terça-feira, 12 de julho de 2011

PROGRAMA SUSTENTÁVEL DO TRIGO

Acontece nesta quinta-feira (07.07) a Reunião da Câmara Técnica do Trigo (CTT), que apresenta como pauta principal um programa para alavancar o desenvolvimento sustentável da cadeia do trigo no Estado de Mato Grosso. O coordenador da CTT e pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Hortêncio Paro, relata que a intenção é ampliar o trabalho de pesquisa, envolver o governo na aquisição do trigo garantindo o preço mínimo e priorizar o trigo nacional em especial o irrigado da região Centro-Oeste. A reunião será na Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), a partir das 8 horas.

Conforme Paro, serão abordadas as ações do Protrigo (Programa de apoio a Cultura do Trigo) que recentemente realizou visita técnica no município de Campo Verde (131 km ao Sul de Cuiabá), apresentando três Unidades de Observação (UO) e cinco variedades de trigo de sequeiro, instalados em solos hidromórficos desenvolvidos em solos com abundância d’água, ou seja, sob a influência do lençol freático contendo água até o mês de maio. Ele explica que o plantio de sequeiro acontece em março, o que permite a granação do trigo com água no solo e sem excesso de umidade que possa causar doenças na folha e espiga.

Será mostrado também o trabalho de validação de tecnologia que constatou que a variedade BR-18 foi a campeã em produtividade com 2.933 quilos por hectare e tolerante a brusone. Nos experimentos foram utilizadas as variedades Quartzo, Valente, IAC 350, Brilhante e a BR-18. Os materiais genéticos são oriundos do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Cooperativa do Alto Paranaíba (Estado de Minas Gerais) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A CTT é composta por 15 membros que representam setores do Governo do Estado, Federal e iniciativa privada. Paro ressalta que são consumidos dez mil toneladas de farinha de trigo em Mato Grosso. “É necessário estabelecer uma política de longo prazo que permita o planejamento de ações sustentadas para a cultura”, declara Hortêncio.