"Tornar a economia verde é a única forma de acomodar nove bilhões de pessoas até 2050", defendeu Thomas Kerr, diretor de iniciativas de mudanças climáticas do FEM.
Segundo o relatório, os US$ 5 trilhões anuais investidos em infraestrutura precisam estar direcionados a iniciativas mais sustentáveis, com o objetivo de incentivar a chamada economia de baixo carbono. Mas como isso seria possível? Ao incentivar, por exemplo, fontes de geração de energia renovável, como a eólica e a solar, além de promover a eficiência energética em setores como transportes, indústria e construção.
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O
crescimento econômico e a sustentabilidade são interdependentes. Você
não pode ter um sem o outro, e tornar os investimentos verdes é um
pré-requisito para realizar ambas as metas"
Felipe Calderón, presidente da Aliança de Ação para o Crescimento Verde
"O
progresso em investimentos verdes continua a ser ultrapassado por
investimentos em infraestruturas intensivas em combustíveis fósseis e
ineficientes", alertou o sumário executivo do documento, ao acrescentar
que isso pode levar as emissões de gases do efeito estufa a criarem uma
temperatura média global pelo menos 4ºC acima dos níveis
pré-industriais, o que poderia potencializar as migrações forçadas,
inundações, secas e a insegurança alimentar.
Crescimento sustentávelPara Felipe Calderón, ex-presidente do México e atual presidente da Aliança de Ação para o Crescimento Verde, o crescimento econômico e a sustentabilidade são interdependentes. "Você não pode ter um sem o outro, e tornar os investimentos verdes é um pré-requisito para realizar ambas as metas."
O documento recomenda que a solução é os governos reavaliarem a prioridade dos investimentos e criarem políticas de investimentos que apoiem e incentivem projetos de baixo carbono.
Público e privado
Conforme o texto, tal mudança nos investimentos é acessível, já que os custos adicionais do crescimento sustentável são insignificantes comparados aos custos da inação, e o investimento não partiria apenas do setor público, mas também do setor privado.
Conforme aponta o relatório, se os atuais US$ 90 bilhões em gastos públicos globais contra as mudanças climáticas fossem aumentados em US$ 36 bilhões, chegando a US$ 126 bilhões, eles poderiam levar a um investimento privado de até US$ 570 bilhões anuais
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