segunda-feira, 20 de junho de 2011

ALAGOANA FAZ DISCURSO Á PRESIDENTE SOBRE A SUA VIDA COM COM BOLSA FAMILIA

O programa Oficina Escola, de Osasco, – desenvolvido por parceria da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão com a Associação Eremim – foi o principal destaque no lançamento do Plano Brasil Sem Miséria, em Brasília, pela presidente Dilma Rousseff, nesta quinta-feira, 2, em Brasília. A meta do programa é retirar 16 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014.

Moradora de Osasco, a alagoana Marise Alves Prazeres, 40, contou sua história, que foi ouvida por Dilma, ministros e parlamentares, na cerimônia de lançamento do plano nacional.

A vida de Marise mudou depois que passou a receber o Bolsa Família e a participar do Oficina Escola.
O programa osasquense oferece capacitação em costura por meio da confecção de uniformes depois distribuídos gratuitamente a alunos da rede municipal de ensino de Osasco.

O objetivo final é fazer com que os beneficiários tenham condições de caminhar com as próprias pernas. “Hoje, de apenas uma dona de casa, estou aqui representando Osasco”, disse Marise.

Ela deixou de precisar da ajuda financeira do governo e hoje vive da renda obtida na cooperativa de costureiras da qual é presidente. “Pelo Bolsa Família, tive acesso a vários outros serviços. Terminei o ensino médio e estou estudando inglês”, contou.

“Nossa cooperativa foi formalizada em 2007. Hoje temos espaço próprio, crescemos bastante. Várias de nossas cooperadas estão cursando administração, informática”, comemorou.

Governo federal quer elevar renda de famílias
O governo federal trabalhará para elevar a renda das famílias que vivem com até R$ 70 por mês e ampliar os serviços públicos a essa população nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, entre outras.

“Sei que vamos enfrentar muitos desafios. Mas foram os desafios que me fizeram avançar na vida”, disse Dilma.

Em áreas urbanas, a estratégia é garantir a geração de ocupação e renda por meio de ações como a qualificação, economia solidária, microcrédito e participação no programa de microempreendedor individual.

Cerca de dois milhões de pessoas devem participar de cursos de qualificação profissional. “Essa população extremamente pobre trabalha, e muito. 72% dos beneficiários do Bolsa Família trabalham ou têm negócios, mas não ganham o suficiente”, disse a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello.

O prefeito de Osasco, Emidio de Souza, presente no evento em Brasília, disse que “o diferencial de Osasco é oferecer condições para que essas pessoas obtenham sua emancipação e passem a fazer parte do setor produtivo”.

Orçamento
O orçamento anual do programa será de R$ 20 bilhões. Estados e organizações não governamentais também devem investir no projeto. O governo nega que o programa tenha sido criado para corrigir falhas no Bolsa Família.