quem trabalha para essa agenda de desenvolvimento seja capaz de articular com profissionais de diferentes áreas de saber para propor projetos e soluções que sejam adequadas aos problemas de desenvolvimento de cada região”.

Um dos principais componentes deste mestrado é o treinamento de campo, dividido em três módulos, onde os alunos colocam em prática o que aprenderam em sala de aula. A primeira parte foi desenvolvida na Região Serrana do Rio, com comunidades que vivem em áreas de risco para problemas climáticos.

O segundo foi na Amazônia, com comunidades extrativistas e ribeirinhas no Amapá. “E o terceiro módulo, que é internacional, será na Região Norte do Moçambique, a mais populosa e também a mais pobre daquele país, para desenvolver projetos adequados a uma realidade totalmente diferente da brasileira.”

Em parceria com a Universidade de Lúrio (Unilurio), de Moçambique, os 17 brasileiros vão implementar projetos já iniciados na região de Niassa, como a análise do sistema de produção da agricultura familiar dessas comunidades, para o aperfeiçoamento das técnicas e o desenvolvimento do turismo, ainda pouco explorado no local. Depois das duas semanas, os estudantes voltam para o Brasil, onde concluem as análises e enviam o relatório para ser usado pelas comunidades.

Depois de concluir o mestrado, os profissionais serão monitorados durante cinco anos, para verificar o impacto que o curso terá na carreira deles. “A expectativa é devolver estes profissionais ao mercado e que eles sejam os agentes da mudança em suas instituições, para acelerar a reversão de indicadores que estão muito ruins em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.”

O edital para o mestrado em práticas em desenvolvimento sustentável da UFRRJ é lançado em março e as aulas começam em agosto, como no calendário escolar do Hemisfério Norte. Mais informações sobre a Associação Internacional de Mestrados em Práticas em Desenvolvimento Sustentável estão disponíveis no site www.globalmdp.org.

O desafio do desenvolvimento sustentável


Moradores da região mais rica de Vitória pediram ao prefeito eleito menos concreto e mais qualidade de vida
Os moradores do pedaço mais rico de Vitória, Praia do Canto e adjacências, se reuniram nessa terça-feira (28) com o prefeito eleito da Capital, Luciano Rezende, para tratar dos principais problemas que afetam a comunidade. Durante a audiência pública, a terceira da série de nove programadas pelo novo prefeito, o que mais se escutou foi o apelo por mais qualidade de vida e menos concreto.

O uso e a ocupação do solo foram um dos problemas que ganharam destaque na audiência. As pessoas se mostraram preocupadas com o adensamento da cidade, causado, em parte, pelos novos empreendimentos imobiliários que se espremem na exígua área de pouco mais de 93 quilômetros quadrados da ilha.

A fala de uma das moradoras ilustrou bem a aflição dos que se sentem com a qualidade de vida ameaçada: “Estamos impermeabilizando a cidade com cimento e degradando as paisagens. Essa concentração de imóveis não é saudável e a situação já atingiu um nível insustentável. Há prédios grudados e superdimensionados. Peço que isso seja revisto em nome das paisagens e de uma cidade mais sustentável”.

Em outras palavras, a moradora, que teve seu discurso replicado nas vozes de outros participantes da audiência, disse não ao desenvolvimento a qualquer custo, prática que se tornou corriqueira por aqui desde que o Estado fez a opção por abrigar as grandes plantas industriais das chamadas “poluidoras” – as maiores responsáveis pelo processo de deterioração da sagrada qualidade de vida.

Como não podia ser diferente, não demorou muito para os moradores tocarem na polêmica que já cerca a expansão do Shopping Vitória. O professor e economista Arlindo Villaschi, um dos críticos do novo empreendimento, provocou o prefeito eleito: “Acho muito pouco provável que a sua administração queira colocar Vitória no mapa brasileiro com a ampliação do Shopping”.

Mostrando-se atento às demandas da população, Luciano tranquilizou os participantes sobre o empreendimento, que teve ser vetado ou não pela sua caneta. Ele assegurou que está acompanhado cada lance da discussão com uma “lupa”.

O gabinete itinerante, como já escrevemos neste espaço, é sem dúvida uma iniciativa positiva do prefeito eleito. De outro lado, ao abrir esse canal de interlocução direta com a população, o futuro prefeito cria uma expectativa muito grande nas pessoas e, com toda a certeza, será cobrado por isso.

Para não correr o risco de frustrar a população com questões polêmicas como a expansão do Shopping, o prefeito eleito precisará muito mais do que uma lupa.

