quinta-feira, 25 de maio de 2017

Presidente de Moçambique cético sobre objetivos de desenvolvimento sustentável

 




O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, alertou que os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS’s) correm o risco de não conseguirem, até 2030, alterarem o cenário de pobreza, fome e desigualdades no mundo.
No discurso que proferiu no Palácio da Família Real, em Haia, na Holanda, na audiência concedida pelo Rei Willem Alexander, no último dia da visita oficial de três dias, Nyusi disse ser necessário tomar-se medidas para se reverter o cenário sob pena de o fenómeno se alastrar pelo mundo.
“A Holanda está entre os países que lideram os esforços que levaram a adopção dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável que assumem a missão de moldar o mundo para melhor. Não obstante a sua nobreza e premência, estes objectivos correm o risco de não conseguirem, até 2030, alterarem o cenário de pobreza, fome e desigualdades nas nossas sociedades”, disse.
““Precisamos de tomar medidas decisivas e eficazes, incluindo a previsibilidade das actividades propostas””, sublinhou.
Na ocasião, em que se fazia acompanhar pela sua esposa, a primeira-dama Isaura Nyusi, e vários membros do governo, o Chefe do Estado sublinhou que esta realidade não deve ser permitida porque tem o potencial de se alastrar para além das fronteiras nacionais e continentais, ameaçando a paz e segurança internacionais.
“Por isso, este é o momento de agir e a Holanda têm constituído um bom exemplo a seguir por parte de todos os nossos amigos e parceiros”, realçou.
Citou a meta 13 dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, que se refere a necessidade da tomada de medidas para mitigar o impacto das mudanças climáticas, frisando que ‘ trata-se de uma meta tão relevante para Moçambique que de forma cíclica vive efeitos gritantes de calamidades naturais, provocando morte, deslocação de populações, destruição de infra-estruturas económicas e sociais’.

Preocupações ambientais mas não só

Nyusi disse ser grande preocupação construir própria capacidade de gestão ambiental com enfoque para a água face as crescentes inundações e estiagem.
“As calamidades naturais deixam patente que, tal como o direito a liberdade e auto-determinação, o direito de não ser pobre e de não ser vulnerável é também um direito humano universal a ser defendido”, frisou.
O estadista moçambicano reuniu-se também com a rainha, primeiro-ministro, Mark Rutte, com a comunidade moçambicana residente na Bélgica, Holanda e Luxemburgo, e participou numa mesa redonda sobre suplementos alimentares, fortificação alimentar `a larga escala e fornecimento, demanda de vegetais, para alem de visitar um polo de processamento de sementes.

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