quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Empreendedorismo é mito

 Diogo Teles e José Simões conheceram-se por acaso, apresentados por um professor universitário do primeiro (e amigo do segundo), na Universidade de Aveiro. José Simões andava à procura de um sócio - uma pessoa que quisesse entrar com ele num negócio: uma aplicação móvel de descontos em tempo real. Diogo trabalhava na altura numa empresa, mas alinhou. Às dez horas de trabalho diário começou a juntar mais de metade: a Mobitto começou assim, entre conversas de Skype, à distância.

Pouco tempo depois, José e Diogo mudaram-se para Madrid. A empresa tinha sido aceite na Startupbootcamp (membro do Global Accelerator Program) na capital espanhola. "É a recordar esta história que vejo que não tem magia nenhuma", diz Diogo Teles.
Da ideia - que surgiu a propósito do mestrado de José sobre as questões de personalização de publicidade - passaram ao conceito da empresa. A Mobitto nasceu como aplicação móvel de descontos em tempo real, de maneira a que as empresas aderentes pudessem dar conta de ofertas de última hora e que os utilizadores pudessem usufruir de preços e condições especiais.
Era preciso investir (ao todo, José e Diogo terão investido cerca de 30 mil euros) e poupar. Por isso, em Madrid viviam com uma terceira pessoa num T0. E, sempre que regressavam a Lisboa, comiam em casa dos pais do José para pouparem nas refeições. Só que quase nunca se acerta à primeira.
"Criámos uma plataforma de promoções em real time mas percebemos que nunca iria funcionar na Europa por duas razões: existem muitos tubarões na área e, passado pouco tempo, os pequenos empresários - os principais parceiros - e os clientes deixariam de usar a aplicação porque, por serem tão próximos, podiam interagir pessoalmente. Aí, deixávamos de ser uma mais-valia", justifica Diogo

Promoção do empreendedorismo nas escolas continua a ser aposta da Nersant



O objectivo é despertar os alunos do ensino básico e secundário para a importância da actividade empresarial e orientá-los para a construção de uma ideia de negócio.




EmpCriança - Empreender no Ensino Básico e EmpreEscola - Empreender no Ensino Secundário são os dois projectos de empreendedorismo que a Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém se encontra a dinamizar há já alguns anos e que têm dado frutos junto das escolas aderentes. O objectivo é despertar os alunos do ensino básico e secundário para a importância da actividade empresarial, incutindo-lhes diversos conceitos associados a esta actividade, e promovendo uma monitorização dos projectos empresariais que vão sendo criados pelos alunos.
Embora com objectivo semelhante, na prática estes projectos têm algumas diferenças, dada a idade do público-alvo que cada um deles envolve. Enquanto no EmpCriança as crianças do Ensino Básico são impelidas pelos professores a criarem uma mini-empresa, passando a apreender diversos conceitos ligados ao mundo empresarial, como multinacional, lucro, marketing, entre outros, no EmpreEscola já se propõe a realização de um plano de negócios da empresa idealizada pelo aluno, plano este que será apresentado no final do ano lectivo perante toda a comunidade escolar, Nersant e ainda perante um júri. O prémio é apoio técnico para a constituição da empresa, caso os alunos decidam enveredar por essa via.
A diferença fundamental é que no EmpreEscola, por se tratar de alunos do Ensino Secundário, existe uma grande probabilidade da ideia de negócio desenvolvida ser efectivamente concretizada, uma vez que este projecto tem como finalidade despertar os alunos para esta via profissional, tão pouco escolhida hoje em dia.
De acordo com António Campos, presidente da Comissão Executiva da Nersant, Portugal é dos países que apresenta uma taxa mais elevada de criação de empresas, mas é também dos países com maior índice de mortalidade de empresas. “Estes dados mostram que apesar de sermos um país muito empreendedor, há um problema na formação dos nossos jovens empresários que é necessário combater. Não chegam as boas ideias, há que saber fazer um plano de negócio, saber se a empresa é viável. Sensibilizar os jovens para essa questão, é um dos objectivos destes projectos”, diz António Campos.

Próxima acção é formação acreditada a professores
No âmbito dos projectos de empreendedorismo da Nersant, a próxima acção a arrancar é a formação acreditada aos professores do ensino básico que estão a dinamizar o projecto junto dos alunos do EmpCriança.
Esta formação acreditada visa dar a conhecer o projecto EmpCriança aos professores responsáveis pelo acompanhamento dos alunos, apresentando-lhes ao mesmo tempo os diversos materiais didácticos com que irão trabalhar. Neste momento, a Nersant encontra-se a reformular o projecto, pelo que estão a ser trabalhados novos materiais pedagógicos, como o manual do professor, entre outros.
As escolas interessadas em aderir ao EmpCriança e ao EmpreEscola ainda o podem fazer, bastando para tal contactar a Nersant através do número 249 839 500 ou do e-mail datic@nersant.pt.

Mais de dois mil alunos já envolvidos
Desde a sua implementação, o EmpCriança e o EmpreEscola somam já a participação de 2026 crianças e jovens, 105 escolas, 194 professores e ainda o envolvimento de 134 empresas. Só no corrente ano ano lectivo, a Nersant encontra-se a coordenar a participação de 1200 crianças no EmpCriança e de 250 jovens no EmpreEscola.





692 euros para jovens licenciados que criem cooperativas


O programa COOPJOVEM, destinado a apoiar a criação de cooperativas, prevê a atribuição de uma bolsa de 691,71 euros aos jovens licenciados interessados em desenvolver um projeto, que exige dedicação exclusiva.


A portaria que regulamenta o COOPJOVEM, programa de apoio ao empreendedorismo cooperativo, foi esta quinta-feira publicada em Diário da República e estabelece três iniciativas: acesso a uma bolsa para desenvolvimento do projeto, apoio técnico e acesso a crédito bonificado ao investimento no âmbito do MICROINVEST.
Podem concorrer ao COOPJOVEM, jovens com idades entre os 18 e os 30 anos e, pelo menos, o 9.º ano de escolaridade, interessados em criar uma nova cooperativa com um mínimo de cinco e um máximo de nove cooperantes.
Podem também candidatar-se ao programa empreendedores entre os 18 e os 40 anos com, pelo menos, o 9.º ano escolaridade que pretendam criar uma nova secção, com um limite de nove jovens agricultores, numa cooperativa já existente e que tenha até 10 trabalhadores.
Para apoiar os jovens no desenvolvimento da cooperativa, o programa prevê a atribuição de bolsas, exigindo em contrapartida "dedicação exclusiva dos jovens à concretização do projeto apresentado".
A bolsa tem um valor máximo de 691,71 euros para jovens com ensino superior completo (correspondente a 1,65 vezes o indexante dos apoios sociais), 544,99 para jovens com ensino secundário completo (1,3 vezes o IAS) e 419,22 para quem não concluiu o ensino secundário, durante um período mínimo de dois meses e máximo de seis meses.
Os beneficiários da bolsa terão que apresentar relatórios de progresso do projeto e podem candidatar-se às linhas de crédito do MICROINVEST.
Neste âmbito, são elegíveis os projetos de investimento que criem, pelo menos, um posto de trabalho na nova cooperativa ou de que resulte "a criação líquida de postos de trabalho nas cooperativas agrícolas já existentes".
As candidaturas ao programa devem ser apresentadas à CASES (Cooperativa António Sérgio para a Economia Social), entidade que será responsável pela validação dos projetos.