Na audiência, ele deu pistas de que poderia resolver a complexa equação qualidade de vida versus desenvolvimento partindo de uma solução que vem sendo adotado em outras cidades que se defrontam com o mesmo dilema. “São duas coisas que podem andar juntas, contribuir uma com a outra”, simplificou.

No discurso, parece até relativamente fácil conciliá-las. Mas na prática esses dois conceitos têm se mostrado, muitas vezes, antagônicos, ainda mais se considerarmos o histórico do Estado que, ao longo dos anos, tem se mostrado subserviente às imposições dos interesses financeiros e pouco ou nada sensível às demandas da sociedade.

Sem falar que conceito de qualidade de vida é um tanto relativo. Para algumas pessoas, por exemplo, no caso do projeto de expansão do Shopping, o fato de a cidade abrigar um megacentro de compras cercado de prédios comerciais e residenciais por todos os lados pode representar a falsa sensação de desenvolvimento, modernidade e riqueza, quando na realidade estaria ocorrendo exatamente o contrário.

cebds acompanha em doha sobre conferencia sobre mudanças climáticas

Associação empresarial acompanha discussões oficiais e side events da COP 18, que acontece de 26 de novembro a 7 de dezembro
 
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) participa da 18.º Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em Inglês), que acontece até 7 de dezembro, em Doha, no Qatar. A delegação do Conselho é formada por executivos e profissionais da Votorantim, Banco do Brasil, Itaú, Braskem, Cemig, EDP e Ecofrotas.
 
“Para o setor empresarial brasileiro, a COP é importante para entender as discussões que estão começando este ano e vão até 2015 e que definirão possíveis metas obrigatórias de redução de emissão de CO2 para o Brasil”, diz Marina Grossi, presidente do CEBDS.
 
Assim como o governo brasileiro, a associação empresarial que lidera os esforços do setor empresarial para a implementação do desenvolvimento sustentável no país se posiciona a favor da revisão e do aprofundamento das metas de redução de emissão, bem como de um segundo período de compromissos entre 2013 e 2020, com o maior número possível de países com metas de redução de emissão. O CEBDS apoia também um acordo pós-2020 mais abrangente, com a entrada dos BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e Rússia) e dos EUA.
 
Como o Brasil foi o primeiro dos BASIC a trazer metas voluntárias – redução de 36,1% a 38,9% das emissões potenciais do país em 2020 – uma das questões de maior importância para o setor empresarial brasileiro é o que será negociado na Plataforma Durban para o pós-2020, já que as metas obrigatórias de redução das emissões afetam diretamente o planejamento estratégico das companhias.
 
“Houve poucos avanços em questões fundamentais desde o fim da COP-17, em Durban, como por exemplo se vai até 2017 ou 2020, se haverá alteração para os países que já têm metas de redução, se alguns países vão deixar de ser signatários (Japão, Canadá, Rússia e Austrália ameaçam sair do Protocolo de Kyoto) e se haverá mudanças no MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo), devido ao preço insustentável do carbono no mercado internacional”, explica Fernando Malta, coordenador da Câmara Temática de Energia e Mudanças Climáticas do CEBDS, que estará em Doha acompanhando as discussões oficiais e os side events da Conferência.
 
Outro ponto relevante que estará em discussão no Qatar é o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas para os países. “Defendemos que as metas considerem o nível de desenvolvimento do Brasil em relação aos demais países e as responsabilidades históricas do total de emissões de cada país”, afirma Malta.
 
Também estará na pauta da COP-18 o Fundo Climático Verde, criado em 2009, mas que até hoje não alcançou os resultados pretendidos e tem metas agressivas de acumular 20 bilhões de dólares até 2020 e depois 100 bilhões de dólares por ano para mitigação e adaptação às mudanças climáticas. “Pouco foi acordado até o momento: não foram definidos a origem, o destino, a gestão e os critérios para o investimento dos recursos”, diz Malta.
 
No dia 4 de dezembro, o CEBDS vai lançar publicação com os resultados do Programa de Gestão de Carbono na Cadeia de Valor, que sensibilizou para as mudanças climáticas e capacitou para a produção do inventário de emissões dos Gases do Efeito Estufa (GEE) 32 fornecedores da Vale, Votorantim, Banco do Brasil e Itaú. Desse total, 22 já apresentaram inventários de emissão de GEE total ou parcialmente às empresas participantes, o que aponta que o projeto teve um aproveitamento de 70% dos fornecedores capacitados.
 
