sábado, 27 de agosto de 2011

PRIMEIRA USINA SOLAR INAUGURADO NO BRASIL

primeira usina solar comercial da América Latina, a MPX Tauá, será finalmente inaugurada às 14h30 desta quinta-feira, após quatro adiamentos.

Em fase de testes desde maio último e operando comercialmente desde 1º de julho passado, o empreendimento registrou no primeiro mês de operação, uma média de energia gerada de 628 KWh no período de maior incidência solar, em torno de meio-dia.

Apesar de representar apenas 63% de sua capacidade de geração de 1 MW, os resultados médios iniciais são considerados pela direção da MPX Tauá, "animadores e superam as expectativas". Segundo os números antecipados empresa, "o empreendimento produziu, em julho, energia ativa - a que gera o funcionamento de equipamentos elétricos e eletrônicos - de 141,48 MWh".

Perspectivas

Instalado em área de 12 mil metros quadrados de área, do perímetro irrigado Várzea do Boi, no município de Tauá, no Sertão dos Inhamuns cearense, - uma das regiões mais áridas e quentes do Estado o projeto piloto do Grupo EBX abre perspectivas de inserção do Ceará em um cenário avançado de geração de energias alternativas e limpas no mundo, a exemplo da desenvolvida Alemanha, e da emergente China.

"Tauá concorre para ser eleita uma das 100 mais importantes iniciativas de economia verde da década. O Livro Verde do Século XXI, publicação do Conselho Euro-Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Eubra) e da agência Organização das Nações Unidas Habitat, reunirá 350 casos de sucesso em todo o mundo, entre eles, o da nossa usina.

Se o empreendimento for eleito como uma das 100 melhores práticas, ganhará destaque na publicação", aposta o empresário Eike Batista.

Novos negócios

Para o deputado Federal cearense, Antônio Balhmann, um dos incentivadores do projeto no Estado, mais do que visibilidade, a criação de uma nova matriz energética no Ceará abre portas para atrações de novos negócios, de fábricas de painéis, de retificadores e demais componentes da cadeia produtiva do setor no Estado. Ele reconhece que o preço da energia solar ainda é inviável para o mercado consumidor, mas acredita que, assim como ocorreu com a energia eólica, a tendência no futuro são os preços caírem tornando a solar competitiva.