segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Instituto Parque Social vai estimular empreendedorismo social

 
 
O empreendedorismo social é a nova proposta de atuação do Instituto Parque Social, inaugurado no Parque da Cidade, ontem, pelo prefeito ACM Neto e pela presidente do instituto, Rosário Magalhães, para substituir o antigo Mais Social. O programa vai investir, inicialmente, em três projetos: Comunidade Empreende, Núcleo de Atendimento Comunitário (NAC) e os Núcleos de Estímulo ao Empreendedorismo.

“O Parque Social pretende atuar na cidade de Salvador como um mecanismo de estímulo ao empreendedorismo social e à participação cidadã. Ser um agente facilitador de transformação da realidade local, valorizando o ser humano e a participação cidadã”, explicou a presidente do instituto, Rosário Magalhães.

A participação nos projetos deve ser efetivada pelo site www.parquesocial.org.br ou pelo telefone 2105-2600. O Parque vai funcionar de segunda a sexta, das 8h às 17h. O prefeito ACM Neto explicou que, além de capacitar, o Parque Social vai identificar as características de cada comunidade e explorá-las.

“A gente quer fazer um trabalho social diferente, que vai envolver as comunidades, empoderar as comunidades e estimular o empreendedorismo, através de um conjunto de ações nós vamos estimular e identificar as vocações de cada comunidade”,  informou.

O presidente da Rede Bahia, Antonio Carlos Júnior, destacou as qualidades do programa. “É um projeto inovador. Ao invés de fazer um assistencialismo tradicional, ele busca parcerias de órgãos públicos e privados para buscar desenvolver a condição, para fazer com que as pessoas ascendam na sua condição social e profissional”, ressaltou.

O cantor Saulo foi escolhido como embaixador. “Estou muito feliz com o convite e podem me usar. Me usem para o que for preciso”, disse. Durante o lançamento, ACM Neto anunciou que o edital de licitação para reforma do Parque da Cidade será lançado em dezembro.

A obra está orçada em R$ 8 milhões. Destes, R$ 5 milhões serão investidos pela Petrobras, em contrapartida pela obra do terminal de regaseificação, na Baía de Todos os Santos. O restante dos recursos será do poder municipal.

Conab e BNDES destinam R$ 15 milhões para agricultura familiar

 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irão investir R$ 15 milhões no fortalecimento da produção rural de base familiar. Esse é o objetivo do segundo edital de chamada pública relativo ao Acordo de Atuação Conjunta entre as instituições, lançado nesta sexta-feira (29), durante o II Chamado da Floresta.

Podem se candidatar aos recursos não reembolsáveis às associações ou cooperativas de produtores que operacionalizam o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) ou o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), ou ainda da Política de Garantia de Preço Mínimo dos Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). Terão prioridade os agricultores familiares que cultivam com base no sistema de produção agroecológico ou orgânico, mulheres, jovens e povos e comunidades tradicionais - formados em sua maioria por quilombolas e indígenas.

O edital prevê duas faixas de apoio, uma de R$ 70 mil destinada apenas a produtores familiares de base agroecológicas e às associações e cooperativas formadas exclusivamente por mulheres, e outra de R$ 50 mil, voltada para os demais interessados.

Nesta segunda chamada, os recursos estão veiculados à quantidade de beneficiários que o projeto irá atender. O edital prevê um teto de R$ 2 mil por beneficiário para os projetos de R$ 50 mil e R$ 2,8 mil para os projetos de R$ 70 mil. "Assim se uma organização, que não faz parte do público prioritário apresentar uma proposta que beneficie 10 pessoas, poderá receber no máximo R$ 20 mil, ampliando a abrangência da ação", ressalta a superintendente de Suporte à Agricultura Familiar da Conab, Kelma Cruz.

Os recursos devem ser aplicados para solucionar gargalos operacionais das organizações produtivas, permitindo expandir suas atividades, aprimorar as condições de trabalho no meio rural e proporcionar ampliação da renda dos produtores.  Mas os avanços conquistados a partir do apoio não se restringem ao meio rural. Com a melhora na infraestutura, as organizações poderão oferecer uma melhor qualidade dos alimentos destinados ao PAA e ao PNAE, além de fortalecer a PGPM-Bio, favorecendo, indiretamente, a população em situação de insegurança alimentar.