Sobre o CEBDS:
 
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) é uma associação civil que lidera os esforços do setor empresarial para a implementação do desenvolvimento sustentável no Brasil, com efetiva articulação junto aos governos, empresas e sociedade civil. Fundada em 1997, reúne hoje 76 expressivos grupos empresariais do país, com faturamento de cerca de 40% do PIB e responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos.  Representa no Brasil o World Business Council for Sustainable Development (WSBCD), organização global que conta com uma rede de mais de 60 conselhos nacionais e regionais em 36 países. O CEBDS é integrante da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21; do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético; do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas; do Fórum Carioca de Mudanças Climáticas, do Comitê Gestor do Plano Nacional de Consumo Sustentável e do Conselho Mundial da Água.

sábado, 1 de dezembro de 2012

SCS lança novo nome corporativo, marca de certificação e website


 Scientific Certification Systems, Inc., certificadora terceirizada veterana, anunciou hoje que está operando agora sob o nome comercial SCS Global Services. A nova identidade corporativa reflete a posição da empresa como uma líder global em serviços terceirizados de certificação, auditoria, testes e desenvolvimento de padrões no florescente campo de reivindicações ambientais, sustentabilidade e desempenho de qualidade. Seus amplos serviços são apresentados no novo website da empresa, http://www.scsglobalservices.com, que também tem navegação simplificada, destaca os recursos internacionais da empresa e ostenta a marca de certificação SCS Kingfisher.(Logo: http://photos.prnewswire.com/prnh/20120827/MM63583LOGO)
Agora em seu 28o ano, a SCS Global Services presta serviços em setores essenciais da economia verde, incluindo administração florestal, agricultura, pesca, energia, clima, construção verde, produtos manufaturados e impressoras. Com sede em Emeryville, Califórnia, a SCS Global Services opera em seis continentes, com 14 escritórios estratégicos e representantes regionais, além de uma grande rede de auditores. Entre seus clientes estão marcas bem conhecidas de produtos e de varejistas, bem como empresas de pequeno e médio porte, empreendimentos iniciais (start-ups) inovadores, órgãos governamentais e organizações não governamentais.
"Estamos ampliando as fronteiras da certificação e da transparência da sustentabilidade em selo ecológico (ecolabeling) desde o início", disse o presidente e fundador da SCS Global Services, Dr. Stanley Rhodes. "Nosso objetivo agora, como sempre, é separar os fatos da badalação da propaganda enganosa do verde (greenwashing), de forma que empresas e organizações que estão, de fato, fazendo uma diferença possam receber o reconhecimento que merecem e nos ajudar a guiar a transição para uma economia mais sustentável", declarou.
A cofundadora e vice-presidente sênior da empresa, Linda Brown, acrescentou: "Armados com informações bem documentadas, empresas, formuladores de política e consumidores ficam melhor equipados para fazer as escolhas certas".
Junto com seu novo nome comercial e logomarca corporativa, a SCS Global Services apresentou um novo símbolo global de certificação, o SCS Kingfisher. Os pássaros da espécie martim-pescador (kingfisher), espalhados por toda parte e amados em todo o mundo, são conhecidos por sua visão aguçada, plumagem colorida e por ser um caçador habilidoso. Largamente reconhecidos como indicadores da saúde ambiental, algumas espécies estão ameaçadas de extinção.
"O SCS Kingfisher, com o apoio da mensagem 'SCS Certified', é uma expressão clara do compromisso comprovado com o manejo ambiental de nossos clientes certificados, gestão responsável de recursos e proteção dos povos e das comunidades", disse o vice-presidente executivo Dr. Robert J. Hrubes.
A SCS Global Services opera de acordo com uma longa lista de credenciamentos reconhecidos nacional e internacionalmente, incluindo programas notáveis administrados pelas organizações Forest Stewardship Council (FSC), Marine Stewardship Council (MSC), Aquaculture Stewardship Council (ASC), US National Organic Program (NOP), Roundtable for Sustainable Biofuels (RSB), Safe Qualify Food (SQF), GlobalG.A.P., Verified Carbon Standard (VCS), American Carbon Registry (ACR), the Climate, Community and Biodiversity Alliance (CCBA), the California Air Resources Board (CARB) e outras.
A empresa é uma "chartered benefit corporation" e "Certified B Corp™". Foi nomeada uma das "5.000 Empresas de Crescimento Mais Rápido´ (Fastest Growing Companies) da Inc. Magazine, por três anos consecutivos.
"O crescimento que experimentamos demonstra o grau que a sustentabilidade alcançou no primeiro plano de um setor após o outro", disse Rhodes. "Como as empresas têm descoberto, essa é uma direção positiva, tanto para o ambiente como para seus resultados financeiros", declarou.
Contato Linda Brown +1.510.452.8000 lbrown@scsglobalservices.com

