terça-feira, 7 de junho de 2016

Brasil pode cumprir metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030 com agricultura orgânica nas políticas públicas


 
 
 
Maior feira de produtos orgânicos da América Latina, a Bio Brazil Fair recebe na próxima quarta-feira, 8 de junho, às 9h, a coletiva de imprensa “Como a Agricultura Orgânica ajudará o Brasil a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU?”

A coletiva de imprensa “Como a Agricultura Orgânica ajudará o Brasil a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU?” é uma iniciativa da AAO - Associação de Agricultura Orgânica e do Instituto Kairós, em parceria com a Bio Brazil Fair – 12ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma agenda mundial com 17 objetivos e 169 metas, definidos a partir dos resultados dos Objetivos do Milênio (ODM) estabelecidos no ano 2000, e têm início em 2013, com o Brasil participando do processo de negociação mundial (*).
Representantes de iniciativas da sociedade civil que atuam em prol dos ODS, de agricultores familiares, do setor público e área acadêmica apresentam dados e informações apontando como as políticas públicas de apoio ao desenvolvimento da agricultura orgânica podem atender várias metas dos novos objetivos da ONU – Organização das Nações Unidas, para uma agenda mundial de sustentabilidade até 2030. A agroecologia destaca-se entre os objetivos como caminho para “acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável".
Os ODS também possuem um papel mobilizador ao se colocarem como agenda positiva e de oportunidades, favorecendo uma maior articulação entre os diferentes setores da sociedade, além de permitir a sociedade civil e governos trabalharem conjuntamente na busca por políticas públicas para o desenvolvimento sustentável.
Agricultura orgânica como política pública
Apesar do crescimento médio de 30% a 40% ao ano do mercado de produtos orgânicos no Brasil e no mundo e no Brasil, há um grande potencial de crescimento da agricultura orgânica brasileira, principalmente por meio de políticas de apoio às compras públicas que possibilitam o estimulo à transição agroecológica. Atualmente há cerca de 14 mil agricultores orgânicos cadastrados no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o que significa pouco frente à dimensão do país e de sua atividade agrícola.

Os impactos positivos da atividade vão da fixação do homem no campo e manutenção das comunidades rurais, preservação dos recursos naturais, aumento da produtividade do solo e conservação e produção de água, além de alimentos de maior valor nutritivo, mais saborosos, sem contaminação por agroquímicos, entre tantos outros.
“Cada vez mais há uma compreensão do tema pela população e a agroecologia já está na pauta da sociedade, desmistificando a ideia de que orgânicos são produtos inacessíveis e caros. Os agricultores orgânicos, em geral pequenos produtores familiares, vêm mostrando ser possível produzir em escala, com modelos que trabalham a favor da natureza e do desenvolvimento sustentável”, diz Maluh Barciotte, presidente da AAO.
A programação da coletiva traz uma visão dos impactos socioambientais da agricultura convencional, a necessária consolidação de políticas de subsídios para a agricultura orgânica se ampliar por todo o país, de modo mais efetivo, assim como o poder indutor das compras públicas para o maior desenvolvimento do setor.
Neste contexto, o coordenador de agroecologia do MAPA, Rogério Dias, mostrará como Programas de Alimentação Escolar Orgânica, a exemplo da lei da cidade de São Paulo, reconhecida internacionalmente e em consonância com os ODS, são políticas fundamentais no estímulo à cadeia produtiva. No caso da lei paulista (16.140/2015), deverá ser cumprida a meta de que 2 milhões de refeições servidas ao dia no município sejam com 100% de alimentos orgânicos em 11 anos. O que reforça a possibilidade do plantio em larga escala associado à meta da alimentação saudável

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