SDR assina convênios com cooperativas da região de Erechim


O secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Ivar Pavan, assinou nesta quarta-feira (26), convênios com a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Rio Grande do Sul (Unicafes) e com a Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária (Cresol). O convênio com a Unicafes foi de R$ 160 mil e com a Cresol foi no valor de R$ 240 mil.

Em seu pronunciamento, o titular da SDR, Ivar Pavan, falou da importância que as cooperativas têm para o desenvolvimento da agricultura familiar no Estado. “O cooperativismo tem na sua essência a solidariedade e por isso é o elo para o fortalecimento dos agricultores familiares”, garantiu Pavan.Segundo o representante da Cresol, Carlos Copercini, hoje o crédito não é mais problema. “Nosso desafio está na aplicação dos recursos. O objetivo é poder dar uma boa orientação aos associados para viabilizar a agricultura familiar”, disse Copercini.

Para o presidente da Unicafes, Clamir Balen, esses recursos irão ajudar a dar qualidade no trabalho que já vem sendo desenvolvido e desta forma fortalecer o projeto que visa criar uma rede de cooperativas. “O desafio é que a Unicafes assuma a elaboração deste grande projeto que atenda os diferentes ramos do cooperativismo para uma estruturação das mesmas”, afirmou Balen.

Durante a cerimônia foi apresentado o acordo feito entre o Governo do Estado e a Cooperativa Central Agrofamiliar (Agricoop) ) que prevê a devolução de cinco unidades da antiga estatal Companhia Riograndense de Laticínios e Correlatos (Corlac) ao Estado do Rio Grande do Sul e que foi assinado pelo governador Tarso Genro, na última quarta-feira (19).

De acordo com o presidente da Agricoop, Mario Farina, esse acordo tem um significado muito grande, pois vai possibilitar reinvestir nos meios de produção e garantir o escoamento da produção aos produtores associados.

O ato foi realizado na Câmara de Vereadores de Erechim e teve a presença de representantes de cooperativas, sindicatos, vereadores regionais, Emater, os diretores da SDR, Gervásio Plucinski (Cooperativismo/DCOOP), José Batista (Agricultura Familiar/DAF) e o chefe de gabinete, Inácio Beninca.

COOPERATIVAS DO PR: Número de cooperados se aproxima de um milhão

As 240 cooperativas paranaenses vinculadas ao Sistema Ocepar estão cooperativas parana encerrando 2012 com quase um milhão de cooperados. Atualmente são 900 mil, ou seja, praticamente o dobro do registrado há cinco anos.


Em 2007, o número de cooperados somava pouco mais de 450 mil. A expansão vem se acelerando especialmente nos últimos anos e está sendo puxada pelo ramo crédito, composto no Paraná por 65 cooperativas, que possuem aproximadamente 700 mil cooperados e unidades de atendimento em todo o Estado. Na sequência, vem o ramo agropecuário com 135 mil cooperados e o saúde, com 13 mil cooperados. “As cooperativas de crédito vêm democratizando o acesso aos recursos financeiros para milhares de pessoas por meio de sua capilaridade e forte vínculo com as ações locais e regionais. Além de oferecer produtos e serviços de qualidade, promovem a inclusão financeira, já que em muitos municípios são a única instituição financeira disponível para a comunidade”, afirma o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. “Com certeza, este será o ramo que continuará crescendo de forma geométrica, propiciando alavancar investimentos de nossos setores produtivos”, acrescentou. Ele lembra ainda que as cooperativas de crédito estão superando os R$ 13 bilhões em ativos em 2012.


Postos de trabalho – De acordo com Koslovski, o cooperativismo paranaense também registra um aumento expressivo na abertura de novas oportunidades de empregos. “Até 2011, o setor era responsável pela geração de 1,5 milhão de postos de trabalho e neste ano houve um incremento de mais 100 mil vagas, graças à adesão de novos cooperados e colaboradores dentro do Sistema. Dessa forma, estamos gerando em torno de 1,6 milhão de postos de trabalho, dos quais 67 mil são empregos diretos”, frisou.


Movimentação econômica – Outro resultado comemorado pelas cooperativas do Paraná é a movimentação econômica recorde superior a R$ 37 bilhões que deverá ser atingida em 2012.  Segundo o presidente da Ocepar, além do aprimoramento na gestão, o setor tem crescido com base em um trabalho intenso de formação, treinamento e capacitação de cooperados, dirigentes e colaboradores, desenvolvido com o apoio do Sistema Ocepar. Nos últimos cinco anos foram realizados 19.920 eventos de capacitação com 596.383 cooperativistas treinados em todo o Estado. Somente em 2012, foram quase 5.000 eventos com cerca de 140 mil pessoas capacitadas em todo o Estado, representando investimentos na ordem de R$ 25,6 milhões.


Outros investimentos – Já em melhoria da infraestrutura, ampliação das agroindústrias e inovação tecnológica, o setor cooperativista paranaense destinou mais de R$ 5,7 bilhões nos últimos cinco anos, “sempre visando garantir serviços de qualidade aos cooperados”, ressalta Koslovski. Em 2012, as cooperativas do Paraná investiram R$ 1,3 bilhão nessas áreas e a expectativa é de que no ano que vem o setor mantenha esse patamar de recursos aplicados.