IRMÃOS MARISTAS PELA CAMPANHA NA APROVAÇÃO DA LEI DA ECONOMIA SOLIDÁRIA

De 28 a 30 de novembro, a Rede Marista de Solidariedade, do Grupo Marista, promove a I Feira de Economia Solidária da Pontifica Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e a Campanha pela Lei de Economia Solidária, no Bloco Amarelo da Universidade em Curitiba. O objetivo é proporcionar espaço para comercialização de produtos e serviços realizados por grupos/empreendimentos que trabalham na perspectiva da Economia Solidária e que fazem parte do Fórum Paranaense de Economia Solidária, além de disseminar informações sobre o movimento no Brasil e desenvolver ações de apoio à Campanha pela aprovação da Lei de iniciativa popular por um Brasil Justo e Sustentável – Lei de Economia Solidária.

De acordo com Marco Antônio Barbosa, assessor da Rede Marista de Solidariedade, a Economia Solidária não visa vantagem a qualquer custo, preocupa-se verdadeiramente com o ser humano e o meio ambiente, e busca o fortalecimento do movimento e dos grupos. “Além de ser um espaço de comercialização e divulgação de produtos e serviços, a Feira sinaliza uma alternativa de geração de trabalho e renda que favorece a inclusão e também incentiva a Campanha pela Lei de Economia Solidária”.

Com a Campanha pela Lei da Economia Solidária, o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) mobiliza a população para reconhecer no Brasil o direito ao trabalho associado e a economia solidária como forma de organização digna do trabalho. A meta é recolher aproximadamente um milhão e trezentas mil assinaturas. A Rede Marista de Solidariedade, com o objetivo de contribuir para alcançar essa meta, realizará a campanha durante a Feira, que contará também com palestras e debates.

O evento é gratuito e para participar da Campanha basta levar o título de eleitor. Confira a programação ao lado.

Sobre a Rede Marista de Solidariedade
A Rede Marista de Solidariedade abrange programas, projetos e ações de promoção e defesa dos direitos das crianças e dos jovens desenvolvidos em todas as áreas de atuação do Grupo Marista. A Instituição Marista tem status consultivo na Comissão de Direitos Humanos da ONU, por meio da Fundação Marista de Solidariedade Internacional. A rede desenvolve iniciativas para a efetivação dos direitos da criança, como o Centro Marista de Defesa da Infância. Representantes da Rede Marista de Solidariedade participam de conselhos, fóruns e redes nas áreas de educação, direitos da criança e do jovem, assistência social e saúde nos níveis municipais, estaduais e nacional. A rede também atende diretamente cerca de 16 mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, de maneira contínua, em 25 unidades sociais e nos programas de bolsas de estudo para a Educação Básica, Profissional e Ensino Superior. 

Brasil já conta com 81 bancos comunitários que melhoram a vida em localidades carentes



   






