«Se compararmos o número de equipamentos elétricos e eletrónicos vendidos entre setembro de 2011 e o mesmo mês de 2012, verifica-se um decréscimo de 12%», disse Jorge Vicente.
No entanto, «regista-se um aumento na venda de televisões, telemóveis, brinquedos, com subidas acima de 10%, a par de grandes reduções em equipamentos como caixas de distribuição de dinheiro, com menos quase 50%, nas ferramentos elétricas, com uma descida de 40%, e nos grandes eletrodomésticos, de 20%», apontou o responsável.
Jorge Vicente especificou que, «nomeadamente nos grandes domésticos, as pessoas pensam duas vezes antes de substituir e a reparação, como no setor automóvel, começa a aumentar significativamente".
A reciclagem é afetada "porque há um circuito paralelo que leva a que sejam vandalizados alguns equipamentos» devido ao valor dos materiais e para serem retiradas peças, depois encaminhadas para o circuito paralelo de reparação de grandes eletrodomésticos, referiu.
Já em maio, Jorge Vicente tinha denunciado o crescimento da recolha «ilegal» de eletrodomésticos que já não funcionam para a obtenção de metais como cobre, vendidos depois em «circuitos paralelos».
A situação comporta riscos ambientais e está a preocupar os gestores de resíduos autorizados, que pedem mais fiscalização da parte das autoridades com competências, como a Inspeção Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT).
Até setembro, o número de equipamentos colocados para reciclagem nos pontos Eletrão apresentou «reduções significativas» a par com o aumento significativo dos casos de vandalismo.
O exemplo apontado é dos frigoríficos e era comum o roubo do compressor por causa do cobre mas, atualmente, estes equipamentos chegam às unidades de tratamento «descascados» e o exterior metálico é retirado devido à valorização do material no mercado.
Também os televisores são vandalizados para lhes ser retirada a bobine de cobre do cone do cinescópio e o exterior de plástico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário