Instituto lança nova plataforma para teste de consumo consciente
O Instituto Akatu, em
parceria com o Ministério do Meio Ambiente, lançou nesta quarta-feira
(15) a nova plataforma para o Teste do Consumo Consciente, uma
ferramenta criada para avaliar o perfil de consciência de consumo das
pessoas. Após fazer o teste, de 55 questões de múltipla escolha, o
sistema aponta em qual categoria de consumo consciente a pessoa se
encontra: indiferente, iniciante, engajada ou consciente.
Segundo
o diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar, 80% de tudo que é
consumido no mundo estão nas mãos de 16% da população, cerca de 1,1
bilhão de pessoas, que já usam 50% mais do que o planeta pode produzir.
Para ele, é preciso uma mudança para que as 150 milhões de pessoas por
ano que entram no mercado de consumo passem a gastar de modo diferente.
“É
difícil para as pessoas perceberem quando elas estão indo além daquilo
que precisam. Eliminar o desperdício não é simplesmente deixar de jogar
coisas fora, eliminar desperdício é não comprar o que não é necessaário.
Aliás, não existe nada mais caro que comprar o que não é preciso, mesmo
que seja em uma liquidação”, afirmou Mattar.
Para ele, mudar
essa cultura é o grande desafio porque, na sociedade atual, hábitos de
consumo ajudam as pessoas a criar uma identidade. “E agora é preciso que
essa identidade esteja ligada ao coletivo, que as pessoas percebam que
elas não vivem individualmente, e aí elas vão se portar de maneira
diferente.”
Segundo pesquisa do instituto, 41% da população
brasileira estão na categoria indiferente, 32% são inciantes no consumo
consciente, 22% estão engajados e 5% realmente consomem produtos e
serviços com consciência.
Para a ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira, são dados surpreendentes. “Quando falamos de consumo
consciente, falamos de duas visões importantes: qualidade de vida e
sentido de coletividade. Isso sinaliza que 41% da população brasileira,
dentro dessa amostra, estão tendo comportamento mais individualizado e
mais dissociado dessa visão de bem-estar”, disse.
Izabella também
destaca os iniciantes, “uma amostra da população que se direciona para
mudar de comportamento", para não consumir com excesso, mas apenas
aquilo de que necessita, "com qualidade, exigindo cada vez mais que as
cadeias tenham menor impacto ambiental e entendendo como isso se traduz
em qualidade de vida e geração de riquezas", ressaltou a ministra.
O
Dia do Consumo Consciente, 15 de outubro, foi instituído em 2009 pelo
Ministério do Meio Ambiente, para que as pessoas reflitam sobre seus
hábitos de consumo e os impactos que eles podem ter no dia a dia, na
sociedade e no meio ambiente.
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