Exportações de algodão seguram cooperativas do MT



As exportações das cooperativas em Mato Grosso seguem em ritmo acelerado. Em 2012, até novembro, foram enviados em produtos US$ 292,9 milhões para o exterior. O volume é 47,93% ou US$ 94,9 milhões superior aos US$ 198,01 milhões embarcados em 2011.
O algodão é o responsável por 57% dos embarques, seguido do  complexo soja com 36%. Para o setor cooperativista, a tendência é que o atual cenário mantenham-se “firme” em 2013. Em novembro, o crescimento foi de 17,30% frente ao mês do ano passado.
Os números são da Exportação Brasileira de Cooperativas, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que revela que a alta em relação a 2011 proporcionou a MT salto da 6ª  colocação para a 5ª posição dos Estados que mais enviaram via cooperativas. O montante negociado no Estado é 5,31% dos US$ 5,5 bilhões em produtos enviados pelo Brasil. Em novembro foram US$ 42,2 milhões, 17,30% a mais que os US$ 36,04 milhões do mês em 2011.
Conforme dados do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Mato Grosso (OCB/MT), o algodão é o principal responsável pelo resultado. Em 2012, segundo a entidade, 57% dos produtos embarcados pelas cooperativas no Estado são algodão.
Em 2011, o algodão representava apenas 7% dos envios. A soja, que o ano passado significou 73% dos embarques, teve uma representatividade de apenas 36%. O milho não teve nenhum embarque este ano, enquanto em 2011 representava 8%. Feijão e outros grãos secos 5%, ante os 8% do ano passado. Carnes de frango/suíno que em 2011 representaram 4% dos embarques neste ano ficaram com 2%.
O presidente da OCB/Sescoop-MT, Onofre Cezário de Souza Filho, explica que a expansão das exportações das cooperativas em Mato Grosso vem “paralelo” ao aumento do mercado do algodão.
“Com a comercialização das safra 2010/2011, durante o primeiro semestre de 2012, e a comercialização da safra atual, esses números destacaram ainda mais o panorama estadual. Em 2013, esses números devem manter-se firmes.
As cooperativas de Mato Grosso hoje são destaque na produção, exportação e mesmo na industrialização do algodão no Brasil”, diz Onofre.

Faturamento de cooperativas exportadoras cresce 23% em 2012


 
 


No ano em que o dólar voltou ao patamar de R$ 2, cooperativas registraram queda no volume de exportações. Ainda assim, o câmbio favorável representou alta de 23% no faturamento. Hoje, os cooperados representam menos de 1% do mercado de exportação brasileiro - mas planejam expandir suas vendas e preveem retomar o crescimento em 2013.

A balança comercial das cooperativas chegou ao final de outubro apresentando saldo positivo, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de US$ 4,8 milhões. De janeiro a outubro, as exportações do setor alcançaram um total de US$ 4,9 milhões, crescimento de 23% em relação ao ano passado. Esse é o segundo melhor resultado desde 2006. O volume, no entanto, é 2,7% mais baixo na comparação com o mesmo período de 2011.

Analista de ramos e mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Olívio Morato explica que o novo cenário está amparado em dois pilares: o primeiro deles dá conta das más condições climáticas no sul do Brasil durante o ano, o que acabou afetando principalmente a suinocultura, setor com o qual as cooperativas têm forte ligação. "Essas áreas agregam muitos produtos, o que acabou interferindo nas exportações. Tivemos aumento da demanda por commodidites como milho, trigo e soja, usados em rações animais. Como as cooperativas estão comprometidas com vários elos da cadeia, a produção foi absorvida pelo mercado interno", diz. O volume disponível para venda a compradores estrangeiros acabou diminuindo, refletindo no balanço final. Por outro lado, o aumento no faturamento se explica pela alta do dólar, que beneficiou toda a cadeia de exportação. "Em 2011, tivemos a moeda americana a uma média de R$ 1,67. Esse ano, ela já subiu 26%", compara.

Volume de exportações deve voltar a subir em 2013
China e Estados Unidos estão no topo da lista de mercados em que as cooperativas atuam, com 14,6% e 14,4% da parcela de exportações, respectivamente. Mas o setor aposta também em parcerias alternativas, como Emirados Árabes, Alemanha, Japão, Holanda e Argélia, Arábia Saudita e Egito, que têm trazido mais tranquilidade para os cooperados em tempo de crise principalmente nas potências europeias. "Já faz tempo que as cooperativas estão inseridas nesses lugares, o que se deve ao fato de que a demanda na Europa e nos Estados Unidos já estava estabilizada, então foi necessário buscar outras opções", diz.

Morato explica que conflitos do norte da África têm diminuído a presença das cooperativas brasileiras na região. "Perdemos um pouco o fôlego por conta da tensão política na Síria, por exemplo", afirma. O analista da OCB acredita que tão logo os conflitos cessem, as parcerias devem ser retomadas. Para o próximo ano, a expectativa é de retomada do crescimento também em volume de exportações. "Se não tivermos nenhuma intempérie climática que atrapalhe a produção, esperamos avançar. Torcemos também pela estabilização do preço das commodities", destaca. De acordo com Morato, a previsão é de que o setor registre crescimento entre 5% e 8%.

Mais de 70 cooperativas de camponeses beneficiam de fertilizantes na Caála


Setenta e sete cooperativas de camponeses no município da Caála (província do Huambo) beneficiaram na presente época agrícola de 150 toneladas de fertilizantes, uma iniciativa do governo que visa incentivar a produção agrícola na região.
 
Em declarações hoje, sexta-feira, à Angop, a responsável da Repartição da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Caála, Maria de Fátima André, informou que a distribuição de fertilizantes visa suprir a carência dos camponeses no município, face à seca que se registou na área.
 
Nas 77 cooperativas que beneficiaram de fertilizantes estão filiadas dez mil famílias que se dedicam principalmente à produção de milho, batata-rena, feijão e hortícola para o reforço da economia do município da Caála.
 
Na presente época agrícola, no município da Caála foram igualmente distribuídos a título experimental três toneladas de calcário para a correcção de solos, numa iniciativa que visa aumentar a produção de cereais na região.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

WALMART FEZ CAMPANHA SOBRE CONSUMO CONSCIENTE

O Dia Mundial da Consciência Ecológica é lembrado no sábado, 22 de dezembro. A gigante do varejo Walmart Brasil comemora nesta data os resultados da campanha "Cliente Consciente Merece Desconto", que oferece descontos financeiros para os clientes que optam pela não utilização de sacolas plásticas descartáveis.
Iniciada em 2009, a iniciativa concedeu mais de R$ 3 milhões de desconto aos clientes da rede. Isso significa, segundo a rede, 94 milhões de sacolas plásticas a menos circulando no meio ambiente.
"O Walmart utiliza seu potencial de mobilização para levar ao consumidor, à indústria e aos seus mais de 80 mil funcionários mensagens de consumo consciente e de sustentabilidade, e esse é um bom exemplo de como o varejo pode trabalhar para a educação e, quem sabe, na transformação do hábito de compra dos consumidores, na escolha por itens mais sustentáveis”, destacou Camila Valverde, diretora de sustentabilidade do Walmart Brasil.
Como funciona
O desconto é calculado diretamente nos caixas das lojas. Será dado R$ 0,03 de desconto (valor que corresponde ao custo médio unitário de cada sacola) a cada cindo itens adquiridos (quantidade média de produtos embalados em uma sacola). Ou seja: numa compra de 200 itens, o cliente ganhará R$ 1,20. E caso o cliente leve para casa menos de cinco itens, também recebe o desconto referente a uma sacola.
Para ganhar o desconto, o cliente pode utilizar qualquer tipo de sacola reutilizável (tecido, lona, papelão ou plástico durável), caixas ou carrinho de feira.
O Walmart possui um hotsite especial com a intenção de conscientizar e educar os consumidores sobre a redução do consumo de sacolas plásticas. No portal é possível ver notícias, jogos, campanhas, dicas e conferir as alternativas para o transporte das compras

