sábado, 24 de setembro de 2011

EXEMPLOS DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Antenados em conceitos como responsabilidade socioambiental, desenvolvimento sustentável, sustentabilidade e consumo consciente, os shoppings centers cearenses também seguem o bom exemplo dos supermercados locais e executam práticas verdes, as quais envolvem ainda a comunidade.

O Iguatemi, por exemplo, possui uma Estação de Pré-Reciclagem (EPR), que transforma, atualmente, mais de 35 toneladas de lixo por mês. O consumidor também pode depositar seus detritos na Estação Ecológica, onde há espaço para papel, vidro, plástico, metal, óleo e baterias. O shopping é um dos poucos do País a dispor de programa próprio que trata o esgoto que produz, além de utilizar um sistema que promove o reúso da água.

O Grupo North Shopping (que inclui as filiais de Fortaleza e Maracanaú e o Via Sul) construiu a praça Jonas Gomes de Freitas, cuja área verde possibilitou a realização de encontros, ginástica, projetos sociais, dentre outras atividades. O estabelecimento faz também a coleta seletiva. Foram reciclados, somente neste ano, 88 toneladas de resíduos. Os principais materiais recolhidos são papel, papelão e plástico. Já o Shopping Del Paseo realiza a coleta de papelão com todas as lojas. O material é reunido, separado do lixo orgânico e direcionado a uma empresa de coleta, que faz a busca de dois em dois dias.

Educação ambiental

Neste mês de setembro, o Pátio Dom Luis está com uma programação voltada exatamente para a conscientização das crianças ante às questões ambientais. Em sua expansão, o Cariri Shopping também está atento à natureza: a construção terá iluminação natural, vidros de controle solar para redução de custos de energia e maior eficiência do sistema de climatização.

O Shopping Benfica destaca-se com o projeto Fábrica do Bem, que aproveita resíduos reciclados para desenvolver trabalhos artesanais, oferecendo cursos gratuitos à comunidade.

A iniciativa foi criada em 2005 e, desde sua implementação, já foram oferecidos cursos artesanais para confecção de bonecos de pano, de brinquedos e flores ornamentais feitos com garrafa pet, de arranjos natalinos e, mais recentemente, de sacolas de crochê fabricadas com tiras de sacos plásticos. Segundo a superintendente Marcirlene Pinheiro, a fábrica traduz o conceito de sustentabilidade do estabelecimento. "No caso da sacola plástica, os sacos deixam de ir para o meio ambiente ao mesmo tempo em que pessoas da comunidade têm a oportunidade de aprender o ofício do crochê de graça", explica a executiva.

Transformação social

Segundo ela, na época em que foi ministrado cursos de bruxinhas de pano, houve casos de mendigos que deixaram de ser pedintes e passaram a se sustentar com a confecção e venda do artesanato. Para Marcirlene, as práticas sustentáveis devem ser implantadas por consciência e não para obter retorno financeiro. "É lógico que, com o tempo ele traz um saldo positivo também nesse aspecto. Mas isso ao longo de muitos anos. Hoje, estamos colhendo no Benfica o retorno de 12 anos de investimento em responsabilidade socioambiental".

A frente da Fábrica do Bem, desde o começo do projeto, a artesã Regina Mesquita, 60 anos, também testemunha o impacto que a iniciativa proporciona à vida das pessoas. "Tem pessoas que chegam aqui com depressão e ficam boas, pois esse trabalho é uma espécie de terapia ocupacional. E qualquer um pode participar. Funcionamos diariamente, de 14 às 20 horas". (DB e AC)

DESCARTE VERDE

Pilhas e baterias têm destino certo

Você já deve ter se flagrado jogando aquelas pilhas falhas da lanterna ou a bateria da câmera fotográfica no lixo, ali mesmo, no depósito da cozinha. Você não é o único. O problema é que esses, aparentemente, inofensivos objetos são compostos de metais pesados altamente tóxicos e não-biodegradáveis, como cádmio, chumbo e mercúrio. Ao ser eliminado sem os devidos cuidados, os componentes podem vazar e contaminar o solo e cursos d´água, o que pode trazer prejuízos à flora e à fauna.

De olho nesse problema, algumas lojas no Ceará, especialmente aquelas que trabalham com equipamentos eletrônicos, disponibilizam em seus estabelecimentos depósitos de coleta para pilhas e baterias. Esses objetos, posteriormente, são encaminhados a locais onde são devidamente tratados, sem riscos de contaminar a natureza. Em todas as filiais da Ibyte, por exemplo, existem lixeiras para a coleta desses equipamentos.

Direcionamento

Após recolher 500 quilos desses materiais, eles são direcionados à Reciclo Ambiental, empresa paulista que faz a coleta e seleção dos objetos. Depois dessa fase, eles vão para a Suzaquim, responsável pela limpeza e tratamento, onde esse lixo eletrônico é transformado em sais e óxidos metálicos.

A aposentada Dejanira Barros ainda está tentando adaptar-se às atitudes ecológicas, com o incentivo da filha. "Lá em casa, eu ainda separo o orgânico, mas minha filha é quem vai juntando as pilhas para depositar no lugar certo", relata.