Requisitos

Podem participar do acordo as cooperativas ou associações de produtores rurais de base familiar constituídas há mais de dois anos. Os interessados devem apresentar o Documento de Aptidão ao PRONAF (DAP) ou a Relação de Indígenas Beneficiários (RIB) ou também a Relação de Extrativistas Beneficiários (REB).

É necessário também comprovar realização de, no mínimo, uma operação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) ou do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) ou, ainda, da Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). O projeto deve apresentar no mínimo 10 beneficiários.

Os interessados terão tempo para organizar a documentação necessária. As inscrições estarão disponíveis a partir de fevereiro do próximo ano. O resultado final da seleção será publicado no Diário Oficial da União (D.O.U), e disponibilizado nos portais da Conab (www.conab.gov.br) e do BNDES (www.bndes.gov.br).

Apoio formalizado

Durante o II Chamado da Floresta, a Conab e o BNDES formalizarão, também,  instrumento de colaboração financeira com duas associações contempladas pelo 1º edital. As 172 famílias da Cooperativa Mista de Desenvolvimento Sustentável de Jutaí, no Amazonas, receberão R$ 49 mil, não reembolsáveis, para aquisição de equipamentos para melhorar as condições de beneficiamento e armazenamento e a logística na entrega da produção dos cooperados. A Associação dos Trabalhadores Extrativistas das Comunidades de Curuçá e Furo do Maracá, de Amapá receberá R$ 46,8 mil para aquisição de equipamentos, beneficiando 50 famílias.

O primeiro edital de chamada pública do acordo destinou R$ 5 milhões para agricultura familiar e  recebeu a inscrição de 1.633 projetos de todo o país.

Começar a vender para fora do país demanda preparo de empresários


 
 
Há indícios de um mercado exportador maior do que indicam as estatísticas. É o que acredita Katia Cristina Magalhães, analista de comércio exterior do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF).

“Muitas remessas, de tão pequenas, podem não ter sido consideradas. E cooperativas atendem vários artesãos sob uma só razão social, que pode acabar considerada um micro. Para ficar nos exemplos de comércio legal. É preciso desmitificar que exportar é apenas para grandes empresas.”

Vender para fora, porém, exige preparo dos empresários. O conhecimento do mercado alvo deve atender a critérios que vão além do óbvio, como demonstram casos locais. Medidas de biquínis precisaram ser ajustados aos seios e quadris de estrangeiras; cachaças mudaram de composição para atender ao volume alcoólico determinado por autoridades de saúde; imagens ofensivas a outras culturas foram substituídas. Em qualquer caso, o material da embalagem a ser enviada precisa ser pesquisado.

“Por isso, pesquisar o mercado é o primeiro passo”, orienta Magalhães. Para ela, o empresário deve, ainda, analisar no plano de negócio se exportar vale a pena. “Pode não compensar no primeiro momento. Ele precisa saber se consegue, se possui capacidade de produção para atender à demanda de fora.” Reunir-se a outros empreendedores, em consórcios e cooperativas, é um meio de somar recursos. “Ele deve garantir que vai atender aos pedidos. Do contrário, prejudica a imagem dele e do país.”

Bandeira brasileira

Artesãs da Cia do Lacre perseveram, há cinco anos, no ínfimo grupo de pequenos exportadores locais. Mineira de Manhuaçu e radicada em Dallas, no Texas, Walleska Tepping é a maior cliente estrangeira da cooperativa, respondendo pela quase totalidade das vendas ao exterior. Bolsas e vestidos manufaturados pelas 33 cooperadas ganham as prateleiras da americana Ecochicc, loja de Walleska, especializada em produtos de materiais orgânicos ou recicláveis, onde os preços chegam a 650 dólares.

Outro cliente da cooperativa, a Escama Studio - sediada na Califórnia - mantém no site perfil de cada uma das artesãs. “As bolsas levam nosso nome e nossa história. De lá, as peças são revendidas também para outros países”, conta Maria de Jesus Santana, presidente da Cia do Lacre, que reaproveita fechos de latinhas. Itália e Alemanha também já receberam produtos da organização, que hoje reúne trabalhadoras de Taguatinga, Sobradinho, Recanto das Emas e Plano Piloto, além do Riacho Fundo.