Brasil é o 3º país do mundo de consumo mais sustentável

B


 O Brasil, e outros países em desenvolvimento, ficam na frente de muitas nações bem mais ricas quando o assunto é preocupação do consumidor com a sustentabilidade. Perto do Natal, mês em que o consumismo é muito criticado, a quarta edição da pesquisa ‘Greendex’ (‘Índice Verde’) colocou o Brasil em terceiro lugar neste quesito.
O estudo é feito anualmente pela National Geographic Society e o instituto GlobeScan. Numa escala entre 1 e 100, o Brasil marcou 55,5 pontos. O curioso é que a primeira e segunda posições ficaram com Índia (58,9) e China (57,8) — outros emergentes, mas que são muitas vezes colocados entre os três maiores poluidores do mundo.
O Brasil ficou acima da média mundial quando o assunto é ir para o trabalho a pé ou de bicicleta, e também foi bem avaliado em quesitos como economia de água e consciência ao evitar compra de produtos com embalagem plástica.
Quase 40% dos brasileiros entrevistados afirmam também que se sentem mal quando pensam na própria ‘pegada ecológica’ — cálculo de recursos do planeta que usam. A posição contrasta com a dos EUA e do Canadá — os últimos colocados no Greendex 2012 com 44,7 e 47,9 pontos, respectivamente . Entrevistados do país declararam que são os menos preocupados com as consequências que suas ações podem ter para o planeta.
Mas também houve fatores alarmantes. Muitos brasileiros afirmaram que comem carne bovina com frequência maior do que a média mundial — alguns ambientalistas acreditam que a expansão irresponsável da pecuária traz vários impactos ambientais.
Apesar de ter se saído bem no estudo, o Brasil também foi um dos países que mais cairam com relação a 2010. Na ocasião, o Brasil tirou nota 58, conquistando a segunda posição do ranking.
POR UM NATAL CONSCIENTE
Aproveite a festa natalina e dissemine o consumo consciente entre seus amigos, colegas de trabalho e familiares. Esse é o melhor presente que você pode dar à humanidade. No Natal, consuma exageradamente amor, beleza, alegria, carinho e amizade. Confira as dicas do Instituto Akatu.
PRODUTOS DE EMPRESAS RESPONSÁVEIS SOCIAL E AMBIENTALMENTE
Informe-se sobre as empresas das quais vai comprar, consultando a Escala Akatu de Responsabilidade Social Empresarial dentro do Guia de Empresas e Produtos do Instituto Akatu ou outras publicações especializadas.

NADA DE PIRATARIA
Pagar menos por produtos piratas ou contrabandeados não compensa: você estará contribuindo com o crime organizado e com o aumento da violência no seu bairro, na sua cidade, no seu país.
ACERTE NO PRESENTE
Minimize o risco de errar nos presentes: pergunte o que as pessoas querem ganhar ou, se preferir fazer surpresa, reflita bem antes de comprar, buscando algo que tenha a ver com os gostos e interesses de quem você irá presentear.

CONTROLE O IMPULSO
Compre menos, planeje suas compras, estabeleça um limite de gastos e não o ultrapasse.

FAÇA DOAÇÕES
O Natal é uma boa época para você doar o que não usa, mas que pode ser imensamente útil para outras pessoas. E se você apoiar entidades que acolhem os menos favorecidos, estará contribuindo para que tenham um Natal mais feliz.

Vale troca papel comum por ecológico


Com a mudança, que está acontecendo em todas as unidades da empresa no Brasil, a Vale vai economizar 12% e ainda poupará mais de 8 mil árvores por ano
A Vale está substituindo o papel comum A4, usado em impressoras e copiadoras, por papel ecológico. A iniciativa, que está sendo implantada em todas as unidades operacionais no Brasil, faz parte dos esforços da mineradora em tornar seus processos mais sustentáveis, além de adotar no dia a dia práticas de consumo consciente.
Os novos papeis que chegam para a Vale são feitos a partir da celulose extraída do bagaço de cana-de-açúcar, usada na indústria sucro-alcooleira, que permite que a produção seja feita de forma sustentável e com grande redução de rejeitos despejados na natureza. Além disso, o uso do papel é economicamente viável, permitindo à empresa uma redução de custos em 12% em relação ao papel comum.
No processo de negociação com o fornecedor, a área de suprimentos da Vale enviou amostras do papel reciclado para unidades da empresa no Brasil, escolhidas aleatoriamente, para testar a eficiência do produto. O material foi aprovado sem restrições, pois, além de ter a mesma cor do papel convencional, apresenta qualidade semelhante no processo de fixação da tinta. "Nesta crescente preocupação em relação às questões socioambientais, é muito importante encontrar parceiros que têm práticas sustentáveis consistentes e estão alinhadas às ações já desenvolvidas pela Vale no tema sustentabilidade", explica Charles Mendanha, analista do departamento de Suprimentos da Vale.
Atualmente, a Vale consome cerca de 34 toneladas de papel A4 por ano e, com a escolha sustentável, poupará mais de 8 mil árvores. Cabe ressaltar que o uso da cana-de-açúcar para produzir o insumo do papel, o bagaço de cana, é renovável em um curto período de tempo. Para se ter uma ideia, enquanto o eucalipto leva cerca de 7 anos para se desenvolver, a cana-de-açúcar cresce em apenas um ano.
Sobre o papel que chega às impressoras da Vale
O papel fabricado a partir da fibra da cana-de-açúcar, que está sendo usado pela Vale, está catalogado internacionalmente como "Amigo da Natureza". O processo de colheita da cana-de-açúcar é mecanizado e, portanto, elimina os riscos do uso de mão de obra infantil e de queimadas. Além disso, as usinas que fornecem o bagaço usam gás natural em suas unidades, pois é mais limpo, evitando que o bagaço seja usado para gerar energia já que gera resíduo e é mais poluente. A posição da fábrica também é estratégica, pois está localizada no entorno da produção de cana-de-açúcar, reduzindo o consumo de combustível dos veículos que fazem o transporte do bagaço até a fábrica.


Empreendedores sociais do TO comemoram conquistas


















Os objetivos da Economia Solidária têm por si só características de sonho, comércio justo, consumo solidário, uma economia onde todos ganham. No Tocantins, as inúmeras conquistas na área têm provado que sonhos se realizam e que aqui essa nova economia pode se tornar uma realidade.

