segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Economia Solidária é tema de Seminário na Fortaleza da Barra

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03 de janeiro de 2014 às 11h18 

 

 

 
Guarujá sediou, recentemente, o Seminário de encerramento do curso “Incubação de Empreendimentos Econômicos Solidários”, que faz parte do projeto “Formação de Formadores de Incubadoras Públicas de Empreendimentos Econômicos Solidários”, na Fortaleza da Barra Grande, em Santa Cruz dos Navegantes. O evento reuniu os cerca de 40 alunos, de 11 municípios do estado de São Paulo, que possuem incubadoras de serviço de economia solidária.
Os participantes se reuniram para fazer um balanço da atividade e a devolutiva com a sistematização da produção do curso, com diálogo e validação com os gestores. Eles receberam certificados pela participação na ação e também discutiram as perspectivas futuras.
O curso, promovido pela Unitrabalho, Rede de Gestores de Economia Solidária, Fundação Banco do Brasil e Unifesp, com o apoio da Prefeitura de Guarujá, foi realizado pela internet e contou com quatro ciclos. Os participantes trabalharam com textos referentes ao tema e momentos de reflexão seguidos por perguntas e comentários de cada aluno. O encontro teve como objetivo o aprimoramento da formação dos gestores municipais de incubadoras públicas existentes ou em fase de implantação.
Com o curso, os participantes obtiveram parâmetros para a análise de projetos de economia solidária, levando em consideração não apenas sua viabilidade econômica, mas também social, além da possibilidade de crédito para estes empreendimentos. A iniciativa abre, então, novos horizontes para o desenvolvimento de projetos de economia solidária, com uma metodologia própria.
O representante da Unitrabalho, Reynaldo Norton Sorbille, explica que a economia solidária é complexa e por conta disto, a instituição foi buscar indicadores e referências do ponto de vista de viabilidade econômica, além do parâmetro financeiro, para a realização do curso. “A economia solidária tem um olhar diferente e as pessoas precisam aprender a ver. Nela, todos são donos do negócio, é bastante democrático”.
Para o coordenador de Economia Solidária de Campinas, Ercindo Mariano Junior, o curso é fundamental para que os gestores tenham uma teoria sobre o assunto e, assim, desenvolver melhor os projetos futuros e corrigir os já existentes. “Vamos aprimorar o que já é feito e o que queremos criar. Agora temos parâmetros para analisar os projetos”.
Guarujá tem avançado em relação à economia solidária e, segundo o diretor de Desenvolvimento da Economia Solidária, Pesca e Aquicultura da Prefeitura, Ricardo Louzada, a proposta é avançar mais. “O Município está caminhando para estruturar centros de referências e, externamente, tem se articulado regionalmente e através da rede de gestores, com troca de experiências”.
As ações realizadas pelo Município foram objeto de destaque por parte da coordenação do curso, com a apresentação de algumas experiências concretas e efetivas de políticas públicas de economia solidária. Na Cidade, há a integração entre a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Portuário, por meio da Diretoria de Economia Solidária Pesca e Aquicultura, que, conjuntamente, mantém a Incubadora Pública de Empreendimentos Populares e Solidários (Ipeps). Desta integração resultam projetos de sucesso, como o Caminhão Feira do Peixe, destinado à compra e venda de pescado e levado a preços módicos nos bairros de população de baixa renda.
Os avanços que ocorrem em Guarujá se devem, conforme Louzada, à integração das políticas públicas de forma vertical e horizontal, entre as secretarias municipais e os entes federados, dinamizado pela Câmara Técnica de Agropecuária, Pesca e Aquicultura do Condesb e ao reconhecimento da economia solidária pelo Executivo como uma política estratégica de desenvolvimento sustentável, de caráter emancipatório e não assistencial.

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