Encontrado e conquistado o cliente, restam questões além do alcance do empreendedor. “Temos um problema sério com a alfandega, com carga parada por 15 dias. Já perdemos clientes por causa desses atrasos”, relata Maria. Apesar da volta ao mundo dada pelas peças, a cooperativa já foi visitada, segundo ela, por uma brasiliense que exibia peça da Cia do Lacre adquirida no exterior. “É muita ironia”, alfineta a artesã Angela Bezerra, que gostaria de ver o artesanato mais valorizado também no Brasil.

Cooperativas artísticas pedem fim da cobrança de PIS/Cofins

 
Institucionalizadas a partir da década de 1970, quando entrou em vigor a lei que define a Política Nacional de Cooperativismo, as unidades que reúnem profissionais do circo, dança, música e teatro querem o fim da cobrança do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre as atividades culturais oferecidas por grupos e artistas cooperados.

Nos últimos dois meses, representantes de algumas entidades têm percorrido gabinetes do Congresso Nacional em busca de apoio político. Segundo eles, a isenção de 3,75% de PIS/Cofins cobrados sobre os serviços pode estimular o cooperativismo entre a classe artística, contribuindo para reduzir a informalidade no setor. Liderado pela Federação Nacional das Cooperativas de Cultura (Fencult), o movimento reúne duas das maiores cooperativas artísticas brasileiras, a Paulista de Teatro e a de Música de São Paulo, e vem sendo fortalecido por entidades de outras unidades da Federação, como a Bahia, o Distrito Federal e Goiás.

“Esta é uma questão de vida ou morte para as cooperativas culturais, já que seus sócios são trabalhadores autônomos muito mais sensíveis à cobrança desse tributo. Como os ganhos financeiros dos profissionais cooperados vêm justamente daquilo que entra na cooperativa, o Estado, a rigor, está cobrando também o PIS/Cofins dessas pessoas físicas, que pagam seus impostos”, disse o integrante da Cooperativa Paulista de Teatro Paulo Celestino.

Criada em 1979, a cooperativa, a maior da América Latina, reúne cerca de 3,2 mil associados de aproximadamente 800 grupos teatrais, entre eles integrantes de importantes companhias como o Grupo XIX de Teatro, Os Satyros e a Companhia do Latão. Em 2012, faturou em torno de R$ 26 milhões. Juntos, seus associados pagaram em torno de R$ 900 mil de PIS/Cofins. A Cooperativa de Música de São Paulo existe há dez anos e conta com 1.675 associados, entre eles Arrigo Barnabé e Toninho Ferragutti.

“A Constituição brasileira [no Artigo 174] diz que o Estado deve apoiar e estimular a associação dos trabalhadores em cooperativas, inclusive tributariamente. Mesmo assim, hoje, é mais caro fazer parte de uma cooperativa do que pegar uma nota fiscal de um conhecido que tenha empresa”, acrescentou Celestino, defendendo que as cooperativas, além de proporcionar melhores condições para que os artistas produzam e divulguem seus trabalhos, garantem maior peso à classe artística, pois incluem socialmente os trabalhadores que, historicamente, costumam atuar individual e informalmente. “Estamos falando de uma parcela relevante e de excelência da produção artística do país”.

Segundo os representantes do movimento, a atual carga tributária tem motivado muitos profissionais a trocar a produção organizada em cooperativas por opções mais atraentes do ponto de vista tributário. A desassociação se intensificou nos últimos anos, com a obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica. Antes, enquanto as entidades questionavam a legitimidade de impostos municipais como o Imposto Sobre Serviços (ISS), muitos cooperados simplesmente deixavam de recolher o imposto.

"Temos sentido que os cooperados até podem continuar associados, mas, na hora de vender seu trabalho, muitos pedem a nota fiscal do amigo, voltando, de certa forma, à informalidade. Na melhor das hipóteses, ele abre uma empresa e volta a atuar isoladamente”, disse Celestino, garantindo que sua companhia, o Grupo XIX de Teatro, apesar de 12 anos de existência, não teria condições de manter a estrutura jurídica e administrativa de que seus integrantes desfrutam como cooperados, e nem o mesmo peso político. “Há várias cooperativas artísticas pelo país que, hoje, não passam de um CNPJ e mesmo as maiores estão queimando gordura, sendo uma questão de tempo para acabar se nada for feito”.

