quarta-feira, 12 de setembro de 2012

MATAO GROSSO DO SULA FAZ CURSOS PARA SUSTENTABILIDADE

O governo de Mato Grosso do Sul, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), por meio da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), com apoio do movimento negro (quilombola) estadual e do Instituto Casa da Cultura Afro-Brasileira (ICCAB), cria o projeto Ile Ègbé - (termo em yorubá), que significa terra e comunidade. O documento visa o fortalecimento da produção sustentável em comunidades negras rurais do Estado.
A meta do governo é, por meio do projeto, atender 16 comunidades quilombolas, com investimentos de aproximadamente R$ 5,7 milhões.
O engenheiro agrônomo, Altair Luiz da Silva, gerente de Desenvolvimento Rural da Agraer, ao apresentar o projeto, ontem (3), para a coordenadora Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial (Cppir/MS), Raimunda Luzia de Brito, na Governadoria, informou que a matriz inicial do projeto foi criada em junho de 2009. "A partir desta data, nós estamos sempre adequando ele, de acordo com a realidade de cada comunidade e também com a realidade financeira do próprio Estado", disse Silva. Ele informou que o projeto está em sua versão final, aguardando somente a divulgação de sua conclusão. "O projeto está pronto e encontra-se na Governadoria".
Altair explicou que durante os três anos foi necessário fazer algumas adaptações ao projeto com relação à identificação e quantificação das metas, que inclui a distribuição de equipamentos, como patrulhas mecanizadas e implementos para as comunidades quilombolas. Também foram ampliados centros comunitários e galpões. "Houve a necessidade de fazer algumas adaptações, nas questões com relação ao tamanho das máquinas, das áreas, e ainda, das quantidades de famílias que estavam disponíveis para tais ações. Atualmente o projeto está dentre de um valor que é possível de ser contratado", afirmou o engenheiro agrônomo da Agraer.
Benefícios
Segundo o engenheiro da Agraer, o projeto Ile Ègbé irá contemplar 16 comunidades quilombolas e vai atingir um publico de aproximadamente 600 famílias (atualmente no Estado totalizam 21 comunidades quilombolas). "O projeto surge num momento muito propício, porque algumas dessas comunidades estão tendo ampliações de seus territórios [delimitação e titulação de territórios quilombolas]. Uma demanda antiga há mais de 10 anos junto ao Incra", afirmou Altair, ao frizar que a meta do governo é proporcionar o bem-estar das famílias quilombolas, mantendo-as no local para que elas possam gerar renda e melhorar suas condições de vida.
Desenvolvimento sustentável
O projeto tem como objetivo geral promover o desenvolvimento sustentável dos agricultores familiares pertencentes às comunidades quilombolas, através da implantação de programa de fortalecimento da produção sustentável, visando garantir a geração de renda, bem-estar social, exercício de cidadania e qualidade de vida. O período de execução do projeto é de junho de 2012 a dezembro de 2014.
Acompanhou o engenheiro agrônomo, na visita à Cppir, a estudante do curso de Assistência Social da Uniderp Anhanguera, Rosimeire Carvalho Kubota, que é estagiária na Agraer. Ela também realiza atividades em algumas comunidades quilombolas do Estado.

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