domingo, 6 de março de 2016

Censo do Cooperativismo de Leite

 

Levantamento - uma parceria entre Embrapa Gado de Leite e OCB - começa em abril

Conhecer a realidade do setor leiteiro e buscar soluções para que as cooperativas ampliem e fortaleçam sua relação com os produtores e com o mercado consumidor. Estes são os objetivos do Sistema OCB e da Embrapa Gado de Leite ao realizarem o segundo Censo do Cooperativismo de Leite. As entidades assinaram hoje de amanhã o acordo de cooperação que visa à realização da pesquisa. Os questionários do Censo serão enviados às cooperativas a partir de 4 de abril.
A assinatura foi feita durante a Reunião da Câmara de Leite do Sistema OCB, em Brasília, que também discutiu os cenários dos mercados interno e externo de insumos, como milho e soja, e do setor do leiteiro. O evento contou com a participação de representantes do Governo Federal, do Congresso Nacional e das cooperativas.
No último levantamento, realizado em 2003, as cooperativas eram responsáveis pela captação de 40% da produção de leite no Brasil, reunindo mais de 151 mil produtores. Entretanto, desde o primeiro levantamento, o mercado de lácteos tem passado por mudanças. Diante dos novos cenários, a Câmara de Leite do Sistema OCB deliberou que a segunda edição do censo irá abordar:
- Participação das cooperativas no mercado de leite;
- Perfil dos associados;
- Negócios e modelos;
- Serviços e assistência técnica;
- Visão de futuro.
Parceria – Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a Embrapa é uma instituição que merece ser reconhecida como irmã do cooperativismo. “Desde a primeira edição do Censo, em 2003, o suporte científico oferecido pela Embrapa tem sido fundamental. Não tenho dúvida de que esta parceria apresenta resultados para nossos cooperados”, enfatiza Freitas. O líder cooperativista diz que o censo será uma oportunidade de o setor leiteiro construir um cenário melhor para os próximos anos. “É necessário aceitar a tarefa de um protagonismo mais intenso, fazendo nosso dever de casa e distribuindo as tarefas tanto no âmbito do Executivo quanto do Legislativo”, reforça. 
Força da união – O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, ressaltou que a parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras é fundamental para desenvolver a agropecuária nacional. “Temos muita sinergia com a OCB. Nossa intenção é estar cada vez mais próximos do movimento cooperativista, que pode ser definido em uma palavra como capilaridade”, reconhece Lopes. Segundo ele, o Censo “permite a elaboração de ações efetivas para o setor leiteiro, tão cheio de desafios. E, conhecendo a realidade, será possível traçar os passos para um futuro mais produtivo”.
Expectativa – “O mesmo setor que fatura, anualmente, cerca de R$ 80 bilhões, expulsa um produtor do campo a cada 11 minutos. Estamos falando do setor leiteiro. Por isso é tão importante conhecer as especificidades desta cadeia, a fim de encontrar respostas para esta e muitas outras questões”, explica o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite. Ele defende que as cooperativas são o melhor caminho para obter tais respostas, já que operam na redução de problemas sociais causados pelas condições econômicas. “Somos testemunhas do quanto esta cadeia passou por melhorias depois que realizamos o primeiro censo”, complementa.
Exportação – “Nossa principal preocupação continua sendo o mercado internacional. Temos uma indústria moderna, perfeitamente nivelada com os patamares americano e europeu. Nossa função é encontrar saídas, mecanismos para crescer com segurança e sustentabilidade”, afirmou o coordenador da Câmara de Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira.
O secretário do Produtor Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, também destaca a capacidade do país para conquistar o mercado internacional:  “Ao longo do tempo, diversas foram as distorções do setor e nós precisamos trabalhar para corrigi-las. Para se ter uma ideia, é preciso estimular a exportação de lácteos, considerando que cresce, anualmente, 4%, ao passo que o consumo aumenta 3%. É por isso que a ministra Kátia Abreu tem feito deste assunto um item permanente da pauta do Ministério da Agricultura.”

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