A peregrinação pelo Congresso tem surtido efeito e alguns parlamentares já manifestaram simpatia pelo assunto. Há duas semanas, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) protocolou emenda à Medida Provisória nº 627. Proposta pelo governo federal, a MP que altera a atual legislação tributária está tramitando na Câmara dos Deputados. A emenda isenta os cooperados relacionados a atividades culturais como a música, o cinema, as letras, artes cênicas e artes plásticas do PIS/Pasep e Cofins. Além disso, representantes do movimento conversaram, esta semana, com a ministra da Cultura, Marta Suplicy.

Consumo consciente do crédito ajuda na alta inadimplência

 

 
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O Indicador de Registro de Inadimplentes do consumidor, medido pela Boa Vista Serviços, administradora  do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), ficou em 3,5% no terceiro trimestre deste ano, ante o mesmo período de 2012. Ainda que o índice tenha aumentado em relação ao comparativo entre 2012 e 2011, quando estava em -1,7%, a alta está longe de alcançar o índice de inadimplência registrado entre julho e setembro de 2011 e de 2010, de 25,1%.

Segundo o diretor de Marketing, Inovação e Sustentabilidade, Fernando Cosenza, existem sinais claros de estabilidade na inadimplência. “Essa tendência é o resultado do endurecimento dos critérios de concessão de crédito, que aconteceu após o pico de inadimplência em 2011.”

Nos últimos meses, o que também tem ajudado a manter o índice foram os primeiros sinais da inflação e a interrupção da melhora contínua na renda brasileira e no mercado de trabalho. “As famílias sentiram no bolso e estão mais cautelosas, sobretudo, com o crédito.”

Consumo mais consciente
Cosenza também acredita que, além destes fatores, os consumidores estão mais conscientes em relação ao uso desenfreado do crédito, que resulta na inadimplência. “Percebemos que mais pessoas utilizam o crédito, mas ele não compromete mais a renda do trabalhador.”

Isso pode ser constatado no Indicador de Demanda por Crédito do Consumidor, também medido pela Boa Vista, que apresentou 1,6% no 3º trimestre de 2013, ante o mesmo período de 2012. Entre 2012 e 2011, este índice estava em 5,6% e, em 2010, 9,7%. “Não é uma cautela de uma crise, mas os consumidores estão mais atentos ao endividamento.”


O brasileiro também está mais confiante em relação ao pagamento das dívidas. No trimestre encerrado em setembro, 100% dos inadimplentes afirmaram que podem quitar as dívidas atuais e vencidas. “É a primeira vez que isso acontece. O consumidor está mais maduro em relação ao uso do crédito e a próxima safra de concessões de crédito tende a um equilíbrio maior, o que deve ajudar a manter a inadimplência.”

Compras de fim de ano
Ainda de acordo com Cosenza, as compras de fim de ano devem apresentar um leve aumento, mas os brasileiros utilizarão menos o crédito. “O movimento será um pouco melhor no comércio que em 2012”, concluiu o executivo.

Construções sustentáveis se tornam opção para consumidor consciente

 

A cada dia, o custo das obras sustentáveis cai com a adoção de novas tecnologias e de materiais mais em conta

A exemplo de outros setores da economia, a construção civil começa a mudar parâmetros para ofertar no mercado as chamadas construções sustentáveis ou verdes, cada vez mais procuradas por consumidores conscientes de que é preciso evitar o desperdício de recursos naturais que estão cada dia mais escassos e que, assim, representam uma ameaça às futuras gerações.

A energia eólica, considerada uma das mais limpas e produzida com força dos ventos, é uma das ferramentas usadas pelos empreendimentos verdes que se multiplicam pelo País 

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), no âmbito da Agenda 21 para a Construção Sustentável em Países em Desenvolvimento, a construção sustentável é definida como "um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica".

No contexto do desenvolvimento sustentável, o conceito transcende a sustentabilidade ambiental, para abraçar a sustentabilidade econômica e social, que enfatiza a adição de valor à qualidade de vida dos indivíduos e das comunidades.

Os desafios para o setor da construção são diversos, porém, em síntese, consistem na redução e otimização do consumo de materiais e energia, na redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade do ambiente construído.

