O projeto de criar uma moeda paralela ao real surgiu quando várias associações do pequeno município se uniram para estimular o consumo e fortalecer a economia local. Com a ajuda da Incubadora Tecnológica de Economia Solidária (Ites), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a ideia foi formatada e colocada em prática. Representantes dos órgãos envolvidos e lideranças comunitárias da cidade realizaram reuniões e oficinas para escolher o nome do banco e da moeda. Dessa forma, surgiu o Banco Solidário do Gostoso, criado em homenagem à cidade.
De acordo com representantes das associações envolvidas no projeto, o limite de empréstimos é de 150 gostosos para pequenos projetos e o crédito pode ser pago em até três parcelas mensais sem a cobrança de juros. A ideia é que para cada gostoso emitido é necessário R$ 1 em caixa do comerciante que participa do projeto social. A gestão do Banco Solidário do Gostoso fica sob a responsabilidade da Associação de Mulheres, Jovens e Produtores de Tabua (AMJPT), que integra outras entidades da cidade.
Segundo a AMJPT, desde a criação do projeto, no início de 2013, um mil gostosos estão circulando na cidade. Cada nota tem um símbolo exclusivo (assim como o real) municipal: o Boi de Reis estampa a nota de 10 gostosos, o pescador retrata a nota de 5 gostosos, o pé de cajazeira está na cédula de 2 gostosos, a feira agroecológica é a figura da nota de 1 gostoso e o cajueiro representa a nota 50 centavos. O estatuto do banco diz que cada gostoso vale R$ 1.
O Ites informou que os recursos do banco ajudam a fomentar compras e pequenos investimentos. A capitalização inicial foi feita por doações de sindicatos, cooperativas e organizações parceiras. Uma rifa também foi organizada pelo conselho gestor para arrecadar fundos.
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