Desde 2011 o Governo do Estado, em parceria com os diferentes empreendedores sociais tocantinenses, tem trabalhado para efetivação da política de Economia Solidária do Tocantins. Nesse processo houve em agosto de 2011 o debate e aprovação da Lei Estadual de Economia Solidária, e em 2012 foi criado um conselho específico para área, com representantes de todas as regiões do Estado. Para o ano de 2013 acontecerá a efetivação de todo esse processo, com a execução do projeto Ecosol Territorial.

O Ecosol Territorial pretende fortalecer as organizações de Economia Solidária nos territórios do Bico do Papagaio, Jalapão e região Sudeste do Tocantins no intuito de promover o desenvolvimento social e a erradicação da pobreza no Estado. O projeto contará com recursos no valor total de R$ 2.367.644,00 sendo R$ 1.997.696,00 de verba federal e R$ 369.948,00 de contrapartida estadual. Segundo o coordenador do projeto pela Setas – Secretaria do Trabalho e da Assistência Social, Valter Frota, o início das atividades está previsto para março de 2013 e deverão ser executadas até junho de 2014. Entre as ações propostas estão a contratação e capacitação de agentes comunitários, instalação de pontos de apoio às ações do projeto nos Cras - Centros de Referência da Assistência Social dos municípios, implantação de bancos comunitários, entre outras. O secretário da Setas, Agimiro Costa, afirma que até o final de 2013 os empreendimentos dos 17 municípios selecionados poderão ser classificados como autossustentáveis. “Trabalharemos para fortalecer esses empreendimentos dentro dos princípios da Economia Solidária para que, de fato, uma nova economia aconteça em nosso Estado”, afirma Agimiro.

A empreendedora social Márcia Rozeno Lira é presidente da Associação de Mães de Taquaralto e membro do Conselho Estadual de Economia Solidária. Ela participa há anos das lutas pela efetivação da Economia Solidária e termina o ano de 2012 comemorando. “Para nós que acompanhamos o processo desde o início, o projeto Ecosol Territorial é a concretização de um sonho. Participei dos primeiros seminários onde aprendíamos o que é Economia Solidária e hoje temos uma Lei e até recursos”, declara a empreendedora.

Economia Solidária
A economia solidária é uma proposta alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.

No Tocantins estão catalogados 502 empreendimentos sociais de Economia Solidária, desses 378 são associações, 93 grupos informais, 26 cooperativas e quatro são Sociedade Mercantil de capital e indústria.

Investigação alerta para riscos na reciclagem de produtos eletrónicos em alguns países



  Computadores, tablets, telemóveis, televisores e outros equipamentos elétricos e eletrónicos são muitas vezes enviados para países em vias de desenvolvimento para reciclagem, mas os riscos de exposição ambiental e de saúde pública são elevados. O problema já tinha sido identificado por organizações de defesa do ambiente e é agora reforçado por uma investigação do Centro para a sustentabilidade das comunicações do KTH The Royal Institute of Technology.

Uma investigadora deste instituto deslocou-se ao Paquistão onde observou as condições de vida das populações que se ocupam deste tipo de reciclagem de lixo eletrónico, avaliando os impactos sociais da reciclagem informal, onde não estão presentes regras de proteção ambiental nem pessoal, não existem procedimentos definidos e onde até mesmo as crianças participam na desmontagem de motherboards e outros componentes.

“Existem problemas de saúde e sociais massivos ligados ao lixo eletrónico no Paquistão. Ao mesmo tempo esta é a única forma de sobrevivência e sustento de milhares de pessoas”, alerta Shakila Umair.

O relatório disponibilizado com base nesta análise mostra que os trabalhadores desmontam equipamentos manualmente, queimam fios para extrair cobre e mergulham as placas impressas em ácido para extrair metais preciosos, como ouro e prata. No processo inalam fumos tóxicos quase permanentemente e expõem-se a materiais cancerígenos, como tinta, sem qualquer conhecimento da forma como isso pode afetar a sua saúde.



Medidas de proteção básica, como luvas e máscaras, poderiam facilmente fazer grande diferença no impacto na saúde destas pessoas, mas muitos não podem comprá-los para se protegerem. Segundo a investigadora, mulheres, crianças e homens trabalham diariamente no lixo eletrónico durante 12 horas por dia, seis dias por semana, sem acesso a benefícios ou segurança social, e o seu rendimento diário não ultrapassa os 2,7 dólares por dia.



Existem regulamentos internacionais que impedem a transferência de lixo eletrónico de países desenvolvidos para países em vias de desenvolvimento, mas as falhas na legislação e no controle têm levado ao crescimento deste negócio ilegal. O relatório indica que cerca de 80% de todo o lixo eletrónico é enviado para países em desenvolvimento onde é desmontado manualmente ao menor custo, gerando poupanças elevadas face ao processamento em países desenvolvidos.

Alguns países reforçaram recentemente as regras nesta área, nomeadamente a Índia e a China, mas a investigadora avisa que isso só vai fazer com que aumente a quantidade de lixo eletrónico enviado para países como o Paquistão, Sri Lanka e Bangladesh, que têm menor controle.

Shakila Umair garante que o objetivo deste relatório não é impedir que países como o Paquistão bloqueiem totalmente a reciclagem, porque este é um negócio que garante o sustento de milhares de pessoas, mas defende que este deve ser formalizado, pelo menos parcialmente e está a trabalhar com as autoridades locais e fabricantes de tecnologias com presença global para que estes assumam responsabilidades sobre a saúde e a situação social destes trabalhadores

bmw e boeing juntas na reciclagem da fibra de carbono

A BMW e a Boeing assinaram um acordo de colaboração para pesquisar formas de reciclar fibra de carbono. Ambas as empresas estão a aumentar rapidamente a utilização de fibra de carbono e querem encontrar uma forma útil de usar o material depois do fim da sua vida útil.
A Boeing tem a sua sede instalada no estado de Washington e a BMW tem um centro de desenvolvimento de fibra de carbono nesse mesmo estado. O novo Boeing 787 Dreamliner é 50% fabricado com fibra de carbono e a BMW vai usar plástico reforçado de fibra de carbono nas carroçarias dos seus modelos BMWi.
"Este acordo de colaboração é um passo muito importante no desenvolvimento da utilização e uso em final de vida útil de materiais de fibra de carbono. É especialmente importante planearmos o fim de vida de produtos feitos a partir de fibra de carbono. Queremos encontrar formas de recuperar e reutilizar esses materiais para fazer novos produtos. O nosso trabalho com o Grupo BMW vai ajudar-nos a alcançar esse objetivo", referiu o vice-presidente de Desenvolvimento de Produtos da Boeing Larry Schneider.
O acordo refere que a BMW e a Boeing irão partilhar as suas emissões de carbono nos processo de fabrico da fibra de carbono.
A BMW fabrica em Washington a fibra de carbono em bruto que necessita para o i3 e i8 e envia para a Alemanha para ser tecida. A montagem final acontece na fábrica da BMW em Leipzig.