Para tanto, recomenda-se: alteração dos conceitos da arquitetura convencional na direção de projetos flexíveis com possibilidade de readequação para futuras mudanças de uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as demolições; busca de soluções que potencializem o uso racional de energia ou de energias renováveis; gestão ecológica da água; redução do uso de materiais com alto impacto ambiental, além da redução dos resíduos da construção com modulação de componentes para diminuir perdas e especificações que permitam a reutilização de materiais.

Liderança
São Paulo exerce a liderança no País nesse segmento. O Estado é o campeão em empreendimentos verdes, de acordo com levantamento do Conselho de Construção Sustentável do Brasil (GBC-Brasil), que representa oficialmente a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) - considerada o principal selo de construção sustentável do País.

Atualmente, o Estado paulista possui 80 edificações atestadas pelo selo Leed, além de outros 428 empreendimentos que já entraram com pedido de certificação. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar no ranking dos Estados com mais construções sustentáveis - são 12 edificações certificadas e 137 pedidos -, seguido por Paraná, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Juntos, estes seis Estados foram os principais responsáveis pela nova marca atingida pelo Brasil, conforme levantamento de junho: 100 empreendimentos certificados pelo selo Leed. Entre eles estão bancos, hospitais, escolas, laboratórios de saúde, supermercados e prédios comerciais, o que atesta a diversidade de setores que, cada vez mais, valorizam a construção sustentável no País.

"Outra prova disso é que o centésimo empreendimento Leed no Brasil é um centro de manutenção de uma garagem de ônibus rodoviários. Trata-se de um fato inédito", ressalta Marcos Casado, diretor técnico do GBC-Brasil. O empreendimento fica no município de Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo.

Para Casado, um dos principais responsáveis pelo aumento da procura por certificação sustentável no Brasil - entre 2012 e 2013, o número de pedidos de certificação no País cresceu mais de 40% - foi a queda nos custos para "esverdear" as edificações. "Com o investimento de empresas em tecnologias e produtos verdes, conseguimos baixar consideravelmente os custos de investimentos em empreendimentos sustentáveis. Hoje, o custo varia entre 1% e 7% do valor da obra", explica o especialista.

Atualmente, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking das nações com maior número de construções com certificação Leed, atrás de Estados Unidos, China e Emirados Árabes.

ANS lança campanha de Consumo Consciente de planos de saúde


 

 


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está lançando uma campanha nacional para Consumo Consciente de planos de saúde. O objetivo é alertar os consumidores sobre os principais pontos a serem levados em consideração antes de assinar o contrato e, eventualmente, cometer equívocos.
A campanha aborda questões como: tipo de plano, individual ou familiar, coletivo empresarial ou por adesão; atendimento pretendido: consultas, exames e internações; se precisa de quarto particular ou enfermaria; e rede credenciada próxima ao domicílio e local de trabalho ou, então, se o consumidor precisa de uma rede nacional ou apenas estadual ou municipal.
Todas essas possibilidades, combinadas às faixas de idade das pessoas que farão parte do plano, impactarão no valor da mensalidade. A campanha enfoca a necessidade de se definir quais itens são fundamentais para o consumidor e de se avaliar se o valor final do plano pode ser incorporado à renda mensal.
Serão distribuídos cartazes e folhetos nos Núcleos da ANS, em hospitais, órgãos de defesa do consumidor, Ministério Público e Defensoria Pública. Além do material impresso, foi produzido um vídeo de orientação com dicas rápidas, publicado no YouTube. Confira: Consumo Consciente
A ANS também disponibiliza em seu portal diversas ferramentas para auxiliar o consumidor nessa tarefa, de escolha do plano de saúde

Confira 12 conselhos antes de comprar na Black Friday

 

Apesar de ter o nome manchado no Brasil, a Black Friday ainda tem oferecido alguns bons descontos para quem procura eletrônicos e jogos. Alguns deles podem realmente compelir seus usuários a consumir de forma irracional e comprar o que não preciso.

Para isso, desde 1990 é celebrado o Buy Nothing Day, que acontece anualmente no sábado seguinte à Black Friday. Criada por ativistas britânicos, a data não é um boicote ao comércio, mas um alerta para o consumo consciente.

