Acompanhado do vice-governador, Tadeu Filippelli, Agnelo Queiroz destacou a sanção da lei como um passo fundamental na valorização da economia solidária.
— Este é um instrumento importante de inclusão social, que vai proporcionar emprego e renda a milhares de pessoas e reduzir a desigualdade social no Distrito Federal. Vamos estruturar o setor, que terá estabilidade e segurança jurídica.
Entre as melhorias previstas estão criação de oportunidades de trabalho, geração e distribuição de renda. Segundo informações publicadas pela Agência Brasil, uma das ações será a instalação de 120 postos de venda para exposição permanente dos produtos em espaços comerciais públicos e privados e estabelecimentos parceiros, como supermercados e postos de combustíveis. Também haverá destinação de recursos para o desenvolvimento de tecnologias sociais e de inovação.
Oportunidades
A realização de eventos esportivos mundiais em Brasília também foi citada pelo governador como oportunidade de desenvolvimento do setor.
— Com a chegada de eventos como Copa das Confederações em 2013 e Copa do Mundo em 2014, teremos um fluxo grande de pessoas na cidade. Será uma excelente chance de divulgarmos a produção local.
Agnelo apontou ainda a geração de mercado por meio das compras governamentais.
Apoio
Para Tadeu Filippelli, a legislação é fruto de esforço conjunto do Executivo e do Legislativo em torno de uma necessidade da população.
— A assinatura desta lei demonstra o esforço em retirar da demanda popular uma política de governo. Precisamos fortalecer e divulgar nossa diversidade cultural.
Além de ampliar as políticas públicas, a lei prevê a criação de um fundo específico de apoio financeiro a ações como capacitação técnica e preparação de empreendimentos, conforme explica o secretário da Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária, Raad Massouh.
— Com isso, poderemos recorrer a bancos e selecionar cooperativas e associações para se instalar em seu espaço próprio. Nossa meta é valorizar e até mesmo exportar o artesanato.
Perspectivas
Segundo o governo, o DF possui mais de 300 cooperativas e associações da economia solidária, cada uma com 150 filiados em média. Somente o Sindicato dos Trabalhadores Artesãos e Artes Manuais do Distrito Federal e Região do Entorno abriga 78 associações e mais de 6 mil trabalhadores.
Com 22 anos de experiência em artesanato, a presidente da entidade, Sandra Madeira, comemorou a sanção da lei.
— O desejo dos artesãos nunca foi o assistencialismo. Só contávamos com iniciativas isoladas, agora acredito que teremos mais espaço para comercializar e exportar nossos produtos.
Sandra acrescentou que as associações apresentarão projeto para criação de um polo de artesanato para vendas, oficinas e capacitação.
A presidente da Assoartes (Associação Sudoeste, Octogonal de Artesanato Solidário do Distrito Federal), Lúcia Cruz, considera a assinatura da lei uma vitória.
— O artesanato de Brasília é um mosaico, rico em culturas de outras partes do País. Esperamos que essa lei facilite o comércio justo e solidário para que possamos trabalhar com dignidade e cidadania.
Nenhum comentário:
Postar um comentário