domingo, 6 de março de 2016

Ministério da Cultura e cooperativas debatem economia da cultura

 

 


O secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC), Guilherme Varella, e o coordenador-geral de Ações Empreendedoras, Gustavo Vidigal, se reuniram na última sexta-feira (26), em São Paulo, com representantes de cooperativas do estado nas áreas de circo, música, teatro e dança. A reunião teve como objetivo alinhar a importância estratégica do cooperativismo para o desenvolvimento da economia da cultura no Brasil e pactuar uma primeira agenda de trabalho para 2016.

"As cooperativas são importantes para retroalimentação das cadeias produtivas, a partir do investimento dos excedentes como novos fatores de produção e da estruturação de processos produtivos mais integrados, o que contribui para uma mobilização mais efetiva dos agentes", afirmou Luis Felipe Gama, da Cooperativa de Música de São Paulo.

A promoção do cooperativismo faz parte das estratégias do Plano Nacional de Cultura (PNC). "Trata-se de um modelo jurídico-institucional e político importante para representação e mobilização dos diversos atores das cadeias produtivas de bens e serviços culturais, com significativo potencial para interação com os Pontos de Cultura", destacou Guilherme Varella.

Na reunião, os artistas das cooperativas ponderaram que uma das principais dificuldades enfrentadas hoje por essas entidades diz respeito ao aumento para 20% de recolhimento para a Previdência Social em cima da remuneração recebida. Segundo eles, trata-se de uma carga pesada, que encarece o custo da atividade.

A questão da formalização e das relações trabalhistas também esteve na pauta por ser considerada uma agenda importante pelo MinC. Segundo dados de 2015 da Fundação Getúlio Vargas, 43% dos trabalhadores da cultura atuam na informalidade.

Para o MinC, as cooperativas constituem um modelo importante a ser disseminado no setor cultural, responsável por 7,8% das empresas brasileiras e que responde por 4,2% das ocupações, segundo dados de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A reunião teve como principais encaminhamentos a criação de um grupo de trabalho permanente para atuar junto às cooperativas, mobilizar outras entidades desse tipo da área de cultura existentes no país e qualificar a agenda a partir da sistematização e análise de dados informações sobre a dimensão econômica do cooperativismo na cultura. 

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