segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Cooperativismo de crédito enquanto solução acessível para microempreendedores individuais

 

 


  Os microempreendedores individuais ainda encontram grandes dificuldades para conseguir crédito no Brasil. Apesar da sua legalização em 2009, trabalhadores informais e até profissionais da área de saúde que almejam abrir consultórios, clínicas ou laboratórios, mas que ainda necessitam de recursos financeiros para isso, esbarram na burocracia e nas altas taxas dos bancos. Neste cenário, o cooperativismo de crédito surge como uma ferramenta importante por oferecer diversas opções de produtos e serviços, como cartões de crédito e seguros, com taxas e juros reduzidos, e garante acesso a recursos financeiros para empréstimo e investimento, com condições vantajosas em relação ao mercado. 
 
Apesar de oferecer os mesmos produtos oferecidos pelos bancos comerciais, as cooperativas de crédito se diferenciam pelo fato de prestarem serviço aos seus associados, que também são sócios, de forma ética, transparente e lucrativa. Além disso, o associado tem um retorno financeiro no final de cada ano, proporcional ao que foi movimentado, como explica o presidente do Sicoob Credmed, cooperativa de crédito exclusiva para os profissionais de nível superior da área de saúde da Bahia, Augusto Holmer: “Existe um lucro inicial do pagar menos: menores taxas para empréstimos, financiamentos e menores tarifas que aquelas praticadas no mercado e oferecidas de maneira linear aos associados - diferentemente dos bancos que, numa mesma linha, pode ter tarifas completamente diferentes a depender do cliente”. 
 
Com todas essas vantagens, o cooperativismo de crédito vem crescendo a cada ano. Até o final de 2013, existiam 1.154 cooperativas de crédito no Brasil, sendo 39 na Bahia. O Sicoob, que é um dos maiores sistemas, opera no Estado com 17 cooperativas e uma Central. Essas cooperativas foram responsáveis pelo crescimento de 19,62% em depósitos no ano passado, na Bahia, em comparação com 2012, superando as demais instituições financeiras que apresentaram um aumento de 2,39%. Quanto às operações de crédito, elevaram suas carteiras em 12,81%, contra 5,80% dos bancos privados. Nos ativos totais, as cooperativas chegaram aos 15,74%, o que corresponde a mais de 740 milhões. Com isso, a consolidação e expansão no atendimento proporcionou uma elevação de 70,90% em sobras em comparação com 2012.

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