quarta-feira, 6 de março de 2013

Organizações se comprometem a expandir Comércio Justo em nível mundial

 


 





O ex-presidente norte-americano Bill Clinton e 37 líderes das comunidades comercial, agrícola, acadêmica, sem fins lucrativos e filantrópica abordaram, na segunda semana de fevereiro, desafios-chave como a pobreza mundial e a degradação do meio ambiente, as falhas de mercado e a crescente desigualdade econômica, segundo informou a Fundação Avina.
Juntos eles geraram ideas para fortalecer as cadeias de suprimentos de tal modo que companhias, trabalhadores e meio ambiente sejam beneficiados e melhorar as vidas das comunidades agrícolas empobrecidas ao redor do mundo.
O ex-presidente Clinton pediu aos participantes que encontrassem soluções criativas para esses problemas e ressaltou o papel que o Comércio Justo, o chamado Fair Trade, pode desempenhar nesse sentido.
Mais de dois bilhões de pessoas ainda sobrevivem com menos de dois dólares por dia (cerca de R$ 4,00).
Em resposta, líderes da Green Mountain Coffee Roasters, Inc. (GMCR), Whole Foods Market, Reunion Island Coffee, Alter Eco e Honest Tea comprometeram-se a aumentar seu apoio ao café, chá, cacau e produtos agrícolas do Comércio Justo.
Organizações não-governamentais internacionais se comprometeram a apoiar os agricultores do Comércio Justo com capital e capacitação, e as fundações participantes prometeram aumentar o financiamento das avaliações de impacto, iniciativas de conscientização do consumidor e geração de capacidade agrícola.
“Há mais de uma década o Comércio Justo tem sido uma parte fundamental da estratégia de fontes de suprimentos sustentáveis da GMCR, porque nos ajuda a fornecer café de alta qualidade a nossos consumidores e melhorar a qualidade de vida dos cafeicultores”, afirmou Brian P. Kelley, presidente executivo da GMCR.
“Continuamos empenhados em nosso compromisso com o Comércio Justo por meio de nossa ampla gama de produtos, projetos em comunidades produtoras de café e campanhas de conscientização do consumidor”, ressaltou Brian.
Mais a ser feito
Embora tenha festejado o histórico bem sucedido do movimento do Comércio Justo em aliviar a pobreza e contribuir para as cadeias de suprimentos sustentáveis, o grupo reconheceu que ainda há muito mais a ser feito. Mais de dois bilhões de pessoas ainda sobrevivem com menos de dois dólares por dia.
As tendências vigentes do mercado, especialmente a demanda sem precedentes de matérias primas agrícolas, representam uma oportunidade única para vincular um número maior de agricultores a mais companhias e beneficiar comunidades agrícolas em uma escala nunca antes registrada.
Cadeia de suprimentos
“Acreditamos que as melhores soluções virão da associação com organizações por meio de toda a cadeia de suprimentos”, projetou Frank Giustra, presidente, diretor e fundador da Clinton Giustra Sustainable Growth Initiative. “E isso se enquadra em nosso enfoque na criação de empregos e geração de renda para as comunidades de baixa renda”.
Essa comunidade formada por diferentes grupos de interesse revelou uma unanimidade em seu desejo de trabalhar juntos para ampliar o Comércio Justo e seu impacto.
“Essa nova e potente visão que chamamos de Comércio Justo para Todos inova e vai além do modelo histórico de Comércio Justo”, observou Paul Rice, presidente executivo da Fair Trade USA. “Buscamos expandir as oportunidades e benefícios do Comércio Justo a milhões de famílias de agricultores em todo o mundo mediante o apoio a companhias responsáveis que desenvolvem mais cadeias de suprimentos sustentáveis. A reunião de nossa liderança representa um importante passo à frente neste caminho”.

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