Portugueses compram menos aparelhos elétricos, há mais reparação e menos reciclagem





  • h
As vendas de equipamentos elétricos e eletrónicos cairam 12% até setembro, apesar da subida nos televisores, telemóveis e brinquedos, e os portugueses optam mais pela reparação e reduzem a colocação para reciclagem, afirmou hoje um responsável do setor.
O diretor geral da Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos (Amb3E) explicou à agência Lusa Lusa que a recolha deste tipo de equipamentos para reciclagem tem caído devido ao comportamento dos consumidores, mas também por causa da vandalização dos aparelhos colocados nos locais da entidade, os Eletrões.
«Se compararmos o número de equipamentos elétricos e eletrónicos vendidos entre setembro de 2011 e o mesmo mês de 2012, verifica-se um decréscimo de 12%», disse Jorge Vicente.
No entanto, «regista-se um aumento na venda de televisões, telemóveis, brinquedos, com subidas acima de 10%, a par de grandes reduções em equipamentos como caixas de distribuição de dinheiro, com menos quase 50%, nas ferramentos elétricas, com uma descida de 40%, e nos grandes eletrodomésticos, de 20%», apontou o responsável.
Jorge Vicente especificou que, «nomeadamente nos grandes domésticos, as pessoas pensam duas vezes antes de substituir e a reparação, como no setor automóvel, começa a aumentar significativamente".
A reciclagem é afetada "porque há um circuito paralelo que leva a que sejam vandalizados alguns equipamentos» devido ao valor dos materiais e para serem retiradas peças, depois encaminhadas para o circuito paralelo de reparação de grandes eletrodomésticos, referiu.
Já em maio, Jorge Vicente tinha denunciado o crescimento da recolha «ilegal» de eletrodomésticos que já não funcionam para a obtenção de metais como cobre, vendidos depois em «circuitos paralelos».
A situação comporta riscos ambientais e está a preocupar os gestores de resíduos autorizados, que pedem mais fiscalização da parte das autoridades com competências, como a Inspeção Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT).
Até setembro, o número de equipamentos colocados para reciclagem nos pontos Eletrão apresentou «reduções significativas» a par com o aumento significativo dos casos de vandalismo.
O exemplo apontado é dos frigoríficos e era comum o roubo do compressor por causa do cobre mas, atualmente, estes equipamentos chegam às unidades de tratamento «descascados» e o exterior metálico é retirado devido à valorização do material no mercado.
Também os televisores são vandalizados para lhes ser retirada a bobine de cobre do cone do cinescópio e o exterior de plástico.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Reciclagem evita 116 mil toneladas de CO2

A gestão dos resíduos de embalagens no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE) enquadra-se por excelência no conceito de Economia Verde, já que potencia um efeito multiplicador na economia, cria mais de 2400 postos de trabalho e evitou a emissão de dióxido de carbono (CO2) equivalente às emissões geradas pelo consumo anual de electricidade de 124 mil agregados familiares em Portugal.
Estas são algumas das conclusões do projecto de investigação “Contributos do SIGRE para o Desenvolvimento Socioeconómico e Ambiental de Portugal”, desenvolvido pela consultora ambiental 3Drivers, com o objectivo principal de avaliar os impactes directos e indirectos da gestão de resíduos de embalagens efectuada no âmbito do SIGRE, também conhecido como Sistema Ponto Verde, aos níveis ambiental, económico e social em Portugal.
O estudo conclui que a gestão de resíduos de embalagens no âmbito deste sistema potencia uma gestão mais eficiente dos recursos naturais, contribuindo para a redução dos impactes ambientais da extracção de novos recursos e para a disponibilidade de recursos essenciais às nossas economias, criando ao mesmo tempo oportunidades de negócio, valor acrescentado e emprego.
O SIGRE é gerido pela Sociedade Ponto Verde e existe para garantir a organização e gestão de um circuito que assegura a retoma, valorização e reciclagem dos resíduos de embalagens não-reutilizáveis, assim como a diminuição do volume de resíduos depositados em aterro. O sucesso deste sistema assenta na articulação de responsabilidades entre os vários parceiros, no sentido de completar um ciclo com um potencial de sustentabilidade praticamente infinito: sistemas municipais e autarquias, embaladores/importadores, distribuidores, fabricantes de embalagens e de materiais de embalagens, recicladores e consumidores.
O estudo sobre os “Contributos do SIGRE para o Desenvolvimento Socioeconómico e Ambiental de Portugal” foi realizado pela consultora ambiental 3Drivers ao longo de 2012. A coordenação científica do estudo esteve a cargo do Prof. Paulo Ferrão.
O impacto do SIGRE na Economia
As actividades de gestão de resíduos de embalagens no âmbito do SIGRE apresentam um impacte económico significativo, de acordo com o estudo. Por exemplo, a nível do valor acrescentado, o Sistema Ponto Verde encontra-se entre os ramos de actividade com maior efeito multiplicador a nível nacional, sendo que, por cada euro de valor acrescentado no SIGRE são gerados 1,25 euros de valor acrescentado no resto da economia.
Por outro lado, por cada euro de salários são adicionalmente pagos 1,30 euros de salários no resto da economia e, por cada euro de volume de negócios, circulam adicionalmente na economia 1,04 euros de volume de negócios.
A alavancagem total do SIGRE, entendida como o valor monetário dos efeitos indirectos dos vários ramos de actividade que integram o Sistema nos restantes sectores da economia, é de 147 milhões de euros de Valor Acrescentado Bruto, 80 milhões de euros de salários e 391 milhões de euros de volume de negócios.
Tendo em conta o actual panorama relacionado com a gestão de resíduos de embalagens no SIGRE, procurou-se também avaliar as consequências económicas de um cenário alternativo em que não ocorreria separação e reciclagem de resíduos de embalagens e que estes seriam geridos indiferenciadamente. Concluiu-se que tal cenário alternativo implicaria uma redução de PIB de 71 milhões de euros.
Em relação ao enquadramento económico dos embaladores aderentes ao sistema gerido pela SPV, verifica-se que a maior parte dos embaladores se enquadra em sectores ligados às indústrias transformadoras (46%), seguidos das empresas ligadas ao comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos (36%) e agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (9%). No total, as cerca de 12 mil empresas aderentes representam apenas 0,9% do número de empresas existentes em Portugal, mas geram, no mínimo, 31,4% do volume de vendas das empresas não financeiras no nosso país.
O impacto do SIGRE no Ambiente
Da avaliação realizada, constatou-se que o SIGRE apresenta globalmente um balanço ambiental positivo, ou seja, os impactes gerados pelas diversas actividades de recolha, triagem, transporte, tratamento e valorização de resíduos são suplantados pelos impactes evitados devido à recuperação de materiais e energia obtidos pelos processos de valorização dos resíduos, com especial enfoque na sua reciclagem.
Estima-se que, em 2011, a gestão dos resíduos de embalagens no âmbito do Sistema Ponto Verde permitiu evitar a emissão de 116 mil toneladas de CO2 equivalente. Este valor é correspondente às emissões geradas pelo consumo de electricidade de mais 124 mil agregados familiares em Portugal num ano ou a 15 750 voltas ao mundo de avião. Por outro lado, permitiu uma redução no consumo de água equivalente a 275 piscinas olímpicas.
Comparando-se o desempenho do SIGRE com o desempenho potencial de dois cenários alternativos - nomeadamente a incineração e o aterro -, verifica-se que a configuração actual do Sistema Ponto Verde é a única que apresenta um resultado ambiental positivo em todas as categorias consideradas. Por exemplo, a nível da emissão de gases com efeito de estufa, e face a um modelo onde os resíduos de embalagens teriam sido recolhidos indiferenciadamente com os outros resíduos e encaminhados para incineração, o actual modelo de gestão de resíduos de embalagens permitiria evitar, com base nos dados de 2011, a emissão de 396.240 toneladas de CO2 equivalente, ou seja, o correspondente ao sequestro de carbono de 678 km2 de pinheiros.