O Brasil já conta com 81 bancos comunitários, criados para fomentar a economia de comunidades carentes, graças ao apoio da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os Bancos Comunitários de Desenvolvimento (BCDs), como são formalmente conhecidos, dão suporte às populações desfavorecidas e destacam-se pela prática da Economia Solidária, voltada para o combate à extrema pobreza no país.
Do total de bancos comunitários em funcionamento, 20 mantêm correspondência para recebimento de contas e realização de pequenas operações bancárias. A atuação mais relevante das instituições solidárias, no entanto, é a concessão de crédito às populações carentes, permitindo assim uma dinamização da economia a partir das microfinanças dos correntistas. Os recursos totais movimentados pelos BCDs já superam R$ 21 milhões, com o benefício de que esses recursos permanecem dentro dos limites das comunidades locais.
A iniciativa permite melhorar a vida das pessoas que moram na comunidade atendida, pois amplia as possibilidades de trabalho, renda e profissionais, aquecendo a economia local e proporcionando o desenvolvimento da região, explica Fabíola Castro, chefe da Sessão da Economia Solidária da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG).
O mais recente banco comunitário foi instalado há duas semanas em Esmeraldas, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A exemplo do BCD de Esmeraldas, os bancos comunitários se apoiam em uma série de dinâmicas locais para expandir a renda da população dos locais onde atuam. O interesse pelos BCDs é maior em comunidades rurais, em favelas e bairros de periferia das grandes cidades, além de territórios isolados, como os da região Amazônica e áreas de quilombolas.
Como instituições de fomento, os bancos comunitários operam com fundo de crédito solidário, moeda social, apoio a feiras de produtores e como correspondentes bancários de instituições públicas federais.
Microfinanças
Graças à moeda social, aceita apenas nas trocas comerciais locais, os moradores conseguem fazer com que o dinheiro circule e permaneça na própria comunidade. É esse princípio das finanças solidárias que leva as economias carentes a se fortalecerem, criando oportunidades de negócio e de investimentos.
A Esmeralda, moeda local do BCD de Esmeradas, deverá produzir efeito semelhante, espera Fabíola Castro. A ideia é que aumente o dinheiro circulante na comunidade, fazendo com que os moradores deem preferência às compras no comércio local, em vez de se deslocarem para outros municípios.
Ao se preocuparem com o território ao qual pertencem seja uma comunidade, um bairro ou um pequeno município , os bancos comunitários procuram financiar e orientar a construção de empreendimentos produtivos, de prestação de serviços e de consumo no próprio território. O maior objetivo e compromisso é a construção de redes locais de Economia Solidária mediante a articulação de produtores, prestadores de serviços e consumidores locais, define o coordenador-geral de Comércio Justo e Crédito da Senaes, Haroldo Mendonça.
Educação financeira
Adicionalmente aos ganhos econômicos, as populações atendidas pelos bancos comunitários contam com o benefício da educação financeira. O contato mais próximo com os correntistas faz dessas instituições uma ferramenta de acesso aos serviços bancários. Como instrumentos que visam superar a segregação e exclusão de parcela importante de cidadãos brasileiros, os BCDs integram o Plano Brasil Sem Miséria, do governo federal.
Os bancos comunitários são inspirados no conceito de microcrédito, criado pelo indiano Muhammad Yunus que, por isso, ganhou o Nobel da Paz em 2006. A ideia é simples, mas revolucionária: os moradores de baixa renda, que não têm acesso aos financiamentos de bancos tradicionais, podem pegar empréstimos sem juros. O empréstimo é feito em uma moeda local e que equivale ao Real. Esse dinheiro é aceito em estabelecimentos do bairro, como mercado, açougue, cabeleireiro e drogaria. Assim, os recursos circulam na própria comunidade, fazem crescer a economia local e acabam fomentando novos empreendedores na região.

Unisol debate futuro da economia solidária



A Unisol Brasil (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários), entidade de economia solidária criada pelo Sindicato há 13 anos, discutirá de quarta, dia 21, a sexta-feira, dia 23, o futuro do setor em seu 3º Congresso Nacional, que acontece no Cenforpe, em São Bernardo.

O evento realizado a cada três anos reunirá cerca de 800 representantes de empreendimentos solidários de todo o País, que são filiados à entidade, além de representantes do governo federal e de cooperativas internacionais.

A abertura acontece nesta quarta, a partir das 9h, com um Seminário Nacional. O tema será “Desenvolvimento Sustentável da Economia Solidária Brasileira”, com apresentação do balanço da última gestão da Unisol e projetos de interesse da Economia Solidária.

Segundo Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, diretor administrativo do Sindicato, a economia solidária é uma das bandeiras da categoria e por isso é importante defender ações para o setor.

“Em alguns países o cooperativismo é um segmento econômico importante do PIB nacional, mas no Brasil esse segmento sofreu distorções pelo mau uso dessa possibilidade”, disse o dirigente.

“A Unisol é uma entidade que articula projetos importantes da classe trabalhadora como alternativa de geração de emprego e renda com o controle dos trabalhadores”, completou Barba.

Atualmente, a Unisol apoia 750 empreendimentos de 11 setores econômicos diferentes, espalhados por 27 Estados brasileiros. Cerca de 70 mil famílias são beneficiadas pelas cooperativas ligadas à central de cooperativas.

Seu presidente, Arildo Mota Lopes, acredita que os debates trarão subsídios para políticas que o governo federal desenvolve para os empreendimentos solidários.

“Com essas discussões indicamos quais política públicas são necessárias para programar ou viabilizar o andamento e crescimento dos empreendimentos solidários em diversos setores”, disse Arildo.

Empreendedorismo Social e Economia Solidária: Banco Comunitário



O presente trabalho abordou o empreendedorismo social que se apresenta como conceito em desenvolvimento, mas com características teóricas e metodológicas. O processo empreendedor envolve todas as funções, ações, e atividades associadas com a percepção de oportunidades e criação.

Através disto, experiências de sucesso surgem na ideia de uma nova economia à base de confiança e solidariedade: a chamada economia solidária, a qual vem se tornando modelo de crédito utilizado, tanto no Brasil como em outros países. As redes solidárias tem sido uma ferramenta muito importante para fortalecimento da economia solidária, através dos bancos comunitários como ferramenta de desenvolvimento de uma determinada localidade.