Para isso, é preciso se planejar para aproveitar, sim, os descontos, mas de forma inteligente. A Akatu, organização que defende o consumo consciente, dá dicas para isso. Confira:

1- Planeje suas comprasNão seja impulsivo nas compras. A impulsividade é inimiga do consumo consciente. Planeje antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor.

2- Avalie os impactos de seu consumoLeve em consideração o meio ambiente e a sociedade em suas escolhas de consumo.

3- Consuma apenas o necessárioReflita sobre suas reais necessidades e procure viver com menos.

4- Reutilize produtos e embalagensNão compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar.

5- Separe seu lixoRecicle e contribua para a economia de recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos.

6- Use crédito conscientementePense bem se o que você vai comprar a crédito não pode esperar e esteja certo de que poderá pagar as prestações.

7- Conheça e valorize as práticas de responsabilidade social das empresasEm suas escolhas de consumo, não olhe apenas preço e qualidade. Valorize as empresas em função de sua responsabilidade para com os funcionários, a sociedade e o meio ambiente.

8- Não compre produtos piratas ou contrabandeadosCompre sempre do comércio legalizado e, dessa forma, contribua para gerar empregos estáveis e para combater o crime organizado e a violência.

9- Contribua para a melhoria de produtos e serviçosAdote uma postura ativa. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas sobre seus produtos/serviços

10- Divulgue o consumo conscienteSeja um militante da causa: sensibilize outros consumidores e dissemine informações, valores e práticas do consumo consciente. Monte grupos para mobilizar seus familiares, amigos e pessoas mais próximas.

11- Cobre dos políticosExija de partidos, candidatos e governantes propostas e ações que viabilizem e aprofundem a prática do consumo consciente.

12- Reflita sobre seus valoresAvalie constantemente os princípios que guiam suas escolhas e seus hábitos de consumo.

Fórum Mundial de Ciência discute desenvolvimento sustentável

 

 

 Os países da América Latina e do Caribe alcançaram significativo crescimento econômico nos últimos anos, conseguiram reduzir suas taxas de desemprego e de pobreza e melhoraram a distribuição de renda.
Mas o progresso trouxe desafios: apesar da formação de diversas megalópoles, os países da região registram desigualdades sociais, vulnerabilidades a desastres naturais, têm poucas empresas líderes mundialmente, possuem sistemas de educação deficientes e contam com um número reduzido de pesquisadores. O Brasil, por exemplo, tem 1,2 pesquisadores para cada mil habitantes e um déficit de 20 mil engenheiros a cada ano.
Ainda que sejam produtores de commodities, esses países têm baixa participação na produção de produtos em nível mundial. Além disso, apesar de ricos em recursos naturais, apresentam pouca diversificação na matriz energética.
Esses são alguns desafios a serem enfrentados por meio de uma grande cooperação internacional, prevista na Declaração da América Latina e do Caribe, documento elaborado a partir de uma série de reuniões realizadas desde 2009 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em parceria com as principais instituições científicas e tecnológicas brasileiras e governos da América Latina e do Caribe, e que será apresentado no 6º Fórum Mundial de Ciência (FMC), evento que reúne cerca de 700 cientistas de todo o mundo no Rio de Janeiro, entre os dias 24 e 27 de novembro.
Entre as propostas do documento estão a criação de laboratórios avançados para uso compartilhado pelos países da região, o fomento ao uso racional dos recursos naturais e das fontes renováveis de energia, o fortalecimento do ensino da ciência em todos os níveis, a promoção da igualdade de gênero – visando ao aumento da participação das mulheres na ciência – e o desenvolvimento de pesquisas científicas avançadas.
“Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global” é o tema que conduzirá os debates do Fórum Mundial da Ciência, que pela primeira vez será realizado fora de seu país sede, a Hungria.
“A realização do Fórum no Brasil representa um marco histórico, porque, ao mesmo tempo em que reafirma a posição do país no cenário internacional, destaca a posição da comunidade científica da região. O tema escolhido tem a ver com o ponto de vista que o Brasil tem difundido mundialmente: o da sustentabilidade com inclusão social”, afirmou o presidente da ABC, Jacob Palis.
“A ideia desta edição do evento é mostrar o que a ciência tem feito nesse sentido. É preciso corrigir assimetrias, uma vez que é difícil progredir de forma sustentável deixando um grande número de pessoas de fora desse progresso. Sem a erradicação da pobreza, não alcançaremos o desenvolvimento sustentável”, disse.
O Fórum discutirá temas como a integridade científica e ética na ciência, a educação em ciência e engenharia, o papel da ciência para a inovação, a desigualdade como barreira para a sustentabilidade global, a ciência para os recursos naturais, o desafio médico para a terceira idade, a biodiversidade da Amazônia, a ciência dos oceanos, entre outros.
A FAPESP será representada no evento por Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente da Fundação e professor emérito da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Pesquisadores debatem ensino de Engenharia durante Fórum Mundial

