sexta-feira, 3 de maio de 2013

Lisboa quer criar incubadora social contra desemprego


 

A proposta de criação da Incubadora Social de Lisboa, no Espaço Municipal da Flamenga, na freguesia de Marvila, vai ser apresentada pela vereadora da Acção Social, Helena Roseta, na quarta-feira ao executivo municipal.
Sendo que "Lisboa é hoje uma das cidades mais afectadas pelo desemprego" - segundo dados do Observatório da Luta Contra a Pobreza, citados pela autarquia, mil pessoas perdem o trabalho na cidade por mês - e as "respostas existentes têm-se revelado insuficientes", Helena Roseta defende que "é fulcral investir na capacidade de inovação das pessoas e comunidades, no sentido de gerar novas ideias, novas respostas sociais e melhor utilização dos recursos".
Uma das medidas de desenvolvimento social sugeridas pela Rede Social de Lisboa, que inclui um conjunto de cerca de 300 associações e entidades sociais da cidade e é coordenada pela autarquia, é a criação de um 'cluster [polo] de empreendedorismo social' sob a forma de "uma rede de inovação social, concebida como uma plataforma de confluência dos diferentes atores e vontades, integrando os parceiros sociais e os agentes da economia social empenhados nesta área".
O espaço será "sede da rede de inovação social e espaço de capacitação de parceiros e lançamento de projectos e iniciativas de economia e inovação social". A Câmara de Lisboa, a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social e o Montepio Geral serão os parceiros iniciais desta iniciativa.
A Incubadora Social de Lisboa vai apoiar os projectos em três fases: apoio no desenvolvimento do projecto e a na sua concretização num plano (pré incubação), disponibilização de um espaço físico que proporciona às entidades incubadas condições privilegiadas de acesso a serviços especializados e a parcerias entre os diversos agentes económicos e sociais (incubação) e apoio às entidades incubadas com vista à sua sustentabilidade fora do ambiente da incubadora (aceleração).
"Nesta fase, a Incubadora agilizará o acesso a espaços não habitacionais municipais ou outros, competitivos, bem como a integração na Rede de Inovação Social", refere a proposta.
Escritórios partilhados, acesso a comunicações, auditórios, acesso a contactos ou consultoria financeira e jurídica são alguns dos serviços que vão ser disponibilizados pela incubadora.

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