terça-feira, 29 de setembro de 2015

A criatividade como uma fonte de renda

 

Governo de Mato Grosso aposta no capital intelectual como um poderoso recurso produtivo

 

Fazer da criatividade uma fonte de renda e, consequentemente, contribuir para a geração de emprego e redução da desigualdade social. Este é um dos objetivos da economia criativa, modelo de negócio que tem o capital intelectual como principal recurso produtivo. Como parte das políticas públicas da atual gestão, o Governo de Mato Grosso lançou, na quinta-feira (17), o MT Criativo, programa de desenvolvimento da economia criativa no estado.

Além da assinatura do programa e de uma palestra sobre Economia Criativa ministrada pela consultora Eliane Costa, do Rio de Janeiro, a noite de lançamento no Palácio Paiaguás contou com uma movimentada feirinha criativa onde empresários de diversos segmentos, das artes à gastronomia, passando pela moda e tecnologia, puderam expor e comercializar seus produtos e também divulgar para um número maior de pessoas o conceito de economia criativa.

“A economia criativa representa uma atividade econômica que tem como valor agregado a criatividade, um potencial rico que Mato Grosso tem para ser ampliado nesse segmento e que precisa de suporte, de políticas públicas, a fim de ser desenvolvido em sua plenitude”, observou o titular da Secel, Leandro Carvalho.

A iniciativa, que faz parte do programa Transforma Mato Grosso, é desenvolvida pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Trabalho e Assistência Social (Setas), Educação (Seduc) e Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci).

A modelagem do programa contou com a participação do Sebrae e consultoria do Barcelona Media, um dos principais centros tecnológicos da Europa que atua com projetos de inovação voltados, entre outros, para a economia criativa.

“Esta é uma ação intersetorial, que envolve várias secretarias, e essa transversalidade é uma das características desta gestão. Com o Programa da Economia Criativa vamos fazer com que a criação, a criatividade nos aspectos intelectuais e culturais, possa ter um valor econômico agregado nas mais diversas áreas”, ressaltou o governador Pedro Taques.

O programa de desenvolvimento da Economia Criativa em Mato Grosso contará com várias ações nos eixos de estudo e pesquisa, capacitação e formação, fomento e financiamento, além de estímulos aos territórios criativos como o Centro de Economia Criativa, que será instalado na antiga sede da Secel na avenida Getúlio Vargas.

Oportunidade - Cirurgião dentista e, nas horas vagas, corretor de imóveis, Nezer Fares encontrou nos pães artesanais uma maneira de expressar sua paixão pela gastronomia de maneira saudável. Há cinco meses ele passou a comercializar os pães que antes produzia apenas para o próprio consumo. “Acho importante haver um incentivo por parte do governo para a economia criativa. Nos ajuda a alavancar o negócio e é também uma forma de disseminar mais informação a respeito”.

Para Edison Xavier, diretor do Startup MT, que desenvolve software para micro e pequenas empresas, o programa de governo será uma porta de entrada para quem tem ideias inovadoras, mas faltam incentivo, ferramentas e conhecimento suficiente. “Este empenho do governo do estado é fundamental para que os negócios saiam do papel, se tornem promissores e passem a caminhar com as próprias pernas”, observou.

Segmentos que compõem a economia criativa

- Artes: artes visuais, cênicas, audiovisual, música, literatura, fotografia, artesanato, bibliotecas, museus e galerias, patrimônio material e imaterial, cultura popular e tradicional.

- Negócios digitais: startups, fablabs, mídia digital, software, games, novas mídias e mídias sociais.

- Criações funcionais: arquitetura e urbanismo, moda, design, publicidade, gastronomia e turismo. 

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