A pesquisa buscou avaliar se a implantação do Banco Comunitário e o modelo de gestão utilizado serão instrumentos de fortalecimento da economia local do conjunto PAAR. As pessoas estão dispostas a se dedicar ao trabalho e às metas e objetivos para que isso traga retorno e sustentabilidade para comunidade pelo esforço e dedicação. Os Bancos Comunitários tem sido uma iniciativa que parte da organização solidária da comunidade que se propõe a usar e promover práticas financeiras para inclusão sócio-econômica de um público com restrições, ou sem acesso ao sistema financeiro comum.

Em virtude destes conceitos indispensáveis. Por tanto foi realizada uma pesquisa de campo através da aplicação de questionários sócio-econômicos de produção e consumo juntamente com Conselho Comunitário do PAAR, localizado no conjunto PAAR, bairro do Coqueiro, Ananindeua/PA. A implantação do Banco trará para o conjunto PAAR mais qualidade de vida para a população através de transações bancária e inclusão social auxiliando os moradores por meio da moeda circulante local (Ananin), fortalecendo a economia através de compra e venda de seus produtos e serviços, onde os interesses financeiros coincidem com os interesses sociais. Promovendo assim o desenvolvimento local

ministerio do desnvolvimento agrário discute economia solidária

Representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) participam, até esta quinta-feira (8), do Seminário Nacional de Entidades Parceiras da Economia Solidária. O evento, no auditório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é organizado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes/MTE).
O seminário discute assuntos relacionados aos principais eixos da economia solidária (educação, comercialização e crédito), além de esclarecer dúvidas sobre a execução de convênios e prestação de contas e, também, tem o intuito de fortalecer o diálogo com outros programas do governo federal.
A secretária de Desenvolvimento Territorial do MDA, Andrea Butto, participou da abertura do seminário, que contou com a presença do secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer. Também estiveram na abertura do evento a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, e representantes da Rede Brasileira de Gestores Públicos em Economia Solidária.
Territórios da Cidadania
Segundo Andrea Butto, a Secretaria Nacional de Economia Solidária trabalha com programas estratégicos do governo federal, entre eles o Programa Territórios da Cidadania, que possui mais de 20 ações no campo da economia solidária. “A participação da SDT no evento visa expor as ações do Territórios da Cidadania, apresentando as atividades do programa em 2012 e fazendo um chamamento da consolidação da estratégia territorial em articulação com a economia solidária”, afirmou.
Durante o seminário, Andrea lembrou que o objetivo do Territórios da Cidadania é superar a pobreza rural e reduzir as desigualdades. “O programa vem gerando uma força e deixou de ser de redução da pobreza para se tornar um programa de desenvolvimento rural. A prioridade tem sido o processo de iniciativa popular para construir o desenvolvimento rural. O programa Territórios da Cidadania inclui a população rural num circuito virtuoso de desenvolvimento”, explicou ela.
Desafios
Segundo Andrea, entre os desafios está o fortalecimento de gestão dos territórios e integrar o Programa Territórios da Cidadania, que cuida da pobreza rural, com o Plano Brasil Sem Miséria, que combate a pobreza extrema.
Para Rosângela Gomes de Sousa, da Cooperativa Central dos Catadores e Catadoras do ABC, a proposta do seminário é interessante.  “Em geral, há uma dificuldade na articulação destas políticas. Os ministérios precisam de uma ação mais integrada e o seminário traz isso”, destacou.
Durante o seminário são abordados temas sobre a política de economia solidária, desafios e perspectivas, ações, assistência técnica, créditos e finanças solidária, comercialização, orientações e esclarecimentos dos processos de gestão dos convênios celebrados com as entidades nacionais.