 

 

  O papel da educação superior, em especial o da Engenharia, para alcançar as metas de sustentabilidade global foi uma das tônicas das discussões no segundo dia do 6º Fórum Mundial de Ciências (FMC), que terminou na quarta-feira (27/11) no Rio de Janeiro.
“O mundo está produzindo mais doutores do que nunca. Boa parte dos países, tanto os desenvolvidos como os em desenvolvimento, estimula os sistemas de pós-graduação porque enxerga a mão de obra mais qualificada como uma chave para o crescimento econômico”, afirmou o engenheiro sul-africano Daya Reddy, presidente da Academia de Ciências da África do Sul e professor da Universidade da Cidade do Cabo, que participou da sessão plenária sobre “Ciência e Educação em Engenharia”.
A questão, segundo Reddy, é que em alguns países, incluindo Estados Unidos e Japão, os graduados enfrentam um setor industrial incapaz de absorvê-los. A oferta ultrapassa a demanda.
Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, na sigla em inglês) mostram que os EUA formam 20 mil doutores por ano, com crescimento anual de 2,5%.
No Japão, nos anos de 1990, o governo estabeleceu uma política para triplicar o número de PhDs, visando tornar a ciência japonesa mais competitiva com a do Ocidente. O governo conseguiu alcançar sua meta. “O problema agora é para onde mandar os pós-graduados, já que não há lugar para eles nem na Academia nem nas empresas”, afirmou Reddy.
Na China, o número de doutores alcançou a cifra de 50 mil ao ano – um crescimento anual de 40% –, número que ultrapassa o de todos os outros países. A mão de obra é largamente absorvida, resultado do boom na economia chinesa. “Para eles, é relativamente mais fácil encontrar trabalho em seu país", disse Reddy.
Em outros países em desenvolvimento a situação é diferente. Em 2004, a Índia produziu cerca de 5.900 doutores em ciência, tecnologia e engenharia, número que aumentou para 9 mil ao ano, em um crescimento anual de 8,5%. “O número ainda se encontra abaixo da demanda da indústria e o país precisa de mais doutores para corresponder ao crescimento de sua economia e de sua população, que já chegou a 1,23 bilhão”, avaliou o pesquisador. A meta agora é fazer 20 mil PhDs até 2020.
Na África do Sul, de acordo com Reddy, o Plano Nacional de Desenvolvimento estabelece uma meta de 100 PhDs por mil habitantes até 2030, o equivalente a 5 mil por ano. Atualmente, o país forma 30 doutores por cada mil habitantes, ou seja, mil por ano. “Temos uma população de cerca de 50 milhões de habitantes, então o número é bem razoável”, avaliou o pesquisador sul-africano.
O Brasil forma mais de 10 mil doutores por ano (equivalente a um crescimento anual de 11%). Desse número, 53% são doutores em ciências e engenharias e 47% em outras áreas, como humanas.
O país, no entanto, tem ainda menos de dois doutores por mil habitantes. As mulheres brasileiras passaram a ser maioria entre os doutores titulados no país a partir de 2004, com 51% do total, porcentagem que vem se mantendo desde então.
“Para um país cuja pós-graduação tem apenas 50 anos, o número não deixa de ser um progresso, embora ainda careçamos de 20 mil engenheiros a cada ano”, destacou Jacob Palis, presidente da Academia Brasileira de Ciências.
Se ter mais e mais doutores é visto pelos países como o segredo para impulsionar suas economias, para os pesquisadores reunidos no 6º FMC o desafio é alcançar o desenvolvimento de forma sustentável e inclusiva, em um mundo que apresenta problemas como superpopulação, pobreza, urbanização acelerada, mudanças climáticas, crescente demanda por energia, comida e água e vulnerabilidade da população a doenças infecciosas e a desastres naturais, conforme afirmou o engenheiro Tariq Durrani, vice-presidente da Royal Society de Edinburgh, também palestrante do Fórum Mundial da Ciência.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Economia Solidária lança produtos natalinos em Londrina


