terça-feira, 12 de julho de 2011

ECONOMIA DA BAIXO CARBONO

O setor energético, a exemplo do mundial, está preocupado em produzir uma economia de baixo carbono, visando um suprimento confiável de energia para o desenvolvimento econômico sustentável. Temas como captura, armazenamento e uso do CO2 são pontos que centralizam as discussões. Observando essa tendência mundial, a Satc está formalizando um acordo de cooperação com o Departamento de Energia dos Estados Unidos.

A proposta foi negociada com o diretor da Satc e presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Luiz Zancan, durante o Seminário de Combustíveis Fósseis no Mundo de Baixo Carbono – Captura e Sequestro de Carbono: A História Real, realizado no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (11). Zancan esteve reunido com o secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, e o secretário assistente de Fóssil dos Estados Unidos, Charles McConnell.

Segundo Zancan, o acordo de cooperação com o Departamento de Energia americano possibilitará a capacitação de engenheiros e pesquisadores do Centro Tecnológico de Carvão Limpo (CTLC), que integra o Parque Tecnológico da Satc. “Esse programa deverá treinar nossos pesquisadores nos Estados Unidos, visando preparar a cadeia produtiva do carvão para uma economia de baixo carbono”, revela o diretor.

Por mais cinco anos a ABCM mantém o acordo de cooperação tecnológica com o National Energy Laboratory (NETL), instituto de pesquisa americano que possibilita a troca de experiências sobre a gaseificação do carvão. Atualmente, profissionais da Satc, que é a operadora da planta de gaseificação, já viajaram aos Estados Unidos em busca de novas experiências. Estudos estão adiantados para implantar aqui um projeto que utilizará o gás de carvão na indústria da região, especialmente a cerâmica.

Captura de CO2 é foco de debates

O seminário realizado no Rio de Janeiro foi coordenado pelo Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia (CBCME). O evento demonstrou de forma enfática que os combustíveis fósseis são a parte mais importante da matriz energética mundial, permanecendo com cerca de 80% de participação, enquanto o carvão foi o combustível com maior crescimento na última década, no mundo, e permanecerá sendo a fonte mais importante na geração de energia elétrica, onde participa com 41%. Na matriz primária o carvão contribuiu com 29,6 %, em 2010.

O diretor da Satc e presidente da ABCM Fernando Luiz Zancan, proferiu palestra sobre as iniciativas do setor carbonífero nacional em uma economia de baixo carbono. O fortalecimento de parcerias de transferência de tecnologia é fundamental para o avanço do desenvolvimento dessas tecnologias, como ficou demonstrado.