Indústria de reciclagem de plástico a trabalhar muito abaixo da sua capacidade

O aprovisionamento de material é a principal dificuldade com que se debate a indústria de reciclagem de plástico em Portugal, que utiliza apenas 50 por cento da capacidade instalada. É uma das conclusões do estudo “Caracterização e Enquadramento Estratégico da Actividade de Reciclagem de Plásticos em Portugal”, promovido pela Plastval, que foi apresentado esta sexta-feira, em Lisboa.
«O sector está a trabalhar largamente abaixo do seu potencial», salientou Nuno Aguiar, Gestor Operacional da Plastval, durante a apresentação do estudo, realizado no último ano e meio, para o qual foram auscultadas 17 empresas, que representam cerca de 80 por cento da capacidade instalada no mercado (136 480 toneladas/ano). «A capacidade instalada é suficiente para suportar, pelo menos, uma duplicação das taxas de reciclagem», conclui o estudo. A meta europeia fixada para 2011, e que Portugal cumpriu, era a reciclagem de 22,5 por cento do total de embalagens de plástico colocadas no mercado.
Actualmente, quinze por cento dos materiais reciclados pela indústria são importados, o que significa que «estamos a trabalhar para as metas dos países de onde estes materiais são originários», observou ainda o gestor.
Por outro lado, mais de 60 por cento dos materiais que seguem para reciclagem são provenientes da Sociedade Ponto Verde, o que confere à indústria uma capacidade de negociação «praticamente nula» no diálogo com os fornecedores. A jusante, a elevada volatilidade dos preços num mercado em que os reciclados competem directamente com as matérias-primas virgens, dão pouca margem de manobra à indústria para se manter sustentável.
Rui Toscano, presidente da Plastval, sublinhou justamente a dificuldade das empresas em trabalhar num ambiente destes, sem deixar de apontar caminhos para o futuro que passam pela integração com outras actividades, a eficiência e a inovação. «É a maneira de se poder ganhar alguma competitividade», observou o responsável da sociedade, criada em 1996 por um conjunto de indústrias representativas do sector do plástico, na sequência Directiva Embalagens.
Apesar das dificuldades, as 17 empresas envolvidas no estudo foram responsáveis, em 2010, por um volume de negócios de 28,5 milhões de euros.

Seminário reúne representantes do ramo infraestrutura em Brasília


Com o objetivo de promover o debate sobre a inserção das cooperativas de infraestrutura no atual cenário de energia elétrica brasileiro, o Sistema OCB realizou nesta quarta-feira (28/11) o Seminário Nacional das Cooperativas do Ramo Infraestrutura. Com a presença de lideranças do setor, parlamentares e representantes da Agência Reguladora do setor (Aneel), o encontro trouxe à tona informações relevantes para definir estratégias em prol do crescimento das cooperativas do ramo infraestrutura. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, em uma rápida abertura do evento, destacou como principal meta para o próximo ano a conquista de um marco regulatório específico para o setor.


Momento oportuno - Em seguida, o senador Waldemir Moka, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), destacou o momento oportuno vivido pelo setor para a realização do Seminário. “Estamos discutindo, no âmbito do Poder Legislativo, a Medida Provisória 579/2012, que trata da renovação das concessões do setor elétrico. E a diretoria da Frencoop tem trabalhado na Comissão Mista que discute a proposta para que as novas regras não causem impactos negativos às cooperativas de eletrificação rural, que possuem como característica principal o alcance de municípios pouco atrativos para as grandes empresas”, pontuou. Segundo Moka, a atividade desempenhada pelas cooperativas do ramo possui grande impacto social e econômico, responsável por fornecer distribuição e geração de energia elétrica, telefonia e de abastecimento de água ao interior do país.


Revisão tarifária - Dentre os principais pontos discutidos no evento, destaque para a construção da metodologia de revisão tarifária para as cooperativas de eletrificação. Após os ajustes necessários, a Aneel apresentará a versão final, contemplando as propostas do Sistema OCB. A aprovação da MP 579/2012, mencionada pelo senador Moka, também esteve entre os pontos mais debatidos. “A MP visa diminuir o custo da energia elétrica para o consumidor final em todo o país, porém, as ações previstas no texto da medida podem comprometer os investimentos no setor elétrico e, ainda mais, prejudicar sensivelmente pequenos operadores desse sistema, incluindo as cooperativas de eletrificação”, explica o analista de Ramos e Mercados da OCB, Marco Olivio Moratto. “O Sistema OCB tem trabalhado ativamente – em parceria com a Infracoop – para garantir que as emendas à MP apresentadas pelo setor cooperativista minimizem os impactos negativos do texto e do atual ambiente regulatório do setor elétrico para o cooperativismo”, complementou.


Novo modelo  de governança - No âmbito da atuação do ramo em 2013, o atual coordenador do Conselho Consultivo, Valdir Pimenta, ressaltou como fundamental o novo modelo de governança adotado pelo Sistema OCB. “Teremos a partir de agora um diretor sempre presente às reuniões e todas as decisões farão parte, automaticamente, da pauta do Conselho da OCB. Este é um avanço essencial para que se consolide a cultura do Ramo Infra. Conseguiremos agir como sistema dentro do ramo”, enfatizou. E retomou: “A construção do marco regulatório é o nosso grande compromisso com a OCB no médio e longo prazos”.