 
 
 
 

Para celebrar e enfeitar as festas de Natal e Ano Novo, o Programa de Economia Solidária lançou várias opções de produtos natalinos, que estão à venda no Centro Público de Economia Solidária, na avenida Rio de Janeiro, 1.278, esquina com a avenida JK.

Os produtos são artesanais. O consumidor vai encontrar guirlandas de natal, bonecos de papai Noel, guardanapos decorativos, toalhas para mesa, panetone, velas decorativas, porta garrafas, bolachas natalinas e licores. Os preços dos produtos variam de R$10,00 a R$100,00. A loja fica aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

O Programa Economia Solidária é conduzido pela Prefeitura de Londrina que, através da Secretaria de Assistência Social, dá apoio técnico, assessoria e capacitação à produção e comercialização de uma enorme gama de produtos. Durante o ano todo 63 grupos atuam na geração

A secretária municipal de Assistência Social, Telcia Lamônica de Oliveira, lembrou que a ação serve de incentivo a comercialização dos produtos feitos pelos participantes dos empreendimentos e ajuda a promover o consumo consciente, valorizando um modo de produção coletivo e solidário.

"O Economia Solidária existe há anos e percebemos que cada vez mais pessoas se interessam pelo programa, porque ele estimula uma forma diferente de produzir e comercializar os produtos visando sempre a produção e o crescimento coletivo e solidário. Melhoramos o programa disponibilizando mais locais de venda e produção", disse Telcia.

A empreendedora Eliane França Peixoto explicou que o programa tem a ajudado a organizar e administrar seu negócio com mais profissionalismo, além de incentivar a participação em cursos e capacitações. "Os profissionais da Prefeitura me ensinaram a administrar as contas, a separar o que é lucro, custos e investimentos e sempre estimulam a gente a participar de capacitação. Já participei do "Mulheres Empreendedoras" e me especializei em panificação. Estou cada vez melhor, buscando qualidade também no atendimento ao público. O programa tem me ajudado a aumentar as vendas, melhorar meu negócio e não penso em sair dele", ressaltou.

A gerente de inclusão produtiva, Nelma Liberato, lembrou que o Programa de Economia Solidária, ajuda na complementação da renda e valoriza os trabalhadores. "Nessa época do ano, os empreendimentos se voltam às festividades do Natal.

Em Jaraguá, Economia Solidária de Maceió expõe para turistas de cruzeiro

 


 
Em Jaraguá, Economia Solidária de Maceió expõe para turistas de cruzeiro
Os empreendimentos econômicos solidários de artesãos Somando Talentos, Mulheres de Talento, Vencendo por Fé e Associação dos Artesãos do Mercado Público de Jaraguá (Asanj), todos de Maceió, tiveram a oportunidade de expor e vender seus produtos para turistas do cruzeiro MSC Poesia, destino Recife-Salvador, atracado no Porto de Maceió. O navio chegou à capital alagoana às 8h desta segunda-feira (18). Para recepcionar os visitantes, foi construído um box no Estacionamento de Jaraguá.
No local, os artesãos dos empreendimentos de Economia Solidária – que recebem assistência da Diretoria de Economia Solidária da Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária – oferecem vários artigos como roupas, toalhas e porta-água, todos a preços populares para chamar ainda mais a atenção dos visitantes. No espaço, a atenção maior é voltada para o filé.
JpegDona Josefa Maria, que integra há dois anos o grupo Asanj, está divulgando seu trabalho no local. “É uma satisfação poder estar aqui, mostrando nosso trabalho, porque as pessoas de fora dão muito valor ao artesanato alagoano. Além de ganhar dinheiro com as vendas, nós ganhamos reconhecimento”, disse a artesã.
Artigos infantis e de decoração também podem ser encontrados no local. O box também conta com um espaço da Secretaria Municipal de Promoção do Turismo (Semptur) em que os visitantes têm acesso a informações de Maceió.