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03 de janeiro de 2014 às 11h18
Guarujá sediou, recentemente, o
Seminário de encerramento do curso “Incubação de Empreendimentos
Econômicos Solidários”, que faz parte do projeto “Formação de Formadores
de Incubadoras Públicas de Empreendimentos Econômicos Solidários”, na
Fortaleza da Barra Grande, em Santa Cruz dos Navegantes. O evento reuniu
os cerca de 40 alunos, de 11 municípios do estado de São Paulo, que
possuem incubadoras de serviço de economia solidária.
Os
participantes se reuniram para fazer um balanço da atividade e a
devolutiva com a sistematização da produção do curso, com diálogo e
validação com os gestores. Eles receberam certificados pela participação
na ação e também discutiram as perspectivas futuras.
O
curso, promovido pela Unitrabalho, Rede de Gestores de Economia
Solidária, Fundação Banco do Brasil e Unifesp, com o apoio da Prefeitura
de Guarujá, foi realizado pela internet e contou com quatro ciclos. Os
participantes trabalharam com textos referentes ao tema e momentos de
reflexão seguidos por perguntas e comentários de cada aluno. O encontro
teve como objetivo o aprimoramento da formação dos gestores municipais
de incubadoras públicas existentes ou em fase de implantação.
Com
o curso, os participantes obtiveram parâmetros para a análise de
projetos de economia solidária, levando em consideração não apenas sua
viabilidade econômica, mas também social, além da possibilidade de
crédito para estes empreendimentos. A iniciativa abre, então, novos
horizontes para o desenvolvimento de projetos de economia solidária, com
uma metodologia própria.
O
representante da Unitrabalho, Reynaldo Norton Sorbille, explica que a
economia solidária é complexa e por conta disto, a instituição foi
buscar indicadores e referências do ponto de vista de viabilidade
econômica, além do parâmetro financeiro, para a realização do curso. “A
economia solidária tem um olhar diferente e as pessoas precisam aprender
a ver. Nela, todos são donos do negócio, é bastante democrático”.
Para
o coordenador de Economia Solidária de Campinas, Ercindo Mariano
Junior, o curso é fundamental para que os gestores tenham uma teoria
sobre o assunto e, assim, desenvolver melhor os projetos futuros e
corrigir os já existentes. “Vamos aprimorar o que já é feito e o que
queremos criar. Agora temos parâmetros para analisar os projetos”.
Guarujá
tem avançado em relação à economia solidária e, segundo o diretor de
Desenvolvimento da Economia Solidária, Pesca e Aquicultura da
Prefeitura, Ricardo Louzada, a proposta é avançar mais. “O Município
está caminhando para estruturar centros de referências e, externamente,
tem se articulado regionalmente e através da rede de gestores, com troca
de experiências”.
As ações
realizadas pelo Município foram objeto de destaque por parte da
coordenação do curso, com a apresentação de algumas experiências
concretas e efetivas de políticas públicas de economia solidária. Na
Cidade, há a integração entre a Secretaria de Desenvolvimento e
Assistência Social e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e
Portuário, por meio da Diretoria de Economia Solidária Pesca e
Aquicultura, que, conjuntamente, mantém a Incubadora Pública de
Empreendimentos Populares e Solidários (Ipeps). Desta integração
resultam projetos de sucesso, como o Caminhão Feira do Peixe, destinado à
compra e venda de pescado e levado a preços módicos nos bairros de
população de baixa renda.
Os avanços
que ocorrem em Guarujá se devem, conforme Louzada, à integração das
políticas públicas de forma vertical e horizontal, entre as secretarias
municipais e os entes federados, dinamizado pela Câmara Técnica de
Agropecuária, Pesca e Aquicultura do Condesb e ao reconhecimento da
economia solidária pelo Executivo como uma política estratégica de
desenvolvimento sustentável, de caráter emancipatório e não
assistencial.
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