Cooperativas revolucionam vida de catadores

Retomar os estudos interrompidos no 8º ano, morar com o filho na mesma casa e cursar faculdade. Os atuais planos de Ivanilda Conceição Gomes, 26 anos, podem parecer simples, mas apenas quatro anos atrás, quando ela ainda trabalhava em um lixão de Maceió (AL), nem mesmo sonhos a catadora acreditava que podia ter. “Que futuro a gente podia sonhar ali? A gente trabalhava pesado para tirar o sustento do dia seguinte. Para mim, o que mais mudou com a cooperativa foi a minha autoestima”, relembra.


A história de Ivanilda, que trabalha na Cooperativa dos Catadores da Vila Emater (Coopvila), em Maceió, une-se ao relato de mais de 1,5 mil catadores de todo o Brasil e de 15 países da América Latina. Eles estarão reunidos até sexta-feira (30) para trocar experiências na capital paulista, durante a quarta edição da Reviravolta Expocatadores.


“Aqui as pessoas se encontram para fazer um intercâmbio. Tem cooperativas em diferentes níveis de organização. Há algumas que estão dentro de lixão ainda. A interação faz com a gente consiga resolver os problemas”, diz Severino Lima Júnior, da equipe de articulação do Movimento Nacional de Catadores de Rua (MNCR), entidade organizadora do evento. O movimento estima que mais de 600 mil pessoas no país trabalhem na coleta de materiais recicláveis.


Coopvila reúne 27 trabalhadores da periferia de Maceió, no mesmo local onde funcionava um antigo lixão desativado há dois anos. Ivanilda conta que no começo foi difícil manter o nível de faturamento que os catadores tinham quando buscavam o material no lixão. “As pessoas trabalhavam dia e noite e tinha muita concorrência. Dava para pegar mais coisa, mas a gente corria muito risco. Não sei como a gente não pegava doença naquela época”, relata.


A catadora relata que nos primeiros três meses cada cooperado ganhou apenas R$ 92. “Agora cada um leva uns R$ 400 por mês, que é parecido com o que se conseguia antes”, comemora. Para aumentar o faturamento, eles saíram a campo para conquistar os atuais 80 parceiros, entre condomínios, lojas e supermercados. “Para aumentar essa quantidade, a sociedade precisa se sensibilizar e separar o lixo”, defende. Apesar de um rendimento ainda abaixo do salário mínimo, Ivanilda aponta que a organização trouxe outros ganhos, como segurança e direitos trabalhistas.


O MNCR aposta que relatos como o da cooperativa alagoana ajudam outras entidades a persistirem no processo de organização. “As pessoas observam as conquistas dos outros e sabem que podem avançar também. O modo de resolver os problemas também são divididos, por exemplo, como acessar os recursos disponíveis em projetos governamentais”, avaliou Severino.


Como resultado do processo de organização dos catadores, iniciado há 11 anos, Severino destaca a possibilidade de as cooperativas poderem acessar diretamente os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Banco do Brasil.


Durante a abertura do evento nesta quinta-feira (29), o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, entregou um cartão simbólico para os catadores. “Vou falar para a presidenta Dilma que devemos continuar a apoiar os catadores que por muito tempo estiveram excluídos”, destacou.


“Agora a gente não precisa ficar pedindo caminhão, prensa, equipamentos nas prefeituras. É uma grande conquista. A gente tem a mesma possibilidade das grandes empresas. É o reconhecimento que as cooperativas têm condições de assumir compromissos financeiros”, avaliou o representante do MNCR. De acordo com o Banco do Brasil, o crédito é concedido a partir da avaliação da capacidade de assumir os empréstimos de cada cooperativa e pode ser pago em até 60 vezes com juros pelo menos três vezes menor que o mercado.


Os recursos vão ajudar o presidente da Associação de Catadores de Nilópolis (Acaman), Luiz Antônio Facchini, 60 anos, a mudar o modo de produção na cooperativa fluminense. “A gente prensa o plástico com o pé e o material a gente pega com um carro velho”, relata. Apesar da falta de equipamentos, os dez cooperados da Acaman faturam cerca de R$ 800 por mês, segundo o presidente.


A associação é a esperança de uma aposentadoria para Luiz, que trabalha com reciclagem a 20 anos, dos quais 16 foram na rua. “Tinha muito preconceito. Agora as pessoas olham diferente quando você diz que trabalha em uma associação de reciclagem”, declarou.


Na pauta da organização dos catadores, está a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). “O catador é peça fundamental nesse processo. As prefeituras vão ser estimuladas a firmar parcerias com as cooperativas, pois só assim vão poder acessar determinados recursos federais. Nós também estamos nos preparando para isso, para receber a demanda que vai aumentar”, prevê.