“O objetivo é fomentar, no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria, atividades produtivas, de prestação de serviços, comercialização e de consumo solidário entre trabalhadores, produtores autônomos e familiares com vistas à promoção do desenvolvimento territorial sustentável e à superação da pobreza extrema”, explica o diretor do Departamento de Fomento à Economia Solidária da Senaes, Manoel Vital de Carvalho Filho.
A meta da Senaes é assinar, até 28 de dezembro, convênios para o repasse dos recursos aos projetos de 12 entidades. Desse total, nove são voltadas para o desenvolvimento e assessoramento técnico às redes de cooperação solidária. As outras três entidades desenvolvem atividades de apoio a empreendimentos juvenis, com iniciativas voltadas para a organização de arranjos produtivos, comercialização e assessoria a projetos realizados por jovens trabalhadores.
Suporte – Um dos principais propósitos das redes de cooperação é dar o suporte necessário à integração entre os empreendimentos da Economia Solidária, assegurando a eles viabilidade operacional. “A existência de um mercado solidário pressupõe a consolidação de uma escala de oferta de produtos e serviços com periodicidade e diversidade. Se um empreendimento permanecer isolado, ele fatalmente enfrentará dificuldades que poderão comprometer sua sobrevivência”, explica Vital.
A implantação das redes de apoio e de assessoramento à Economia Solidária envolve o fomento às cadeias produtivas e arranjos econômicos territoriais e setoriais. Estão também entre os objetivos o fomento à integração e encadeamento dos diferentes espaços organizativos – produção familiar, associativismo comunitário, centrais de cooperação territorial ou setorial – e o subsídio a processos locais de desenvolvimento de empreendimentos solidários e sustentáveis.
Alternativa inovadora – A economia solidária vem se apresentando como uma alternativa inovadora de geração de trabalho e renda e uma resposta favorável às demandas de inclusão social no país. Ela compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas de autogestão e redes de cooperação – que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio justo e consumo solidário.
Desde sua criação, em 2003, a Senaes vem elaborando mecanismos de formação, fomento e educação para o fortalecimento da economia solidária no Brasil. Além da divulgação e da promoção de ações nessa direção, desde 2007 a secretaria tem realizado chamadas públicas a fim de apoiar os empreendimentos econômicos alternativos.
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