Foro das Nações Unidas definirá concretização de ações sobre desenvolvimento sustentável








O Foro de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, formado por ministros de mais de 190 países, vai atuar em busca da consolidação das metas e dos objetivos definidos durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho de 2012. O Brasil é um dos presidentes do foro. As reuniões informais ocorrem a partir de janeiro de 2013 e, em setembro, dias antes da Assembleia Geral das Nações Unidas, haverá a primeira reunião formal do grupo.
"O foro tem caráter universal e servirá para coordenar os esforços internacionais na área de desenvolvimento sustentável e dar coerência às ações das Nações Unidas nessa área, para evitar duplicidades, mandatos equivocados e dar rumo político ao debate", afirmou à Agência Brasil o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, subsecretário-geral de meio ambiente, energia, ciência e tecnologia do Ministério das Relações Exteriores e coordenador-geral da Rio+20.
A criação do grupo foi a alternativa dos negociadores internacionais durante a Rio+20 para assegurar que o debate sobre um novo modelo de desenvolvimento tenha a mesma importância que os demais temas tratados nos vários segmentos das Nações Unidas.
Segundo ele, as decisões tomadas pelas autoridades terão poder de determinação para as outras áreas da Organização das Nações Unidas (ONU). "Nesses órgãos, os Estados vão decidir o que fazer", acrescentou Figueiredo, lembrando que as reuniões preliminares deverão ser concluídas até maio.
Integrarão o Foro de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas ministros das áreas econômica, social e ambiental de mais de 190 países. A agenda global será definida pelo grupo. Os ministros devem analisar relatórios regionais e estabelecer as primeiras recomendações de consumo e produção sustentáveis, que devem balizar políticas nacionais nos próximos dez anos.
Importância do tema na ONU
Nas reuniões preliminares, um grupo de 30 pessoas coordenará as atividades. O Brasil será representado pelo embaixador André Correa do Lago, diretor do departamento de meio ambiente e temas especiais do Ministério das Relações Exteriores e negociador-chefe da Rio+20.
O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado informou que o Brasil é um dos copresidentes das negociações de criação e institucionalização do foro, que deverá se reunir pelo menos uma vez por ano.
A criação do grupo foi a alternativa dos negociadores internacionais durante a Rio+20 para assegurar que o debate sobre um novo modelo de desenvolvimento tenha a mesma importância que os demais temas tratados nos vários segmentos das Nações Unidas.
Os negociadores dizem que serão feitos esforços para que, na primeira sessão de alto nível sobre sustentabilidade, as autoridades consigam avançar também em relação às metas que terão de ser adotadas por todos os países a partir de 2015.

Economia Solidária terá reforço de R$ 30,2 milhões

A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), concluiu o processo de seleção das redes de cooperação formadas por empreendimentos econômicos solidários iniciado em outubro. Das 41 entidades que apresentaram propostas, 32 foram selecionadas, incluindo, pela primeira vez, projetos que beneficiam jovens trabalhadores. Os recursos totais, que chegam a R$ 30,2 milhões, serão aplicados até 2015. O foco é a integração dos empreendimentos da Economia Solidária em todo o país.


“O objetivo é fomentar, no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria, atividades produtivas, de prestação de serviços, comercialização e de consumo solidário entre trabalhadores, produtores autônomos e familiares com vistas à promoção do desenvolvimento territorial sustentável e à superação da pobreza extrema”, explica o diretor do Departamento de Fomento à Economia Solidária da Senaes, Manoel Vital de Carvalho Filho.


A meta da Senaes é assinar, até 28 de dezembro, convênios para o repasse dos recursos aos projetos de 12 entidades. Desse total, nove são voltadas para o desenvolvimento e assessoramento técnico às redes de cooperação solidária. As outras três entidades desenvolvem atividades de apoio a empreendimentos juvenis, com iniciativas voltadas para a organização de arranjos produtivos, comercialização e assessoria a projetos realizados por jovens trabalhadores.


Suporte – Um dos principais propósitos das redes de cooperação é dar o suporte necessário à integração entre os empreendimentos da Economia Solidária, assegurando a eles viabilidade operacional. “A existência de um mercado solidário pressupõe a consolidação de uma escala de oferta de produtos e serviços com periodicidade e diversidade. Se um empreendimento permanecer isolado, ele fatalmente enfrentará dificuldades que poderão comprometer sua sobrevivência”, explica Vital.


A implantação das redes de apoio e de assessoramento à Economia Solidária envolve o fomento às cadeias produtivas e arranjos econômicos territoriais e setoriais. Estão também entre os objetivos o fomento à integração e encadeamento dos diferentes espaços organizativos – produção familiar, associativismo comunitário, centrais de cooperação territorial ou setorial – e o subsídio a processos locais de desenvolvimento de empreendimentos solidários e sustentáveis.


Alternativa inovadora – A economia solidária vem se apresentando como uma alternativa inovadora de geração de trabalho e renda e uma resposta favorável às demandas de inclusão social no país. Ela compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas de autogestão e redes de cooperação – que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio justo e consumo solidário.


Desde sua criação, em 2003, a Senaes vem elaborando mecanismos de formação, fomento e educação para o fortalecimento da economia solidária no Brasil. Além da divulgação e da promoção de ações nessa direção, desde 2007 a secretaria tem realizado chamadas públicas a fim de apoiar os empreendimentos econômicos alternativos.

Centro de Economia Solidária para Norte de Minas





Foi inaugurado em Montes Claros o Centro Multifuncional de Referência em Economia Solidária e Desenvolvimento Local, o primeiro espaço em Minas Gerais destinado, exclusivamente, ao fomento e comercialização de produtos fabricados por empreendimentos quilombolas, indígenas e ribeirinhos.


