sábado, 14 de janeiro de 2012

rio a porter trabalha o comércio justo

Nesta edição do Rio-à-Porter, as diversas vertentes da Moda e do Design ganham força, reafirmando o papel do salão de ajudar a propagar no mercado as tendências lançadas nos desfiles e promover marcas e polos criativos. Assim, terão espaço diversos nichos como: a Moda Sustentável e a Moda Social, além de destaque para iniciativas de empreendedorismo.

Sustentabilidade-A sustentabilidade, assunto cada vez mais importante em nosso dia-a-dia, permeiam o trabalho de diversos expositores. É o caso do Natural Cotton Color. O grupo da Paraíba é reconhecido mundialmente por seu trabalho com peças feitas de algodão naturalmente colorido. A matéria-prima utilizada pela marca é desenvolvida pela Embrapa, o que significa uma economia de 70% de água que seria utilizada no processo convencional de acabamento da malha ou algodão. Nesta edição, o Natural Cotton Color está apresentando roupas e acessórios em ponto filé, uma renda aberta tradicional do Nordeste. As peças foram produzidas por artesãs da Região do Brejo Paraibano.

A marca de bijuterias Zoia, do polo Jóia Carioca, também terá como tema a questão ambiental. A grife, que nasceu há seis anos no Instituto Gênesis da PUC-Rio, apresenta no Rio-à-Porter a coleção Rio+40, em alusão à Rio+20 – conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável que será realizada no Rio de Janeiro em junho. A coleção é focada em materiais alternativos e inspiradores como alumínios de nespresso reciclados, sacos de lixo crochetados, tampinhas de refrigerante banhadas e cerâmica plástica.

Quem também investe no reaproveitamento é a designer Silvia Blumberg. Sua marca lança no salão a linha Horta Carioca de prata reciclada misturada a resíduos garimpados em canteiros de obras como cimento, pirita e pó de tijolo e tingidas naturalmente com sumo de espinafre e beterraba.

Quem também investem o assunto são a JS Design Sustável e Mônica Krexa, marcas do Polo de Moda Praia de Cabo Frio, que lançam coleções e peças customizadas sob o tema mistura urbana. Com técnicas de reciclagem de papel, a JS aposta nas linhas ‘Locomia’, ‘Geometrik’ e ‘Básicos’. Num clima de revival dos anos 80, a primeira mescla cores vibrantes e tons pasteis com acabamentos em couro e algodão. A ‘Geometrik’ abusa das formas geométricas em seus conjuntos de três peças, inclusive bolsas. Há duas décadas seduzida pelo alumínio, a designer argentina Mônica Krexa apresenta bolsas-acessórios, com detalhes do metal e trabalhadas em lona, couro e camurça. Peças combinando alumínio e feltro em tiras tingidas artesanalmente em chá preto e beterraba traduzem a criatividade e elegância da marca de Búzios.

Empreendedorismo e Moda Social - A iniciativa empreendedora e o trabalho social também permeiam todo o evento e, muitas vezes, estão presentes em um mesmo expositor. É o caso da Retalhos Cariocas, marca da APL Moda Carioca, de São Cristóvão. Fruto da parceria de cinco jovens empreendedoras da Barreira do Vasco, comunidade do bairro imperial de São Cristóvão, a Retalhos cariocas participa pela segunda vez do Rio-à-Porter. A grife, que trabalha com retalhos de tecidos, levará para o salão a linha ‘Caçadores da Cor’. A marca trabalha ainda práticas de comércio justo e promove cursos de corte, costura e artesanato na comunidade, além de ter realizado o primeiro desfile de moda da Barreira do Vasco. Atualmente, a Retalhos Cariocas exporta para os Estados Unidos e deseja ampliar sua presença no cenário nacional.

Também integrante do APL Moda Carioca de São Cristóvão, a Complexo Composto abriu espaço em seu galpão para recebe jovens estilistas. O espaço funciona como uma espécie de incubadora temporária para aqueles que querem empreender, montar uma coleção, desenvolver produtos, modelar, comercializar ou distribuir. Um espaço de referência para atendimento, reuniões, encontros e principalmente troca de ideias. Um dos destaques é a Germana Palha. A marca trabalha com um tamanho único que se adapta a cada morfologia, moldando o corpo através de amarrações, que dá o nome à coleção.

Outro exemplo de empreendedorismo é a Vig Rio, que estreia no salão. A marca tem dois anos e produz bolsas, clutchs e acessórios. A estilista, Vivian Groisman, estudou no Instituto Marangoni, em Milão, e abriu recentemente seu ateliê na Barra da Tijuca. Ela investe em peças artesanais e exclusivas. Espera com o salão começar a exportar e reforçar a presença em praças como São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Goiânia.

. [Rio-à-Porter, salão de negócios oficial do Fashion Rio até o dia 13 de janeiro (sexta-feira), na Casa Firjan Criativa, Rua São Clemente, 213-Botafogo, Rio de Janeiro. Mais, clique no banner lincado ao lado neste Canal de Moda & Beleza].

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