O Brasil vive um momento político importante, com o início de uma nova
legislatura e a renovação do quadro governamental, e um contexto
econômico ainda de incertezas. É neste cenário que o movimento
cooperativista brasileiro apresenta suas principais demandas nos poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário. O objetivo é trabalhar em todas
as frentes para defender as bandeiras do setor cooperativista, que hoje
reúne 11,5 milhões de associados e exerce um papel importante na
economia do país e nos processos de inclusão social.
Esses temas estão relacionados na Agenda Institucional do
Cooperativismo 2015, que será lançada na próxima terça, dia 24 de março,
em Brasília (DF). A publicação será apresentada aos novos
parlamentares, representantes do governo e do Poder Judiciário, além de
integrantes de instituições parceiras, pelo presidente do Sistema OCB,
Márcio Lopes de Freitas. O evento, agendado para as 19h, também marcará a
posse da nova diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo
(Frencoop), que atua em conjunto com a Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB) pelo atendimento às bandeiras do setor.
Agropecuária – Durante a cerimônia, o presidente do Sistema OCB fará,
ainda, a entrega das propostas do cooperativismo para os planos Agrícola
e Pecuário 2015/2016 e da Agricultura Familiar 2015/2016 a
representantes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). Os documentos apresentam os
pontos considerados fundamentais pelo segmento para rodar a nova safra.
As 1.592 cooperativas agropecuárias do país são uma oportunidade aos
produtores rurais de inserção no mercado, economias de escala e ganhos
de eficiência. Responsáveis por significativa participação na produção
brasileira, elas mostram cada vez mais a importância e força que têm na
economia, com mais de 164 mil empregos diretos gerados e com
movimentação financeira acima de R$100 bilhões em 2013, ou seja,
aproximadamente 12% do PIB do agronegócio. O setor também tem uma
participação expressiva na capacidade estática de armazenagem do país.
Dos 143 milhões de toneladas, cerca de 21% pertencem a cooperativas
agropecuárias, ou seja, 30 milhões de toneladas. Sobre o perfil dos
produtores cooperados, há uma prevalência de agricultores familiares,
com propriedades de até 50 hectares.
Cooperativismo – Além do agropecuário, as 6,8 mil cooperativas
brasileiras atuam em outros 12 ramos de atividade, com a participação de
11,5 milhões de associados e a geração de 340 mil empregos diretos. O
setor também tem demonstrado significativa importância para a inclusão
social no Brasil. Se comparado ao total de habitantes no país, o número
de associados a cooperativas representa 5,7% da população brasileira. Se
somadas as famílias dos cooperados, estima-se que hoje o movimento
agregue mais de 46 milhões de pessoas, ou 22,8% do total de brasileiros.
E, quando avaliada a relação comercial com outros países, o
cooperativismo também se destaca. Segundo dados do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados no
início de 2015, no último ano, o segmento contabilizou US$ 5,2 bilhões
em exportações.
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