O espaço é fruto de convênio entre a Sete (Secretaria de Trabalho e Emprego) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e vai beneficiar a comunidade quilombola do Brejo dos Crioulos, presente nos municípios de  São João da Ponte, Varzelândia e Verdelândia, no Norte de Minas.
Também vai beneficiar os indígenas Maxakali, no Vale do Mucuri, em três porções de terras descontínuas nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni, e pescadores das comunidades ribeirinhas de Salto da Divisa, Jacinto e Almenara, no Vale do Jequitinhonha, além de produtores locais de Montes Claros.
“Essa inauguração é a soma de muitos esforços, reunidos por um único objetivo: a valorização das comunidades tradicionais, normalmente esquecidas, deixadas de fora do mundo do trabalho. Nosso grande sonho é ver os produtos dos empreendimentos econômicos solidários expostos nos supermercados, reconhecidos por toda a sociedade”, afirmou o secretário da Sete, Hélio Rabelo.
O Centro funciona no prédio da Diretoria Regional da Sete em Montes Claros, onde também está a unidade de atendimento ao trabalhador do Sistema Nacional de Emprego (Sine), a Coordenação Estadual do Programa Projovem Trabalhador/Juventude Cidadã e um dos cinco Núcleos de Inclusão Produtiva de Montes Claros.
Jovens garantem profissão na área da Construção Civil
Também na terça-feira (18), aconteceu a formatura de 85 alunos montesclarenses dos cursos gratuitos de pedreiro de alvenaria, pintor, bombeiro hidráulico e auxiliar de eletricista de instalações com NR-10, e de 31 alunos do município de Capitão Enéas, formandos no curso de marceneiro.
Os cursos, com carga horária entre 160 e 240 horas, também foram ofertados a partir do convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por meio do Projeto de Inclusão Produtiva, e realizados em parceria com a Fundação Vale do Gorutuba (Funvale) e com a Associação Artesanal do Norte de Minas (Aarsonorte).
Os alunos são membros de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos. Além de material didático gratuito, eles também recebem lanche e vale-transporte – para aqueles que se deslocam mais de dois quilômetros.
Além da qualificação profissional, o Projeto de Inclusão Produtiva tem como principal eixo os Núcleos de Inclusão Produtiva (NIP), tendo sido implantados 25 no Estado para o acompanhamento dos empreendimentos individuais, familiares e coletivos no município sede e região, num total de 75 cidades beneficiadas.
Em Montes Claros, foram implantados cinco NIP que abrangem os municípios de Mirabela, Capitão Enéas, Itacambira, Glaucilândia, Bocaiúva, Engenheiro Navarro, Francisco Dumont, Japonvar, Varzelândia e Ibiracatu.

Empresas pouco sensibilizadas para economia verde, arriscam perder oportunidade

Especialistas portugueses em sustentabilidade defenderam hoje que a economia verde pode contribuir para a saída da crise, mas nem todas as empresas portuguesas estão sensibilizadas para a sua importância, arriscando perder oportunidades de financiamento.A professora do ISCTE Sofia Santos disse hoje à agência Lusa que alguns sectores, "se forem vistos na perspectiva de uma economia verde, podem gerar empregos", como a área da reabilitação imobiliária, já alvo de políticas europeias que promovem opções "verdes".
Falando a propósito da conferência “Economia Verde e Desenvolvimento Económico”, que se realiza hoje, em Lisboa, a especialista em sustentabilidade defendeu que "a maioria dos empresários em Portugal não tem noção da forma como o mundo vai ser diferente dentro de 15 ou 20 anos", com uma "carga imensa" de legislação ambiental, oportunidades de financiamento e incentivos.
Os empresários portugueses "não têm essa noção, não estão preparados e possivelmente vamos perder algumas oportunidades" de financiamentos, alertou, não deixando de apontar que já "existe uma franja de projectos e negócios com cariz ambiental no país".
Susana Fonseca, da Quercus, que também participa na conferência, disse à Lusa que "Portugal e muitas das empresas nacionais já integraram alguns desses conceitos e são eficientes na forma como usam os recursos, o que não quer dizer que não possam melhorar".
Mas, aponta estores como transportes, serviços ou área residencial em que "a situação é diferente".
Para Susana Fonseca, que já foi presidente da associação ambientalista, "a crise veio ajudar em alguns aspectos" no que respeita à adopção de comportamentos "amigos do ambiente".
"Tornarmo-nos um pouco mais eficientes, mas não pelas melhores razões, não é tanto porque já temos essa consciência, é porque há uma restrição" e as empresas, as entidades e cidadãos decidem de forma diferente porque têm menos recursos, frisou.
"Podemos sempre acreditar que deste momento de reflexão, de crise complicada, poderão sair ensinamentos para o futuro e o próprio enquadramento internacional aponta para ai", com documentos de várias entidades internacionais a reforçar a importância e potencial da economia verde, defendeu a ambientalista.
Os decisores políticos e alguns empresários "não estão ainda sensibilizados para o tema, ainda não se aperceberam de quão fulcral é este caminho para podermos ter um desenvolvimento sustentável do país".
Sofia Santos referiu que a conferência surge num contexto de olhar para a economia verde como uma possibilidade e um caminho a seguir para sair da crise financeira e o objectivo é tentar identificar sectores, inovações e formas de trabalhar que respeitem o ambiente e promovam a criação de novos postos de trabalho.
A especialista recorda que no pacote de financiamento em análise pela União Europeia, a grande maioria dos projectos tem esta componente ambiental ou da sustentabilidade como, por exemplo, na agricultura biológica ou na reabilitação ecológica e ambiental.
"Estamos bloqueados com a crise do presente que nos impede de ter a capacidade de ter uma estratégia e posicionarmo-nos face ao futuro", alertou ainda a professora do ISCTE.

PUB



Bolsa Verde


Começou a funcionar a chamada “Bolsa Verde”, entidade ligada à Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Seu objetivo será comercializar Cotas de Reserva Ambiental – CRAs – novos papéis que segundo o recém-aprovado Código Florestal podem ser emitidos em correspondência com as áreas preservadas das propriedades rurais, quando ultrapassam o limite obrigatório da reserva legal, somadas às áreas de preservação permanente (APPs). Funcionando esse processo, ao invés de um agricultor comprar uma área para compensar a falta de sua reserva legal, ele pode adquirir CRAs, como se fossem ações lastreadas em ativos ambientais. O conceito que origina os CRAs é contemporâneo e se insere no contexto da economia verde Mecanismos como esse facilitam a compensação da reserva legal e remuneram os agricultores preservacioanistas. Não se defende a biodiversidade apenas com discursos, nem somente com mecanismos de comando e controle, embora estes jamais podem ser dispensados. O meio ambiente, quando gera negócios, cria renda e estimula a sua preservação. Agenda ambiental positiva.