terça-feira, 12 de julho de 2011

PROGRAMA SUSTATÁVEL DE SUAPE

O governo de Pernambuco apresentou, na última quarta-feira (29), o projeto Suape Sustentável, durante solenidade que reuniu políticos, empresários e comunidade local no Complexo de Suape. A iniciativa reúne um conjunto de ações que já estavam sendo gestadas ou em projeto no âmbito da gestão estadual. Durante a cerimônia, o governador Eduardo Campos assinou 11 convênios, decretos, editais e ordens de serviço. O desafio, agora, é tirar tudo do papel para promover o propalado desenvolvimento sustentável no chamado Território Estratégico de Suape.

Os projetos propõem ações para as áreas de transporte público, habitação, meio ambiente, controle urbano e segurança. Na pilha de papéis assinados na manhã de ontem estava a autorização para lançar o projeto executivo de recuperação da estação ferroviária de Massangana e de um pequeno terminal de passageiros dentro do porto. O vice-presidente de Suape, Frederico Amâncio, explica que a ideia é que as composições dos veículos leves sobre trilhos (VLTs), que vão substituir o atual trem a diesel no percurso de Cajueiro Seco ao Cabo de Santo Agostinho, cheguem a Suape.

Para tanto será necessário reformar a estação de Massangana localizada na área do complexo, que foi construída em 1982, mas está sucateada. "A ideia é criar, próximo da estação, uma espécie de terminal de integração de ônibus para que os usuários possam chegar aos empreendimentos dentro de Suape", diz Amâncio. Hoje são poucas as opções de transporte público até o complexo. Apenas uma linha de ônibus entra na área portuária. Para garantir a chegada dos funcionários ao trabalho, as empresas fretam seus ônibus.

MEIO AMBIENTE - O evento também foi palco para a assinatura do convênio de controle urbano e ambiental entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Agência de Planejamento de Pernambuco (Condepe/Fidem) e os municípios do Território Estratégico de Suape. O projeto começou a ser discutido desde 2007 e só agora os repasses de recursos serão iniciados. O investimento de R$ 11 milhões será usado para capacitar os municípios a enfrentarem os problemas que virão com a migração de trabalhadores provocada pelos grandes empreendimentos.

Eduardo Campos se apressou em fazer uma retrospectiva histórica das desigualdades e da falta de preocupação com a sustentabilidade na região de Suape. "A história aponta para a escravização de índios e negros e para a derrubada da mata e degradação dos recursos hídricos", lembrou, comemorando o fato de governo, prefeituras, empresas e academia estarem se unindo para buscar uma gestão sustentável para o desenvolvimento econômico capitaneado por Suape.

O plano do porto para a área ambiental prevê a recuperação de um passivo de 210 hectares de mata atlântica, com o replantio. Uma área de 36 hectares está sendo atacada e o complexo está adquirindo mais 192 hectares na tentativa de reduzir o déficit ambiental acumulado